terça-feira, 17 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 17 de Novembro de 2009
Terça-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Santa Isabel, rainha da Hungria, +1231



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Efrém : «Hoje veio a salvação a esta casa»

Leituras

2 Mac. 6,18-31.
A Eleázar, varão de idade avançada e de bela aparência, um dos primeiros
doutores da lei, abrindo-lhe a boca à força, tentavam obrigá-lo a comer
carne de porco.
Mas ele, preferindo morrer com honra a viver na infâmia, voluntariamente
caminhava para o suplício,
depois de cuspir a carne, como devem fazer os que têm a coragem de rejeitar
o que não é permitido comer, mesmo à custa da própria vida.
Ora, os encarregados deste ímpio banquete proibido pela lei, que, desde há
muito tempo, mantinham relações de amizade com ele, tomaram-no à parte e
rogaram-lhe que mandasse trazer as carnes permitidas, por ele mesmo
preparadas, e as comesse como se fossem carnes do sacrifício, conforme
ordenara o rei.
Fazendo assim, seria preservado da morte. Usavam com ele desta espécie de
humanidade, em virtude da antiga amizade que lhe tinham.
Mas Eleázar, tomando uma bela resolução, digna da sua idade, da autoridade
que lhe conferia a sua velhice, do prestígio que lhe outorgavam os seus
cabelos brancos, da vida íntegra que levava desde a infância, digna,
sobretudo, das sagradas leis estabelecidas por Deus, preferiu ser conduzido
à morte.
«Não é próprio da minha idade – respondeu ele – usar de tal fingimento, não
suceda que muitos jovens, julgando que Eleázar, aos noventa anos, se tenha
passado à vida dos gentios,
pelo meu gesto de hipocrisia e por amor a um pouco de vida, se deixem
arrastar pelo meu exemplo; isto seria a desonra e a vergonha da minha
velhice.
Mesmo que eu me livrasse agora dos castigos dos homens, não poderia
escapar, vivo ou morto, das mãos do Omnipotente.
Por isso, morrendo valorosamente, mostrar-me-ei digno da minha velhice
e deixarei aos jovens um nobre exemplo, se morrer corajosamente pelas
nossas santas e veneráveis leis.» Ditas estas palavras, dirigiu-se para o
suplício.
Aqueles que o levavam transformaram em violência a humanidade que pouco
antes lhe tinham mostrado, julgando insensatas as suas palavras.
E quando estava prestes a morrer sob os golpes que sobre ele descarregavam,
ele exclamou entre suspiros: «O Senhor, que tem a ciência santíssima, vê
bem que, podendo eu livrar-me da morte, sofro no meu corpo os tormentos
cruéis dos açoites, mas suporto-os com alegria, porque é a Ele que eu
temo.»
Desta maneira passou à outra vida, deixando com a sua morte, não só aos
jovens mas também a toda a gente, um exemplo de fortaleza e de coragem.


Salmos 3,2-3.4-5.6-7.
SENHOR, são tantos os meus adversários! São tantos os que se levantam
contra mim!
Muitos dizem a meu respeito: "Nem Deus o poderá salvar!"
Mas Tu, SENHOR, és o meu escudo protector, és a minha glória e quem me faz
levantar a cabeça.
Em alta voz invoco o SENHOR e Ele responde me da sua montanha santa.
Deito me, adormeço e acordo, porque o SENHOR é o meu sustentáculo.
Não temo as grandes multidões que de todos os lados me cercam.


Lucas 19,1-10.
Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade.
Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de
impostos.
Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena
estatura.
Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar
por ali.
Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu,
desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.»
Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria.
Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido
hospedar-se em casa de um pecador.
Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos
pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro
vezes mais.»
Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também
filho de Abraão;
pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Efrém (c. 306 – 373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
Diatessaron, XV, 20-21 (a partir da trad. cf. SC 121, p. 277)

«Hoje veio a salvação a esta casa»

Rezava Zaqueu em seu coração: «Bem-aventurado aquele que é digno de receber
este Justo em sua casa». Nosso Senhor disse-lhe: «Desce depressa, Zaqueu!»
E este, vendo que o Senhor lhe conhecia os pensamentos, disse: «Se conhece
os meus pensamentos, também conhece os meus actos». E foi por isso que
declarou: «Se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro
vezes mais». «Desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua
casa». Graças à segunda árvore, a do chefe dos publicanos, a primeira
árvore, a de Adão, cai no esquecimento, e também o nome de Adão é esquecido
graças ao justo Zaqueu [...]: «Hoje veio a salvação a esta casa». [...]
Pela sua obediência pronta, aquele que ontem não passava de um ladrão
torna-se hoje um benfeitor; aquele que ontem era colector de impostos
torna-se hoje um discípulo.Zaqueu abandonou a lei antiga; subiu
a uma árvore inerte, símbolo da surdez do seu espírito. Mas esta ascensão é
o símbolo da sua salvação. Ele abandonou a sua baixeza, subindo à árvore
para ver a divindade nas alturas. Nosso Senhor apressou-Se a convidá-lo a
descer daquela árvore ressequida que era a sua antiga maneira de ser, a fim
de que ele não permanecesse surdo. O amor a Nosso Senhor que nele ardia
consumiu nele o homem velho, para nele moldar um homem novo.




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