quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 01 de Janeiro de 2010


Santa Maria, Mãe de Deus (ofício próprio)
Santa Maria, Mãe de Deus



Comentário ao Evangelho do dia feito por
João Paulo II : Mãe de Deus, Mãe do Príncipe da Paz

Leituras

Núm. 6,22-27.
O Senhor disse a Moisés:
«Fala a Aarão e a seus filhos: Assim abençoareis os filhos de Israel.
Dizei-lhes:
'O Senhor te abençoe e te guarde!
O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça!
O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz!'
Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei!»


Salmos 67(66),2-3.5.6.8.
Deus se compadeça de nós e nos abençoe, faça brilhar sobre nós a luz do seu
rosto.
Sejam conhecidos na terra os teus caminhos e entre as nações, a tua
salvação!
Alegrem se e exultem as nações, porque julgas os povos com justiça e
governas as nações sobre a terra.
Que os povos te louvem, ó Deus! Todos os povos te louvem!
Que Deus nos abençoe; e o seu temor chegue aos confins da terra!


Gálatas 4,4-7.
Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido
de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei,
para resgatar os que se encontravam sob o domínio da Lei, a fim de
recebermos a adopção de filhos.
E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu
Filho, que clama: "Abbá! – Pai!"
Deste modo, já não és escravo, mas filho; e, se és filho, és também
herdeiro, por graça de Deus.


Lucas 2,16-21.
Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na
manjedoura.
Depois de terem visto, começaram a divulgar o que lhes tinham dito a
respeito daquele menino.
Todos os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores.
Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu
coração.
E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que
tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado.
Quando se completaram os oito dias, para a circuncisão do menino, deram-lhe
o nome de Jesus indicado pelo anjo antes de ter sido concebido no seio
materno.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

João Paulo II, Papa entre 1978 e 2005
Homilia de 01/01/02 (© copyright Libreria Editrice Vaticana)

Mãe de Deus, Mãe do Príncipe da Paz

«Salve Santa Mãe santa, que destes à luz o Rei do céu e da terra» (antífona
de entrada). Hoje, oitavo dia depois do Natal e primeiro dia do ano, a
Igreja dirige-se com esta antiga saudação à Santíssima Virgem Maria,
invocando-a enquanto Mãe de Deus. O Filho eterno do Pai tomou n'Ela a nossa
carne e tornou-se, através d'Ela «filho de David, filho de Abraão» (Mt 1,
1). Maria é, portanto, a verdadeira Mãe, a Theotokos, a Mãe de Deus! Se
Jesus é a Vida, Maria é a Mãe da Vida. Se Jesus é a Esperança, Maria é a
Mãe da Esperança. Se Jesus é a Paz, Maria é a Mãe da Paz, a Mãe do Príncipe
da Paz. Entrando no novo ano, pedimos a esta Mãe santa que nos abençoe.
Peçamos-lhe que nos dê Jesus, a nossa bênção completa, com a qual o Pai
abençoou a história de uma vez por todas, fazendo com que se tornasse uma
história de salvação. [...] O Menino nascido em Belém é a Palavra eterna do
Pai feita carne para nossa Salvação: é «Deus connosco» que traz conSigo o
segredo da verdadeira paz. Ele é o Príncipe da Paz (Is 7, 14; 9, 5).
[...]

«Salve, Santa Mãe!» [...] O Menino que apertas contra o peito tem um nome
querido aos povos da religião bíblica: «Jesus», que significa «Deus salva».
Assim Lhe chamava o arcanjo, antes mesmo de que Ele fosse concebido no teu
seio (Lc 2, 21). Na face do Messias recém-nascido reconhecemos a face de
cada um dos teus filhos ultrajados e explorados. Reconhecemos em especial a
face das crianças, seja qual for a sua raça, o país ou a cultura a que
pertençam. Para elas, ó Maria, pelo futuro delas, te pedimos que enterneças
os corações endurecidos pelo ódio, a fim de que se abram ao amor e de que a
vingança ceda finalmente o lugar ao perdão. Ó Mãe, alcança-nos que a
verdade desta afirmação – não há paz sem haver justiça e não há justiça sem
haver perdão – se imprima no coração de todos. A família humana poderá
assim reencontrar a paz verdadeira, que nasce do encontro entre a justiça e
a misericórdia. Mãe santa, Mãe do Príncipe da Paz, ajuda-nos! Mãe da
humanidade e Rainha da Paz, ora por nós!




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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 31 de Dezembro de 2009
7º Dia da Oitava do Natal

S. Silvestre I, papa, +335



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Guilherme de Saint-Thierry : «O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina»

Leituras

1 João 2,18-21.
Filhinhos, estamos na última hora. Ouvistes dizer que há-de vir um
Anticristo; pois bem, já apareceram muitos anticristos; por isso
reconhecemos que é a última hora.
Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos, porque, se tivessem sido
dos nossos, teriam permanecido connosco; mas aconteceu assim para que
ficasse claro que nenhum deles é dos nossos.
Vós, porém, tendes uma unção recebida do Santo e todos estais instruídos.
Não vos escrevi por não saberdes a verdade, mas porque a sabeis, e também
que da verdade não vem nenhuma mentira.


Salmos 96(95),1-2.11-12.13.
Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR, terra inteira!
Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome, proclamai, dia após dia, a sua
salvação.
Alegrem se os céus, exulte a terra! Ressoe o mar e tudo o que nele existe!
Alegrem se os campos e todos os seus frutos, exultem de alegria todas as
árvores dos bosques
na presença do SENHOR, que se aproxima e vem para governar a terra! Ele
governará o mundo com justiça e os povos, com a sua fidelidade.


João 1,1-18.
No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus.
No princípio Ele estava em Deus.
Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência.
Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz
dos homens.
A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam.
Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por
meio dele.
Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.
O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina.

Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o
reconheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se
tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da
vontade de um homem, mas sim de Deus.
E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua
glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e
de verdade.
João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O
que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'»
Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre
graças.
É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por
Jesus Cristo.
A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do
Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, depois cisterciense
A Contemplação de Deus, 10 (a partir da trad. AELF; cf. SC 61, pp. 91ss.)

«O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina»

Sim, Tu amaste-nos primeiro, para que nós Te amássemos. Tu não necessitas
do nosso amor, mas só poderemos atingir os Teus desígnios amando-Te. Por
isso, «muitas vezes e de muitos modos falou Deus aos nossos pais, nos
tempos antigos, por meio dos profetas. Nestes dias, que são os últimos,
Deus falou-nos por meio do Seu Filho», (Heb 1, 1), o Seu Verbo. Foi por Ele
que «a palavra do Senhor criou os céus, e o sopro da Sua boca, todos os
astros» (Sl 32, 6). Para Ti, falar através do Teu Filho não é outra coisa
que mostrares, fazeres ver com brilho quanto e como nos amas, dado que não
poupaste o Teu próprio Filho, mas O entregaste por todos nós (Rom 8, 32). E
também Ele nos amou e a Si mesmo se entregou por nós (Gal 2, 20).

Tal é a Palavra, o Verbo Todo-poderoso que nos diriges, Senhor. Enquanto
todos mergulhavam no silêncio, ou seja, na profundidade do erro, Ele desceu
das moradas reais (Sab 18, 14), para abater duramente o pecado e enaltecer
suavemente o amor. E tudo quanto fez, tudo quanto disse na terra, até os
opróbrios, até os escárnios e as bofetadas, até a cruz e o sepulcro, não
eram mais que a Tua palavra pelo Teu Filho, palavra que nos incita ao amor,
palavra que desperta em nós o amor por Ti.

Sabias com efeito, Deus, Criador das almas, que as almas dos filhos dos
homens não podem ser forçadas a esta afeição, mas que é necessário
provocá-las. Porque, onde houver constrangimento, não há liberdade; e onde
não há liberdade, não há justiça. [...] Quiseste que Te amássemos, porque
em justiça não podíamos ser salvos sem Te amar. E não podíamos amar-Te a
menos que o amor partisse de Ti. Por conseguinte, Senhor, como apóstolo do
Teu amor o digo, Tu amaste-nos primeiro (1Jo 4, 10), e primeiramente amas
todos os que Te amam. Mas nós, nós amamos-Te pela afeição de amor que
puseste em nós.




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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 30 de Dezembro de 2009
6º Dia da Oitava do Natal

Beata Margarida Colona, religiosa, +1280



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo : Ana vê por fim Deus no Seu Templo

Leituras

1 João 2,12-17.
Eu vo-lo escrevo, filhinhos: Os vossos pecados estão-vos perdoados pelo
nome de Jesus.
Eu vo-lo escrevo, pais: vós conheceis aquele que existe desde o princípio.
Eu vo-lo escrevo, jovens: vós vencestes o maligno.
Eu vo-lo escrevi, filhinhos: vós conhecestes o Pai. Eu vo-lo escrevi, pais:
vós conheceis aquele que existe desde o princípio. Eu vo-lo escrevi,
jovens: vós sois fortes, a palavra de Deus permanece em vós e vós vencestes
o Maligno.
Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do
Pai não está nele.
Pois tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência
dos olhos e o estilo de vida orgulhoso – não vem do Pai, mas sim do mundo.
Ora, o mundo passa e também as suas concupiscências, mas quem faz a vontade
de Deus permanece para sempre.


Salmos 96(95),7-8.9.10.
Dai ao SENHOR, famílias das nações, dai ao SENHOR glória e poder.
Dai ao SENHOR a glória do seu nome, entrai nos seus átrios e fazei-lhe
ofertas.
Adorai o SENHOR com vestes sagradas. Trema diante dele a terra inteira!
Proclamai entre os povos: "O Senhor é rei!" Por isso, a terra está firme,
não vacila; Deus governa os povos com equidade.


