sexta-feira, 30 de abril de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 01 de Maio de 2010
Sábado da 4ª semana da Páscoa

São José Operário, Santa Comba do Alentejo, martir, +300



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ireneu de Lyon : «Quem Me vê, vê o Pai.»

Leituras

Actos 13,44-52.
No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra do
Senhor.
A presença da multidão encheu os judeus de inveja, e responderam com
blasfémias ao que Paulo dizia.
Então, desassombradamente, Paulo e Barnabé afirmaram: «Era primeiramente a
vós que a palavra de Deus devia ser anunciada. Visto que a repelis e vós
próprios vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os pagãos,
pois assim nos ordenou o Senhor: Estabeleci-te como luz dos povos, para
levares a salvação até aos confins da Terra.»
Ao ouvirem isto, os pagãos encheram-se de alegria e glorificavam a palavra
do Senhor; e todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé.
Assim, a palavra do Senhor divulgava-se por toda aquela região.
Mas os judeus incitaram as senhoras devotas mais distintas e os de maior
categoria da cidade, desencadeando uma perseguição contra Paulo e Barnabé,
e expulsaram-nos do seu território.
Estes, sacudindo contra eles o pó dos pés, foram para Icónio.
Quanto aos discípulos, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.


Salmos 98,1.2.3-4.
Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque Ele fez maravilhas! A sua mão
direita e o seu santo braço lhe deram a vitória.
O SENHOR anunciou a sua vitória, revelou aos povos a sua justiça.
Lembrou se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel.
Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus.
Aclamai o SENHOR, terra inteira, exultai de alegria e cantai.


João 14,7-14.
Se ficastes a conhecer-me, conhecereis também o meu Pai. E já o conheceis,
pois estais a vê-lo.»
Disse-lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta!»
Jesus disse-lhe: «Há tanto tempo que estou convosco, e não me ficaste a
conhecer, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como é que me dizes, então,
'mostra-nos o Pai'?
Não crês que Eu estou no Pai e o Pai está em mim? As coisas que Eu vos digo
não as manifesto por mim mesmo: é o Pai, que, estando em mim, realiza as
suas obras.
Crede-me: Eu estou no Pai e o Pai está em mim; crede, ao menos, por causa
dessas mesmas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim também fará as obras que
Eu realizo; e fará obras maiores do que estas, porque Eu vou para o Pai,
e o que pedirdes em meu nome Eu o farei, de modo que, no Filho, se
manifeste a glória do Pai.
Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu o farei.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo e mártir
Contra as heresias, IV, 5

«Quem Me vê, vê o Pai.»

O esplendor de Deus dá vida: portanto, quem vê a Deus tomará parte na vida.
Eis por que razão Aquele que é intangível, incompreensível e invisível Se
oferece para ser visto, compreendido e tocado pelos homens; para poder dar
a vida aos que Lhe tocam e O vêem. Porque, se a Sua grandeza é insondável,
a Sua bondade também é inexprimível e é graças a ela que Ele se deixa ver e
dá vida aos que O vêem.

É impossível viver sem a Vida; não há vida sem a participação em Deus; e
essa participação em Deus consiste em ver a Deus e em gozar da Sua bondade.
Assim, portanto, os homens verão a Deus para que vivam [...], segundo o que
Moisés disse no Deuteronómio: «Hoje mesmo damo-nos conta de que Deus pode
falar ao homem e este continuar vivo!» (Dt 5, 24). Deus é invisível e
inexprimível [...], mas todos os seres aprendem pelo seu Verbo que há um só
Deus Pai, que contém todas as coisas e dá existência a todas as coisas,
como diz o Senhor: «A Deus jamais alguém O viu. O Filho Unigénito, que é
Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem O deu a conhecer» (Jo 1, 18).




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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 30 de Abril de 2010
Sexta-feira da 4ª semana da Páscoa

S. Pio V, papa, +1572, S. José Bento Cottolengo, presbítero, fundador, +1842



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresa do Menino Jesus : «Na casa de Meu Pai há muitas moradas»

Leituras

Actos 13,26-33.
Irmãos, filhos da estirpe de Abraão, e os que de entre vós são tementes a
Deus, a nós é que foi dirigida a palavra de salvação.
Sem dúvida, os habitantes de Jerusalém e os seus chefes não quiseram
reconhecer Jesus, mas, condenando-o, cumpriram, sem disso se aperceberem,
as profecias que são lidas todos os sábados.
Embora não tivessem encontrado nele motivo algum de morte, exigiram a
Pilatos que o mandasse matar.
Quando cumpriram tudo o que acerca dele estava escrito, desceram-no do
madeiro e sepultaram-no.
Mas Deus ressuscitou-o dos mortos
e, durante muitos dias, apareceu aos que tinham subido com Ele da Galileia
a Jerusalém, os quais são agora suas testemunhas diante do povo.
E nós estamos aqui para vos anunciar a Boa-Nova de que a promessa feita a
nossos pais,
Deus a cumpriu em nosso benefício, para nós, seus filhos, ressuscitando
Jesus, como está escrito no Salmo segundo: Tu és meu filho, Eu hoje te
gerei!


