quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 14 de Outubro de 2009
Quarta-feira da 28ª semana do Tempo Comum

São Calisto I, papa, mártir, +222, S. João Ogilvie, presbítero, mártir, +1615



Comentário ao Evangelho do dia feito por
As Máximas dos Padres do Deserto : «Ai de vós, também, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis»

Leituras

Romanos 2,1-11.
Por isso, não tens desculpa tu, ó homem, quem quer que sejas, que te armas
em juiz. É que, ao julgares o outro, a ti próprio te condenas, por
praticares as mesmas coisas, tu que te armas em juiz.
Ora nós sabemos que o julgamento de Deus se guia pela verdade contra
aqueles que praticam tais acções.
Cuidas, então tu, ó homem que julgas os que praticam tais acções e fazes o
mesmo que escaparás ao julgamento de Deus?
Ou não estarás tu a desprezar as riquezas da sua bondade, paciência e
generosidade, ao ignorares que a bondade de Deus te convida à conversão?
Afinal, com a tua dureza e o teu coração impenitente, estás a acumular ira
sobre ti, para o dia da ira e do justo julgamento de Deus,
que retribuirá a cada um conforme as suas obras:
para aqueles que, ao perseverarem na prática do bem, procuram a glória, a
honra e a incorruptibilidade, será a vida eterna;
para aqueles que, por rebeldia, são indóceis à verdade e dóceis à
injustiça, será ira e indignação.
Tribulação e angústia para todo o ser humano que pratica o mal, primeiro
judeu e depois grego!
Glória, honra e paz para todo aquele que pratica o bem, primeiro para o
judeu e depois para o grego!
É que em Deus não existe acepção de pessoas. A Lei não garante a salvação


Salmos 62(61),2-3.6-7.9.
Só em Deus descansa a minha alma; dele vem a minha salvação.
Só Ele é o meu refúgio e a minha salvação, a minha fortaleza: jamais serei
abalado.
Só em Deus descansa a minha alma, dele vem a minha esperança.
Só Ele é o meu refúgio e salvação, a minha fortaleza; jamais serei abalado.
Confiai nele, ó povos, em todo o tempo, desafogai nele o vosso coração.
Deus é o nosso refúgio.


Lucas 11,42-46.
Mas ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de
todas as plantas e descurais a justiça e o amor de Deus! Estas eram as
coisas que devíeis praticar, sem omitir aquelas.
Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e de
ser cumprimentados nas praças!
Ai de vós, porque sois como os túmulos, que não se vêem e sobre os quais as
pessoas passam sem se aperceberem!»
Um doutor da Lei tomou a palavra e disse-lhe: «Mestre, falando assim,
também nos insultas a nós.»
Mas Ele respondeu: «Ai de vós, também, doutores da Lei, porque carregais os
homens com fardos insuportáveis e nem sequer com um dedo tocais nesses
fardos!


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

As Máximas dos Padres do Deserto (séculos IV e V)
Collection systématique, cap. 9 (a partir da trad. de SC 387, pp. 427ss.)

«Ai de vós, também, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis»

Um irmão que tinha pecado foi expulso da igreja pelo sacerdote; e o abba
Bessarion levantou-se e saiu com ele, dizendo: «Eu também sou pecador»
[...]

Certa vez, em Scété, um irmão cometeu uma falta. Convocou-se um conselho
para o qual chamaram o abba Moisés, mas este recusou-se a comparecer. Então
o padre mandou-lhe dizer: «Vem, porque toda a gente está à tua espera». Ele
levantou-se, pegou numa cesta rota, encheu-a de areia, colocou-a aos ombros
e foi assim. Os outros, que saíram ao seu encontro, perguntaram-lhe: «Que é
isso, pai?» O ancião respondeu: «Os meus pecados vão-se derramando atrás de
mim e eu nem consigo vê-los; e, no entanto, vim aqui hoje julgar os pecados
de outrem». Ouvindo isto, não disseram nada ao irmão, mas perdoaram-lhe.

O abba Joseph perguntou ao abba Poemen: «Diz-me o que devo fazer para me
tornar monge». O ancião respondeu: «Se queres encontrar repouso aqui e no
mundo que há-de vir, repete continuamente: «Quem sou eu?» E não julgues
ninguém».

Um irmão perguntou ao mesmo abba Poemen: «Se eu vir um pecado do meu irmão,
será correcto ocultá-lo?» O ancião respondeu-lhe: «Enquanto escondermos os
pecados dos nossos irmãos, também Deus esconde os nossos; a partir do
momento em que manifestamos as faltas dos irmãos, Deus manifesta também as
nossas».




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