segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 01 de Dezembro de 2009
Terça-feira da 1a semana do Advento

Santo Elói, bispo, +660



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Carlos Borromeu : «Felizes os olhos que vêem o que estais a ver»

Leituras

Is. 11,1-10.
Brotará um rebento do tronco de Jessé, e um renovo brotará das suas raízes.

Sobre ele repousará o espírito do SENHOR: espírito de sabedoria e de
entendimento, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de ciência e de
temor do SENHOR.
Não julgará pelas aparências nem proferirá sentenças somente pelo que ouvir
dizer;
mas julgará os pobres com justiça, e com equidade os humildes da terra;
ferirá os tiranos com os decretos da sua boca, e os maus com o sopro dos
seus lábios.
A justiça será o cinto dos seus rins, e a lealdade circundará os seus
flancos.
Então o lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo deitar-se-á ao lado do
cabrito; o novilho e o leão comerão juntos, e um menino os conduzirá.
A vaca pastará com o urso, e as suas crias repousarão juntas; o leão comerá
palha como o boi.
A criancinha brincará na toca da víbora e o menino desmamado meterá a mão
na toca da serpente.
Não haverá dano nem destruição em todo o meu santo monte, porque a terra
está cheia de conhecimento do SENHOR, tal como as águas que cobrem a
vastidão do mar.
Naquele dia, a raiz de Jessé, estandarte dos povos, será procurada pelas
nações e será gloriosa a sua morada.


Salmos 72,2.7-8.12-13.17.
para que julgue o teu povo com justiça e os teus pobres com equidade.
Em seus dias florescerá a justiça e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Dominará de um ao outro mar, do grande rio até aos confins da terra.
Ele socorrerá o pobre que o invoca e o indigente que não tem quem o ajude.
Terá compaixão do humilde e do pobre e salvará a vida dos oprimidos.
O seu nome permanecerá pelos séculos e durará enquanto o Sol brilhar; todos
nele se sentirão abençoados;


Lucas 10,21-24.
Nesse mesmo instante, Jesus estremeceu de alegria sob a acção do Espírito
Santo e disse: «Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque
escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos
pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado.
Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece quem é o Filho senão o
Pai, nem quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho houver por bem
revelar-lho.»
Voltando-se, depois, para os discípulos, disse-lhes em particular: «Felizes
os olhos que vêem o que estais a ver.
Porque digo-vos muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não o
viram, ouvir o que ouvis e não o ouviram!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Carlos Borromeu (1538-1584), bispo
Carta pastoral (a partir da trad. Ed. Lyon 1684)

«Felizes os olhos que vêem o que estais a ver»

Eis, meus bem-amados, esse tempo celebrado com tanto fervor, e que é, como
diz o Espírito Santo, um tempo de favor divino (Is 61, l2; Lc 4, 19), um
período de salvação, de paz e de reconciliação; tempo desde há muito
ardentemente desejado pelos antigos profetas e patriarcas, em seus votos e
suas mais profundas aspirações, e que foi finalmente visto pelo justo
Simeão com uma alegria transbordante (Lc 2, 26ss). Como foi sempre
celebrado com tanto fervor pela Igreja, devemos nós próprios contemplá-lo
nos louvores e nas acções de graças dirigidas ao Pai eterno, misericórdia
que manifestou neste mistério.

Sendo em cada ano revivido pela Igreja, somos exortados a recordar
constantemente a memória de tanto amor para connosco. O que nos faz
aprender, também, que a vinda de Cristo não aproveitou apenas àqueles que
viviam na época do Salvador, mas que a Sua força deveria ser comunicada
igualmente a todos nós; contanto que, por meio da fé e dos sacramentos,
queiramos acolher a graça que Ele nos concedeu e conduzir a vida segundo
essa graça, obedecendo-Lhe.




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domingo, 29 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 30 de Novembro de 2009
S. André, Apóstolo – Festa

S. André, Apóstolo
Santo André, apóstolo



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : Santo André imita a Cristo até na morte

Leituras

Romanos 10,9-18.
Porque, se confessares com a tua boca: «Jesus é o Senhor», e acreditares no
teu coração que Deus o ressuscitou de entre os mortos, serás salvo.
É que acreditar de coração leva a obter a justiça, e confessar com a boca
leva a obter a salvação.
É a Escritura que o diz: Todo o que nele acreditar não ficará frustrado.
Assim, não há diferença entre judeu e grego, pois todos têm o mesmo Senhor,
rico para com todos os que o invocam.
De facto, todo o que invocar o nome do Senhor será salvo. Culpa de Israel:
a falta de fé
Ora, como hão-de invocar aquele em quem não acreditaram? E como hão-de
acreditar naquele de quem não ouviram falar? E como hão-de ouvir falar, sem
alguém que o anuncie?
E como hão-de anunciar, se não forem enviados? Por isso está escrito: Que
bem-vindos são os pés dos que anunciam as boas-novas!
Porém, nem todos obedeceram à Boa-Nova. É Isaías quem o diz: Senhor, quem
acreditou na nossa pregação?
Portanto, a fé surge da pregação, e a pregação surge pela palavra de
Cristo.
Mas, pergunto eu, será que não a ouviram? Pelo contrário: A voz deles
ressoou por toda a terra e até aos confins do mundo as suas palavras.


Salmos 19(18),2-3.4-5.
Os céus proclamam a glória de Deus; o firmamento anuncia a obra das suas
mãos.
Um dia passa ao outro esta mensagem e uma noite dá conhecimento à outra
noite.
Não são palavras nem discursos cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a terra, e a sua palavra, até aos confins do
mundo. Deus fez, lá no alto, uma tenda para o Sol,


Mateus 4,18-22.
Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão,
chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram
pescadores.
Disse-lhes: «Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.»
E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-no.
Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e
seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes,
dentro do barco. Chamou-os, e
eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Audiência geral de 14/06/06 (© copyright Libreria Editrice Vaticana)

Santo André imita a Cristo até na morte

Uma tradição [...] narra a morte de André em Patras, onde também ele sofreu
o suplício da crucifixão. Mas, naquele momento supremo, de modo análogo ao
de seu irmão Pedro, pediu para ser posto numa cruz diferente da de Jesus.
No seu caso tratou-se de uma cruz decussada, isto é, cruzada
transversalmente inclinada, que por isso foi chamada «cruz de Santo André».


Eis o que o Apóstolo disse naquela ocasião, segundo uma antiga narração
[...]: «Salve, ó Cruz, inaugurada por meio do corpo de Cristo e que se
tornou adorno dos Seus membros, como se fossem pérolas preciosas. Antes que
o Senhor fosse elevado sobre ti, tu incutias um temor terreno. Agora, ao
contrário, dotada de um amor celeste, és recebida como um dom. Os crentes
sabem, a teu respeito, quanta alegria possuis, quantos dons tens
preparados. Portanto, certo e cheio de alegria venho a ti, para que também
tu me recebas exultante como discípulo Daquele que em ti foi suspenso
[...]. Ó Cruz bem-aventurada, que recebeste a majestade e a beleza dos
membros do Senhor! [...] Toma-me e leva-me para longe dos homens e
entrega-me ao meu Mestre, para que por teu intermédio me receba Quem por ti
me redimiu. Salve, ó Cruz; sim, salve verdadeiramente!»

Como se vê, há aqui uma profundíssima espiritualidade cristã, que vê na
Cruz não tanto um instrumento de tortura como, ao contrário, o meio
incomparável de uma plena assimilação ao Redentor, ao grão de trigo que
caiu na terra. Devemos aprender com isto uma lição muito importante: as
nossas cruzes adquirem valor se forem consideradas e aceites como parte da
cruz de Cristo, se reflectirem a sua luz. Só naquela Cruz são também os
nossos sofrimentos nobilitados e adquirem o seu verdadeiro sentido.




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sábado, 28 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Domingo, dia 29 de Novembro de 2009
1º Domingo do Advento - C

Beato Redento da Cruz, religioso, mártir, +1638, Beato Dionísio da Natividade, religioso, mártir, +1638



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado Jan van Ruusbroec : «Então hão-de ver o Filho do Homem vir»

Leituras

Jer. 33,14-16.
«Eis que virão dias em que cumprirei a promessa favorável que fiz à casa de
Israel e à casa de Judá – oráculo do Senhor.
Nesses dias e nesse tempo, suscitarei de David um rebento de justiça, que
praticará o direito e a equidade no país.
Nesses dias, Judá será salvo e Jerusalém viverá em segurança. Este é o nome
com o qual será chamada: 'Senhor – nossa justiça.'»


Salmos 25(24),4-5.8-9.10.14.
Mostra me, SENHOR, os teus caminhos e ensina me as tuas veredas.
Dirige me na tua verdade e ensina me, porque Tu és o Deus meu salvador. Em
ti confio sempre.
O SENHOR é bom e justo; por isso ensina o caminho aos pecadores,
guia os humildes na justiça e dá lhes a conhecer o seu caminho.
Todos os caminhos do SENHOR são amor e fidelidade, para os que guardam a
sua aliança e os seus preceitos.
O SENHOR comunica os seus segredos aos que o temem e dá lhes a conhecer a
sua aliança.


1 Tess. 3,12-13.4,1-2.
O Senhor vos faça crescer e superabundar de caridade uns para com os outros
e para com todos, tal como nós para convosco;
que Ele confirme os vossos corações irrepreensíveis na santidade diante de
Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda de Nosso Senhor Jesus com todos os
seus santos.
Quanto ao resto, irmãos, pedimo-vos e exortamo-vos no Senhor Jesus Cristo,
a fim de que, tendo aprendido de nós o modo como se deve caminhar e agradar
a Deus – e já o fazeis – assim progridais sempre mais.
Conheceis bem que preceitos vos demos da parte do Senhor Jesus.


Lucas 21,25-28.34-36.
«Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre
os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar;
os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao
universo, pois as forças celestes serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e
glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a
cabeça, porque a vossa redenção está próxima.»
«Tende cuidado convosco: que os vossos corações não se tornem pesados com a
devassidão, a embriaguez e as preocupações da vida, e que esse dia não caia
sobre vós subitamente,
como um laço; pois atingirá todos os que habitam a terra inteira.
Velai, pois, orando continuamente, a fim de terdes força para escapar a
tudo o que vai acontecer e aparecerdes firmes diante do Filho do Homem.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado Jan van Ruusbroec (1293-1381), cónego regular
Les Noces spirituelles, 1 (a partir da trad. Louf, Bellefontaine 1993, p. 39 rev.)