Lucas 2,36-40.
Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual
era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o
seu tempo de donzela,
ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo,
participando no culto noite e dia, com jejuns e orações.
Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino
a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.
Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava,
regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré.
Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a
graça de Deus estava com Ele.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 147, sobre o mistério da Encarnação (a partir da trad. coll. Icthus, vol. 8, p. 114)

Ana vê por fim Deus no Seu Templo

Como é que o homem, com o seu olhar tão limitado, pode abranger o Deus que
o mundo não pode abarcar? O amor não se incomoda de saber se uma coisa é
adequada, conveniente ou possível. O amor [...] ignora a medida. Não se
consola com o pretexto de que é impossível; a dificuldade não o detém
[...]. O amor não consegue deixar de ver quem ama. [...] Como acreditar que
se é amado por Deus sem O contemplar? Assim, o amor que deseja ver Deus,
mesmo que não seja racional, é inspirado pela intuição do coração. Foi por
isso que Moisés ousou dizer: «Se alcancei graça aos Teus olhos, revela-me
as Tuas intenções (Ex 33, 13ss.), e o salmista: «Mostra-nos o Teu rosto»
(cf. 79, 4). [...]

Por conseguinte, conhecendo o desejo que os homens têm de O ver, Deus
escolheu, para Se tornar visível, um meio que beneficiasse todos os
habitantes da terra, sem com isso prejudicar o céu. Pode a criatura que
Deus fez semelhante a Ele neste mundo ser considerada pouco digna no céu?:
«Façamos o ser humano à Nossa imagem, à Nossa semelhança» disse Deus (Gn 1,
26). [...] Se Deus tivesse retirado do céu a forma de um anjo, ter-Se-ia
mantido invisível; se, em contrapartida, tivesse encarnado na terra numa
natureza inferior à do homem, teria ofendido a divindade e teria rebaixado
o homem, em vez de o elevar. Portanto, que ninguém, irmãos muito caros,
considere uma ofensa a Deus o facto de Ele ter vindo aos homens como homem,
e de ter encontrado este meio para ser visto por nós.




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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 29 de Dezembro de 2009
5º Dia da Oitava do Natal

S. Tomás Becket, bispo, mártir, +1170



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Orígenes : «Deixarás ir em paz o Teu servo»

Leituras

1 João 2,3-11.
abemos que o conhecemos por isto: se guardamos os seus mandamentos.
Quem diz: «Eu conheço-o», mas não guarda os seus mandamentos é um mentiroso
e a verdade não está nele;
ao passo que quem guarda a sua palavra, nesse é que o amor de Deus é
verdadeiramente perfeito; por isto reconhecemos que estamos nele.
Quem diz que permanece em Deus também deve caminhar como Ele caminhou.
Caríssimos, não vos escrevo um mandamento novo, mas um mandamento antigo,
que já tínheis desde o princípio: este mandamento antigo é a palavra que
ouvistes.
É, contudo, um mandamento novo o que vos escrevo – o que é verdade nele e
em vós – pois as trevas passaram e a luz verdadeira já brilha.
Quem diz que está na luz, mas tem ódio a seu irmão, ainda está nas trevas.
Quem ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar.
Mas quem tem ódio ao seu irmão está nas trevas e nas trevas caminha, sem
saber para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.


Salmos 96(95),1-2.3.5-6.
Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR, terra inteira!
Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome, proclamai, dia após dia, a sua
salvação.
Anunciai aos pagãos a sua glória e a todos os povos, as suas maravilhas.
Os deuses dos pagãos não valem nada; foi o SENHOR quem criou os céus.
Na sua presença há majestade e esplendor, no seu santuário há poder e
beleza.


Lucas 2,22-35.
Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a Lei de Moisés,
levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor,
conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será
consagrado ao Senhor»
e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas
ou duas pombas.
Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e
esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele.
Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter
visto o Messias do Senhor.
Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino
Jesus, a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito.
Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo:
«Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo,
porque meus olhos viram a Salvação
que ofereceste a todos os povos,
Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.»
Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele.
Simeão abençoou os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para
queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição;
uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos
de muitos corações.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Homilia 15 sobre São Lucas; PG 13, 1838-1839 (a partir da trad. Orval; cf SC 87)

«Deixarás ir em paz o Teu servo»

Simeão sabia que o único que pode libertar-nos da prisão do corpo, com a
esperança da vida futura, é Aquele que ele tinha nos braços. Foi por isso
que disse: «Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu
servo, porque enquanto não tive Cristo nos meus braços era como que
prisioneiro, estava incapaz de me libertar das cadeias.» E note-se que isto
não se aplica somente a Simeão, mas a todos os homens. Se alguém abandona
este mundo e quer alcançar o Reino, tome Jesus nos braços, aperte-O ao
peito, e poderá chegar com grande alegria aonde deseja ir. [...]«Todos aqueles que são movidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus»
(Rom 8, 14). Assim pois, foi o Espírito Santo que levou Simeão ao Templo. E
tu, se desejas ter Jesus nos braços e tornar-te digno de sair dessa prisão,
esforça-te por te deixares conduzir pelo Espírito, para chegares ao templo
de Deus. Desde já te encontras no templo do Senhor Jesus, ou seja, na Sua
Igreja, neste templo de pedras vivas (1P 2, 5). [...]Assim
pois, se vieres ao Templo conduzido pelo Espírito, encontrarás o Menino
Jesus, toma-Lo-ás nos teus braços e dirás: «Agora, Senhor, segundo a Tua
palavra, deixarás ir em paz o Teu servo». Esta libertação e esta partida
têm lugar na paz. [...] Quem morre em paz, senão aquele que tem a paz de
Deus, que sobrepuja todo o entendimento e guarda os corações e os
pensamentos em Cristo (Fil 4, 7)? Quem se retira em paz deste mundo, senão
aquele que compreende que Deus veio, em Cristo, reconciliar-Se com o mundo?




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domingo, 27 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 28 de Dezembro de 2009
SANTOS INOCENTES, mártires (Festa)

Santos Inocentes
Santos Inocentes, mártires, séc. I



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresa Benedita da Cruz : Os Santos Inocentes, pobres como Cristo foi pobre

Leituras

1 João 1,5-10.2,1-2.
Eis a mensagem que ouvimos de Jesus e vos anunciamos: Deus é luz e nele não
há nenhuma espécie de trevas.
Se dizemos que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos
e não praticamos a verdade.
Pelo contrário, se caminhamos na luz, como Ele, que está na luz, então
temos comunhão uns com os outros e o sangue do seu Filho Jesus purifica-nos
de todo o pecado.
Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não
está em nós.
Se confessamos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda a iniquidade.
Se dizemos que não somos pecadores, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra
não está em nós.
Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas, se
alguém pecar, temos junto do Pai um advogado, Jesus Cristo, o Justo,
pois Ele é a vítima que expia os nossos pecados, e não somente os nossos,
mas também os de todo o mundo.


Salmos 124(123),2-3.4-5.7-8.
se o Senhor não estivesse do nosso lado, quando os homens se levantaram
contra nós,
ter-nos-iam engolido vivos quando a sua fúria ardia contra nós.
As águas ter-nos-iam submergido, a torrente teria passado sobre nós.
Então, sim, teriam passado sobre nós as águas turbulentas!
nossa vida escapou como um pássaro do laço de caçadores; rompeu-se o laço e
nós libertámo-nos.
nosso auxílio está no nome do SENHOR, que fez o céu e a terra.


Mateus 2,13-18.
Depois de partirem, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe:
«Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egipto e fica lá até que
eu te avise, pois Herodes procurará o menino para o matar.»
E ele levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o
Egipto,
permanecendo ali até à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor
anunciou pelo profeta: Do Egipto chamei o meu filho.
Então Herodes, ao ver que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito
irado e mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o seu território,
da idade de dois anos para baixo, conforme o tempo que, diligentemente,
tinha inquirido dos magos.
Cumpriu-se, então, o que o profeta Jeremias dissera:
Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação e um grande pranto: É Raquel que
chora os seus filhos e não quer ser consolada, porque já não existem.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
Meditação para o dia 6 de Janeiro de 1941 (a partir da trad. Source cachée, p. 271)

Os Santos Inocentes, pobres como Cristo foi pobre

Pouco depois de Santo Estêvão, o primeiro mártir, temos as «flores
martyrum», as flores dos mártires, esses pequenos botões que foram
arrancados antes de estarem maduros para se oferecerem. De acordo com uma
piedosa tradição, a graça adiantou-se ao desenvolvimento natural destas
crianças inocentes, proporcionando-lhes a compreensão daquilo que estava a
suceder-lhes, a fim de as tornar capazes de uma doação livre de si mesmas e
lhes garantir a recompensa reservada aos mártires. Apesar disso, não se
assemelham ao confessor da fé que já chegou ao estado adulto e que, com
coragem heróica, abraça a causa de Cristo. Entregues sem defesa,
assemelham-se antes às «ovelhas conduzidas ao matadouro» (Is 53, 7; Act 8,
32).Elas são, pois, a imagem da pobreza extrema. O único bem
que possuem é a própria vida, que nesta altura lhes arrebatam sem que elas
ofereçam resistência. Rodeiam o presépio, para nos mostrar de que natureza
é a mirra que devemos oferecer ao divino Menino: aquele que deseja
pertencer-Lhe por completo terá de se entregar a Ele com total
desprendimento de si mesmo, abandonando-se à vontade divina como estas
crianças.




