segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 23 de Novembro de 2009
Segunda-feira da 34ª semana do Tempo Comum

S.Clemente I, papa, mártir, +102



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado Charles de Foucauld : «Eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava [...], enquanto ela deitou da sua indigência»

Leituras

Dan. 1,1-6.8-20.
No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da
Babilónia, veio cercar Jerusalém.
O Senhor entregou-lhe Joaquim, rei de Judá, e uma parte dos objectos do
templo; Nabucodonosor transportou-os ao país de Chinear e colocou-os na
sala do tesouro dos seus deuses.
O rei deu ordem a Aspenaz, chefe dos criados, que lhe trouxesse jovens
israelitas, de ascendência real ou de família nobre,
sem qualquer defeito, formosos, dotados de toda a espécie de qualidades,
instruídos, inteligentes e fortes. Seriam colocados no palácio real e
Aspenaz devia ensinar-lhes as letras e a língua dos caldeus.
O rei destinou-lhes uma provisão diária de alimentos, reservada à ementa da
mesa real, e do vinho que ele bebia. A formação deles havia de durar três
anos, após o que entrariam ao serviço na presença do rei.
Entre estes, contavam-se Daniel, Hananias, Michael e Azarias, que
pertenciam aos filhos de Judá.
Daniel tomou a resolução de não se manchar com o alimento do rei e com o
vinho que ele bebia. Por isso, pediu ao chefe dos criados para se abster
deles.
Deus fez com que o chefe dos criados acolhesse Daniel com benevolência e
amabilidade.
Mas depois disse-lhe: «Temo que o rei, meu senhor, que determinou o que vós
haveis de comer e beber, venha a encontrar o vosso rosto mais magro que o
dos outros jovens da mesma idade e assim me exponhais a uma repreensão da
parte do rei.»
Então, Daniel disse ao oficial, a quem o chefe dos criados tinha confiado o
cuidado de Daniel, Hananias, Michael e Azarias:
«Por favor, faz uma experiência de dez dias com os teus servos: que se nos
dê apenas legumes a comer, e água a beber.
Depois disto, compararás o nosso aspecto com o dos jovens que se alimentam
das iguarias da mesa real e, conforme o que tiveres constatado, assim
agirás com os teus servos.»
Concordou com esta proposta e submeteu-os à prova, durante dez dias.
Ao fim deste prazo, verificou-se que tinham melhor aspecto e estavam mais
robustos que todos os jovens que comiam os acepipes da mesa real.
Como consequência, o oficial retirava as iguarias e o vinho que lhes
estavam destinados e mandava que lhes servissem legumes.
A estes quatro jovens, Deus deu sabedoria e inteligência no domínio das
letras e ciências. Daniel compreendia toda a espécie de visões e sonhos.
Decorrido o tempo fixado pelo rei para a apresentação dos jovens, o chefe
dos criados levou-os à presença de Nabucodonosor,
que conversou com eles. Dentre todos os jovens, não houve nenhum que
pudesse comparar-se a Daniel, Hananias, Michael e Azarias. Por isso,
entraram ao serviço na presença do rei.
Em qualquer assunto de sabedoria e inteligência que os consultasse, o rei
achava-os dez vezes superiores a todos os escribas e magos do seu reino.


Dan. 3,52.53.54.55.56.
«Bendito sejas, Senhor, Deus de nossos pais:– digno de louvor e glória
eternamente! Bendito seja o teu nome santo e glorioso:– digno de supremo
louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no templo da tua santa glória: – digno de supremo louvor e
glória eternamente!
Bendito sejas por penetrares os abismos,sentado sobre os querubins: – digno
de supremo louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no teu trono real: – digno de supremo louvor e exaltação
eternamente!
Bendito sejas no firmamento dos céus:– digno de supremo louvor e glória
eternamente!


Lucas 21,1-4.
Levantando os olhos, Jesus viu os ricos deitarem no cofre do tesouro as
suas ofertas.
Viu também uma viúva pobre deitar lá duas moedinhas
e disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou mais do que todos
os outros;
pois eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava, enquanto ela, da sua
indigência, deitou tudo o que tinha para viver.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Meditações sobre o Evangelho, 263 (in Oeuvres spirituelles, Seuil 1958, p. 174)

«Eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava [...], enquanto ela deitou da sua indigência»

Não desprezemos os pobres, os pequenos [...]; para além de serem nossos
irmãos em Deus, são os que imitam mais perfeitamente Jesus na Sua vida
exterior. Eles representam perfeitamente Jesus, o operário de Nazaré. Eles
são os anciãos entre os eleitos, os primeiros a ser chamados ao berço do
Salvador. Eles foram os companheiros habituais de Jesus, do Seu nascimento
até à morte; a eles pertenciam Maria e José e os apóstolos. [...] Longe de
os desprezar, honremo-los, honremos neles a imagem de Jesus e dos Seus
santos pais; em lugar de os desdenhar, admiremo-los. [...] Imitemo-los e,
dado que vemos que a sua condição é a melhor, aquela que Jesus escolheu
para Si mesmo, para os seus, aquela que chamou em primeiro lugar para junto
do Seu berço, aquela que Ele mostrou pelos Seus actos e palavras [...],
abracemo-la. [...] Sejamos pobres operários como Ele, como Maria, José, os
apóstolos, os pastores, e se algum dia Ele nos chamar para o apostolado,
permaneçamos nesta vida tão pobres como Ele nela permaneceu, tão pobres
como nela ficou um São Paulo «o seu fiel imitador» (cf 1Cor 11, 1).

Não deixemos nunca de ser em tudo pobres, irmãos dos pobres, companheiros
dos pobres, sejamos os mais pobres dos pobres como Jesus, e como Ele amemos
os pobres e rodeemo-nos deles.




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