«Então hão-de ver o Filho do Homem vir»

«Aí vem o esposo» (Mt 25, 6). Cristo, o nosso esposo, pronuncia esta
palavra. Em latim, o termo «venit» contém em si dois tempos do verbo: o
passado e o presente, o que não impede de visar também o futuro. É por isso
que vamos considerar três vindas do nosso esposo, Jesus Cristo.

Quando da primeira vinda, Ele fez-Se homem por causa do homem, por amor. A
segunda vinda tem lugar todos os dias, frequentemente e em muitas ocasiões,
em todos os corações que amam, acompanhada de novas graças e de novas
dádivas, consoante a capacidade de cada um. A terceira vinda é aquela que
terá lugar no dia do Juízo ou na hora da morte. [...]

O motivo por que Deus criou os anjos e os homens foi a Sua bondade infinita
e a Sua nobreza, uma vez que Ele quis fazê-lo para que a beatitude e a
riqueza que Ele próprio é sejam reveladas às criaturas dotadas de razão e
para que estas possam saboreá-Lo no tempo e usufruí-Lo para lá do tempo, na
eternidade.

O motivo por que Deus Se fez homem foi o seu amor imenso e o infortúnio dos
homens, pois eles estavam alterados pela queda do pecado original e eram
incapazes de se curarem dele. Mas o motivo por que Cristo realizou todas as
Suas obras na terra não apenas segundo a Sua divindade mas também segundo a
Sua humanidade é quádruplo, a saber: o Seu amor divino que não tem fim; o
amor criado, ou caridade, que possuía na Sua alma graças à união com o
Verbo eterno e graças à dádiva perfeita que Seu Pai Lhe fez; o grande
infortúnio em que se encontrava a natureza humana; e, por fim, a honra de
Seu Pai. Eis os motivos da vinda de Cristo, o nosso esposo, e de todas as
Suas obras.




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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Sabado, dia 28 de Novembro de 2009
Sábado da 34a semana do Tempo Comum

Santa Catarina Labouré, religiosa, +1876



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Afraate : «Velai, pois, orando continuamente»

Leituras

Dan. 7,15-27.
Perante semelhantes visões, eu, Daniel, senti-me esmagado, com o espírito
perturbado.
Aproximei-me de um dos assistentes e interroguei-o sobre a realidade de
tudo aquilo. Respondeu-me e deu-me a explicação:
«Estes portentosos animais, que são em número de quatro, são quatro reis
que se levantarão da terra.
Os santos do Altíssimo são os que hão-de receber a realeza e guardá-la por
toda a eternidade.»
Quis, então, conhecer exactamente o que se referia ao quarto animal,
diferente dos outros, excessivamente aterrador, cujos dentes eram de ferro
e as garras de bronze, que devorava, depois desfazia em pedaços e o que
restava calcava-o aos pés.
Desejei ser esclarecido acerca dos dez chifres que tinha na cabeça, bem
como daquele outro chifre que tinha despontado e diante do qual três
chifres tinham caído. É que esse chifre tinha olhos e uma boca que proferia
palavras arrogantes e parecia maior que os seus companheiros.
Tinha visto este chifre fazer guerra aos santos e levar vantagem sobre
eles.
Mas o Ancião, quando veio, fez justiça aos santos do Altíssimo. A hora
deles era aquela e obtiveram a posse do reino.
Respondeu-me assim: «O quarto animal será um quarto reino terrestre, que
será diferente de todos os reinos, devorará o mundo, o calcará e o reduzirá
a pó.
Os dez chifres designam dez reis, que surgirão neste reino, mas após estes
surgirá um outro, diferente dos anteriores, o qual vencerá três reis.
Proferirá insultos contra o Altíssimo, perseguirá os santos do Altíssimo.
Pensará em mudar os tempos sagrados e a religião. Os santos viverão sob a
sua alçada, apenas durante um determinado espaço de tempo.
Mas o julgamento continuará e tirar-lhe-ão o domínio, para o suprimir e
aniquilar definitivamente.
A realeza, o império e a grandeza de todos os reinos, situados sob os céus,
serão então devolvidos ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino é
eterno e todas as soberanias lhe prestarão preito de obediência.»


Dan. 3,82.83.84.85.86.87.
Vós, seres humanos, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Que Israel bendiga o Senhor: – a Ele a glória e o louvor eternamente!
Sacerdotes, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor eternamente!
Servos do Senhor, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Espíritos e almas dos justos, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o
louvor eternamente!
Santos e humildes de coração, bendizei o Senhor: _ a Ele a glória e o
louvor eternamente!


Lucas 21,34-36.
«Tende cuidado convosco: que os vossos corações não se tornem pesados com a
devassidão, a embriaguez e as preocupações da vida, e que esse dia não caia
sobre vós subitamente,
como um laço; pois atingirá todos os que habitam a terra inteira.
Velai, pois, orando continuamente, a fim de terdes força para escapar a
tudo o que vai acontecer e aparecerdes firmes diante do Filho do Homem.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Afraate (? – cerca 345), monge e bispo em Ninive, perto de Mossoul no actual Iraque
Exposições, n°4 (a partir da trad. SC 349, p. 316)

«Velai, pois, orando continuamente»

Mau amigo, para agradar a Deus, temos a oração. [...] Acima de tudo, sê
assíduo à oração sem a abandonares, como está escrito, porque Nosso Senhor
disse: «Orai sempre sem cessar». Sê assíduo às veladas, afasta de ti a
sonolência, permanece vigilante dia e noite, sem te desencorajares.Vou mostrar-te os modos da oração; com efeito, temos a petição, a
acção de graças e o louvor; a petição, quando se pede misericórdia pelos
próprios pecados; a acção de graças, quando se dá graças ao Pai que está
nos céus; e o louvor, quando se O louva pelas Suas obras. Quando estiveres
em perigo, apresenta a petição; quando fores provido de bens, dá graças
Àquele que tos dá; e, quando estiveres de humor alegre, apresenta o
louvor.Deves apresentar as tuas orações a Deus de acordo com as
circunstâncias. Ouve o que dizia o próprio David a todo o momento: «No meio
da noite levanto-me para Vos louvar, por causa dos Vossos justos decretos»
(Sl 118, 62). E, noutro salmo, diz: «Louvai o Senhor do alto dos céus,
louvai-O nas alturas» (Sl 148, 1). E diz ainda: «Bendirei o Senhor em todo
o tempo; o Seu louvor estará sempre nos meus lábios» (Sl 33, 2). Porque não
deves rezar de uma só maneira, mas de acordo com as circunstâncias.E eu, meu amigo, tenho a firme convicção de que tudo o que os
homens pedem com assiduidade, Deus lho concede. Mas aquele que oferece com
hipocrisia não é atendido, segundo aquilo que está escrito: aquele que
oferece a oração, vire e revire a sua oferenda, para se certificar de que
não encontra nela algum defeito, e ofereça-a em seguida, pois de outra
maneira a sua oferenda ficará em terra (cf Mt 5, 23-24; Mc 11, 25). E que
oferenda é esta, senão a oração? [...] Com efeito, de entre todas as
oferendas, a oração pura é a melhor.




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Advento

Queridos amigos

Amanhã, ao cair da tarde, começa novo Advento, novo ano litúrgico. No suceder dos tempos e das estações, somos de novo convidados a percorrer, em Igreja, os mistérios da nossa Salvação, o mistério único da misericórdia de Deus sobre nós.

Que este tempo seja de perseverança. Como dizia um dos evangelhos desta semana, “pela vossa perseverança, sereis salvos”. E que a alegria da espera pelo Advento final não seja ofuscada por nenhuma das vicissitudes que, inevitavelmente, encontraremos no caminho.

Com um abraço amigo

A equipa de Evangelho Quotidiano em língua portuguesa

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 26 de Novembro de 2009
Quinta-feira da 34ª semana do Tempo Comum

S. João Berchmans, jovem seminarista, +1621, Beato Tiago Alberione, presbítero, fundador, +1971



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : «Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem»

Leituras

Dan. 6,12-28.
Nessa altura, aqueles homens acorreram, alvoroçados, e encontraram Daniel
em oração, invocando o seu Deus.
Dirigiram-se imediatamente a casa do rei e disseram-lhe, a propósito do
decreto real de proibição: «Não promulgaste tu, ó rei, uma proibição,
declarando que quem, no período de trinta dias, invocasse algum deus ou
homem que não fosses tu, seria lançado na cova dos leões?» Respondeu o rei:
«Com certeza, conforme a lei dos Medos e dos Persas, que não pode ser
modificada.»
«Pois bem – prosseguiram eles – Daniel, o exilado de Judá, não teve
consideração nem pela tua pessoa, nem pelo decreto que promulgaste. Três
vezes ao dia, faz a sua oração.»
Ao ouvir estas palavras, o rei, muito pesaroso, tomou a peito, apesar de
tudo, a salvação de Daniel e nisso se aplicou até ao pôr-do-sol.
Porém, os mesmos homens, em tropel, vieram novamente procurar o rei.
«Sabei, ó rei – lhe disseram – que a lei dos Medos e dos Persas não permite
qualquer revogação de uma proibição ou de um decreto publicado pelo rei.»
O rei, então, mandou levar Daniel e lançá-lo na cova dos leões. Disse-lhe o
rei: «O Deus que tu adoras com tamanha fidelidade, Ele próprio te
libertará!»
Trouxeram uma pedra, que rolaram sobre a abertura da cova: o rei selou-a
com o seu sinete e com o sinete dos grandes, para que nada fosse modificado
em atenção a Daniel.
Entrando no palácio, o rei passou a noite sem comer nada e sem mandar ir
para junto dele concubina alguma; não conseguiu fechar os olhos.
De madrugada, levantou-se e partiu a toda a pressa para a cova dos leões.
Quando estava próximo, com uma voz muito magoada, chamou Daniel: «Daniel,
servo do Deus vivo, o teu Deus, que adoras com tanta fidelidade, teria
podido libertar-te dos leões?»
Daniel dirigiu-se ao rei nestes termos: «Ó rei, viva o rei para sempre!
O meu Deus enviou o seu anjo e fechou as fauces dos leões, que não me
fizeram qualquer mal, porque, aos olhos dele, estava inocente. Para
contigo, ó rei, tão pouco cometi qualquer falta.»
O rei, então, cheio de alegria, ordenou que tirassem Daniel da cova. Daniel
foi, pois, tirado sem qualquer vestígio de ferimento, porque tinha fé no
seu Deus.
Por ordem do rei, trouxeram os acusadores de Daniel e atiraram-nos à cova
dos leões, a eles, às mulheres e aos filhos. Ainda não tinham tocado o
fundo da cova e já os leões os tinham agarrado e lhes tinham triturado os
ossos.
Então, o rei Dario escreveu: «A todos os povos, a todas as nações e à gente
de todas as línguas que habitam a face da terra, paz e prosperidade!
Promulgo este decreto: 'Que em toda a extensão do meu reino se tema e trema
diante do Deus de Daniel, porque Ele é o Deus vivo, que subsiste
eternamente; o seu reino jamais será destruído e o seu domínio é perpétuo.
Ele salva e Ele liberta, faz milagres e prodígios no céu e na terra: foi
Ele quem livrou Daniel das garras dos leões.'»