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sábado, 26 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Domingo, dia 27 de Dezembro de 2009
SAGRADA FAMÍLIA (Festa)

São João, Apóstolo e Evangelista



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo António de Lisboa : «Desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso»

Leituras

1 Sam. 1,20-22.24-28.
Ana concebeu e, passado o seu tempo, deu à luz um filho, ao qual pôs o nome
de Samuel, porque dizia: «eu o pedi ao Senhor.»
Elcana, seu marido, foi, com toda a sua casa, oferecer ao Senhor o
sacrifício anual e cumprir o seu voto.
Ana, porém, não foi e disse ao marido: «Só irei quando o menino estiver
desmamado; então o levarei para o apresentar ao Senhor e lá ficará para
sempre.»
Após tê-lo desmamado, tomou-o consigo e, levando também três novilhos, uma
medida de farinha e um odre de vinho, conduziu-o ao templo do Senhor em
Silo. O menino era ainda muito pequeno.
Imolaram um novilho e apresentaram o menino a Eli.
Ana disse-lhe: «Ouve, meu senhor, por tua vida: eu sou aquela mulher que
esteve aqui a orar ao Senhor, na tua presença.
Eis o menino por quem orei. O Senhor ouviu a minha súplica.
Por isso, o ofereço ao Senhor, a fim de que só a Ele sirva todos os dias da
sua vida.» E ele prostrou-se ali diante do Senhor.


Salmos 84(83),2-3.5-6.9-10.
Como são amáveis as tuas moradas, ó SENHOR do universo!
A minha alma suspira e tem saudades dos átrios do SENHOR; o meu coração e a
minha carne cantam de alegria ao Deus vivo!
Felizes os que habitam na tua casa e te louvam sem cessar.
Felizes os que em ti encontram a sua força, e os que desejam peregrinar até
ao monte Sião.
SENHOR, Deus do universo, escuta a minha oração, presta me ouvidos, ó Deus
de Jacob.
Ó Deus, olha para o nosso escudo, põe os olhos no rosto do teu ungido.


1 João 3,1-2.21-24.
Vede que amor tão grande o Pai nos concedeu, a ponto de nos podermos chamar
filhos de Deus; e, realmente, o somos! É por isso que o mundo não nos
conhece, uma vez que o não conheceu a Ele.
Caríssimos, agora já somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o
que havemos de ser. O que sabemos é que, quando Ele se manifestar, seremos
semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é.
Caríssimos, se o coração não nos acusa, então temos plena confiança diante
de Deus,
e recebemos dele tudo o que pedirmos, porque guardamos os seus mandamentos
e fazemos o que lhe é agradável.
E este é o seu mandamento: que acreditemos no Nome de seu Filho, Jesus
Cristo e que nos amemos uns aos outros, conforme o mandamento que Ele nos
deu.
Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele; e é
por isto que reconhecemos que Ele permanece em nós: graças ao Espírito que
nos deu.


Lucas 2,41-52.
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa.
Quando Ele chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume da
festa.
Terminados esses dias, regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém,
sem que os pais o soubessem.
Pensando que Ele se encontrava na caravana, fizeram um dia de viagem e
começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos.
Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Três dias depois, encontraram-no no templo, sentado entre os doutores, a
ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos quantos o ouviam, estavam estupefactos com a sua inteligência e as
suas respostas.
Ao vê-lo, ficaram assombrados e sua mãe disse-lhe: «Filho, porque nos
fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!»
Ele respondeu-lhes: «Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em
casa de meu Pai?»
Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse.
Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe
guardava todas estas coisas no seu coração.
E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos
homens.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, Doutor da Igreja
Sermões para o domingo e as festas dos santos (a partir da trad. Eds. Franciscaines 1944, p. 66)

«Desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso»

«Era-lhes submisso». Que todo o orgulho derreta diante destas palavras, que
toda a soberba se desfaça, que toda a desobediência se submeta. «Era-lhes
submisso». Quem? Aquele que, com uma só palavra, tudo criou do nada. Aquele
que, como diz Isaías, «mediu o mar com a concavidade da Sua mão, e mediu o
céu com o Seu palmo; que mediu com o alqueire a massa terrestre e pesou as
montanhas na báscula e as colinas na balança» (40, 12). Aquele que, como
diz Job, «sacode a terra do seu lugar e abala as suas colunas, ordena ao
sol e o sol não nasce, e guarda sob selo as estrelas. [...] Aquele que fez
grandes e insondáveis maravilhas, prodígios incalculáveis» (9, 6-10). [...]
É Ele, o grande e poderoso, que assim Se submete. E submete-se a quem? A um
operário e a uma pobre virgem.Oh «primeiro e último» (Ap 1,
17)! Oh Senhor dos anjos, submisso aos homens! O Criador do céu, submisso a
um operário; o Deus da eterna glória, submisso a uma pobre virgem! Quem viu
jamais coisa parecida? Quem ouviu jamais contar coisa semelhante?Não hesiteis, pois, em obedecer, em ser submissos. [...] Descer, voltar
para Nazaré, ser submisso, obedecer na perfeição: eis o cúmulo da
sabedoria. [...] Eis a sabedoria com sobriedade. A pura simplicidade é
«como as águas de Siloé, que correm tranquilas» (Is 8, 6). Há sábios nas
ordens religiosas; mas foi através dos homens simples que Deus os
congregou. Deus escolheu os loucos e os enfermos, os fracos e os
ignorantes, para através deles congregar aqueles que eram sábios, poderosos
e nobres, a fim de que ninguém se vanglorie diante de Deus (1Cor 1, 26-29),
mas todos se gloriem Naquele que desceu, que voltou para Nazaré e que era
submisso.




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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Sabado, dia 26 de Dezembro de 2009
Sto. ESTÊVÃO, primeiro mártir (Festa)

Santo Estêvão
Santo Estêvão, diácono, primeiro mártir, séc. I



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresa-Benedita da Cruz : Santo Estêvão ofereceu a vida ao Menino Jesus, como quem Lhe oferece ouro

Leituras

Actos 6,8-10.7,54-59.
Cheio de graça e força, Estêvão fazia extraordinários milagres e prodígios
entre o povo.
Ora, alguns membros da sinagoga, chamada dos libertos, dos cireneus, dos
alexandrinos e dos da Cilícia e da Ásia, vieram para discutir com Estêvão;
mas era-lhes impossível resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele
falava.
Ao ouvirem tais palavras, encheram-se intimamente de raiva e rangeram os
dentes contra Estêvão.
Mas este, cheio do Espírito Santo e de olhos fixos no Céu, viu a glória de
Deus e Jesus de pé, à direita de Deus.
«Olhai, disse ele, eu vejo o Céu aberto e o Filho do Homem de pé, à direita
de Deus.»
Eles, então, soltaram um grande grito e taparam os ouvidos; depois, à uma,
atiraram-se a ele
e, arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo. As
testemunhas depuseram as capas aos pés de um jovem chamado Saulo.
E, enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o
meu espírito.»


Salmos 31(30),3-4.6.8.16.17.
Inclina para mim os teus ouvidos; apressa te a libertar me. Sê para mim uma
rocha de refúgio, uma fortaleza que me salve.
Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza; por amor do teu nome, guia me e
conduz me.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito; SENHOR, Deus fiel, salva me.
Hei-de alegrar-me e regozijar-me com a tua misericórdia, pois viste a minha
miséria e conheceste a angústia da minha alma.
O meu destino está nas tuas mãos; livra me dos meus inimigos e
perseguidores.
Brilhe sobre o teu servo a luz da tua face; salva me pela tua
misericórdia."


Mateus 10,17-22.
Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e
açoitar-vos nas suas sinagogas;
sereis levados perante governadores e reis, por minha causa, para dar
testemunho diante deles e dos pagãos.
Mas, quando vos entregarem, não vos preocupeis nem como haveis de falar nem
com o que haveis de dizer; nessa altura, vos será inspirado o que tiverdes
de dizer.
Não sereis vós a falar, mas o Espírito do vosso Pai é que falará por vós.
O irmão entregará o seu irmão à morte, e o pai, o seu filho; os filhos
hão-de erguer se contra os pais e hão-de causar-lhes a morte.
E vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas aquele que se
mantiver firme até ao fim será salvo.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Teresa-Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
Meditação para o dia 6 de Janeiro de 1941 (a partir da trad. Source cachée, p. 271)

Santo Estêvão ofereceu a vida ao Menino Jesus, como quem Lhe oferece ouro

Bem perto do Salvador recém-nascido, encontramos Santo Estêvão. O que foi
que valeu este lugar de honra àquele que foi o primeiro a prestar ao
Crucificado o testemunho do sangue? Em seu ardor juvenil, ele realizou
aquilo que o Senhor declarou ao entrar neste mundo: «Deste-Me um corpo.
Eis-Me aqui, para fazer a Tua vontade» (Heb 10, 5-7). Ele praticou a
obediência perfeita, que mergulha as suas raízes no amor e se exterioriza
no amor.

Seguiu os passos do Senhor naquilo que é mais difícil, por natureza e para
o coração humano, naquilo que parece mesmo ser impossível; tal como o
próprio Salvador, cumpriu o mandamento do amor aos inimigos. O Menino que
está na manjedoura, que veio cumprir a vontade de Seu Pai até à morte na
cruz, vê em espírito, diante de Si, todos aqueles que hão-de segui-Lo por
esse caminho. Ele ama este jovem, que será o primeiro a ser colocado junto
ao trono do Pai, com a palma na mão. Aquela mãozinha aponta-no-lo como
modelo, como se dissesse: Vede o ouro que espero de vós.




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Santas Festas

 

Caríssimos assinantes

 

Toda a equipa de Evangelho Quotidiano em língua portuguesa vem desejar-vos, do fundo do coração, uma santa e feliz festa de Natal, na contemplação do mistério maravilhoso da palavra de Deus feita carne.

