quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 23 de Setembro de 2009
Quarta-feira da 25ª semana do Tempo Comum

São Pio de Petrelcina (Padre Pio), presbítero, +1968



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Hilário : «Iam de aldeia em aldeia, anunciando a Boa Nova»

Leituras

Esdras 9,5-9.
Na hora da oblação da tarde, levantei-me da minha aflição, com as minhas
vestes e o meu manto rasgados; e, então, caindo de joelhos, estendi as mãos
para o Senhor, meu Deus,
e disse: «Meu Deus, estou envergonhado e confuso, ao levantar a minha face
para ti, meu Deus; porque as nossas iniquidades acumulam-se sobre as nossas
cabeças, e os nossos pecados chegam até ao céu.
Desde o tempo dos nossos pais até ao dia de hoje, temos sido gravemente
culpados; e, por causa das nossas iniquidades, fomos escravizados, nós, os
nossos reis e os nossos sacerdotes, entregues à mercê dos reis dos outros
países, à espada, ao cativeiro, à pilhagem e à vergonha que nos cobre ainda
o rosto nos dias de hoje.
Entretanto, o Senhor, nosso Deus, testemunhou-nos a sua misericórdia,
deixando subsistir um resto do nosso povo e concedeu-nos refúgio no seu
lugar santo. O nosso Deus quis, assim, fazer brilhar aos nossos olhos a sua
luz e dar-nos um pouco de vida no meio da nossa servidão.
Porque nós somos escravos, mas o nosso Deus não nos abandonou no nosso
cativeiro. Ele concedeu-nos a benevolência dos reis da Pérsia,
conservando-nos a vida para reconstruirmos a morada do nosso Deus e
reerguermos as suas ruínas, e prometeu-nos um refúgio seguro em Judá e em
Jerusalém.


Tob. 13,2.3-4.5.8.
«Bendito seja Deus, que vive eternamente! Bendito seja o seu reino! Porque
Ele castiga, mas usa de misericórdia, conduz aos abismos, nas profundezas
da terra, e faz sair da grande perdição; nada existe que escape à sua mão.
Louvai-o, filhos de Israel, diante dos povos; porque Ele dispersou-vos no
meio deles
para vos mostrar ali a sua grandeza. Exaltai-o diante de todos os viventes,
porque Ele é o nosso Senhor e o nosso Deus, é o nosso Pai e é Deus por
todos os séculos dos séculos.
Castiga-vos por causa das vossas iniquidades, mas, a seguir, compadece-se
de vós congregando-vos do meio de todos os povos, entre os quais estais
agora dispersos.
Por mim, glorificá-lo-ei na terra do meu cativeiro e anunciarei a um povo
pecador o seu poder e a sua grandeza. Convertei-vos, pecadores, e praticai
a justiça diante dele; talvez tenha misericórdia de todos vós.


Lucas 9,1-6.
Tendo convocado os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os
demónios e para curarem doenças.
Depois, enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os doentes,
e disse-lhes: «Nada leveis para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem
pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas.
Em qualquer casa em que entrardes, ficai lá até ao vosso regresso.
Quanto aos que vos não receberem, saí dessa cidade e sacudi o pó dos vossos
pés, para servir de testemunho contra eles.»
Eles puseram-se a caminho e foram de aldeia em aldeia, anunciando a
Boa-Nova e realizando curas por toda a parte.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Hilário (c. 315-367), Bispo de Poitiers e Doutor da Igreja
Comentário ao salmo 65, §§ 19-29

«Iam de aldeia em aldeia, anunciando a Boa Nova»

Qual é «a palavra de louvor» (Sl 65, 8) que é preciso proclamar?
Seguramente aquela: «Ele deu a vida à alma» dos crentes (v. 9); porque Deus
atribuiu a constância e a perseverança na profissão da fé à pregação dos
apóstolos e à confissão dos mártires, e o anúncio do Reino dos céus
percorreu a terra em todos os sentidos como que por passos. Com efeito, «a
sua mensagem espalhou-se por toda a terra» (Sl 18, 5). E o Espírito Santo
proclama a glória desta corrida espiritual: «Como são belos os pés dos que
anunciam a boa nova, dos que anunciam a paz» (Is 52, 7). É pois esta
palavra de louvor a Deus que é necessário proclamar, segundo o testemunho
do salmista: «Deu a vida à minha alma e não deixou que os meus passos
vacilassem». Com efeito, os apóstolos não se deixaram desviar do curso
espiritual da sua pregação pelo terror das ameaças humanas, e a firmeza dos
seus passos solidamente colocados não os deixou afastarem-se do caminho da
fé. [...]

Contudo, depois de ter dito: «Ele não deixou que meus passos vacilassem», o
salmista acrescenta: «Ó Deus, tu provaste-nos, purificaste-nos pelo fogo
como se purifica a prata» (v. 10). Esta palavra, começada no singular,
refere-se portanto a muitos. Pois único é o Espírito e uma a fé dos
crentes, segundo o que está dito nos Actos dos Apóstolos: «Os crentes
tinham uma só alma e um só coração» (Act 4, 32). [...]

Mas o que significa esta comparação: «Foram purificados pelo fogo, como se
purifica a prata»? Para mim, purifica-se a prata, apenas para dela separar
o lixo que adere à matéria ainda em bruto. [...] É por isso que, quando
Deus põe à prova os que crêem Nele, não é porque ignore a sua fé, mas
porque «a perseverança produz a virtude» como diz o apóstolo Paulo (Rom 5,
4). Deus submete-os à prova, não para os conhecer, mas para os levar à
consumação da virtude. Assim, purificados pelo fogo e separados de qualquer
ligação aos vícios da carne, poderão resplandecer no brilho de uma
inocência que estas provas lhes proporcionaram.




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e dos comentários afins. Acreditamos que o assunto esteja finalmente
resolvido e pedimo-vos desculpa pelos incómodos.