Dan. 3,68.69.70.71.72.73.74.
Orvalho e geada, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Frio e gelo, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o louvor eternamente!
Gelos e neves, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o louvor eternamente!
Noites e dias, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor eternamente!

Luz e trevas, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor eternamente!
Relâmpagos e nuvens, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Que a terra bendiga o Senhor: – a Ele a glória e o louvor eternamente!


Lucas 21,20-28.
«Mas, quando virdes Jerusalém sitiada por exércitos, ficai sabendo que a
sua ruína está próxima.
Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que estiverem
dentro da cidade retirem-se; e os que estiverem no campo não voltem para a
cidade,
pois esses dias serão de punição, a fim de se cumprir tudo quanto está
escrito.
Ai das que estiverem grávidas e das que estiverem a amamentar naqueles
dias, porque haverá uma terrível angústia no país e um castigo contra este
povo.
Serão passados a fio de espada, serão levados cativos para todas as nações;
e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completar o tempo dos
pagãos.»
«Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre
os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar;
os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao
universo, pois as forças celestes serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e
glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a
cabeça, porque a vossa redenção está próxima.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 325-407), presbítero em Antioquia e posteriormente bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilia sobre a cruz e o ladrão (a partir da trad. de L'Année en fêtes, Migne 2000, p.282)

«Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem»

Saberás o quanto a cruz é um sinal do Reino? É com esse sinal que Cristo
virá, aquando da Sua segunda e gloriosa vinda! Para que possamos avaliar
até que ponto a cruz é digna de veneração, Ele fez dela um título de glória
[...].

Sabemos que a Sua primeira vinda se fez em segredo, e essa discrição estava
justificada: veio, com efeito, procurar o que estava morto. Mas essa
segunda vinda passar-se-á de maneira diferente [...]. Então aparecerá a
todos e ninguém terá necessidade de perguntar se Cristo está neste lugar ou
naquele (Mt 24, 26) [...]; não será preciso perguntarmo-nos se Deus está de
facto presente. Mas o que será preciso procurar saber, é se Ele vem com a
cruz [...].

«Assim será a vinda do Filho do Homem [...], o Sol escurecerá, a Lua não
dará a sua luz» (Mt 24, 27.29). A glória da Sua luz será tão grande que
diante dela obscurecer-se-ão os astros mais brilhantes. «As estrelas cairão
do céu [...]. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem.» (Mt 24,
29-30). Vês bem o poder do sinal da cruz? «O Sol escurecerá e a Lua não
dará a sua luz», e a cruz, pelo contrário, brilhará, bem visível, para que
saibas que o seu esplendor é maior que o do sol e o da lua. Tal como,
quando entra o rei numa cidade, os soldados carregam aos ombros os
estandartes reais e os levam à sua frente para assim anunciar a sua
chegada, também assim, quando o Senhor descer do céu, a corte dos anjos e
dos arcanjos, carregando esse sinal aos ombros, nos anunciará a chegada de
Cristo, nosso Rei.




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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 25 de Novembro de 2009
Quarta-feira da 34ª semana do Tempo Comum

Santa Catarina de Alexandria, virgem, mártir, +305



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório Magno : «Pela vossa constância é que sereis salvos»

Leituras

Dan. 5,1-6.13-14.16-17.23-28.
O rei Baltasar deu um banquete a mil dos seus conselheiros; e, na presença
de todos eles, foi bebendo vinho.
Excitado pela bebida, mandou trazer os vasos de ouro e prata que o pai
Nabucodonosor tinha tirado do templo de Jerusalém, a fim de que o rei, os
seus grandes, as concubinas e as bailarinas, se servissem deles para beber.

Trouxeram, pois, os vasos de ouro que tinham sido roubados ao templo de
Deus em Jerusalém. O rei, os seus conselheiros, as concubinas e as
bailarinas beberam por eles.
Depois de terem bebido o vinho, iniciaram o louvor aos deuses de ouro, de
prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.
Neste momento, apareceram dedos de mão humana que escreviam defronte do
candelabro, sobre o reboco da parede do palácio real. O rei, à vista da mão
que escrevia,
mudou de cor, pensamentos terríveis o assaltaram, os músculos dos rins
perderam o vigor e os joelhos entrechocavam-se.
Daniel foi, então, levado à presença do rei, que lhe disse: «És tu, de
facto, Daniel, deportado de Judá, a quem meu pai trouxe da Judeia para
aqui?
Ouvi dizer a teu respeito que o espírito de Deus está em ti e que em ti se
encontram uma luz, uma inteligência e uma sabedoria superiores.
Ora, asseguraram-me que tu és mestre na arte das interpretações e das
resoluções de enigmas. Se tu, pois, conseguires ler o que está escrito e me
deres a conhecer a sua interpretação, serás revestido de púrpura, trarás ao
pescoço um colar de ouro e tomarás o terceiro lugar no governo do reino.»
Daniel respondeu deste modo ao rei: «Guardai as vossas dádivas; as vossas
honrarias, dai-as a outro! Contudo, eu lerei ao rei o texto e dar-lhe-ei o
significado dele.
Mas levantaste-te contra o Senhor do Céu; trouxeram-te os vasos do seu
templo, pelos quais bebeste vinho, tu, os teus grandes, as tuas mulheres e
concubinas. Tributaste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de
ferro, de madeira e de pedra, que são cegos, surdos e nada conhecem, em vez
de glorificares o Deus que tem na mão o teu sopro de vida e que conhece
todos os teus passos.
Por isso, foi enviada de sua parte esta mão, que traçou na parede estas
palavras.
Eis o texto aqui escrito: 'Mené, Tequel e Parsin.'
Eis o sentido destas palavras: Mené: Deus mediu o teu reino e pôs-lhe um
termo;
Tequel: foste pesado na balança e encontrado muito leve;
Parsin: o teu reino foi dividido e entregue aos Medos e aos Persas.»


Dan. 3,62.63.64.65.66.67.
Sol e Lua, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o louvor eternamente!
Estrelas dos céus, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Chuva e orvalho, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Todos os ventos, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Fogo e chama, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor eternamente!
Frio e calor, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor eternamente!


Lucas 21,12-19.
«Mas, antes de tudo, vão deitar-vos as mãos e perseguir-vos, entregando-vos
às sinagogas e metendo-vos nas prisões; hão-de conduzir-vos perante reis e
governadores, por causa do meu nome.
Assim, tereis ocasião de dar testemunho.
Gravai, pois, no vosso coração, que não vos deveis preocupar com a vossa
defesa,
porque Eu próprio vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão
resistir ou contradizer os vossos adversários.
Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos. Hão-de causar a
morte a alguns de vós
e sereis odiados por todos, por causa do meu nome.
Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
Pela vossa constância é que sereis salvos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório Magno (c. 540-504), papa e Doutor da Igreja
Comentário moral do livro de Job, 10, 47-48; PL 75, 946 (a partir da trad. bréviaire)

«Pela vossa constância é que sereis salvos»

«Aquele que, como eu, é escarnecido pelo seu amigo invocará a Deus e Ele o
ouvirá» (Job 12, 4 Vulg). [...] Sucede a alma perseverar no bem, e contudo
sofrer a troça dos homens. Agir de modo admirável e receber injúrias.
Então, aquele que os elogios poderiam ter atraído exteriormente, repelido
pelas afrontas, entra em si próprio. Fortalece-se em Deus tanto mais
solidamente, quanto não encontra no exterior nada onde possa descansar. Põe
toda a sua esperança no seu Criador e, no meio das troças ultrajantes, só
implora o testemunho interior. A alma do homem afligido aproxima-se de Deus
tanto mais quanto é abandonada pelo favor dos homens. Cai imediatamente em
oração, e sob a opressão vinda do exterior, purifica-se para apreender as
realidades interiores. É por isso que este texto diz com razão: «Aquele
que, como eu, é escarnecido pelo seu amigo, invocará a Deus e ele o ouvirá
[...]». Quando estes infelizes encontram armas na oração, voltam a cantar
interiormente a bondade divina: esta dá-lhes satisfação, porque,
exteriormente, estão privados dos elogios dos homens. [...]

«Zomba-se da simplicidade do justo» (Job 12, 4). A sabedoria deste mundo
consiste em camuflar o coração debaixo de artifícios, em encobrir o
pensamento com as palavras, em apresentar como verdadeiro o que é falso, em
provar a falsidade do que é verdadeiro. Pelo contrário, a sabedoria dos
justos consiste em nada inventar para se valorizar, em transmitir o
pensamento com as palavras, em amar a verdade como ela é, em fugir da
falsidade, em fazer o bem gratuitamente, em preferir suportar o mal do que
fazê-lo, em nunca procurar vingar-se de uma ofensa, em considerar como um
benefício um insulto que se recebe por causa da verdade. Mas é precisamente
esta simplicidade dos justos que se torna motivo de troça, porque os sábios
deste mundo julgam que a pureza é uma tolice. Tudo que se faz com
integridade, eles consideram-no, evidentemente, como um absurdo; tudo o que
a Verdade aprova na conduta dos homens parece uma tolice à pretensa
sabedoria deste mundo.




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Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 25 de Novembro de 2009
Quarta-feira da 34ª semana do Tempo Comum

Santa Catarina de Alexandria, virgem, mártir, +305



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório Magno : «Pela vossa constância é que sereis salvos»

Leituras

Dan. 5,1-6.13-14.16-17.23-28.
O rei Baltasar deu um banquete a mil dos seus conselheiros; e, na presença
de todos eles, foi bebendo vinho.
Excitado pela bebida, mandou trazer os vasos de ouro e prata que o pai
Nabucodonosor tinha tirado do templo de Jerusalém, a fim de que o rei, os
seus grandes, as concubinas e as bailarinas, se servissem deles para beber.