Salmos 2,6-7.8-9.10-11.
"Fui Eu que consagrei o meu rei sobre o meu monte santo de Sião!"
Vou anunciar o decreto do SENHOR. Ele disse me: "Tu és meu filho, Eu hoje
te gerei.
Pede me e Eu te darei povos como herança e os confins da terra por domínio.
Hás-de governá los com ceptro de ferro e destruí-los como um vaso de
barro."
E agora, prestai atenção, ó reis! Deixai vos instruir, juízes da terra!
Servi o SENHOR com temor, prestai lhe homenagem com tremor,


João 14,1-6.
Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus; crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, como teria dito
Eu que vos vou preparar um lugar?
E quando Eu tiver ido e vos tiver preparado lugar, virei novamente e hei-de
levar-vos para junto de mim, a fim de que, onde Eu estou, vós estejais
também.
E, para onde Eu vou, vós sabeis o caminho.»
Disse-lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos nós saber
o caminho?»
Jesus respondeu-lhe: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir
até ao Pai senão por mim.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, Doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico A, 2vº-3vº

«Na casa de Meu Pai há muitas moradas»

Durante muito tempo, perguntei a mim própria porque é que o Bom Deus tinha
preferências, porque é que as almas não recebiam todas o mesmo grau de
graças. [...] Jesus dignou-Se instruir-me neste mistério: pôs em frente dos
meus olhos o livro da natureza e eu percebi que todas as flores que Ele
criou são belas, que o esplendor da rosa e a brancura do lírio não apagam o
perfume da pequena violeta ou a simplicidade encantadora da margarida.
Percebi que, se todas as florinhas quisessem ser rosas, a natureza perdia o
seu ornamento primaveril, os campos já não estariam esmaltados de flores

Assim é também no mundo das almas, que é o jardim de Jesus. Ele quis criar
grandes santos, que podem ser comparados aos lírios e às rosas, mas criou
também santos menores, que se devem contentar em ser margaridas ou
violetas, destinadas a alegrar os olhos do Bom Deus quando Ele Se debruça
sobre elas; a perfeição consiste em fazer a Sua vontade, em ser o que Ele
quer que sejamos.

Compreendi ainda que o amor de Nosso Senhor se revela tanto na alma mais
simples que não opõe nenhuma resistência à Sua graça, como na alma mais
sublime. Com efeito é próprio do amor abaixar-se; se todas as almas se
assemelhassem às dos Santos Doutores que iluminaram a Igreja com a clareza
da sua doutrina, parece-me que o Bom Deus não Se abaixaria suficientemente
vindo apenas aos seus corações; mas Ele criou a criança que não sabe nada e
apenas emite fracos bramidos, criou o pobre selvagem que só tem para se
conduzir a lei da natureza, e é exactamente ao seu coração que Se digna
descer, estas são as Suas flores dos campos, cuja simplicidade O deleita.
Abaixando-Se assim, o Bom Deus mostra a Sua grandeza infinita. Tal como o
sol ilumina ao mesmo tempo os cedros e cada florinha como se ela fosse a
única na terra, assim também Nosso Senhor Se ocupa particularmente de cada
alma, como se não houvesse outra semelhante a ela.




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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 29 de Abril de 2010
Sta. Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja (festa) - co-padroeira da Europa

Santa Catarina de Sena
Santa Catarina de Sena, virgem, Doutora da Igreja, Padroeira da Europa,+1380, Cristo, Bom Pastor



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Catarina de Siena : «Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos»

Leituras

Actos 13,13-25.
De Pafos, onde embarcaram Paulo e os companheiros, dirigiram-se a Perga da
Panfília. João, porém, separando-se deles, voltou para Jerusalém.
Quanto àqueles, deixaram Perga e, caminhando sempre, chegaram a Antioquia
da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se.
Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga
mandaram-lhes dizer: «Irmãos, se tiverdes alguma exortação a dirigir ao
povo, falai.»
Então, Paulo, levantando-se, fez sinal com a mão e disse: «Homens de Israel
e vós os tementes a Deus, escutai:
O Deus deste povo, o Deus de Israel, escolheu os nossos pais e engrandeceu
este povo durante a sua permanência no Egipto. Depois, com a força do seu
braço, retirou-o de lá
e, durante uns quarenta anos, sustentou-o no deserto.
A seguir, exterminando sete nações na terra de Canaã, conferiu-lhes a posse
do seu território,
por cerca de quatrocentos e cinquenta anos. Depois disso, deu-lhes juizes
até ao profeta Samuel.
Em seguida, pediram um rei, e Deus concedeu-lhes, durante quarenta anos,
Saul, filho de Quis, da tribo de Benjamim.
Pondo este de parte, Deus elevou David como rei, e a seu respeito deu este
testemunho: 'Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração,
que fará todas as minhas vontades.'
Da sua descendência, segundo a sua promessa, Deus proporcionou a Israel um
Salvador, que é Jesus.
João preparou a sua vinda, anunciando um baptismo de penitência a todo o
povo de Israel.
Quase a terminar a sua carreira, João dizia: 'Eu não sou quem julgais; mas
vem, depois de mim, alguém cujas sandálias não sou digno de desatar.'


Salmos 89(88),2-3.21-22.25.27.
Hei de cantar para sempre o amor do SENHOR; a todas as gerações anunciarei
a sua fidelidade.
Proclamarei que o teu amor é para sempre, e que a tua fidelidade é eterna
como o céu.
Encontrei David, meu servo, e ungi o com óleo santo.
A minha mão estará sempre com ele e o meu braço há-de torná lo forte.
A minha fidelidade e o meu amor estarão com ele; pelo meu nome crescerá o
seu poder.
Ele me invocará, dizendo: 'Tu és meu pai, és o meu Deus e o rochedo da
minha salvação!'


