domingo, 13 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 14 de Dezembro de 2009
Segunda-feira da 3a semana do Advento

S. João da Cruz, presbítero, reformador, Doutor da Igreja, +1591



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Tomás de Aquino : O testemunho de Deus

Leituras

Núm. 24,2-7.15-17.
Balaão levantou os olhos e viu Israel acampado por tribos. Desceu sobre ele
o Espírito de Deus
e ele proferiu o seu oráculo, dizendo: «Oráculo de Balaão, filho de Beor,
oráculo do homem de olhar penetrante;
oráculo do que escuta as palavras de Deus, que tem a visão do Omnipotente,
que se prostra, mas de olhos abertos.
Como são belas as tuas tendas, ó Jacob, as tuas moradas, ó Israel!
Estendem-se como os vales, como jardins junto de um rio! O Senhor
plantou-as como árvores de aloés, como cedros junto das águas!
A água escorre de seus reservatórios e suas sementeiras têm água abundante.
O seu rei é mais forte que Agag, e exalta o seu reino!
E Balaão pronunciou o seu oráculo, dizendo: «Oráculo de Balaão, filho de
Beor, oráculo do homem de olhar penetrante.
Oráculo daquele que escuta as palavras de Deus, e conhece a sabedoria do
Altíssimo, que tem a visão do Omnipotente, que se prostra, mas de olhos
abertos.
Eu vejo, mas não para já; contemplo-o, mas ainda não próximo: uma estrela
surge de Jacob e um ceptro se ergue de Israel. Derrubará as frontes de Moab
e o crânio de todos os filhos de Set.


Salmos 25(24),4-5.6-7.8-9.
Mostra me, SENHOR, os teus caminhos e ensina me as tuas veredas.
Dirige me na tua verdade e ensina me, porque Tu és o Deus meu salvador. Em
ti confio sempre.
Lembra te, SENHOR, da tua compaixão e do teu amor, pois eles existem desde
sempre.
Não recordes os meus pecados de juventude e os meus delitos. Lembra-te de
mim, SENHOR, pelo teu amor e pela tua bondade.
O SENHOR é bom e justo; por isso ensina o caminho aos pecadores,
guia os humildes na justiça e dá lhes a conhecer o seu caminho.


Mateus 21,23-27.
Em seguida, entrou no templo. Quando estava a ensinar, foram ter com Ele os
sumos sacerdotes e os anciãos do povo e disseram-lhe: «Com que autoridade
fazes isto? E quem te deu tal poder?»
Jesus respondeu-lhes: «Também Eu vou fazer vos uma pergunta. Se me
responderdes, digo-vos com que autoridade faço isto.
De onde provinha o baptismo de João: do Céu ou dos homens?» Mas eles
começaram a pensar entre si: «Se respondermos: 'Do Céu', vai dizer-nos:
'Porque não lhe destes crédito?'
E, se respondermos: 'Dos homens', ficamos com receio da multidão, pois
todos têm João por um profeta.»
E responderam a Jesus: «Não sabemos.» Disse-lhes Ele, por seu turno:
«Também Eu vos não digo com que autoridade faço isto.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, Doutor da Igreja
Comentário do Evangelho de São João, 4, 1 (a partir da trad. de Orval)

O testemunho de Deus

Toda a criatura foi feita para dar testemunho de Deus, visto que toda a
criatura é como que uma prova da Sua bondade. A grandeza da criação
testemunha à sua maneira a força e a omnipotência divinas, e a sua beleza
dá testemunho da divina sabedoria. Certos homens recebem de Deus uma missão
especial: dão testemunho de Deus não apenas de um ponto de vista natural,
pelo facto de existirem, mas antes de maneira espiritual, pelas suas boas
obras. [...] No entanto, aqueles que, não satisfeitos por receberem os dons
divinos e por bem fazerem pela graça de Deus, comunicam os seus dons a
outros através da palavra, de encorajamentos e de exortações, esses são
ainda mais especialmente testemunhas de Deus. João é uma dessas
testemunhas: ele veio para difundir os dons de Deus e anunciar os Seus
louvores.
      
Esta missão de João, este papel de testemunha, é de uma grandeza
incomparável, porque ninguém pode dar testemunho de uma realidade senão na
medida em que dela participa. Jesus dizia: «Nós falamos do que sabemos e
damos testemunho do que vimos» (Jo 3, 11). Dar testemunho da verdade divina
pressupõe que conhecemos essa verdade. Foi por isso que Cristo teve também
um papel de testemunha. «Para isto nasci, para isto vim ao mundo: para dar
testemunho da Verdade» (Jo 18, 37). Mas Cristo e João tinham esse papel de
maneira diferente. Cristo tinha em Si mesmo essa luz: mais ainda, Ele era
essa luz. Enquanto João apenas participava nela. É por isso que Cristo dá
um testemunho completo, manifesta a verdade perfeitamente. João e os outros
santos apenas o fazem na medida em que recebem esta verdade.
      
Missão sublime, a de João: implica a sua participação na luz de Deus e a
sua semelhança com Cristo, que também Se empenhou nesta missão.




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