Trouxeram, pois, os vasos de ouro que tinham sido roubados ao templo de
Deus em Jerusalém. O rei, os seus conselheiros, as concubinas e as
bailarinas beberam por eles.
Depois de terem bebido o vinho, iniciaram o louvor aos deuses de ouro, de
prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.
Neste momento, apareceram dedos de mão humana que escreviam defronte do
candelabro, sobre o reboco da parede do palácio real. O rei, à vista da mão
que escrevia,
mudou de cor, pensamentos terríveis o assaltaram, os músculos dos rins
perderam o vigor e os joelhos entrechocavam-se.
Daniel foi, então, levado à presença do rei, que lhe disse: «És tu, de
facto, Daniel, deportado de Judá, a quem meu pai trouxe da Judeia para
aqui?
Ouvi dizer a teu respeito que o espírito de Deus está em ti e que em ti se
encontram uma luz, uma inteligência e uma sabedoria superiores.
Ora, asseguraram-me que tu és mestre na arte das interpretações e das
resoluções de enigmas. Se tu, pois, conseguires ler o que está escrito e me
deres a conhecer a sua interpretação, serás revestido de púrpura, trarás ao
pescoço um colar de ouro e tomarás o terceiro lugar no governo do reino.»
Daniel respondeu deste modo ao rei: «Guardai as vossas dádivas; as vossas
honrarias, dai-as a outro! Contudo, eu lerei ao rei o texto e dar-lhe-ei o
significado dele.
Mas levantaste-te contra o Senhor do Céu; trouxeram-te os vasos do seu
templo, pelos quais bebeste vinho, tu, os teus grandes, as tuas mulheres e
concubinas. Tributaste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de
ferro, de madeira e de pedra, que são cegos, surdos e nada conhecem, em vez
de glorificares o Deus que tem na mão o teu sopro de vida e que conhece
todos os teus passos.
Por isso, foi enviada de sua parte esta mão, que traçou na parede estas
palavras.
Eis o texto aqui escrito: 'Mené, Tequel e Parsin.'
Eis o sentido destas palavras: Mené: Deus mediu o teu reino e pôs-lhe um
termo;
Tequel: foste pesado na balança e encontrado muito leve;
Parsin: o teu reino foi dividido e entregue aos Medos e aos Persas.»


Dan. 3,62.63.64.65.66.67.
Sol e Lua, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o louvor eternamente!
Estrelas dos céus, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Chuva e orvalho, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Todos os ventos, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Fogo e chama, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor eternamente!
Frio e calor, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor eternamente!


Lucas 21,12-19.
«Mas, antes de tudo, vão deitar-vos as mãos e perseguir-vos, entregando-vos
às sinagogas e metendo-vos nas prisões; hão-de conduzir-vos perante reis e
governadores, por causa do meu nome.
Assim, tereis ocasião de dar testemunho.
Gravai, pois, no vosso coração, que não vos deveis preocupar com a vossa
defesa,
porque Eu próprio vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão
resistir ou contradizer os vossos adversários.
Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos. Hão-de causar a
morte a alguns de vós
e sereis odiados por todos, por causa do meu nome.
Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
Pela vossa constância é que sereis salvos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório Magno (c. 540-504), papa e Doutor da Igreja
Comentário moral do livro de Job, 10, 47-48; PL 75, 946 (a partir da trad. bréviaire)

«Pela vossa constância é que sereis salvos»

«Aquele que, como eu, é escarnecido pelo seu amigo invocará a Deus e Ele o
ouvirá» (Job 12, 4 Vulg). [...] Sucede a alma perseverar no bem, e contudo
sofrer a troça dos homens. Agir de modo admirável e receber injúrias.
Então, aquele que os elogios poderiam ter atraído exteriormente, repelido
pelas afrontas, entra em si próprio. Fortalece-se em Deus tanto mais
solidamente, quanto não encontra no exterior nada onde possa descansar. Põe
toda a sua esperança no seu Criador e, no meio das troças ultrajantes, só
implora o testemunho interior. A alma do homem afligido aproxima-se de Deus
tanto mais quanto é abandonada pelo favor dos homens. Cai imediatamente em
oração, e sob a opressão vinda do exterior, purifica-se para apreender as
realidades interiores. É por isso que este texto diz com razão: «Aquele
que, como eu, é escarnecido pelo seu amigo, invocará a Deus e ele o ouvirá
[...]». Quando estes infelizes encontram armas na oração, voltam a cantar
interiormente a bondade divina: esta dá-lhes satisfação, porque,
exteriormente, estão privados dos elogios dos homens. [...]

«Zomba-se da simplicidade do justo» (Job 12, 4). A sabedoria deste mundo
consiste em camuflar o coração debaixo de artifícios, em encobrir o
pensamento com as palavras, em apresentar como verdadeiro o que é falso, em
provar a falsidade do que é verdadeiro. Pelo contrário, a sabedoria dos
justos consiste em nada inventar para se valorizar, em transmitir o
pensamento com as palavras, em amar a verdade como ela é, em fugir da
falsidade, em fazer o bem gratuitamente, em preferir suportar o mal do que
fazê-lo, em nunca procurar vingar-se de uma ofensa, em considerar como um
benefício um insulto que se recebe por causa da verdade. Mas é precisamente
esta simplicidade dos justos que se torna motivo de troça, porque os sábios
deste mundo julgam que a pureza é uma tolice. Tudo que se faz com
integridade, eles consideram-no, evidentemente, como um absurdo; tudo o que
a Verdade aprova na conduta dos homens parece uma tolice à pretensa
sabedoria deste mundo.




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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 24 de Novembro de 2009
Terça-feira da 34 semana do Tempo Comum

Santo André Dung Lac e companheiros, presbíteros, mártires vietnamitas, séc. XVIII e XIX



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cirilo de Alexandria : «Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai as vossas cabeças, porque a vossa libertação está próxima» (Lc 21, 28

Leituras

Dan. 2,31-45.
Ó rei, tu tiveste uma visão. Eis que uma grande, uma enorme estátua se
levantava diante de ti; era de um brilho extraordinário, mas de um aspecto
terrível.
Esta estátua tinha a cabeça de ouro fino, o peito e os braços de prata, o
ventre e as ancas de bronze,
as pernas de ferro, os pés metade de ferro e metade de barro.
Contemplavas tu esta estátua, quando uma pedra se desprendeu da montanha,
sem intervenção de mão alguma, e veio bater nos seus pés, que eram de ferro
e argila, e lhos esmigalhou.
Então, com a mesma pancada foram feitos em pedaços o ferro, o barro, o
bronze, a prata, o ouro, e, semelhantes ao pó que no Verão voa da eira,
foram levados pelo vento sem que deixassem qualquer vestígio. A pedra que
tinha embatido contra a estátua transformou-se numa alta montanha, que
encheu toda a terra.
Este era o sonho. Vamos agora dar ao rei a sua interpretação.
Tu, ó rei, és o rei dos reis, a quem o Deus dos céus deu a realeza, o
poder, a força e a glória;
a quem entregou o domínio sobre os homens, onde quer que eles habitem,
sobre os animais terrestres e sobre as aves do céu. Tu é que és a cabeça de
ouro.
Depois de ti surgirá um outro reino menor que o teu; depois um terceiro
reino, o de bronze, que dominará sobre toda a terra.
Um quarto reino será forte como o ferro; assim como o ferro quebra e esmaga
tudo, assim este esmagará e aniquilará todos os outros.
Os pés e os dedos que viste, em parte de argila de oleiro, em parte de
ferro, indicam que este reino será dividido; haverá nele alguma coisa da
resistência do ferro, conforme tu viste ferro misturado com argila.
Os dedos dos pés, em parte de ferro e em parte de barro, significam que o
reino será ao mesmo tempo forte e frágil.
Se tu viste o ferro junto com o barro, foi porque as duas partes se uniram
por descendência humana, mas não se aguentarão juntas, do mesmo modo que o
ferro não se funde com a argila.
No tempo destes reis, o Deus dos céus fará aparecer um reino que jamais
será destruído e cuja soberania nunca passará para outro povo. Esmagará e
aniquilará todos os outros, enquanto ele subsistirá para sempre.
Foi o que pudeste ver na pedra que se desprendia da montanha, sem
intervenção de mão alguma, e que reduzia a migalhas o ferro, o bronze, a
argila, a prata e o ouro. O grande Deus fez conhecer ao rei o que
acontecerá no futuro. O sonho é verdadeiro e a interpretação dele é digna
de crédito.»


Dan. 3,57.58.59.60.61.
Obras do Senhor, bendizei todas o Senhor:_ a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Céus, bendizei o Senhor:_ a Ele a glória e o louvor eternamente!
Anjos do Senhor, bendizei o Senhor:_ a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Águas que estais acima dos céus, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o
louvor eternamente!
Todos os poderes do universo, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o
louvor eternamente!


Lucas 21,5-11.
Como alguns falassem do templo, dizendo que estava adornado de belas pedras
e de ofertas votivas, respondeu:
«Virá o dia em que, de tudo isto que estais a contemplar, não ficará pedra
sobre pedra. Tudo será destruído.»
Perguntaram-lhe, então: «Mestre, quando sucederá isso? E qual será o sinal
de que estas coisas estão para acontecer?»
Ele respondeu: «Tende cuidado em não vos deixardes enganar, pois muitos
virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu'; e ainda: 'O tempo está próximo.' Não
os sigais.
Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis; é necessário
que estas coisas sucedam primeiro, mas não será logo o fim.»
Disse-lhes depois: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino.
Haverá grandes terramotos e, em vários lugares, fomes e epidemias; haverá
fenómenos apavorantes e grandes sinais no céu.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e Doutor da Igreja
Sobre Isaias, III, 1 (a partir da trad. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 6, p. 76)

«Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai as vossas cabeças, porque a vossa libertação está próxima» (Lc 21, 28

«Reduzistes a cidade a um montão de pedras; a cidadela dos orgulhosos está
aniquilada, jamais será reedificada. Por isso um povo forte vos glorifica»
(Is 25,2-3). Pertence ao desígnio constante de Deus omnipotente e aos Seus
conselhos irrepreensíveis reduzir as «cidadelas» a «montões de pedra»,
abalá-las desde os fundamentos, sem esperança de voltarem a erguer-se.
«Jamais será reedificada», diz o texto. Estas cidades destruídas não são, a
nosso ver, aquelas que são perceptíveis pelos sentidos, nem são os homens
que nelas vivem. Parece-nos que se trata antes das potências más e hostis,
e sobretudo de Satanás, aqui chamado cidade e «cidadela». [...]Quando o Emanuel apareceu e brilhou neste mundo, a tropa ímpia das
potências adversas foi derrubada, Satanás foi abalado nos seus fundamentos
e caiu, enfraquecido para sempre, sem esperança de voltar a erguer-se, de
levantar de novo a cabeça.É por isso que o povo pobre e a
cidade dos homens oprimidos bendirá o Senhor. Israel foi chamado ao
conhecimento de Deus pela pedagogia da Lei, foi cumulado de todos os bens
por Deus. Sim, Israel foi salvo e obteve em herança a terra da promessa.
Mas a multidão das nações que estão sob o céu estava privada destes bens
espirituais. [...] Quando Cristo apareceu em pessoa e, destruindo a tirania
do demónio, as conduziu a seu Deus e seu Pai, foram enriquecidas com a luz
da verdade pela participação na glória divina, pela grandeza da vida do
Evangelho. É por isso que cantam hinos de acções de graças a Deus Pai: «Vós
realizastes os Vossos maravilhosos desígnios» (v. 1), tudo recapitulando em
Cristo. Vós iluminastes aqueles que se encontravam nas trevas (cf. Lc 1,
79), derrubando as potências que dominam o mundo (cf. Ef 6, 12) como se
derrubam cidadelas. «Por isso um povo forte vos glorifica».