João 13,16-20.
Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo mais do que o seu Senhor,
nem o enviado mais do que aquele que o envia.
Uma vez que sabeis isto, sereis felizes se o puserdes em prática.
Não me refiro a todos vós. Eu bem sei quem escolhi, e há-de cumprir-se a
Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar.
Desde já vo-lo digo, antes que isso aconteça, para que, quando acontecer,
acrediteis que Eu sou.
Em verdade, em verdade vos digo: quem receber aquele que Eu enviar é a mim
que recebe, e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Catarina de Siena (1347-1380), Dominicana da Ordem Terceira, Doutora da Igreja, co-padroeira da Europa
Diálogos, 167 (a partir da trad. do Breviário)

«Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos»

Tu, Trindade eterna, és como um oceano profundo: quanto mais em Ti procuro,
mais encontro; quanto mais encontro, mais procuro. Tu saciais-nos sem fim a
alma pois, nas Tuas profundezas, sacias de tal modo a alma que ela torna-se
indigente e faminta, porque continua a aspirar e a desejar ver-Te na Tua
luz (Sl 35,10), ó luz, Trindade eterna [...].

Experimentei e vi com a luz da minha inteligência e na Tua luz, Trindade
eterna, ao mesmo tempo, a imensidão das Tuas profundezas e a beleza da Tua
criatura. Então vi que, ao revestir-me de Ti, tornar-me-ia na Tua imagem
(Gn 1, 27), porque Tu dás-me, ó Pai eterno, algo do Teu poder e da Tua
sabedoria. Essa sabedoria é o atributo do Teu Filho unigénito. Quanto ao
Espírito Santo, que procede de Ti, Pai, e do Teu Filho, concedeu-me a
vontade que me faz capaz de amar. Porque Tu, eterna Trindade, Tu és o
Criador, e eu a criatura; soube assim, iluminada por Ti, na nova criação
que fizeste de mim pelo sangue do Teu Filho unigénito, que foste tomada de
amor pela beleza da Tua criatura.




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terça-feira, 27 de abril de 2010

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 28 de Abril de 2010
Quarta-feira da 4ª semana da Páscoa

S. Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero, +1716, S. Pedro Chanel, presbítero, mártir, padroeiro da Oceânia, +1841



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Anselmo : «Eu vim ao mundo para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas»

Leituras

Actos 12,24-25.13,1-5.
Entretanto, a palavra de Deus crescia e multiplicava-se.
Barnabé e Saulo, depois de terem cumprido a sua missão, regressaram de
Jerusalém, levando consigo João, de sobrenome Marcos.
Havia na igreja, estabelecida em Antioquia, profetas e doutores: Barnabé,
Simeão, chamado 'Níger', Lúcio de Cirene, Manaen, companheiro de infância
do tetrarca Herodes, e Saulo.
Estando eles a celebrar o culto em honra do Senhor e a jejuar, disse-lhes o
Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que Eu os
chamei.»
Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e
deixaram-nos partir.
Enviados, pois, pelo Espírito Santo, Barnabé e Saulo desceram a Selêucia e
ali meteram-se num barco, rumo à ilha de Chipre.
Chegados que foram a Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas
sinagogas dos judeus. Tinham também João como auxiliar.


Salmos 67(66),2-3.5.6.8.
Deus se compadeça de nós e nos abençoe, faça brilhar sobre nós a luz do seu
rosto.
Sejam conhecidos na terra os teus caminhos e entre as nações, a tua
salvação!
Alegrem se e exultem as nações, porque julgas os povos com justiça e
governas as nações sobre a terra.
Que os povos te louvem, ó Deus! Todos os povos te louvem!
Que Deus nos abençoe; e o seu temor chegue aos confins da terra!


João 12,44-50.
Jesus levantou a voz e disse: «Quem crê em mim não é em mim que crê, mas
sim naquele que me enviou;
e quem me vê a mim vê aquele que me enviou.
Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em mim não fique nas
trevas.
Se alguém ouve as minhas palavras e não as cumpre, não sou Eu que o julgo,
pois não vim para condenar o mundo, mas sim para o salvar.
Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras tem quem o julgue: a
palavra que Eu anunciei, essa é que o há-de julgar no último dia;
porque Eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, é que me
encarregou do que devo dizer e anunciar.
E Eu bem sei que este seu mandato traz consigo a vida eterna; por isso, as
coisas que Eu anuncio, anuncio-as tal como o Pai as disse a mim.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Anselmo (1033-1109), monge, bispo, Doutor da Igreja
Meditações (a partir da trad. Maredsous 1923, p. 142 rev. Tournay)

«Eu vim ao mundo para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas»

Ó bom Mestre, Jesus Cristo, estava eu sem amparo, não pedia nada, nem
sequer pensava nisso, e a Tua luz iluminou a minha noite. [...] Afastaste
de mim a carga que me esmagava, afastaste os que me assaltavam, chamaste-me
com um novo nome (Ap 2, 17), emprestando-me o Teu, o nome de cristão.
Sentia-me oprimido e Tu reergueste-me. Tu disseste-me: «Tem confiança, Eu
resgatei-te, dei a Minha vida por ti. Se quiseres unir-te a Mim, escaparás
ao mal e ao abismo para onde corres, e conduzir-te-ei ao Meu Reino.»

Sim, Senhor, fizeste tudo por mim! Estava nas trevas e não sabia nada
[...], descia para o abismo da injustiça, tinha caído na miséria dos tempos
para descer ainda mais baixo. Quando me encontrava desamparado,
iluminaste-me. Sem eu To ter pedido, iluminaste-me. Na Tua luz, vi quem
eram os outros e aquilo que eu sou [...]; deste-me confiança e a salvação,
Tu que deste a Tua vida por mim [...]. Reconheço-o, ó Cristo, entrego-me
inteiramente ao Teu amor.