 

«Gloria in excelsis Deo, et in terra pax hominibus bonae voluntatis!» Nesta santa noite de Natal, os Anjos vão entoar este cântico à volta do altar, tal como o fizeram outrora à volta do Presépio. Cantam a felicidade do universo: Glória a Deus! Paz aos homens!

A noite envolvia o mundo inteiro antes que se erguesse a luz verdadeira, antes do nascimento de Cristo. Hoje, abundam as maravilhas, multiplicam-se as riquezas, porque o tesouro está aberto: aquela que dá à luz é mãe e virgem, aquele que nasce é Deus e homem…

 

«O Verbo, a Palavra de Deus, que é Deus, Filho de Deus, que estava junto de Deus no princípio, por quem tudo foi feito e sem o qual nada foi feito tornou-se homem para libertar o homem de uma morte eterna. Humilhou-se para tomar a nossa condição sem que a Sua majestade fosse diminuída. Permanecendo o que era e assumindo o que não era, uniu a nossa condição de escravos à Sua condição de igual ao Pai… A majestade reveste-se de humildade, a força de fraqueza, a eternidade de mortalidade: verdadeiro Deus e verdadeiro homem» (S. Leão Magno, homilia para a Natividade do Senhor).

 

Que esta festa de Natal seja ocasião de partilhar as alegrias familiares e de aprofundar a nossa compreensão do mistério de Cristo!

 

Com o penhor do nosso agradecimento e desejando-vos mais uma vez um santo e alegre Natal, aceitem, prezados assinantes, os nossos melhores e mais fraternos votos de Boas Festas!

 

A equipa de EAQ em língua portuguesa

Alberto, Ana, Bia, Cristina, Fernanda, José, Luisa, Maria João, Maria José, Paula

 

P.S. Já pensaram em oferecer uma assinatura de EAQ como presente a Ano Novo aos vossos familiares e amigos?

 

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«Gloria in excelsis Deo, et in terra pax hominibus bonae voluntatis!» Nesta santa noite de Natal, os Anjos vão entoar este cântico à volta do altar, tal como o fizeram outrora à volta do Presépio. Cantam a felicidade do universo: Glória a Deus! Paz aos homens!

A noite envolvia o mundo inteiro antes que se erguesse a luz verdadeira, antes do nascimento de Cristo. Hoje, abundam as maravilhas, multiplicam-se as riquezas, porque o tesouro está aberto: aquela que dá à luz é mãe e virgem, aquele que nasce é Deus e homem…

 

«O Verbo, a Palavra de Deus, que é Deus, Filho de Deus, que estava junto de Deus no princípio, por quem tudo foi feito e sem o qual nada foi feito, tornou-se homem para libertar o homem de uma morte eterna. Humilhou-se para tomar a nossa condição, sem que a Sua majestade fosse diminuída. Permanecendo o que era e assumindo o que não era, uniu a nossa condição de escravos à Sua condição de igual ao Pai… A majestade reveste-se de humildade, a força de fraqueza, a eternidade de mortalidade: verdadeiro Deus e verdadeiro homem» (S. Leão Magno, homilia para a Natividade do Senhor).

 

Que esta festa de Natal seja ocasião de partilhar as alegrias familiares e de aprofundar a nossa compreensão do mistério de Cristo!

 

Com o penhor do nosso agradecimento e desejando-vos mais uma vez um santo e alegre Natal, aceitem, prezados assinantes, os nossos melhores e mais fraternos votos de Boas Festas!

 

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 25 de Dezembro de 2009
NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, solenidade com Oitava. - Missa do dia

Natal do Senhor
Natal do Senhor Jesus



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Leão Magno : «E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco»

Leituras

Is. 52,7-10.
Que formosos são sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz,
que apregoa a boa-nova, e que proclama a salvação! Que diz a Sião: «O rei é
o teu Deus!»
Ouve: as tuas sentinelas gritam, cantam em coro, porque vêem olhos nos
olhos o regresso do SENHOR a Sião.
Ruínas de Jerusalém, irrompei em cânticos de alegria, porque o SENHOR
consola o seu povo, com a libertação de Jerusalém.
O SENHOR mostra a força do seu braço poderoso aos olhos das nações, e todos
os confins da terra verão o triunfo do nosso Deus.


Salmos 98,1.2-3.4.5-6.
Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque Ele fez maravilhas! A sua mão
direita e o seu santo braço lhe deram a vitória.
O SENHOR anunciou a sua vitória, revelou aos povos a sua justiça.
Lembrou se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel.
Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus.
Aclamai o SENHOR, terra inteira, exultai de alegria e cantai.
Cantai hinos ao SENHOR, ao som da harpa, ao som da harpa e da lira;
ao som de cornetins e trombetas, aclamai o nosso rei e SENHOR.


Heb. 1,1-6.
Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos
antigos, por meio dos profetas.
Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por meio do Filho, a quem
constituiu herdeiro de todas as coisas, e por meio de quem fez o mundo.
Este Filho, que é resplendor da sua glória e imagem fiel da sua substância
e que tudo sustenta com a sua palavra poderosa, depois de ter realizado a
purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas,
tão superior aos anjos quanto superior ao deles é o nome que recebeu em
herança.
Com efeito, a qual dos anjos disse Deus alguma vez: Tu és meu Filho, Eu
hoje te gerei? E ainda: Eu serei para Ele um Pai e Ele será para mim um
Filho?
E de novo, quando introduz o Primogénito no mundo, diz: Adorem--no todos os
anjos de Deus.


João 1,1-18.
No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus.
No princípio Ele estava em Deus.
Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência.
Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz
dos homens.
A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam.
Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por
meio dele.
Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.
O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina.

Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o
reconheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se
tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da
vontade de um homem, mas sim de Deus.
E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua
glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e
de verdade.
João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O
que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'»
Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre
graças.
É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por
Jesus Cristo.
A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do
Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Leão Magno (?-c. 461), papa e Doutor da Igreja
1º sermão para a Natividade do Senhor; PL 59,190 (a partir da trad. cf SC 22 bis, pp. 67ss., breviário e Orval)

«E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco»

Nosso Senhor, irmãos bem-amados, nasceu hoje: regozijemo-nos! Não é
permitido estarmos tristes neste dia em que nasce a vida. Este dia destrói
o receio da morte e enche-nos da alegria que a promessa da eternidade dá.
Ninguém ficou afastado desta alegria; um único e mesmo motivo de alegria é
comum a todos. Pois Nosso Senhor, ao vir destruir o pecado e a morte [...],
veio libertar todos os homens. Que o santo exulte, pois aproxima-se da
vitória. Que o pecador se alegre, pois é convidado ao perdão. Que o pagão
tome coragem, pois é chamado à vida. Com efeito, quando chegou a plenitude
dos tempos determinada pela profundidade insondável do plano divino, o
Filho de Deus desposou a nossa natureza humana para reconciliá-la com o seu
Criador. [...]

O Verbo, a Palavra de Deus, que é Deus, Filho de Deus, que «no princípio
estava em Deus, por Quem tudo começou a existir, e sem Quem nada veio à
existência», tornou-Se homem para libertar o homem de uma morte eterna.
Baixou-Se para assumir a nossa condição humilde sem que a Sua majestade
ficasse diminuída. Continuando a ser o que era e assumindo o que não era,
Ele uniu a nossa condição de escravos à Sua condição de igual a Deus Pai.
[...] A majestade reveste-Se de humildade, a força de fraqueza, a
eternidade de mortalidade: verdadeiro Deus e verdadeiro homem, na unidade
de um único Senhor, «único mediador entre Deus e os homens» (1Tim 2, 5).
[...]

Demos graças, portanto, irmãos bem-amados a Deus Pai, pelo Seu Filho, no
Espírito Santo. Porque, na Sua grande misericórdia e no Seu amor por nós,
Ele teve piedade de nós. «Quando estávamos mortos pelo pecado, Ele fez-nos
tornar a viver por Cristo», querendo que sejamos n'Ele uma nova criação,
uma nova obra das Suas mãos (Ef 2, 4-5; 2Cor 5,1 7). [...] Cristão, toma
consciência da tua dignidade.




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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 24 de Dezembro de 2009
NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, solenidade com Oitava - Missa da meia-noite

Vigília de Natal
S. Charbel Makhlouf, monge, eremita, +1898



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Afonso-Maria de Liguori   : «Anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo»

Leituras

Is. 9,1-6.
O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de
sombras, mas uma luz brilhou sobre eles.
Multiplicaste a alegria, aumentaste o júbilo; alegram-se diante de ti como
os que se alegram no tempo da colheita, como se regozijam os que repartem
os despojos.
Pois Tu quebraste o seu jugo pesado, a vara que lhe feria o ombro e o
bastão do seu capataz, como na jornada de Madian.
Porque a bota que pisa o solo com arrogância e a capa empapada em sangue
serão queimadas e serão pasto das chamas.
Porquanto um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado; tem a soberania
sobre os seus ombros, e o seu nome é: Conselheiro-Admirável, Deus herói,
Pai-Eterno, Príncipe da paz.
Dilatará o seu domínio com uma paz sem limites, sobre o trono de David e
sobre o seu reino. Ele o estabelecerá e o consolidará com o direito e com a
justiça, desde agora e para sempre. Assim fará o amor ardente do SENHOR do
universo.


Salmos 96(95),1-2.3.11-12.13.
Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR, terra inteira!
Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome, proclamai, dia após dia, a sua
salvação.
Anunciai aos pagãos a sua glória e a todos os povos, as suas maravilhas.
Alegrem se os céus, exulte a terra! Ressoe o mar e tudo o que nele existe!
Alegrem se os campos e todos os seus frutos, exultem de alegria todas as
árvores dos bosques
na presença do SENHOR, que se aproxima e vem para governar a terra! Ele
governará o mundo com justiça e os povos, com a sua fidelidade.