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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 23 de Novembro de 2009
Segunda-feira da 34ª semana do Tempo Comum

S.Clemente I, papa, mártir, +102



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado Charles de Foucauld : «Eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava [...], enquanto ela deitou da sua indigência»

Leituras

Dan. 1,1-6.8-20.
No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da
Babilónia, veio cercar Jerusalém.
O Senhor entregou-lhe Joaquim, rei de Judá, e uma parte dos objectos do
templo; Nabucodonosor transportou-os ao país de Chinear e colocou-os na
sala do tesouro dos seus deuses.
O rei deu ordem a Aspenaz, chefe dos criados, que lhe trouxesse jovens
israelitas, de ascendência real ou de família nobre,
sem qualquer defeito, formosos, dotados de toda a espécie de qualidades,
instruídos, inteligentes e fortes. Seriam colocados no palácio real e
Aspenaz devia ensinar-lhes as letras e a língua dos caldeus.
O rei destinou-lhes uma provisão diária de alimentos, reservada à ementa da
mesa real, e do vinho que ele bebia. A formação deles havia de durar três
anos, após o que entrariam ao serviço na presença do rei.
Entre estes, contavam-se Daniel, Hananias, Michael e Azarias, que
pertenciam aos filhos de Judá.
Daniel tomou a resolução de não se manchar com o alimento do rei e com o
vinho que ele bebia. Por isso, pediu ao chefe dos criados para se abster
deles.
Deus fez com que o chefe dos criados acolhesse Daniel com benevolência e
amabilidade.
Mas depois disse-lhe: «Temo que o rei, meu senhor, que determinou o que vós
haveis de comer e beber, venha a encontrar o vosso rosto mais magro que o
dos outros jovens da mesma idade e assim me exponhais a uma repreensão da
parte do rei.»
Então, Daniel disse ao oficial, a quem o chefe dos criados tinha confiado o
cuidado de Daniel, Hananias, Michael e Azarias:
«Por favor, faz uma experiência de dez dias com os teus servos: que se nos
dê apenas legumes a comer, e água a beber.
Depois disto, compararás o nosso aspecto com o dos jovens que se alimentam
das iguarias da mesa real e, conforme o que tiveres constatado, assim
agirás com os teus servos.»
Concordou com esta proposta e submeteu-os à prova, durante dez dias.
Ao fim deste prazo, verificou-se que tinham melhor aspecto e estavam mais
robustos que todos os jovens que comiam os acepipes da mesa real.
Como consequência, o oficial retirava as iguarias e o vinho que lhes
estavam destinados e mandava que lhes servissem legumes.
A estes quatro jovens, Deus deu sabedoria e inteligência no domínio das
letras e ciências. Daniel compreendia toda a espécie de visões e sonhos.
Decorrido o tempo fixado pelo rei para a apresentação dos jovens, o chefe
dos criados levou-os à presença de Nabucodonosor,
que conversou com eles. Dentre todos os jovens, não houve nenhum que
pudesse comparar-se a Daniel, Hananias, Michael e Azarias. Por isso,
entraram ao serviço na presença do rei.
Em qualquer assunto de sabedoria e inteligência que os consultasse, o rei
achava-os dez vezes superiores a todos os escribas e magos do seu reino.


Dan. 3,52.53.54.55.56.
«Bendito sejas, Senhor, Deus de nossos pais:– digno de louvor e glória
eternamente! Bendito seja o teu nome santo e glorioso:– digno de supremo
louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no templo da tua santa glória: – digno de supremo louvor e
glória eternamente!
Bendito sejas por penetrares os abismos,sentado sobre os querubins: – digno
de supremo louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no teu trono real: – digno de supremo louvor e exaltação
eternamente!
Bendito sejas no firmamento dos céus:– digno de supremo louvor e glória
eternamente!


Lucas 21,1-4.
Levantando os olhos, Jesus viu os ricos deitarem no cofre do tesouro as
suas ofertas.
Viu também uma viúva pobre deitar lá duas moedinhas
e disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou mais do que todos
os outros;
pois eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava, enquanto ela, da sua
indigência, deitou tudo o que tinha para viver.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Meditações sobre o Evangelho, 263 (in Oeuvres spirituelles, Seuil 1958, p. 174)

«Eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava [...], enquanto ela deitou da sua indigência»

Não desprezemos os pobres, os pequenos [...]; para além de serem nossos
irmãos em Deus, são os que imitam mais perfeitamente Jesus na Sua vida
exterior. Eles representam perfeitamente Jesus, o operário de Nazaré. Eles
são os anciãos entre os eleitos, os primeiros a ser chamados ao berço do
Salvador. Eles foram os companheiros habituais de Jesus, do Seu nascimento
até à morte; a eles pertenciam Maria e José e os apóstolos. [...] Longe de
os desprezar, honremo-los, honremos neles a imagem de Jesus e dos Seus
santos pais; em lugar de os desdenhar, admiremo-los. [...] Imitemo-los e,
dado que vemos que a sua condição é a melhor, aquela que Jesus escolheu
para Si mesmo, para os seus, aquela que chamou em primeiro lugar para junto
do Seu berço, aquela que Ele mostrou pelos Seus actos e palavras [...],
abracemo-la. [...] Sejamos pobres operários como Ele, como Maria, José, os
apóstolos, os pastores, e se algum dia Ele nos chamar para o apostolado,
permaneçamos nesta vida tão pobres como Ele nela permaneceu, tão pobres
como nela ficou um São Paulo «o seu fiel imitador» (cf 1Cor 11, 1).

Não deixemos nunca de ser em tudo pobres, irmãos dos pobres, companheiros
dos pobres, sejamos os mais pobres dos pobres como Jesus, e como Ele amemos
os pobres e rodeemo-nos deles.




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domingo, 22 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Domingo, dia 22 de Novembro de 2009
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO - Solenidade

Domingo de Cristo Rei (semana II do saltério)
Santa Cecília, virgem, mártir, séc. III ou IV



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Orígenes : «Venha o Teu Reino» (Mt 6, 10)

Leituras

Dan. 7,13-14.
Contemplando sempre a visão nocturna, vi aproximar-se, sobre as nuvens do
céu, um ser semelhante a um filho de homem. Avançou até ao Ancião, diante
do qual o conduziram.
Foram-lhe dadas as soberanias, a glória e a realeza. Todos os povos, todas
as nações e as gentes de todas as línguas o serviram. O seu império é um
império eterno que não passará jamais, e o seu reino nunca será destruído.»



Salmos 93(92),1-2.5.
O SENHOR é rei, vestido de majestade; revestido e cingido de poder está o
SENHOR. Firmou o universo, que não vacilará.
O teu trono, SENHOR, está firme desde sempre; e Tu existes desde a
eternidade.
São dignos de fé os teus testemunhos, a tua casa está adornada de santidade
por todo o sempre, ó SENHOR!


Apoc. 1,5-8.
e da parte de Jesus Cristo, a Testemunha fiel, o Primeiro vencedor da morte
e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama e nos purificou dos
nossos pecados com o seu sangue,
e fez de nós um reino, sacerdotes para Deus e seu Pai; a Ele seja dada a
glória e o poder pelos séculos dos séculos. Ámen!
Olhai: Ele vem no meio das nuvens! Todos os olhos o verão, até mesmo os que
o trespassaram. Todas as nações da terra se lamentarão por causa dele. Sim.
Ámen!
Eu sou o Alfa e o Ómega – diz o Senhor Deus – aquele que é, que era e que
há-de vir, o Todo-Poderoso.


João 18,33-37.
Pilatos entrou de novo no edifício da sede, chamou Jesus e perguntou-lhe:
«Tu és rei dos judeus?»
Respondeu-lhe Jesus: «Tu perguntas isso por ti mesmo, ou porque outros to
disseram de mim?»
Pilatos replicou: «Serei eu, porventura, judeu? A tua gente e os sumos
sacerdotes é que te entregaram a mim! Que fizeste?»
Jesus respondeu: «A minha realeza não é deste mundo; se a minha realeza
fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que Eu não fosse
entregue às autoridades judaicas; portanto, o meu reino não é de cá.»
Disse-lhe Pilatos: «Logo, Tu és rei!» Respondeu-lhe Jesus: «É como dizes:
Eu sou rei! Para isto nasci, para isto vim ao mundo: para dar testemunho da
Verdade. Todo aquele que vive da Verdade escuta a minha voz.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
A oração, 25; GCS 3, 356 (a partir da trad. do breviário)

«Venha o Teu Reino» (Mt 6, 10)

O reino do pecado é inconciliável com o reino de Deus. Portanto se queremos
que Deus reine sobre nós, «que o pecado não reine mais no vosso corpo
mortal». Mas «crucifiquemos os nossos membros no que toca à prática de
coisas da terra», demos frutos do Espírito. Assim, como num paraíso
espiritual, o Senhor passeará em nós, reinando sozinho com o Seu Cristo.
Este será entronado em nós «à direita do Todo-Poderoso» que desejamos
receber até que todos os Seus inimigos presentes em nós «se tornem estrado
para os Seus pés» e seja expulso para longe «todo o principado, toda a
dominação e poder».

Tudo isto pode acontecer em cada um de nós até que seja destruído «o último
inimigo [...]: a morte» e Cristo diga em nós: «Onde está, ó morte, a tua
vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» Por isso, desde agora, que
tudo o que é «corruptível» em nós se torne santo e «se revista de
incorruptibilidade» e o que é «mortal» [...] se «revista da imortalidade»
do Pai. Assim, Deus reinará sobre nós e estaremos desde já na alegria do
novo nascimento e da ressurreição.