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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 27 de Abril de 2010
Terça-feira da 4ª semana da Páscoa

Santa Zita, virgem, +1278, S. Pedro Canísio, presbítero, doutor da Igreja, +1597



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-Aventurada Teresa de Calcutá : «As Minhas ovelhas escutam a Minha voz»

Leituras

Actos 11,19-26.
Entretanto, os que se tinham dispersado, devido à perseguição desencadeada
por causa de Estêvão, adiantaram-se até à Fenícia, Chipre e Antioquia, mas
não anunciavam a palavra senão aos judeus.
Houve, porém, alguns deles, homens de Chipre e Cirene que, chegando a
Antioquia, falaram também aos gregos, anunciando-lhes a Boa-Nova do Senhor
Jesus.
A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que abraçaram a
fé e se converteram ao Senhor.
A notícia chegou aos ouvidos da igreja de Jerusalém, e mandaram Barnabé a
Antioquia.
Assim que ele chegou e viu a graça concedida por Deus, regozijou-se com
isso e exortou-os a todos a que se conservassem unidos ao Senhor, de
coração firme;
ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Assim, uma grande
multidão aderiu ao Senhor.
Então, Barnabé foi a Tarso procurar Saulo.
Encontrou-o e levou-o para Antioquia. Durante um ano inteiro, mantiveram-se
juntos nesta igreja e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela
primeira vez, os discípulos começaram a ser tratados pelo nome de
«cristãos.»


Salmos 87(86),1-3.4-5.6-7.
Fundada por Ele sobre o monte santo,
o SENHOR ama a cidade de Sião mais que todas as moradas de Jacob.
Gloriosas coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.
Incluirei Raab e Babilónia na lista dos que me conhecem; a Filisteia, Tiro
e a Etiópia, uns e outros ali nasceram.
Mas de Sião há de dizer se: "Todos lá nasceram; o próprio Altíssimo a
fortaleceu."
O SENHOR escreverá no registo dos povos, anotando: "Este nasceu em Sião."
E eles dirão, cantando e dançando: "A minha única fonte está em ti."


João 10,22-30.
Em Jerusalém celebrava-se, então, a festa da Dedicação do templo. Era
Inverno.
Jesus passeava pelo templo, debaixo do pórtico de Salomão.
Rodearam-no, então, os judeus e começaram a perguntar-lhe: «Até quando nos
deixarás na incerteza? Se és o Messias, di-lo claramente.»
Jesus respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não credes. As obras que Eu faço
em nome de meu Pai, essas dão testemunho a meu favor;
mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas.
As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço-as e elas seguem-me.
Dou-lhes a vida eterna, e nem elas hão-de perecer jamais, nem ninguém as
arrancará da minha mão.
O que o meu Pai me deu vale mais que tudo e ninguém o pode arrancar da mão
do Pai.
Eu e o Pai somos Um.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-Aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionários da Caridade
No Greater Love (a partir da trad. Pas de plus grand amour, Lattès 1997, p. 22 rev.)

«As Minhas ovelhas escutam a Minha voz»

Terás dificuldade em rezar se não souberes como. Temos de nos ajudar a
rezar: em primeiro lugar, recorrendo ao silêncio, porque não podemos
pôr-nos na presença de Deus se não praticarmos o silêncio, tanto interior
como exterior. Não é fácil fazer silêncio dentro de nós, mas é um esforço
indispensável. Só no silêncio encontraremos novas forças e a verdadeira
unidade. A força de Deus tornar-se-á a nossa, para realizarmos todas as
coisas como devemos; o mesmo acontecerá com a unidade dos nossos
pensamentos aos Seus pensamentos, a unidade das nossas orações às Suas
orações, a unidade das nossas acções às Suas acções, da nossa vida à Sua
vida. A unidade é o fruto da oração, da humildade, do amor.

É no silêncio do coração que Deus fala; se te colocares perante Deus em
silêncio e em oração, Deus falar-te-á. Então saberás que não és nada. Só
quando conheceres o teu nada, a tua vacuidade, é que Deus poderá
preencher-te Consigo. As almas dos grandes orantes são almas de grande
silêncio.

O silêncio faz-nos ver cada coisa de modo diferente. Necessitamos do
silêncio para tocar as almas dos outros. O essencial não é o que dizemos,
mas o que Deus diz - aquilo que nos diz, e o que diz através de nós. No
silêncio, Ele ouvir-nos-á; no silêncio, falará à nossa alma, e ouviremos a
Sua voz.




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domingo, 25 de abril de 2010

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 26 de Abril de 2010
Segunda-feira da 4ª semana da Páscoa

Santo Anacleto (Cleto), papa, mártir, séc. I, S. Pedro de Rates, mártir, 1º bispo de Braga, séc. I (?)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Tomás de Aquino : O Bom Pastor e a porta das ovelhas