Tito 2,11-14.
Com efeito, manifestou-se a graça de Deus, portadora de salvação para todos
os homens,
para nos ensinar a renúncia à impiedade e aos desejos mundanos, a fim de
vivermos no século presente com sobriedade, justiça e piedade,
aguardando a bem-aventurada esperança e a gloriosa manifestação do nosso
grande Deus e Salvador Jesus Cristo.
Ele entregou-se por nós, a fim de nos resgatar de toda a iniquidade e de
purificar e constituir um povo de sua exclusiva posse e zeloso na prática
do bem.


Lucas 2,1-14.
Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser
recenseada toda a terra.
Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da
Síria.
Todos iam recensear-se, cada qual à sua própria cidade.
Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia,
à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David,
a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida.
E, quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz
e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa
manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria.
Na mesma região encontravam-se uns pastores que pernoitavam nos campos,
guardando os seus rebanhos durante a noite.
Um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor refulgiu em volta
deles; e tiveram muito medo.
O anjo disse-lhes: «Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o
será para todo o povo:
Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor.
Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e
deitado numa manjedoura.»
De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste, louvando a
Deus e dizendo:
«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Afonso-Maria de Liguori  (1696-1787), bispo  e  Doutor da Igreja
Discurso para a novena de Natal, n.º 10 (a partir da trad. das Eds. Saint Paul, 1993, pp.133ss. rev.)

«Anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo»

«Anuncio-vos uma grande alegria». Tais são as palavras do anjo aos pastores
de Belém. Repito-vo-las hoje, almas fiéis: trago-vos uma notícia que vos
causará uma grande alegria. Para uns pobres exilados, condenados à morte,
haverá notícia mais feliz do que a da aparição do seu Salvador, vindo não
só para os libertar da morte, mas para lhes conceder o regresso à pátria? É
precisamente isto o que eu vos anuncio: «Nasceu-vos um Salvador» [...].

Quando um monarca entra pela primeira vez numa cidade do seu reino, são-lhe
rendidas as maiores honras; quantas ruas engalanadas, quantos arcos do
triunfo! Prepara-te, pois, ó bem-aventurada Belém, para receberes
condignamente o teu Rei. [...] Que saibas, como te diz o profeta (Mi 5, 1),
que de entre todas as cidades da terra, és a mais favorecida, pois foi a ti
que o Rei do céu escolheu para lugar do Seu nascimento aqui na terra, para
depois reinar não apenas na Judeia, mas nos corações dos homens, em todos
os sítios [...]. O que não terão dito os anjos ao verem a Mãe de Deus
entrar numa gruta para aí dar à luz o Rei dos reis! Os filhos dos príncipes
vêm ao mundo em aposentos cintilantes de ouro [...]; estão rodeados pelos
mais altos dignitários do reino. Ele, o Rei do céu, quis vir nascer num
estábulo frio e sem lume, tendo para Se cobrir apenas uns pobres farrapos;
e, para Se deitar, apenas uma miserável manjedoira com um pouco de palha
[...].

Ah! A própria consideração do nascimento de Jesus Cristo e das
circunstâncias que o acompanharam deverá embrasar-nos de amor; e as
próprias palavras «gruta», «manjedoira», «palha», «leite», «gemidos», ao
porem-nos diante dos olhos o Menino de Belém, deverão ter sobre nós o
efeito de setas inflamadas ferindo-nos de amor o coração. Bendita gruta,
bendita manjedoira, bendita palha! Mas muito mais benditas ainda sejam as
almas que com fervor e ternura amam este Senhor tão digno de amor, almas
que, ardendo de inflamada caridade, O recebem na santa comunhão. Com que
ardor, com que alegria, Jesus vem descansar nas almas que verdadeiramente O
amam!




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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 23 de Dezembro de 2009
Quarta-feira da 4a semana do Advento

S. João Câncio, presbítero, professor, +1473, Santo Ivo, presbítero, advogado, +1303



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Homília atribuída a São Gregório o Taumaturgo : «Começou a falar, bendizendo a Deus»

Leituras

Malaquias 3,1-4.23-24.
«Eis que Eu vou enviar o meu mensageiro, a fim de que ele prepare o caminho
à minha frente. E imediatamente entrará no seu santuário o Senhor, que vós
procurais, e o mensageiro da aliança, que vós desejais. Ei-lo que chega! –,
diz o Senhor do universo.
Quem suportará o dia da sua chegada? Quem poderá resistir, quando ele
aparecer? Porque ele é como o fogo do fundidor e como a barrela das
lavadeiras.
Ele sentar-se-á como fundidor e purificador. Purificará os filhos de Levi e
os refinará, como se refinam o ouro e a prata. E assim eles serão para o
Senhor os que apresentam a oferta legítima.
Então, a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor como nos
dias antigos, como nos anos de outrora.
Eis que vou enviar-vos o profeta Elias, antes que chegue o Dia do Senhor,
dia grande e terrível.
Ele fará com que o coração dos pais se aproxime dos filhos, e o coração dos
filhos se aproxime dos seus pais, para que Eu não tenha de vir castigar a
terra com o anátema.»


Salmos 25(24),4-5.8-9.10.14.
Mostra me, SENHOR, os teus caminhos e ensina me as tuas veredas.
Dirige me na tua verdade e ensina me, porque Tu és o Deus meu salvador. Em
ti confio sempre.
O SENHOR é bom e justo; por isso ensina o caminho aos pecadores,
guia os humildes na justiça e dá lhes a conhecer o seu caminho.
Todos os caminhos do SENHOR são amor e fidelidade, para os que guardam a
sua aliança e os seus preceitos.
O SENHOR comunica os seus segredos aos que o temem e dá lhes a conhecer a
sua aliança.


Lucas 1,57-66.
Entretanto, chegou o dia em que Isabel devia dar à luz e teve um filho.
Os seus vizinhos e parentes, sabendo que o Senhor manifestara nela a sua
misericórdia, rejubilaram com ela.
Ao oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai,
Zacarias.
Mas, tomando a palavra, a mãe disse: «Não; há-de chamar se João.»
Disseram-lhe: «Não há ninguém na tua família que tenha esse nome.»
Então, por sinais, perguntaram ao pai como queria que ele se chamasse.
Pedindo uma placa, o pai escreveu: «O seu nome é João.» E todos se
admiraram.
Imediatamente a sua boca abriu-se, a língua desprendeu-se-lhe e começou a
falar, bendizendo a Deus.
O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos, e por toda a montanha da
Judeia se divulgaram aqueles factos.
Quantos os ouviam retinham-nos na memória e diziam para si próprios: «Quem
virá a ser este menino?» Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Homília atribuída a São Gregório o Taumaturgo (c. 213-c.270), bispo
Homília sobre a Sagrada Teofania, 4; PG 10, 1181 (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 31)

«Começou a falar, bendizendo a Deus»

[João Baptista dizia:] Na Tua presença, Senhor Jesus, não me posso calar,
porque «eu sou a voz, e a voz daquele que brada no deserto: preparai o
caminho do Senhor. Sou eu que necessito de ser baptizado por Ti, e és Tu
que vens a mim!» (Mt 3, 3.14)

Ao nascer, apaguei a esterilidade daquela que me gerou; e, quando era um
nasciturno, trouxe remédio para a mudez de meu pai, recebendo de Ti a graça
desse milagre. Mas Tu, nascido da Virgem Maria da forma que quiseste e que
és o único a conhecer, Tu não apagaste a sua virgindade, Tu a protegeste
acrescentando-lhe o título de mãe; nem a sua virgindade impediu a Tua
concepção, nem a Tua concepção manchou a sua virgindade. Estas duas
realidades incompatíveis, a concepção e a virgindade, uniram-se numa
harmonia única, o que está ao alcance do Criador da natureza.

Eu, que sou um homem, apenas participo da graça divina; mas Tu, Tu és ao
mesmo tempo Deus e homem, porque Tu és por natureza o amigo dos homens (cf.
Sab 1, 6).




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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 22 de Dezembro de 2009
Terça-feira da 4a semana do Advento

Santa Francisca Xavier Cabrini, religiosa, fundadora, +1917



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Beda : «O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador»

Leituras

1 Sam. 1,24-28.
Após tê-lo desmamado, tomou-o consigo e, levando também três novilhos, uma
medida de farinha e um odre de vinho, conduziu-o ao templo do Senhor em
Silo. O menino era ainda muito pequeno.
Imolaram um novilho e apresentaram o menino a Eli.
Ana disse-lhe: «Ouve, meu senhor, por tua vida: eu sou aquela mulher que
esteve aqui a orar ao Senhor, na tua presença.
Eis o menino por quem orei. O Senhor ouviu a minha súplica.
Por isso, o ofereço ao Senhor, a fim de que só a Ele sirva todos os dias da
sua vida.» E ele prostrou-se ali diante do Senhor.


1 Sam. 2,1.4-5.6-7.8.
Ana orou, entoando este cântico: «Exulta o meu coração de júbilo noSenhor.
Nele se ergue a minha fronte, a minha boca desafia os meus adversários,
porque me alegro na tua salvação.
O arco dos fortes foi quebrado e os fracos foram revestidos de vigor.
Os saciados tiveram que ganhar o pão e os famintos foram saciados. Até a
estéril foi mãe de sete filhos e a mulher que os tinha numerosos, ficou
estéril.
O Senhor é que dá a morte e a vida, leva à habitação dos mortos e tira de
lá.
O Senhor despoja e enriquece, humilha e exalta.
Levanta do pó o mendigo e tira da imundície o pobre, para os sentar com os
príncipes e ocupar um trono de glória; porque são do Senhor as colunas da
terra e sobre elas assentou o mundo.