(Referências bíblicas: Rom 6, 12; Col 3, 5; Gn 3, 8; Mt 26, 64; Sl 110, 1;
1Cor 15, 24.26.55.53)




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sábado, 21 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Sabado, dia 21 de Novembro de 2009
Sábado da 33a semana do Tempo Comum

Apresentação de Nossa Senhora no Templo



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Paciano de Barcelona : «Deus não é Deus de mortos, mas de vivos»

Leituras

1 Mac. 6,1-13.
O rei Antíoco atravessava as províncias superiores, quando soube que, na
Pérsia, em Elimaida, havia uma cidade famosa pelas suas riquezas em prata e
ouro.
O seu templo, extraordinariamente rico, possuía armaduras de ouro, couraças
e armas, deixadas ali por Alexandre, filho de Filipe, rei da Macedónia, o
primeiro que reinou sobre a Grécia.
Dirigiu-se para esta cidade com o propósito de a tomar e saquear, mas não
pôde, porque os habitantes estavam prevenidos.
Resistiram-lhe com as armas, e viu-se obrigado a fugir e a regressar à
Babilónia com grande humilhação.
Na Pérsia, um mensageiro foi dizer-lhe que as tropas enviadas à Judeia
tinham sido derrotadas,
e que Lísias, partindo com um poderoso exército, fora vencido pelos judeus,
que aumentaram o seu poderio com as armas, as munições e os despojos,
tomados ao exército desbaratado.
E que tinham destruído também a abominação edificada por ele sobre o altar,
em Jerusalém, e tinham cercado o templo com altas muralhas como outrora,
assim como a cidade de Bet-Sur.
Ouvindo estas notícias, o rei ficou irado e profundamente perturbado. Caiu
de cama, doente de tristeza, ao ver que os acontecimentos não tinham
correspondido aos seus desejos.
Passou assim muitos dias, porque a sua mágoa se renovava sem cessar, e
julgou morrer.
Mandou, então, chamar todos os seus amigos e disse-lhes: «O sono fugiu dos
meus olhos e o meu coração desfalece de preocupação.
E digo a mim mesmo: A que grande aflição fui reduzido e em que abismo de
tristeza me encontro, eu, que antes vivia alegre e era amado quando era
poderoso!
Mas agora lembro-me dos males que causei a Jerusalém, de todos os objectos
de ouro e prata que roubei, e de todos os habitantes da Judeia que
exterminei sem motivo.
Reconheço que foi por causa disto que me sobrevieram todos estes males, e,
agora, morro de tristeza numa terra estrangeira.»


Salmos 9(9A),2-3.4.6.16.19.
Quero louvar te, SENHOR, com todo o coração, e narrar todas as tuas
maravilhas.
Em ti exultarei de alegria e cantarei salmos ao teu nome, ó Altíssimo.
Os meus inimigos batem em retirada, tropeçam e caem mortos diante de ti.
Ameaçaste os pagãos, exterminaste os ímpios, apagaste o seu nome para
sempre.
Os pagãos caíram no fosso que fizeram; os seus pés ficaram presos na rede
que esconderam.
Mas o pobre não será esquecido eternamente, nem para sempre se há-de perder
a esperança dos infelizes.


Lucas 20,27-40.
Aproximaram-se alguns saduceus, que negam a ressurreição, e
interrogaram-no:
«Mestre, Moisés prescreveu nos que, se morrer um homem deixando a mulher,
mas não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva, para dar descendência
ao irmão.
Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou-se e morreu sem filhos;
o segundo,
depois o terceiro, casaram com a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que
morreram sem deixar filhos.
Finalmente, morreu também a mulher.
Ora bem, na ressurreição, a qual deles pertencerá a mulher, uma vez que os
sete a tiveram por esposa?»
Jesus respondeu-lhes: «Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se;
mas aqueles que forem julgados dignos da vida futura e da ressurreição dos
mortos não se casam, sejam homens ou mulheres,
porque já não podem morrer: são semelhantes aos anjos e, sendo filhos da
ressurreição, são filhos de Deus.
E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da
sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de
Jacob.
Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para Ele, todos estão
vivos.»
Tomando, então, a palavra, alguns doutores da Lei disseram: «Mestre,
falaste bem.»
E já não se atreviam a interrogá lo sobre mais nada.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Paciano de Barcelona (? – c. 390), bispo
Homilia sobre o baptismo, 6-7; PL 13, 1093 (a partir da trad. do breviário)

«Deus não é Deus de mortos, mas de vivos»

«Assim como trouxemos a imagem do homem da terra, assim também levaremos a
imagem do homem celeste; [porque] o primeiro homem, tirado da terra, é
terrestre; o segundo vem do céu» (1Cor 15,49.47). Se assim agirmos, meus
bem-amados, não morreremos no futuro. Mesmo que o nosso corpo se dissolva,
viveremos em Cristo, conforme Ele afirma: «Eu sou a Ressurreição e a Vida.
Quem crê em Mim, mesmo que tenha morrido, viverá» (Jo 11, 25). Estamos
certos, segundo o testemunho do próprio Senhor, de que Abraão, Isaac, Jacob
e todos os santos estão vivos. Porque é acerca deles que o Senhor diz:
«Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para Ele, todos estão
vivos» (Lc 20,38). E o apóstolo Paulo diz, falando de si próprio: «É que,
para mim, viver é Cristo e morrer, um lucro. [...] Tenho o desejo de partir
e de estar com Cristo» (Fil 1, 21.23). Diz ainda: «Estamos sempre
confiantes e conscientes de que, permanecendo neste corpo, vivemos
exilados, longe do Senhor, pois caminhamos pela fé e não pela visão» (2Cor
5, 6-7). Eis aquilo em que acreditamos, irmãos bem-amados. Aliás, o
apóstolo diz também: «E se nós temos esperança em Cristo apenas para esta
vida, somos os mais miseráveis de todos os homens» (1Cor 15,19).

A vida neste mundo, como vedes, é igual para os animais, as feras, os
pássaros, e para nós próprios, e pode até ser mais longa para eles. Mas o
que é próprio do homem, é o que Cristo nos deu pelo Seu Espírito, e que é a
vida sem fim, sob condição de não voltarmos a pecar: «É que o salário do
pecado é a morte; ao passo que o dom gratuito que vem de Deus é a vida
eterna, em Cristo Jesus, Senhor nosso» (Rom 6, 23).




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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 20 de Novembro de 2009
Sexta-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Santo Edmundo, rei, mártir, +870



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Todo o povo ficava suspenso dos Seus lábios»

Leituras

1 Mac. 4,36-37.52-59.
Judas e os seus irmãos disseram então: «Os nossos inimigos estão
aniquilados; subamos, pois, purifiquemos e restauremos o santuário.»
Reunido todo o exército, subiram ao monte de Sião.
No dia vinte e cinco do nono mês, que é o mês de Quisleu, do ano cento e
quarenta e oito, levantaram-se muito cedo
e ofereceram um sacrifício, segundo a lei, sobre o novo altar dos
holocaustos, que tinham levantado.
Precisamente no mesmo dia e na mesma hora em que os gentios o haviam
profanado, o altar foi de novo consagrado ao som de cânticos, harpas, liras
e címbalos.
Todo o povo se prostrou com o rosto por terra, para adorar e bendizer
aquele que lhes deu tão feliz triunfo.
Durante oito dias celebraram a dedicação do altar e, com alegria,
ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhão e de acção de graças.
Adornaram a fachada do templo com coroas de ouro e com pequenos escudos,
consagraram as entradas do templo e as salas, nas quais colocaram portas.
Foi grande a alegria do povo, e foi afastado o opróbrio infligido pelas
nações.
Judas e seus irmãos, assim como toda a assembleia de Israel, estabeleceram
que os dias da dedicação do altar fossem celebrados, cada ano, na sua data
própria, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de
Quisleu, com alegria e regozijo.


1 Crónicas 29,10.11-12.
Sê bendito para todo o sempre, SENHOR, Deus do nosso pai Israel!
A ti, SENHOR, a grandeza, o poder, a honra, a majestade e a glória, porque
tudo te pertence no céu e na terra. A ti, SENHOR, a realeza, pois estás
soberanamente elevado acima de todos os seres.
É de ti que vêm a riqueza e a glória, és Tu o SENHOR de todas as coisas, na
tua mão residem a força e o poder. Ela tem o poder de dar grandeza e
solidez a todas as coisas.


Lucas 19,45-48.
Depois, entrando no templo, começou a expulsar os vendedores.
E dizia-lhes: «Está escrito: A minha casa será casa de oração; mas vós
fizestes dela um covil de ladrões.»
Ensinava todos os dias no templo, e os sumos sacerdotes e os doutores da
Lei, assim como os chefes do povo, procuravam matá-lo.
Não sabiam, porém, como proceder, pois todo o povo, ao ouvi-lo, ficava
suspenso dos seus lábios.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermão sobre o Salmo 130, § 3

«Todo o povo ficava suspenso dos Seus lábios»

Reza-se no templo de Deus quando se reza na paz da Igreja, na unidade do
Corpo de Cristo, porque o Corpo de Cristo é constituído pela multidão dos
crentes espalhados por toda a terra. [...] Para sermos atendidos, é neste
templo que temos de rezar, «em espírito e verdade» (Jo 4, 23), e não no
Templo material de Jerusalém. Este era «uma sombra das coisas que hão-de
vir» (Col 2,17), e por isso caiu em ruínas. [...] Este templo que caiu não
podia ser a casa de oração da qual foi dito: «A Minha casa será chamada
casa de oração para todas as nações» (Mc 11, 17; Is 56, 7).

Será que os que a transformaram num «covil de ladrões» foram realmente os
causadores da sua queda? Pois também os que levam na Igreja uma vida de
desordem, os que procuram fazer da casa de Deus um covil de ladrões,
estando ela em seu poder, também esses não poderão destruir este templo.
Virá o tempo em que serão expulsos sob o chicote dos seus pecados. Esta
assembleia de fiéis, templo de Deus e Corpo de Cristo, tem apenas uma voz e
canta como um só homem. [...] Se quisermos, essa voz será a nossa; se
quisermos escutar o cântico, cantá-lo-emos também no nosso coração.