Leituras

Actos 11,1-18.
Os Apóstolos e os irmãos da Judeia ouviram, entretanto, dizer que também os
pagãos tinham recebido a palavra de Deus.
E, quando Pedro subiu a Jerusalém, os circuncisos começaram a censurá-lo,
dizendo-lhe: «Tu entraste em casa de incircuncisos e comeste com eles.»
Pedro expôs-lhes, então, o caso, do princípio ao fim, dizendo:
«Estava eu em oração na cidade de Jope quando, em êxtase, tive uma visão:
um objecto semelhante a uma grande toalha, descia do céu, preso pelas
quatro pontas, e chegou até junto de mim.
Fitando os olhos nele, pus-me a observar e vi os quadrúpedes da terra, os
animais ferozes, os répteis e as aves do céu.
Ouvi também uma voz que me dizia: 'Vamos, Pedro, mata e come.'
Mas eu respondi: 'De modo algum, Senhor! Nunca entrou na minha boca nada de
profano ou impuro!'
A voz fez-se ouvir do Céu, pela segunda vez: 'O que Deus purificou não o
consideres tu impuro.'
Isto repetiu-se três vezes; depois, tudo foi novamente elevado ao Céu.
Nesse instante, apresentaram-se três homens na casa em que estávamos,
enviados de Cesareia à minha presença.
O Espírito disse-me que os acompanhasse, sem hesitar. Vieram também comigo
os seis irmãos, aqui presentes, e entrámos em casa do homem.
Ele contou-nos que tinha visto um anjo apresentar-se em sua casa,
dizendo-lhe: 'Envia alguém a Jope e manda chamar Simão, cujo sobrenome é
Pedro;
ele dir-te-á palavras que te hão-de trazer a salvação, a ti e a toda a tua
casa.'
Ora, quando principiei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, como
sobre nós, ao princípio.
Recordei-me, então, da palavra do Senhor, quando Ele dizia: 'João baptizou
em água; vós, porém, sereis baptizados no Espírito Santo.'
Se Deus, portanto, lhes concedeu o mesmo dom que a nós, por terem
acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para me opor a Deus?»
Estas palavras apaziguaram-nos, e eles deram glória a Deus, dizendo: «Deus
também concedeu aos pagãos o arrependimento que conduz à Vida!»


Salmos 42(41),2-3.43(42),3-4.
Como suspira a corça pelas águas correntes, assim a minha alma suspira por
ti, ó Deus.
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo! Quando poderei contemplar a
face de Deus?
Envia a tua luz e a tua verdade, para que elas me guiem e conduzam à tua
montanha santa, à tua morada.
Eu irei ao altar de Deus, ao Deus que é a alegria da minha vida. Ao som da
harpa te louvarei, ó Deus, meu Deus.


João 10,1-10.
«Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no redil das
ovelhas, mas sobe por outro lado, é um ladrão e salteador.
Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas.
A esse o porteiro abre-a e as ovelhas escutam a sua voz. E ele chama as
suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes e fá-las sair.
Depois de tirar todas as que são suas, vai à frente delas, e as ovelhas
seguem-no, porque reconhecem a sua voz.
Mas, a um estranho, jamais o seguiriam; pelo contrário, fugiriam dele,
porque não reconhecem a voz dos estranhos.»
Jesus propôs-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que lhes
dizia.
Então, Jesus retomou a palavra: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a
porta das ovelhas.
Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e salteadores, mas as ovelhas
não lhes prestaram atenção.
Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim estará salvo; há-de entrar e sair
e achará pastagem.
O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que
tenham vida e a tenham em abundância.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, Doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de João, 10, 3 (a partir da trad. Orval)

O Bom Pastor e a porta das ovelhas

Jesus disse: «Eu sou o Bom Pastor.» E é evidente que o título de pastor
convém a Cristo porque, assim como o pastor leva o rebanho a pastar, assim
também Cristo restaura os fiéis através do alimento espiritual que é o Seu
próprio Corpo e o Seu próprio Sangue.

Para se distinguir do mau pastor e do ladrão, Jesus precisa que é o «bom
pastor». É bom porque defende o rebanho com a dedicação com que o bom
soldado defende a sua pátria. Por outro lado, Cristo afirmou que o pastor
entra pela porta e que Ele é essa porta. Assim, pois quando aqui afirma ser
o Pastor, temos de compreender que é Ele que entra e que entra por Si
mesmo. E é bem verdade, porque Ele afirma que conhece o Pai por Si mesmo,
enquanto nós entramos por meio Dele e é Ele que nos dá a felicidade.
Reparemos bem que não há outro que seja a porta, porque mais ninguém é a
luz, a não ser por participação. João Baptista não era a luz, antes tinha
vindo para dar testemunho da luz (Jo 1, 8). Mas Cristo «era a luz que
ilumina todo o homem» (v. 9). Ninguém pode, por conseguinte, dizer de si
mesmo que é a porta, porque Cristo reservou para Si esse título.

Mas o título de pastor, esse comunicou-o a outros, deu-o a alguns dos Seus
membros. Com efeito, também Pedro o foi, e os outros apóstolos, e também o
são todos os bispos. «Dar-vos-ei pastores segundo o Meu coração», diz
Jeremias
(3, 15). Ora, ainda que os chefes da Igreja - que são filhos da mesma
Igreja - sejam todos pastores, Cristo afirma «Eu sou o Bom Pastor» para nos
mostrar a singular força do Seu amor. Nenhum pastor será bom se não estiver
unido a Cristo pela caridade, tornando-se assim membro do verdadeiro
Pastor.




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sábado, 24 de abril de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 25 de Abril de 2010
4º Domingo da Páscoa - Ano C

Quarto Domingo do Tempo Pascal (semana IV do saltério)
Santa Maria Eufrásia Pelletier, virgem, fundadora, +1868, S. Marcos, evangelista



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Basílio da Selêucida : «Eu sou o Bom Pastor» (Jo 10, 11)

Leituras

Actos 13,14.43-52.
Quanto àqueles, deixaram Perga e, caminhando sempre, chegaram a Antioquia
da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se.
Depois da reunião, muitos judeus e prosélitos piedosos seguiam Paulo e
Barnabé, os quais, nas suas conversas com eles, os exortavam a perseverar
na graça de Deus.
No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra do
Senhor.
A presença da multidão encheu os judeus de inveja, e responderam com
blasfémias ao que Paulo dizia.
Então, desassombradamente, Paulo e Barnabé afirmaram: «Era primeiramente a
vós que a palavra de Deus devia ser anunciada. Visto que a repelis e vós
próprios vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os pagãos,
pois assim nos ordenou o Senhor: Estabeleci-te como luz dos povos, para
levares a salvação até aos confins da Terra.»
Ao ouvirem isto, os pagãos encheram-se de alegria e glorificavam a palavra
do Senhor; e todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé.
Assim, a palavra do Senhor divulgava-se por toda aquela região.
Mas os judeus incitaram as senhoras devotas mais distintas e os de maior
categoria da cidade, desencadeando uma perseguição contra Paulo e Barnabé,
e expulsaram-nos do seu território.
Estes, sacudindo contra eles o pó dos pés, foram para Icónio.
Quanto aos discípulos, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.


