segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Profecia do Dia

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 31 de Agosto de 2009

Segunda-feira da 22ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : São Raimundo Nonato, presbítero, +1240

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São Boaventura : «Não é este o filho de José?»


1ª Carta aos Tessalonicenses 4,13-18.

Irmãos, não queremos deixar-vos na ignorância a respeito dos que faleceram, para não andardes tristes como os outros, que não têm esperança. De facto, se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus reunirá com Jesus os que em Jesus adormeceram. Eis o que vos dizemos, baseando-nos numa palavra do Senhor: nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor, não precederemos os que faleceram; pois o próprio Senhor, à ordem dada, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, descerá do Céu, e os mortos em Cristo ressurgirão primeiro. Em seguida nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens, para irmos ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.


Livro de Salmos 96,1.3.4-5.11-12.13.

Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR, terra inteira!
Anunciai aos pagãos a sua glória e a todos os povos, as suas maravilhas.
Porque o SENHOR é grande e digno de louvor, mais temível que todos os deuses.
Os deuses dos pagãos não valem nada; foi o SENHOR quem criou os céus.
Alegrem se os céus, exulte a terra! Ressoe o mar e tudo o que nele existe!
Alegrem se os campos e todos os seus frutos, exultem de alegria todas as árvores dos bosques
na presença do SENHOR, que se aproxima e vem para governar a terra! Ele governará o mundo com justiça e os povos, com a sua fidelidade.


Evangelho segundo S. Lucas 4,16-30.

Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.» Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.» Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam com as palavras repletas de graça que saíam da sua boca. Diziam: «Não é este o filho de José?» Disse-lhes, então: «Certamente, ides citar-me o provérbio: 'Médico, cura-te a ti mesmo.' Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaúm, fá-lo também aqui na tua terra.» Acrescentou, depois: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria. Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon. Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naaman.» Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor. E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo. Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Boaventura (1221-1274), franciscano, Doutor da Igreja
Meditações sobre a vida de Cristo; Opera omnia, t. 12, pp. 530ss. (a partir da trad. Bouchet, Lectionnaire, p. 67 rev.)

«Não é este o filho de José?»


Parecem ter alcançado o grau mais alto esses que, com todo o coração e sem fingimento, são de tal maneira senhores de si, que nada mais procuram do que ser desprezados, não ser tidos em conta e viver na humildade. [...] Enquanto não chegardes aí, pensai que nada fizestes. Com efeito, como somos todos «servos inúteis», nas palavras do Senhor (Lc 17, 10), mesmo que façamos tudo bem, enquanto não alcançarmos este grau de humildade não estaremos na verdade, mas estaremos e caminharemos na vaidade. [...]

Sabes também que o Senhor Jesus começou por fazer antes de ensinar. Mais tarde, haveria de dizer: «Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29). E quis praticá-lo realmente, sem fingimento. Fê-lo de todo o coração, como era manso e humilde de todo o coração e em verdade. Nele não havia dissimulação (cf. 2Cor 1, 19). Estava de tal maneira mergulhado na humildade, no desprezo e na abjecção, aniquilara-Se de tal maneira aos olhos de todos, que quando começou a pregar e a anunciar as maravilhas de Deus, e a fazer milagres e coisas admiráveis, ninguém Lhe dava valor, antes O desprezavam e troçavam Dele dizendo: «Não é este o filho do carpinteiro?», e outras coisas parecidas. Assim se cumpre a palavra de São Paulo: «Aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo» (Fil 2, 7), e não apenas de servo comum, pela encarnação, mas de um servo inútil, através da Sua vida humilde e desprezada.





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