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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 19 de Novembro de 2009
Quinta-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Santa Matilde de Hackeborn, monja, +1298, S. Roque Gonzales e comp., mártires



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Paulo VI : «Mas agora isto está oculto aos teus olhos»

Leituras

1 Mac. 2,15-29.
Entretanto, os delegados do rei chegaram à cidade de Modin, para obrigar à
apostasia e exigir que oferecessem sacrifícios.
Muitos israelitas obedeceram-lhes, mas Matatias e os filhos permaneceram
firmes.
Os enviados do rei, dirigindo-se a Matatias, disseram-lhe: «Possuis nesta
cidade notável poder, influência e consideração, os teus irmãos e os teus
filhos reconhecem-te autoridade.
Vem, pois, e sê o primeiro a executar a ordem do rei como o fizeram todas
as nações, os habitantes de Judá e os que ficaram em Jerusalém. Serás
contado, tu e os teus filhos, entre os amigos do rei; tu e os teus filhos
sereis honrados pelo rei, o qual vos enriquecerá de prata, ouro e numerosos
presentes.»
Matatias respondeu-lhes com voz forte: «Ainda que todas as nações que
formam o império do rei renegassem a fé dos seus pais e obedecessem às suas
ordens,
eu, os meus filhos e os meus irmãos, obedeceremos à aliança dos nossos
antepassados.
Que Deus nos preserve de abandonar a lei e os seus preceitos!
Não escutaremos as ordens do rei e não nos desviaremos da nossa religião,
nem para a direita, nem para a esquerda.»
Mal acabara de falar, eis que um judeu, à vista de todos, se aproximou para
imolar no altar de Modin, conforme as ordens do rei.
Matatias, ao vê-lo, e no ardor do seu zelo, sentiu estremecer as suas
entranhas. Num ímpeto de indignação pela lei, atirou-se sobre ele e matou-o
mesmo no altar.
Ao mesmo tempo, matou o delegado do rei, que obrigava a sacrificar, e
destruiu o altar.
Com semelhante gesto mostrou o seu amor pela lei, como fizera Fineias, a
respeito de Zimeri, filho de Salú.
Então, em altos brados, Matatias levantou a voz através da cidade e disse:
«Aquele que sentir zelo pela lei e permanecer fiel à aliança, venha e
siga-me.»
E fugiu com os filhos, em direcção às montanhas, abandonando todos os seus
bens na cidade.
Então, muitos dos que procuravam a rectidão e a justiça, encaminharam-se
para o deserto, para ali se refugiarem,


Salmos 50(49),1-2.5-6.14-15.
O SENHOR, Deus dos deuses, falou e convocou os habitantes da terra, desde o
nascente até ao poente.
De Sião, cheia de beleza, Deus mostra o seu esplendor.
"Reuni junto a mim os que me são fiéis, os que selaram a minha aliança com
um sacrifício."
Até os céus proclamarão a sua justiça, porque Deus é quem julga.
Oferece a Deus um sacrifício de louvor e cumpre as promessas feitas ao
Altíssimo.
Invoca me no dia da tribulação; Eu te livrarei e tu me glorificarás."


Lucas 19,41-44.
Quando se aproximou, ao ver a cidade, Jesus chorou sobre ela e disse:
«Se neste dia também tu tivesses conhecido o que te pode trazer a paz! Mas
agora isto está oculto aos teus olhos.
Virão dias para ti, em que os teus inimigos te hão-de cercar de
trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados;
hão-de esmagar-te contra o solo, assim como aos teus filhos que estiverem
dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, por não teres
reconhecido o tempo em que foste visitada.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Paulo VI, Papa de 1963 a 1978
Exortacão apostólica sobre a alegria cristã «Gaudete in Domino» (a partir da trad. DC n° 1677, 1/6/1975 © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Mas agora isto está oculto aos teus olhos»

É evidente que nenhuma cidade santa deste mundo constitui a meta da nossa
peregrinação no tempo. Esta meta está escondida para além deste mundo, no
coração do mistério de Deus ainda invisível para nós; porque é na fé que
caminhamos, não na clara visão, e o que seremos não nos foi ainda revelado.
A nova Jerusalém, da qual somos já cidadãos e filhos, desce do alto, de
junto de Deus. Dessa cidade, a única definitiva, ainda não contemplámos o
esplendor a não ser como num espelho, de maneira confusa, sustentando com
firmeza a palavra profética. Mas a partir de agora somos seus cidadãos, ou
somos convidados a sê-lo; toda a peregrinação espiritual recebe o seu
sentido interior deste destino último.

Assim sucedeu com a Jerusalém celebrada pelos salmistas. O próprio Jesus e
Sua mãe cantaram na terra, subindo a Jerusalém, os cânticos de Sião:
«Beleza perfeita, alegria de toda a terra». No entanto, é Cristo que
doravante torna atractiva a Jerusalém do alto, é para Ele que caminhamos em
marcha interior.

(Referências bíblicas: 1Jo 3, 2; Gal 4, 26; Ap 21, 2; 1Cor 13, 12; Sl 49,
2; Sl 47, 3)




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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 18 de Novembro de 2009
Quarta-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo, Beato Domingos Jorge, leigo, mártir, +1619



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Gertrudes d'Helfta : «Ele convocou os servos»

Leituras

2 Mac. 7,1.20-31.
Aconteceu também que um dia foram presos sete irmãos com a mãe, aos quais o
rei, por meio de golpes de azorrague e de nervos de boi, quis obrigar a
comer carnes de porco, proibidas pela lei.
Particularmente admirável e digna de grandes elogios foi a mãe que, num dia
só, viu perecer os seus sete filhos e suportou essa dor com serenidade,
porque punha a sua esperança no Senhor.
Ela exortava cada um no seu idioma materno e, cheia de nobres sentimentos,
juntava uma coragem varonil à ternura de mulher.
Dizia-lhes: «Não sei como aparecestes nas minhas entranhas, porque não fui
eu que vos dei a alma nem a vida, nem fui eu que formei os vossos membros.
Mas o Criador do mundo, autor do nascimento do homem e origem de todas as
coisas, restituir-vos-á, na sua misericórdia, tanto o espírito como a vida,
se agora vos sacrificardes a vós mesmos por amor das suas leis.»
Mas Antíoco, julgando que ela se ria dele e o insultava, começou a exortar
o mais jovem, o que restava, e não só com palavras mas até com juramento,
lhe prometia, se abandonasse as tradições dos seus antepassados, torná-lo
rico e feliz, tratá-lo como amigo e confiar-lhe honrosos cargos.
Como o jovem não lhe prestasse atenção, o rei mandou à mãe que se
aproximasse e aconselhasse o filho a salvar a sua vida.
E, depois de ter insistido com ela muito tempo, ela consentiu em persuadir
o filho.
Inclinou-se sobre ele e, zombando do cruel tirano, disse-lhe na língua
materna: «Meu filho, tem compaixão de mim que te trouxe nove meses no seio,
que te amamentei durante três anos, que te criei, eduquei e alimentei até
agora.
Suplico-te, meu filho, que contemples o céu e a terra. Reflecte bem: o que
vês, Deus o criou do nada, assim como a todos os homens.
Não temas, portanto, este carrasco, mas sê digno dos teus irmãos e aceita a
morte, para que, no dia da misericórdia, eu te encontre no meio deles.»
Logo que ela acabou de falar, o jovem disse: «Que esperais? Não obedecerei
às ordens do rei, mas somente aos mandamentos da Lei, dada a nossos pais
por intermédio de Moisés.
Mas tu, que és o inventor desta perseguição contra os hebreus, não
escaparás à mão de Deus.


Salmos 17,1.5-6.8.15.
Ouve, SENHOR, a minha causa justa, atende ao meu clamor. Escuta a minha
oração, que não sai de lábios mentirosos.
Dirigi os meus passos por duras veredas; os meus pés não vacilaram nos teus
caminhos.
Eu te invoco, ó Deus; responde me! Inclina para mim o ouvido, escuta as
minhas palavras.
Guarda me como à pupila dos teus olhos; esconde me à sombra das tuas asas,
Eu, porém, pela justiça, contemplarei a tua face e, ao despertar, serei
saciado com a tua presença.


Lucas 19,11-28.
Estando eles a ouvir estas coisas, Jesus acrescentou uma parábola, por
estar perto de Jerusalém e por eles pensarem que o Reino de Deus ia
manifestar-se mediatamente.
Disse, pois: «Um homem nobre partiu para uma região longínqua, a fim de
tomar posse de um reino e em seguida voltar.
Chamando dez dos seus servos, entregou-lhes dez minas e disse-lhes: 'Fazei
render a mina até que eu volte.'
Mas os seus concidadãos odiavam-no e enviaram uma embaixada atrás dele,
para dizer: 'Não queremos que ele seja nosso rei.'
Quando voltou, depois de tomar posse do reino, mandou chamar os servos a
quem entregara o dinheiro, para saber o que tinha ganho cada um deles.
O primeiro apresentou-se e disse: 'Senhor, a tua mina rendeu dez minas.'
Respondeu-lhe: 'Muito bem, bom servo; já que foste fiel no pouco, receberás
o governo de dez cidades.'
O segundo veio e disse: 'Senhor, a tua mina rendeu cinco minas.'
Respondeu igualmente a este: 'Recebe, também tu, o governo de cinco
cidades.'
Veio outro e disse: 'Senhor, aqui tens a tua mina que eu tinha guardado num
lenço,
pois tinha medo de ti, que és homem severo, levantas o que não depositaste
e colhes o que não semeaste.'
Disse-lhe ele: 'Pela tua própria boca te condeno, mau servo! Sabias que sou
um homem severo, que levanto o que não depositei e colho o que não semeei;
então, porque não entregaste o meu dinheiro ao banco? Ao regressar,
tê-lo-ia recuperado com juros.'
E disse aos presentes: 'Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez minas.'
Responderam-lhe: 'Senhor, ele já tem dez minas!'
Digo-vos Eu: A todo aquele que tem, há-de ser dado, mas àquele que não tem,
mesmo aquilo que tem lhe será tirado.
Quanto a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles,
trazei-os cá e degolai-os na minha presença.»
Dito isto, Jesus seguiu para diante, em direcção a Jerusalém.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Gertrudes d'Helfta (1256-1301), monja beneditina
Exercícios, 7, Prémio (a partir da trad. SC 127, p. 265 rev.)

«Ele convocou os servos»

Ó Verdade querida, ó justa Rectidão de Deus, como comparecerei perante ti,
levando a minha iniquidade [...], o fardo da minha tão grande negligência?
O tesouro da fé cristã e da vida espiritual, infelizmente, não o entreguei
ao tesouro dos banqueiros da caridade, de onde o poderias ter retirado em
seguida, segundo a tua vontade, aumentado com os juros de toda a perfeição.
O talento que me foi confiado, o meu tempo, não só o gastei em vão, como o
deixei fugir, desbaratado e totalmente perdido. Onde irei? Para que lado me
voltarei? «Como poderei ausentar-me do Vosso espírito e como fugirei à
Vossa presença?» (Sl 138, 7).

Ò Verdade, tu tens por assessores inseparáveis a justiça e a rectidão
[...]. Mal de mim se comparecer perante o teu tribunal sem ter advogado que
responda por mim. Ó Caridade, vem resgatar-me. Responde tu por mim.
Solicita tu o meu perdão. Defende tu a minha causa a fim de que, graças a
ti, eu viva.

Já sei o que farei: «Elevarei o cálice da salvação» (Sl 115, 13). Colocarei
o cálice de Jesus sobre a bandeja vazia da Verdade. Assim suprirei tudo o
que me falta. Assim cobrirei todos os meus pecados. Por esse cálice
reconstruirei todas as minhas ruínas. Por esse cálice suprirei, dignamente
e muito para além do necessário, tudo o que há em mim de imperfeito.
[...]