Salmos 100,2.3.5.
servi ao SENHOR com alegria, vinde à sua presença com cânticos de júbilo!
Sabei que o SENHOR é Deus; foi Ele quem nos criou e nós pertencemos lhe,
somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho.
O SENHOR é bom! O seu amor é eterno! É eterna a sua fidelidade!


Apoc. 7,9.14-17.
Depois disto, apareceu na visão uma multidão enorme que ninguém podia
contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé com
túnicas brancas diante do trono e diante do Cordeiro, e com palmas na mão.
Eu respondi-lhe: «Meu senhor, tu é que sabes.» Ele disse-me: «Estes são os
que vêm da grande tribulação; lavaram as suas túnicas e as branquearam no
sangue do Cordeiro.
Por isso, estão diante do trono de Deus e servem-no, noite e dia, no seu
santuário, e o que está sentado no trono abrigá-los-á na sua tenda.
Nunca mais passarão fome nem sede; nem o sol nem o calor ardente cairão
sobre eles,
porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e conduzirá às
fontes de água viva; e Deus enxugará todas as lágrimas dos seus olhos.»


João 10,27-30.
As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço-as e elas seguem-me.
Dou-lhes a vida eterna, e nem elas hão-de perecer jamais, nem ninguém as
arrancará da minha mão.
O que o meu Pai me deu vale mais que tudo e ninguém o pode arrancar da mão
do Pai.
Eu e o Pai somos Um.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Basílio da Selêucida (?-c. 468), bispo
Homilia 26 sobre o Bom Pastor; PG 85, 299-308 (a partir da trad. Bouchet, Lectionnaire, p. 218)

«Eu sou o Bom Pastor» (Jo 10, 11)

Abel, o primeiro pastor, conquistou a admiração do Senhor, que de bom grado
acolheu o sacrifício dele e preferiu o doador ao dom (Gn 4, 4). A Escritura
também louva Jacob, pastor dos rebanhos de Labão, fazendo notar o que
sofreu pelas suas ovelhas: «Fui devorado pelo calor durante o dia e pelo
frio durante a noite» (Gn 31, 40); e Deus recompensou este homem pelo seu
labor. Também Moisés foi pastor nas montanhas de Madian, preferindo ser
maltratado com o povo de Deus a conhecer a felicidade [no palácio do
faraó]; e Deus, apreciando esta escolha, deixou-Se ver por ele como
recompensa (Ex 3, 2). Após esta visão, Moisés não abandonou o seu ofício de
pastor, antes dominou aos elementos com o seu báculo (Ex 14, 16),
conduzindo o povo de Israel para as pastagens. Também David foi pastor, mas
o seu bastão foi trocado por um ceptro real e recebeu a coroa. Não te
espante que todos estes bons pastores estejam perto de Deus. O próprio
Senhor não cora por ser chamado «pastor» (Sl 22; 79), Deus não cora de
conduzir os homens para as pastagens, como não cora por tê-los criado.Olhemos agora para o nosso pastor, para Cristo; contemplemos o Seu
amor pelos homens, a suavidade com que os conduz às pastagens. Ele
alegra-Se com as ovelhas que O rodeiam e vai à procura daquelas que se
perdem. Nem montes nem florestas são para Ele obstáculo: corre pelo vale da
sombra (Sl 22, 4) para chegar ao local onde se encontra a ovelha perdida.
[...] Vai aos infernos libertar os que ali se encontram; é assim que Ele
procura o amor das Suas ovelhas. Aquele que ama a Cristo é aquele que sabe
ouvir a Sua voz.




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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 24 de Abril de 2010
Sábado da 3ª semana da Páscoa

S. Fidélis (Fiel) de Sigmaringa, mártir, +1622, S. Bento Menni, presbítero, fundador, +1914



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Jerónimo : «As palavras que vos disse são espírito e são vida»

Leituras

Actos 9,31-42.
Entretanto, a Igreja gozava de paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria,
crescia como um edifício e caminhava no temor do Senhor e, com a
assistência do Espírito Santo, ia aumentando.
Pedro, que andava por toda a parte, desceu também até junto dos santos que
habitavam em Lida.
Encontrou lá, estendido num catre, havia oito anos, um homem chamado
Eneias, que era paralítico.
Pedro disse-lhe: «Eneias, Jesus Cristo vai curar-te! Levanta-te e arranja a
enxerga.» E ele ergueu-se imediatamente.
Todos os habitantes de Lida e da planície de Saron viram isso e
converteram-se ao Senhor.
Havia em Jope, entre os discípulos, uma mulher chamada Tabitá, que
significa «Gazela.» Era rica em boas obras e nas esmolas que distribuía.
Ora, nesses dias, caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado,
depositaram-na na sala de cima.
Como Lida era perto de Jope e ouvindo os discípulos dizer que Pedro estava
lá, mandaram-lhe dois homens com o seguinte pedido: «Vem depressa ter
connosco!»
Pedro partiu imediatamente com eles. Logo que chegou, levaram-no à sala de
cima e encontrou lá todas as viúvas, que choravam e lhe mostravam as
túnicas e mantos feitos por Dórcada, enquanto ela estava na sua companhia.
Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou. Voltando-se
depois para o corpo, disse: «Tabitá, levanta-te!» Ela abriu os olhos e, ao
ver Pedro, sentou-se.
Tomando-a pela mão, Pedro ajudou-a a erguer-se. Chamando então os santos e
as viúvas, apresentou-lha viva.
Toda a cidade de Jope soube deste acontecimento e muitos acreditaram no
Senhor.


