quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 25 de Dezembro de 2009
NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, solenidade com Oitava. - Missa do dia

Natal do Senhor
Natal do Senhor Jesus



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Leão Magno : «E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco»

Leituras

Is. 52,7-10.
Que formosos são sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz,
que apregoa a boa-nova, e que proclama a salvação! Que diz a Sião: «O rei é
o teu Deus!»
Ouve: as tuas sentinelas gritam, cantam em coro, porque vêem olhos nos
olhos o regresso do SENHOR a Sião.
Ruínas de Jerusalém, irrompei em cânticos de alegria, porque o SENHOR
consola o seu povo, com a libertação de Jerusalém.
O SENHOR mostra a força do seu braço poderoso aos olhos das nações, e todos
os confins da terra verão o triunfo do nosso Deus.


Salmos 98,1.2-3.4.5-6.
Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque Ele fez maravilhas! A sua mão
direita e o seu santo braço lhe deram a vitória.
O SENHOR anunciou a sua vitória, revelou aos povos a sua justiça.
Lembrou se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel.
Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus.
Aclamai o SENHOR, terra inteira, exultai de alegria e cantai.
Cantai hinos ao SENHOR, ao som da harpa, ao som da harpa e da lira;
ao som de cornetins e trombetas, aclamai o nosso rei e SENHOR.


Heb. 1,1-6.
Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos
antigos, por meio dos profetas.
Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por meio do Filho, a quem
constituiu herdeiro de todas as coisas, e por meio de quem fez o mundo.
Este Filho, que é resplendor da sua glória e imagem fiel da sua substância
e que tudo sustenta com a sua palavra poderosa, depois de ter realizado a
purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas,
tão superior aos anjos quanto superior ao deles é o nome que recebeu em
herança.
Com efeito, a qual dos anjos disse Deus alguma vez: Tu és meu Filho, Eu
hoje te gerei? E ainda: Eu serei para Ele um Pai e Ele será para mim um
Filho?
E de novo, quando introduz o Primogénito no mundo, diz: Adorem--no todos os
anjos de Deus.


João 1,1-18.
No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus.
No princípio Ele estava em Deus.
Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência.
Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz
dos homens.
A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam.
Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por
meio dele.
Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.
O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina.

Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o
reconheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se
tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da
vontade de um homem, mas sim de Deus.
E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua
glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e
de verdade.
João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O
que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'»
Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre
graças.
É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por
Jesus Cristo.
A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do
Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Leão Magno (?-c. 461), papa e Doutor da Igreja
1º sermão para a Natividade do Senhor; PL 59,190 (a partir da trad. cf SC 22 bis, pp. 67ss., breviário e Orval)

«E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco»

Nosso Senhor, irmãos bem-amados, nasceu hoje: regozijemo-nos! Não é
permitido estarmos tristes neste dia em que nasce a vida. Este dia destrói
o receio da morte e enche-nos da alegria que a promessa da eternidade dá.
Ninguém ficou afastado desta alegria; um único e mesmo motivo de alegria é
comum a todos. Pois Nosso Senhor, ao vir destruir o pecado e a morte [...],
veio libertar todos os homens. Que o santo exulte, pois aproxima-se da
vitória. Que o pecador se alegre, pois é convidado ao perdão. Que o pagão
tome coragem, pois é chamado à vida. Com efeito, quando chegou a plenitude
dos tempos determinada pela profundidade insondável do plano divino, o
Filho de Deus desposou a nossa natureza humana para reconciliá-la com o seu
Criador. [...]

O Verbo, a Palavra de Deus, que é Deus, Filho de Deus, que «no princípio
estava em Deus, por Quem tudo começou a existir, e sem Quem nada veio à
existência», tornou-Se homem para libertar o homem de uma morte eterna.
Baixou-Se para assumir a nossa condição humilde sem que a Sua majestade
ficasse diminuída. Continuando a ser o que era e assumindo o que não era,
Ele uniu a nossa condição de escravos à Sua condição de igual a Deus Pai.
[...] A majestade reveste-Se de humildade, a força de fraqueza, a
eternidade de mortalidade: verdadeiro Deus e verdadeiro homem, na unidade
de um único Senhor, «único mediador entre Deus e os homens» (1Tim 2, 5).
[...]

Demos graças, portanto, irmãos bem-amados a Deus Pai, pelo Seu Filho, no
Espírito Santo. Porque, na Sua grande misericórdia e no Seu amor por nós,
Ele teve piedade de nós. «Quando estávamos mortos pelo pecado, Ele fez-nos
tornar a viver por Cristo», querendo que sejamos n'Ele uma nova criação,
uma nova obra das Suas mãos (Ef 2, 4-5; 2Cor 5,1 7). [...] Cristão, toma
consciência da tua dignidade.




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