Lucas 1,46-56.
Maria disse, então: «A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me
chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o
temem.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para
sempre.»
Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou a sua casa.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge, Doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho, I, 4; CCL 122, 25ss. (a partir da trad. breviário)

«O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador»

«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu
Salvador.» O sentido primeiro destas palavras é a confissão dos dons que
Deus lhe concedeu, em especial a ela, Maria; mas logo a seguir recorda os
benefícios universais de que Deus não cessa de rodear a espécie humana.A alma glorifica o Senhor quando consagra todas as suas potências
interiores a louvar e a servir a Deus; quando, pela sua submissão aos
preceitos divinos, mostra que nunca perde de vista o Seu poder e a Sua
majestade. O espírito alegra-se em Deus, seu Salvador, quando coloca toda a
sua alegria na memória do seu Criador, de Quem espera a salvação eterna.
Estas palavras exprimem exactamente aquilo que todos os santos pensam, mas
convinha muito especialmente que fossem proferidas pela Bem-aventurada Mãe
de Deus que, cumulada de um singular privilégio, ardia com um amor todo
espiritual por Aquele que tinha tido a alegria de conceber na sua carne.
Ela tinha bons motivos, ela mais do que todos os santos, para se alegrar em
Jesus - ou seja, no seu Salvador -, porque sabia que Aquele que reconhecia
como Autor eterno da nossa salvação ia nascer no tempo, da sua própria
carne, tão verdadeiramente que na mesma Pessoa estariam realmente presentes
o seu Filho e o seu Deus. [...]É por isso que é um costume
excelente e salutar, cujo perfume unge a Santa Igreja, cantar todos os
dias, nas Vésperas, o cântico da Virgem. Podemos esperar que as almas dos
fiéis, recordando com tanta frequência a éncarnação do Senhor, se inflamem
com um fervor mais vivo, e que a frequente recordação dos exemplos da Santa
Mãe as firme na virtude. E as Vésperas são o momento ideal para entoar este
cântico, porque a nossa alma, fatigada da jornada e solicitada em sentido
diverso pelos pensamentos do dia, precisa de se recolher ao chegar o
momento em que vai repousar, a fim de poder recuperar a unidade da sua
atenção.




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domingo, 20 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 21 de Dezembro de 2009
Segunda-feira da 4a semana do Advento

S. Pedro Canísio, presbítero, Doutor da Igreja, +1597



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurada Teresa de Calcutá : «Maria pôs-se a caminho»

Leituras

Sofonias 3,14-18.
Rejubila, filha de Sião, solta gritos de alegria, povo de Israel! Alegra-te
e exulta com todo o coração, filha de Jerusalém!
O Senhor revogou as sentenças contra ti, e afastou o teu inimigo. O Senhor,
rei de Israel, está no meio de ti. Não temerás mais a desgraça.
Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém: «Não temas, Sião! Não se enfraqueçam as
tuas mãos!
O Senhor, teu Deus, está no meio de ti como poderoso salvador! Ele exulta
de alegria por tua causa, pelo seu amor te renovará. Ele dança e grita de
alegria por tua causa,
como nos dias de festa.» Afastarei de ti a desgraça para que não pese sobre
ti o opróbrio.


Salmos 33(32),2-3.11-12.20-21.
Louvai o SENHOR com a cítara; cantai lhe salmos com a harpa de dez cordas.
Cantai lhe um cântico novo, tocai com arte por entre aclamações.
Só o plano do SENHOR permanece para sempre, e os desígnios do seu coração,
por todas as idades.
Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR, o povo que Ele escolheu para sua
herança.
A nossa alma espera no SENHOR; Ele é o nosso amparo e o nosso escudo.
Nele se alegra o nosso coração e em seu nome santo confiamos.


Lucas 1,39-45.
Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a
montanha, a uma cidade da Judeia.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no
seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito
é o fruto do teu ventre.
E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?
Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de
alegria no meu seio.
Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito
da parte do Senhor.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Jesus, the Word to Be Spoken, cap. 12

«Maria pôs-se a caminho»

A vivacidade e a alegria eram a força de Nossa Senhora. Foi isso que fez
dela a serva apressada de Deus, Seu filho, porque assim que Ele veio até
ela, «pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha». Apenas a
alegria podia dar-lhe força para partir rapidamente para as montanhas da
Judeia, a fim de se tornar serva de sua prima. Acontece o mesmo connosco;
tal como ela, devemos ser verdadeiras servas do Senhor e todos os dias,
após a sagrada comunhão, apressar-nos a subir as montanhas de dificuldades
com que deparamos ao oferecer com todo o coração o nosso serviço aos
pobres. Dai Jesus aos pobres enquanto servas do Senhor.

A alegria é a oração, a alegria é a força, a alegria é o amor, é um fio de
amor graças ao qual podereis captar as almas. «Deus ama aquele que dá com
alegria» (2Cor 9, 7). Aquele que dá com alegria dá mais. Se encontrarmos
dificuldades no trabalho e as aceitarmos com alegria, com um grande
sorriso, nisto como em muitas outras coisas constatar-se-á que as nossas
obras são boas e o Pai será glorificado. A melhor maneira de mostrardes a
vossa gratidão a Deus e aos homens é aceitar tudo com alegria. Um coração
alegre provém de um coração que arde de amor.




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sábado, 19 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Domingo, dia 20 de Dezembro de 2009
4º Domingo do Advento - C

Quarto Domingo do Advento (semana IV do saltério)
S. Domingos de Silos, abade, +1073



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : «O menino saltou de alegria no meu seio»

Leituras

Miqueias 5,1-4.
Mas tu, Belém-Efrata, tão pequena entre as famílias de Judá, é de ti que me
há-de sair aquele que governará em Israel. As suas origens remontam aos
tempos antigos, aos dias de um passado longínquo.
Por isso, Deus abandonará o seu povo até ao tempo em que der à luz aquela
que há-de dar à luz, e em que o resto dos seus irmãos há-de voltar para
junto dos filhos de Israel.
Ele permanecerá firme e apascentará o seu rebanho com a força do Senhor e
com a majestade do nome do Senhor, seu Deus. Estarão tranquilos, porque ele
será grande até aos confins da terra.
Ele próprio será a paz. Se a Assíria vier ao nosso país e calcar aos pés os
nossos palácios, opor-lhe-emos sete pastores e oito governadores de homens.



Salmos 80(79),2-3.15-16.18-19.
Ó pastor de Israel, escuta, Tu que conduzes José como um rebanho, Tu que
tens o teu trono sobre os querubi
Mostra a tua grandeza às tribos de Efraim, Benjamim e Manassés! Desperta o
teu poder e vem salvar nos!
Ó Deus do universo, volta, por favor, olha lá do céu e vê: cuida desta
vinha!
Trata da cepa que a tua mão direita plantou, dos rebentos que fizeste
crescer para nós.
Mas estende a tua mão sobre o teu escolhido, sobre o homem que para ti
fortaleceste.
E nunca mais nos afastaremos de ti; conserva nos a vida e invocaremos o teu
nome.


Heb. 10,5-10.
Por isso, ao entrar no mundo, Cristo diz: Tu não quiseste sacrifício nem
oferenda, mas preparaste-me um corpo.
Não te agradaram holocaustos nem sacrifícios pelos pecados.
Então, Eu disse: Eis que venho – como está escrito no livro a meu respeito
– para fazer, ó Deus, a tua vontade.
Disse primeiro: Não quiseste nem te agradaram sacrifícios, oferendas e
holocaustos pelos pecados – e, no entanto, eram oferecidos segundo a Lei.
Disse em seguida: Eis que venho para fazer a tua vontade. Suprime, assim, o
primeiro culto, para instaurar o segundo.
E foi por essa vontade que nós fomos santificados, pela oferta do corpo de
Jesus Cristo, feita uma vez para sempre.


Lucas 1,39-45.
Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a
montanha, a uma cidade da Judeia.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no
seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito
é o fruto do teu ventre.
E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?
Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de
alegria no meu seio.
Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito
da parte do Senhor.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilia atribuída (a partir da trad. de Solesmes, Leccionário, t. 3, p. 1039 rev.)

«O menino saltou de alegria no meu seio»

Que mistério novo e admirável! João não nasceu ainda e já fala através dos
seus saltos. Ainda não apareceu e já profere anúncios. Ainda não pode
gritar e já se faz ouvir através dos seus actos. Ainda não começou a sua
vida e já prega a Deus. Ainda não vê a luz e já aponta para o Sol. Ainda
não foi dado ao mundo e já se apressa a agir como precursor. O Senhor está
ali: ele não é capaz de se conter, não suporta os limites fixados pela
natureza, esforça-se por romper a prisão do seio materno e procura dar a
conhecer antecipadamente a vinda do Salvador. Ele diz: «Aquele que rompe as
cadeias chegou e eu continuo em cadeias, sou forçado a continuar aqui? O
Verbo vem para restabelecer tudo e eu permaneço cativo? Vou sair e vou
correr diante d'Ele e proclamarei a todos: Eis o Cordeiro de Deus, que tira
o pecado do mundo!» (Jo 1, 29)

Mas diz-nos, João: ainda retido na obscuridade do seio da tua mãe, como é
que vês e ouves? Como contemplas as coisas divinas? Como podes tu saltar e
exultar? Ele responde: «Grande é o mistério que se cumpre – é um feito que
escapa à compreensão do homem. Tenho o direito de inovar na ordem natural
por causa d'Aquele que deve inovar na ordem sobrenatural. Vejo antes mesmo
de nascer, porque vejo em gestação o Sol de Justiça (Ml 3, 20). Apercebo-me
pelo ouvido porque, vindo ao mundo, sou a voz que precede o grande Verbo.
Grito porque contemplo, revestido da Sua carne, o Filho único do Pai.
Exulto porque vejo o Criador do universo receber a forma humana. Salto de
alegria porque penso que o Redentor do mundo tomou corpo. Sou o precursor
da Sua vinda e antecipo o vosso testemunho com o meu.»