Salmos 116(115),12-17.
Como retribuirei ao SENHOR todos os seus benefícios para comigo?
Elevarei o cálice da salvação, invocando o nome do SENHOR.
Cumprirei as minhas promessas feitas ao SENHOR na presença de todo o seu
povo.
preciosa aos olhos do SENHOR a morte dos seus fiéis.
SENHOR, sou teu servo, filho da tua serva; quebraste as minhas cadeias.
Hei-de oferecer-te sacrifícios de louvor, invocando, SENHOR, o teu nome.


João 6,60-69.
Depois de o ouvirem, muitos dos seus discípulos disseram: «Que palavras
insuportáveis! Quem pode entender isto?»
Mas Jesus, sabendo no seu íntimo que os seus discípulos murmuravam a
respeito disto, disse-lhes: «Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho do Homem subir para onde estava antes?
É o Espírito quem dá a vida; a carne não serve de nada: as palavras que vos
disse são espírito e são vida.
Mas há alguns de vós que não crêem.» De facto, Jesus sabia, desde o
princípio, quem eram os que não criam e também quem era aquele que o havia
de entregar.
E dizia: «Por isso é que Eu vos declarei que ninguém pode vir a mim, se
isso não lhe for concedido pelo Pai.»
A partir daí, muitos dos seus discípulos voltaram para trás e já não
andavam com Ele.
Então, Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?»
Respondeu-lhe Simão Pedro: «A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de
vida eterna!
Por isso nós cremos e sabemos que Tu é que és o Santo de Deus.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, Doutor da Igreja
Carta 53 a Paulina

«As palavras que vos disse são espírito e são vida»

Lemos as Sagradas Escrituras: em minha opinião, o Evangelho é o corpo de
Jesus, as Sagradas Escrituras são a Sua doutrina. Sem dúvida que o texto
«quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue» encontra toda a sua aplicação
no mistério eucarístico; mas o verdadeiro corpo de Cristo e o Seu
verdadeiro Sangue são também a palavra das Escrituras, a doutrina divina.
Quando vamos receber os sagrados mistérios, se uma partícula cai ao chão,
ficamos preocupados. Quando escutamos a palavra de Deus, se estamos a
pensar noutra coisa enquanto ela nos entra pelos ouvidos, em que
responsabilidade não incorremos!

Sendo a carne do Senhor verdadeiro alimento e o Seu Sangue verdadeira
bebida, o nosso único bem é comer a Sua carne e beber o Seu sangue, não
apenas no mistério eucarístico, mas também na leitura da Escritura.




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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 23 de Abril de 2010
Sexta-feira da 3ª semana da Páscoa

S. Jorge, mártir, +303, Santo Adalberto de Praga, bispo, mártir, +997



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Padre Pio de Pietrelcina : «Quem realmente come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna»

Leituras

Actos 9,1-20.
Saulo, entretanto, respirando sempre ameaças e mortes contra os discípulos
do Senhor, foi ter com o Sumo Sacerdote
e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se
encontrasse homens e mulheres que fossem desta Via, os trouxesse algemados
para Jerusalém.
Estava a caminho e já próximo de Damasco, quando se viu subitamente
envolvido por uma intensa luz vinda do Céu.
Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque me
persegues?»
Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» Respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu
persegues.
Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer.»
Os seus companheiros de viagem tinham-se detido, emudecidos, ouvindo a voz,
mas sem verem ninguém.
Saulo ergueu-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, não via
nada. Foi necessário levá-lo pela mão e, assim, entrou em Damasco,
onde passou três dias sem ver, sem comer nem beber.
Havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor disse-lhe numa
visão: «Ananias!» Respondeu: «Aqui estou, Senhor.»
O Senhor prosseguiu: «Levanta-te, vai à casa de Judas, na rua Direita, e
pergunta por um homem chamado Saulo de Tarso, que está a orar neste
momento.»
Saulo, entretanto, viu numa visão um homem, de nome Ananias, entrar e
impor-lhe as mãos para recobrar a vista.
Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido muita gente falar desse homem e a
contar todo o mal que ele tem feito aos teus santos, em Jerusalém.
E agora está aqui com plenos poderes dos sumos sacerdotes, para prender
todos quantos invocam o teu nome.»
Mas o Senhor disse-lhe: «Vai, pois esse homem é instrumento da minha
escolha, para levar o meu nome perante os pagãos, os reis e os filhos de
Israel.
Eu mesmo lhe hei-de mostrar quanto ele tem de sofrer pelo meu nome.»
Então, Ananias partiu, entrou na dita casa, impôs as mãos sobre ele e
disse: «Saulo, meu irmão, foi o Senhor que me enviou, esse Jesus que te
apareceu no caminho em que vinhas, para recobrares a vista e ficares cheio
do Espírito Santo.»
Nesse instante, caíram-lhe dos olhos uma espécie de escamas e recuperou a
vista. Depois, levantou-se e recebeu o baptismo.
Depois de se ter alimentado, voltaram-lhe as forças e passou alguns dias
com os discípulos, em Damasco.
Começou, então, imediatamente, a proclamar nas sinagogas que Jesus era o
Filho de Deus.