Ó Verdade querida, vir a ti sem o meu Jesus ser-me-ia intolerável; mas com
o meu Jesus, comparecer perante ti será para mim coisa bem agradável e
aprazível. Ó Verdade, senta-te agora no teu tribunal. [...]. «Nenhum mal
temerei» (Sl 22, 4).




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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 17 de Novembro de 2009
Terça-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Santa Isabel, rainha da Hungria, +1231



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Efrém : «Hoje veio a salvação a esta casa»

Leituras

2 Mac. 6,18-31.
A Eleázar, varão de idade avançada e de bela aparência, um dos primeiros
doutores da lei, abrindo-lhe a boca à força, tentavam obrigá-lo a comer
carne de porco.
Mas ele, preferindo morrer com honra a viver na infâmia, voluntariamente
caminhava para o suplício,
depois de cuspir a carne, como devem fazer os que têm a coragem de rejeitar
o que não é permitido comer, mesmo à custa da própria vida.
Ora, os encarregados deste ímpio banquete proibido pela lei, que, desde há
muito tempo, mantinham relações de amizade com ele, tomaram-no à parte e
rogaram-lhe que mandasse trazer as carnes permitidas, por ele mesmo
preparadas, e as comesse como se fossem carnes do sacrifício, conforme
ordenara o rei.
Fazendo assim, seria preservado da morte. Usavam com ele desta espécie de
humanidade, em virtude da antiga amizade que lhe tinham.
Mas Eleázar, tomando uma bela resolução, digna da sua idade, da autoridade
que lhe conferia a sua velhice, do prestígio que lhe outorgavam os seus
cabelos brancos, da vida íntegra que levava desde a infância, digna,
sobretudo, das sagradas leis estabelecidas por Deus, preferiu ser conduzido
à morte.
«Não é próprio da minha idade – respondeu ele – usar de tal fingimento, não
suceda que muitos jovens, julgando que Eleázar, aos noventa anos, se tenha
passado à vida dos gentios,
pelo meu gesto de hipocrisia e por amor a um pouco de vida, se deixem
arrastar pelo meu exemplo; isto seria a desonra e a vergonha da minha
velhice.
Mesmo que eu me livrasse agora dos castigos dos homens, não poderia
escapar, vivo ou morto, das mãos do Omnipotente.
Por isso, morrendo valorosamente, mostrar-me-ei digno da minha velhice
e deixarei aos jovens um nobre exemplo, se morrer corajosamente pelas
nossas santas e veneráveis leis.» Ditas estas palavras, dirigiu-se para o
suplício.
Aqueles que o levavam transformaram em violência a humanidade que pouco
antes lhe tinham mostrado, julgando insensatas as suas palavras.
E quando estava prestes a morrer sob os golpes que sobre ele descarregavam,
ele exclamou entre suspiros: «O Senhor, que tem a ciência santíssima, vê
bem que, podendo eu livrar-me da morte, sofro no meu corpo os tormentos
cruéis dos açoites, mas suporto-os com alegria, porque é a Ele que eu
temo.»
Desta maneira passou à outra vida, deixando com a sua morte, não só aos
jovens mas também a toda a gente, um exemplo de fortaleza e de coragem.


Salmos 3,2-3.4-5.6-7.
SENHOR, são tantos os meus adversários! São tantos os que se levantam
contra mim!
Muitos dizem a meu respeito: "Nem Deus o poderá salvar!"
Mas Tu, SENHOR, és o meu escudo protector, és a minha glória e quem me faz
levantar a cabeça.
Em alta voz invoco o SENHOR e Ele responde me da sua montanha santa.
Deito me, adormeço e acordo, porque o SENHOR é o meu sustentáculo.
Não temo as grandes multidões que de todos os lados me cercam.


Lucas 19,1-10.
Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade.
Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de
impostos.
Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena
estatura.
Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar
por ali.
Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu,
desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.»
Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria.
Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido
hospedar-se em casa de um pecador.
Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos
pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro
vezes mais.»
Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também
filho de Abraão;
pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Efrém (c. 306 – 373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
Diatessaron, XV, 20-21 (a partir da trad. cf. SC 121, p. 277)

«Hoje veio a salvação a esta casa»

Rezava Zaqueu em seu coração: «Bem-aventurado aquele que é digno de receber
este Justo em sua casa». Nosso Senhor disse-lhe: «Desce depressa, Zaqueu!»
E este, vendo que o Senhor lhe conhecia os pensamentos, disse: «Se conhece
os meus pensamentos, também conhece os meus actos». E foi por isso que
declarou: «Se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro
vezes mais». «Desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua
casa». Graças à segunda árvore, a do chefe dos publicanos, a primeira
árvore, a de Adão, cai no esquecimento, e também o nome de Adão é esquecido
graças ao justo Zaqueu [...]: «Hoje veio a salvação a esta casa». [...]
Pela sua obediência pronta, aquele que ontem não passava de um ladrão
torna-se hoje um benfeitor; aquele que ontem era colector de impostos
torna-se hoje um discípulo.Zaqueu abandonou a lei antiga; subiu
a uma árvore inerte, símbolo da surdez do seu espírito. Mas esta ascensão é
o símbolo da sua salvação. Ele abandonou a sua baixeza, subindo à árvore
para ver a divindade nas alturas. Nosso Senhor apressou-Se a convidá-lo a
descer daquela árvore ressequida que era a sua antiga maneira de ser, a fim
de que ele não permanecesse surdo. O amor a Nosso Senhor que nele ardia
consumiu nele o homem velho, para nele moldar um homem novo.




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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 16 de Novembro de 2009
Segunda-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Santa Gertrudes, Magna, monja, +1303, Santa Margarida, rainha da Escócia, +1093, São José Moscati, médico, +1927



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório Magno : «Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim»

Leituras

1 Mac. 1,10-15.41-43.54-57.62-64.
Destes generais saiu aquela raiz de pecado, Antíoco Epifânio, filho do rei
Antíoco, que estivera em Roma como refém, e tornou-se rei no ano cento e
trinta e sete da era dos gregos.
Nesta época, surgiram também, em Israel, filhos perversos que seduziram o
povo, dizendo: «Façamos aliança com as nações vizinhas, porque desde que
nos separámos delas sobrevieram-nos imensos males.»
Pareceu-lhes bom este conselho.
Alguns de entre o povo decidiram-se e foram ter com o rei, o qual lhes
concedeu autorização para seguirem os costumes pagãos.
Edificaram em Jerusalém um ginásio, segundo o estilo dos gentios,
dissimularam os sinais da circuncisão, afastaram-se da aliança com Deus,
coligaram-se com os estrangeiros e tornaram-se escravos do pecado.
Então, o rei Antíoco publicou um édito para todo o seu reino, prescrevendo
que todos os povos se tornassem um só povo,
abandonando as suas leis particulares. Todos os gentios se conformaram com
esta ordem do rei,
e muitos de Israel adoptaram a religião de Antíoco, sacrificando aos ídolos
e violando o sábado.
No dia quinze do mês de Quisleu, do ano cento e quarenta e cinco, o rei
edificou a abominação da desolação sobre o altar dos sacrifícios, e
construíram altares em todas as cidades de Judá.
Queimaram incenso diante das portas das casas e nas praças públicas,
rasgaram e queimaram todos os livros da Lei, que encontraram.
Todo aquele que tivesse em seu poder um livro da aliança ou mostrasse gosto
pela lei, morreria, em virtude do decreto do rei.
Foram muitos os israelitas que resolveram, no seu coração, não comer nada
de impuro, preferindo antes morrer, a manchar-se com alimentos impuros;
e preferiram ser trucidados, a manchar-se com alimentos impuros e a
profanar a aliança santa.
Foi muito grande a cólera que caiu sobre Israel.


Salmos 119,53.61.134.150.155.158.
Fico indignado à vista dos ímpios, que rejeitam a tua lei.
Cercaram-me os laços dos ímpios, mas não me esqueci da tua lei.
Livra-me da opressão dos homens, para eu cumprir os teus preceitos.
Aproximam-se os que correm atrás da iniquidade e se afastam da tua lei.
salvação está longe dos ímpios, porque não observam os teus decretos.
Ao ver os transgressores, fico desgostoso porque não guardam a tua palavra.



Lucas 18,35-43.
Quando se aproximavam de Jericó, estava um cego sentado a pedir esmola à
beira do caminho.
Ouvindo a multidão que passava, perguntou o que era aquilo.
Disseram-lhe que era Jesus de Nazaré que ia a passar.
Então, bradou: «Jesus, Filho de David, tem misericórdia de mim!»
Os que iam à frente repreendiam-no, para que se calasse. Mas ele gritava
cada vez mais: «Filho de David, tem misericórdia de mim!»
Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Quando o cego se aproximou,
perguntou-lhe:
«Que queres que te faça?» Respondeu: «Senhor, que eu veja!»
Jesus disse-lhe: «Vê. A tua fé te salvou.»
Naquele mesmo instante, recobrou a vista e seguia-o, glorificando a Deus. E
todo o povo, ao ver isto, deu louvores a Deus.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório Magno (c. 540-604), papa e Doutor da Igreja
Homilia 2 sobre o Evangelho (a partir da trad. Luc commenté, DDB 1987, p. 140 rev.)

«Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim»

Observemos que é quando Jesus se aproxima de Jericó que o cego recupera a
vista. Jericó significa «lua» e na Sagrada Escritura a lua é o símbolo da
carne votada ao desaparecimento; em determinado momento do mês ela diminui,
simbolizando o declínio da nossa condição humana votada à morte. É, pois,
ao aproximar-se de Jericó que o nosso Criador faz com que o cego recupere a
vista. É ao tornar-Se próximo de nós pela carne, de que Se revestiu, com a
sua mortalidade, que Ele torna a dar ao género humano a luz que tínhamos
perdido. É porque Deus endossa a nossa natureza que o homem acede à
condição divina.

E é precisamente a humanidade que está representada por este cego sentado
na beira do caminho e a mendigar, pois a Verdade diz de Si mesma: «Eu sou o
caminho» (Jo 14, 6). Aquele que não conhece o brilho da luz eterna é de
facto cego, mas se começa a crer no Redentor então fica «sentado à beira do
caminho». Se, embora crendo Nele, não Lhe implora o dom da luz eterna, se
se recusa a pedir-Lho, será sempre um cego à beira do caminho; um cego que
não pede. [...] Que todo o homem que reconhece as trevas que o tornam cego,
que todo o homem que compreende que lhe falta a luz eterna grite do fundo
do seu coração, grite com toda a sua alma: «Jesus, filho de David, tem
misericórdia de mim.»




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