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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Sabado, dia 19 de Dezembro de 2009
Sábado da 3a semana do Advento

Beato Urbano V, papa, +1370



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Efrém : «Zacarias regressou a casa. Passados esses dias, sua esposa Isabel concebeu»

Leituras

Juízes 13,2-7.24-25.
Houve um homem de Sorá, da tribo de Dan, cujo nome era Manoé; sua esposa
era estéril, não tinha ainda concebido filhos.
O anjo do SENHOR apareceu a esta mulher e disse-lhe: «Já viste que és
estéril e ainda não deste à luz; mas vais conceber e dar à luz um filho.
Doravante abstém-te, não bebas vinho nem qualquer bebida alcoólica; não
comas nada impuro,
porque vais conceber e dar à luz um filho. A navalha não há-de tocar a sua
cabeça, pois o menino vai ser consagrado a Deus desde o seio materno; ele
mesmo vai começar a salvar Israel das mãos dos filisteus.»
A mulher voltou e disse ao marido: «Um homem de Deus veio ter comigo; o seu
aspecto era semelhante ao de um anjo do SENHOR e temível. Não lhe perguntei
de onde ele era, nem ele me revelou o seu nome.
Disse-me ele: 'Eis que vais conceber e dar à luz um filho; doravante não
bebas vinho nem bebida alcoólica; não comas nada de impuro, pois esse jovem
será consagrado ao SENHOR desde o seio materno até ao dia da sua morte.'»
A mulher deu à luz um filho e pôs-lhe o nome de Sansão; o menino cresceu e
o SENHOR abençoou-o.
Foi em Maané-Dan, entre Sorá e Estaol, que o espírito do SENHOR começou a
agitar Sansão.


Salmos 71(70),3-4.5-6.16-17.
Sê a minha protecção e o refúgio onde me acolho. Tu prometeste salvar-me,
pois és o meu rochedo e a minha
Meu Deus, livra me das mãos do ímpio, das mãos do opressor e do violento.
Tu és a minha esperança, ó Senhor DEUS, e a minha confiança desde a
juventude.
Em ti me apoio desde o seio materno, desde o ventre materno és o meu
protector; és o objecto contínuo do m
Narrarei esses prodígios, Senhor, DEUS, recordarei a tua justiça sem igual.
Instruíste me, ó Deus, desde a minha juventude e até hoje anunciei sempre
as tuas maravilhas.


Lucas 1,5-25.
No tempo de Herodes, rei da Judeia, havia um sacerdote chamado Zacarias, da
classe de Abias, cuja esposa era da descendência de Aarão e se chamava
Isabel.
Ambos eram justos diante de Deus, cumprindo irrepreensivelmente todos os
mandamentos e preceitos do Senhor.
Não tinham filhos, pois Isabel era estéril, e os dois eram de idade
avançada.
Ora, estando Zacarias no exercício das funções sacerdotais diante de Deus,
na ordem da sua classe,
coube-lhe, segundo o costume sacerdotal, entrar no santuário do Senhor para
queimar o incenso.
Todo o povo estava da parte de fora em oração, à hora do incenso.
Então, apareceu-lhe o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso.

Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor.
Mas o anjo disse-lhe: «Não temas, Zacarias: a tua súplica foi atendida.
Isabel, tua esposa, vai dar te um filho e tu vais chamar-lhe João.
Será para ti motivo de regozijo e de júbilo, e muitos se alegrarão com o
seu nascimento.
Pois ele será grande diante do Senhor e não beberá vinho nem bebida
alcoólica; será cheio do Espírito Santo já desde o ventre da sua mãe
e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus.
Irá à frente, diante do Senhor, com o espírito e o poder de Elias, para
fazer voltar os corações dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria
dos justos, a fim de proporcionar ao Senhor um povo com boas disposições.»
Zacarias disse ao anjo: «Como hei-de verificar isso, se estou velho e a
minha esposa é de idade avançada?»
O anjo respondeu: «Eu sou Gabriel, aquele que está diante de Deus, e fui
enviado para te falar e anunciar esta Boa-Nova.
Vais ficar mudo, sem poder falar, até ao dia em que tudo isto acontecer,
por não teres acreditado nas minhas palavras, que se cumprirão na altura
própria.»
O povo, entretanto, aguardava Zacarias e admirava se por ele se demorar no
santuário.
Quando saiu, não lhes podia falar e eles compreenderam que tinha tido uma
visão no santuário. Fazia-lhes sinais e continuava mudo.
Terminados os dias do seu serviço, regressou a casa.
Passados esses dias, sua esposa Isabel concebeu e, durante cinco meses,
permaneceu oculta.
Dizia ela: «O Senhor procedeu assim para comigo, nos dias em que viu a
minha ignomínia e a eliminou perante os homens.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Efrém (c. 306-373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
Diatessaron, 1, 11-13 (a partir da trad. SC 127, p. 49 rev.)

«Zacarias regressou a casa. Passados esses dias, sua esposa Isabel concebeu»

O anjo disse-lhe: «A tua súplica foi atendida». Se Zacarias acreditava que
a sua oração seria atendida, rezava bem; se não acreditava, rezava mal.
Estava na altura de a sua oração ser atendida; contudo, ele duvidou. Foi
portanto justificado que, a partir desse preciso momento, tivesse ficado
mudo. Anteriormente, ele rezava para ter um filho; no momento em que a sua
oração foi atendida, mudou e disse: «Como é isso possível?» Dado que a sua
boca duvidou da sua oração, perdeu a fala. [...] Enquanto Zacarias
acreditava, falava; assim que deixou de acreditar, calou-se. Enquanto
acreditava, falava: «Eu acreditei, por isso falei» (Sl 115, 10). Porque
desprezou a palavra do anjo, esta palavra atormentou-o, a fim de que ele
honrasse pelo seu silêncio a palavra que tinha desprezado.

Convinha que ficasse muda a boca que tinha dito: «Como é isso possível?»,
para que aprendesse a possibilidade do milagre. A língua que estava solta
foi presa, para que aprendesse que Aquele que tinha prendido a língua podia
desprender o seio. Assim, pois, a experiência instruiu aquele que não tinha
aceitado o ensinamento da fé. [...] Ele aprendeu assim que aquele que tinha
fechado uma boca aberta podia abrir um seio fechado.




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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 18 de Dezembro de 2009
Sexta-feira da 3a semana do Advento

S. Flávio, presbítero, eremita, séc. VI, Expectação da Virgem Santa Maria



Comentário ao Evangelho do dia feito por
João Paulo II : Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor

Leituras

Jer. 23,5-8.
Dias virão em que farei brotar de David um rebento justo que será rei,
governará com sabedoria e exercerá no país o direito e a justiça – oráculo
do Senhor.
Nos seus dias, Judá será salvo e Israel viverá em segurança. Então será
este o seu nome: 'O Senhor – é – nossa – Justiça!'
Por isso, eis que chegarão dias – oráculo do Senhor – em que já não dirão:
'Viva o Senhor que tirou do Egipto os filhos de Israel';
mas sim: 'Viva o Senhor que tirou e reconduziu a linhagem de Israel do país
do Norte e de todos os países, para onde os dispersara, e os fez habitar na
sua própria terra'.»


Salmos 72,2.12-13.18-19.
para que julgue o teu povo com justiça e os teus pobres com equidade.
Ele socorrerá o pobre que o invoca e o indigente que não tem quem o ajude.
Terá compaixão do humilde e do pobre e salvará a vida dos oprimidos.
Bendito seja o SENHOR, Deus de Israel, o único que realiza maravilhas.
Bendito seja para sempre o seu nome glorioso e a terra inteira se encha da
sua glória! Ámen! Ámen!


Mateus 1,18-24.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava
desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo
poder do Espírito Santo.
José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu
deixá-la secretamente.
Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos
e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa,
pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará
o povo dos seus pecados.»
Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta:

Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá lo
Emanuel, que quer dizer: Deus connosco.
Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu
sua esposa.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

João Paulo II
Carta apostólica «Redemptoris Custos», §§ 25-27 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor

O clima de silêncio que acompanha tudo o que se refere à figura de José
estende-se também ao trabalho de carpinteiro na casa de Nazaré. É um
silêncio que desvenda de maneira especial o perfil interior desta figura.
Os evangelhos falam exclusivamente daquilo que José «fez»; no entanto,
permitem-nos auscultar nas suas «acções», envolvidas pelo silêncio, um
clima de profunda contemplação. José estava quotidianamente em contacto com
o mistério «escondido desde todos os séculos», que «estabeleceu a Sua
morada» sob o tecto da sua casa (Col 1, 26; Jo 1, 14). [...]Uma
vez que o amor «paterno» de José não podia deixar de influir sobre o amor
«filial» de Jesus e, reciprocamente, o amor «filial» de Jesus não podia
deixar de influir sobre o amor «paterno» de José, como chegar a conhecer as
profundezas desta singularíssima relação? As almas mais sensíveis aos
impulsos do amor divino vêem com muita razão em José um exemplo luminoso de
vida interior. Mais ainda, a aparente tensão entre a vida activa e a vida
contemplativa tem em José uma superação ideal, possível para quem possui a
perfeição da caridade. Atendo-nos à conhecida distinção entre o amor da
verdade e as exigências do amor, podemos dizer que José experimentou, quer
o amor da verdade, ou seja, o puro amor de contemplação da Verdade divina
que irradiava da humanidade de Cristo, quer as exigências do amor, isto é,
o amor igualmente puro do serviço, requerido pela protecção e pelo
desenvolvimento dessa mesma humanidade.




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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 17 de Dezembro de 2009
Quinta-feira da 3a semana do Advento

Santa Olímpia, diaconisa, +408



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Leão Magno : «A linhagem de Jesus Cristo»

Leituras

Gén. 49,2.8-10.
Ajuntai-vos para escutar, filhos de Jacob, para escutar Israel, vosso pai.
A ti, Judá, teus irmãos te louvarão. A tua mão fará curvar o pescoço dos
teus inimigos. Os filhos de teu pai inclinar-se-ão diante de ti!
Tu és um leãozinho, Judá, quando regressas, ó meu filho, com a tua presa!
Ele deita-se. É o repouso do leão e da leoa; quem ousará despertá-lo?
O ceptro não escapará a Judá, nem o bastão de comando à sua descendência,
até que venha aquele a quem pertence o comando e ao qual obedecerão os
povos.


Salmos 72,2.3-4.7-8.17.
para que julgue o teu povo com justiça e os teus pobres com equidade.
Que os montes tragam a paz ao povo, e as colinas, a justiça.
Que o rei proteja os humildes do povo, ajude os necessitados e esmague os
opressores!
Em seus dias florescerá a justiça e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Dominará de um ao outro mar, do grande rio até aos confins da terra.
O seu nome permanecerá pelos séculos e durará enquanto o Sol brilhar; todos
nele se sentirão abençoados;


Mateus 1,1-17.
Genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão:
Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos;
Judá gerou, de Tamar, Peres e Zera; Peres gerou Hesron; Hesron gerou Rame;
Rame gerou Aminadab; Aminadab gerou Nachon; Nachon gerou Salmon;
Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;
Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão;
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa;
Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Uzias;
Uzias gerou Jotam; Jotam gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias;
Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias;
Josias gerou Jeconias e seus irmãos, na época da deportação para Babilónia.

Depois da deportação para Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel
gerou Zorobabel;
Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azur;
Azur gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud;
Eliud gerou Eleázar; Eleázar gerou Matan; Matan gerou Jacob.
Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama
Cristo.
Assim, o número total das gerações é, desde Abraão até David, catorze; de
David até ao exílio da Babilónia, catorze; e, desde o exílio da Babilónia
até Cristo, catorze.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Leão Magno (? - c. 461), Papa e Doutor da Igreja
Carta 31; PL 54, 791 (a partir da trad. Orval)

«A linhagem de Jesus Cristo»

De nada serve dizer que Nosso Senhor, filho da Virgem Maria, é realmente
homem, se não se crê que Ele o é da maneira como o Evangelho o proclama.
Quando Mateus nos fala «da genealogia de Jesus Cristo, filho de David,
filho de Abraão», desenha, a partir da origem da humanidade, a linhagem das
gerações até José, de quem Maria estava noiva. Lucas, pelo contrário, sobe
os sucessivos graus para conduzir ao início do género humano, e mostra
assim que o primeiro e o último Adão são da mesma natureza (3, 23ss.).

Seria possível, certamente, ao Todo-Poderoso Filho de Deus manifestar-se
para instrução e justificação dos homens da mesma maneira que apareceu aos
patriarcas e aos profetas sob forma carnal; por exemplo, quando lutou com
Jacob (Gn 32, 25), ou quando estabeleceu um diálogo com Abraão, aceitando a
sua hospitalidade a ponto de tomar o alimento que este Lhe apresentou (Gn
18). Mas estas aparições eram apenas sinais, imagens do homem de que
anunciavam a realidade, alcançada através das origens destes
antepassados.

Uma imagem não poderia realizar O mistério da nossa redenção, preparado
desde antes do tempo, desde a eternidade. O Espírito ainda não tinha
descido sobre a Virgem, e a força do Altíssimo ainda não tinha estendido
sobre ela a Sua sombra (Lc 1, 35). A Sabedoria ainda não tinha construído
uma morada onde o Verbo pudesse encarnar, de modo que a natureza de Deus e
a do escravo se unissem numa só pessoa, o Criador do tempo nascesse no
tempo, e Aquele por Quem tudo foi feito fosse gerado entre todas as
criaturas. Se o homem novo não Se tivesse assimilado à carne do pecador e
carregado a nossa decrepitude, se não tivesse condescendido, Ele que era
consubstancial ao Pai, em tomar a substância de Sua Mãe e assumir a nossa
natureza, excepto no pecado, a humanidade seria mantida cativa à mercê do
demónio, e não poderíamos gozar da vitória triunfal de Cristo, porque esta
teria acontecido fora da nossa natureza. É, por conseguinte, da admirável
participação de Cristo na nossa natureza que brota para nós a luz do
sacramento da regeneração.




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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 16 de Dezembro de 2009
Quarta-feira da 3a semana do Advento

Santo Eusébio, papa, mártir, +309, Santa Adelaide (ou Alice), imperatriz da Alemanha, +999, Beata Maria do Anjos, virgem, +1717



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório de Agrigento : «A Boa Nova é anunciada aos pobres»

Leituras

Is. 45,6-8.18.21-25.
Assim saberão, do Oriente ao Ocidente, que não há outro fora de mim. Eu é
que sou o SENHOR. Não há outro.
Formo a luz e crio as trevas, dou a felicidade e mando a infelicidade. Eu
sou o SENHOR, que faço todas estas coisas.
Destilai, ó céus, lá das alturas o orvalho, e que as nuvens façam chover a
justiça. Abra-se a terra para que floresça a salvação, e germine igualmente
a justiça. Eu sou o SENHOR, que criou tudo isto.»
Eis o que diz o SENHOR, criador dos céus, o Deus que formou a terra e a
consolidou, que não a criou em caos, mas pronta para ser habitada: «Eu é
que sou o SENHOR e não há outro.»
Declarai, apresentai provas, consultai-vos uns aos outros. Quem anunciou
estas coisas há muito tempo? Quem o revelou desde então? Não fui Eu, o
SENHOR? Não há outro Deus além de mim. Eu sou um Deus justo e salvador, e
não há nenhum outro.
Voltai-vos para mim e sereis salvos, vós que habitais nos confins da terra,
porque Eu sou Deus e não há nenhum outro.
Juro por mim mesmo, e o que digo é verdadeiro, é uma palavra irrevogável:
«Todo o joelho se dobrará diante de mim, toda a língua jurará por mim.»
Dirão: «Só no SENHOR residem a justiça e a força.» Até Ele hão-de acorrer
envergonhados todos os que contra Ele se tinham levantado.
No SENHOR triunfará e se gloriará toda a descendência de Israel.


Salmos 85(84),9-14.
Prestarei atenção ao que diz o SENHOR Deus; Ele promete paz para o seu povo
e para os seus amigos e para todos os que se voltam para Ele de coração.
A salvação está perto dos que o temem e a sua glória habitará na nossa
terra.
O amor e a fidelidade vão encontrar-se. Vão beijar-se a justiça e a paz.
Da terra vai brotar a verdade e a justiça descerá do céu.
O próprio SENHOR nos dará os seus bens e a nossa terra produzirá os seus
frutos.
A justiça caminhará diante dele e a paz, no rasto dos seus passos.


Lucas 7,18-23.
Os discípulos de João informaram-no de todos estes factos. Chamando dois
deles,
João mandou-os ao Senhor com esta mensagem: «És Tu o que está para vir, ou
devemos esperar outro?»
Ao chegarem junto dele, os homens disseram: «João Baptista mandou-nos ter
contigo para te perguntar: 'És Tu o que está para vir, ou devemos esperar
outro?'»
Nessa altura, Jesus curava a muitos das suas doenças, padecimentos e
espíritos malignos e concedia vista a muitos cegos.
Tomando a palavra, disse aos enviados: «Ide contar a João o que vistes e
ouvistes: Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os
surdos ouvem, os mortos ressuscitam, a Boa-Nova é anunciada aos pobres;
e feliz de quem não tiver em mim ocasião de queda.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório de Agrigento (c. 559-c. 594), bispo
Comentário sobre o Eclesiástico, 10, 2 (a partir da trad. breviário)

«A Boa Nova é anunciada aos pobres»

A luz do sol, vista com os olhos do nosso corpo, anuncia o sol espiritual,
«o Sol de justiça» (Ml 3,20). Foi realmente o sol mais suave que Se
levantou para os que, naquele tempo, tiveram a felicidade de ser Seus
discípulos, e de O olhar com os seus próprios olhos enquanto partilhou da
vida dos homens como se fosse um homem comum. E, no entanto, era também por
natureza Deus verdadeiro; foi por isso que pôde dar a vista aos cegos,
fazer andar os coxos e fazer ouvir os surdos; Ele curou os leprosos e, com
uma só palavra, trouxe os mortos à vida.

E, ainda agora, não há nada verdadeiramente mais suave que fixar n'Ele os
olhos do espírito, para contemplar e entender a Sua inexprimível e divina
beleza; não há nada mais doce que ser iluminado e embelezado por esta
participação e esta comunhão na luz, ter o coração apaziguado, a alma
santificada, e ser preenchido por uma alegria divina todos os dias da vida
presente. [...] Em verdade, este Sol de justiça é, para os que O olham, o
dador da alegria, de acordo com esta profecia de David: «Os justos
alegram-se e rejubilam diante de Deus, exultam de alegria!» E ainda:
«Exultai, ó justos, no Senhor; louvai-O, rectos de coração» (Sl 67, 4; 33,
1).




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