Salmos 117,1.2.
Louvai o SENHOR, todas as nações! Exaltai-o, todos os povos!
Porque o seu amor para connosco não tem limites e a fidelidade do SENHOR é
eterna!


João 6,52-59.
Então, os judeus, exaltados, puseram-se a discutir entre si, dizendo: «Como
pode Ele dar-nos a sua carne a comer?!»
Disse-lhes Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a
carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em
vós.
Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e
Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia,
porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira
bebida.
Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e
Eu nele.
Assim como o Pai que me enviou vive e Eu vivo pelo Pai, também quem de
verdade me come viverá por mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os antepassados
comeram, pois eles morreram; quem come mesmo deste pão viverá eternamente.»

Isto foi o que Ele disse em Cafarnaúm, ao ensinar na sinagoga.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Padre Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
Cartas do Padre Pio

«Quem realmente come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna»

- Padre, sinto-me tão indigno de comungar! Sou realmente indigno!- É
verdade que não somos dignos de semelhante dom; mas uma coisa é participar
deste alimento em pecado grave, outra coisa é não sermos dignos dele.
Nenhum de nós é digno dele; mas é Jesus que nos convida, é Ele que deseja
que O recebamos. Sejamos, pois, humildes e recebamo-Lo com o coração cheio
de amor.- Padre, por que chora quando comunga?- Se a
Igreja proclama «Não desdenhou tomar o seio da Virgem» ao falar da
encarnação do Verbo no seio da Imaculada, que dizer de nós, pecadores? Mas
Cristo disse: «Se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não
beberdes o Seu sangue, não tereis a vida em vós». Aproximemo-nos, pois, da
mesa da comunhão com muito amor e com grande respeito. Que todo o nosso dia
sirva, primeiro para nos prepararmos, depois para darmos graças por esse
dom.




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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 22 de Abril de 2010
Quinta-feira da 3ª semana da Páscoa

S. Sotero, papa, mártir, +296, Santa Senhorinha, virgem, +982



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Damião : «Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá»

Leituras

Actos 8,26-40.
O Anjo do Senhor falou a Filipe e disse-lhe: «Põe-te a caminho e dirige-te
para o Sul, pela estrada que desce de Jerusalém para Gaza, a qual se
encontra deserta.»
Ele pôs-se a caminho e foi para lá. Ora, um etíope, eunuco e alto
funcionário da rainha Candace, da Etiópia, e superintendente de todos os
seus tesouros, que tinha ido em peregrinação a Jerusalém,
regressava, na mesma altura, sentado no seu carro, a ler o profeta Isaías.
O Espírito disse a Filipe: «Vai e acompanha aquele carro.»
Filipe, acorrendo, ouviu o etíope a ler o profeta Isaías e perguntou-lhe:
«Compreendes, verdadeiramente, o que estás a ler?»
Respondeu ele: «E como poderei compreender, sem alguém que me oriente?» E
convidou Filipe a subir e a sentar-se junto dele.
A passagem da Escritura que ele estava a ler era a seguinte: Como ovelha
levada ao matadouro, e como cordeiro sem voz diante daquele que o tosquia,
assim Ele não abre a sua boca.
Na humilhação se consumou o seu julgamento, e quem poderá contar a sua
geração? Da face da terra foi tirada a sua vida!
Dirigindo-se a Filipe, o eunuco disse-lhe: «Peço-te que me digas: De quem
fala o profeta? De si mesmo ou de outra pessoa?»
Então, Filipe tomou a palavra e, partindo desta passagem da Escritura,
anunciou-lhe a Boa-Nova de Jesus.
Pelo caminho fora, encontraram uma nascente de água, e o eunuco disse:
«Está ali água! Que me impede de ser baptizado?»
Filipe respondeu: «Se acreditas com todo o coração, isso é possível.» O
eunuco respondeu: «Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.»
E mandou parar o carro. Ambos desceram à água, Filipe e o eunuco, e Filipe
baptizou-o.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe e o eunuco não
o viu mais, seguindo o seu caminho cheio de alegria.
Filipe encontrou-se em Azoto e, partindo dali, foi anunciando a Boa-Nova a
todas as cidades, até que chegou a Cesareia.


Salmos 66(65),8-9.16-17.20.
Bendizei, ó povos, o nosso Deus, fazei ressoar a voz do seu louvor.
Foi Ele quem salvou a nossa vida e não permitiu que os nossos pés
resvalassem.
Vinde e ouvi, todos os que temeis a Deus; vou narrar vos o que Ele fez por
mim.
Por Ele gritou a minha boca e o seu louvor andava já na minha língua.
Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem me retirou a sua
misericórdia.


João 6,44-51.
Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não atrair; e Eu hei-de
ressuscitá-lo no último dia.
Está escrito nos profetas: E todos serão ensinados por Deus. Todo aquele
que escutou o ensinamento que vem do Pai e o entendeu vem a mim.
Não é que alguém tenha visto o Pai, a não ser aquele que tem a sua origem
em Deus: esse é que viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida.
Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram.
Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá.
Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá
eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do
mundo.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Damião (1007-1072), eremita e depois bispo, Doutor da Igreja
Sermão 45; PL 144,743 e 747 (a partir da trad. Orval)

«Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá»

A Virgem Maria deu Jesus Cristo à luz, aqueceu-O nos seus braços,
envolveu-O em panos e rodeou-O dos seus cuidados maternais. E é o corpo
desse mesmo Jesus que hoje recebemos, é o Seu sangue redentor que bebemos
no sacramento do altar. É isso que a fé católica tem por verdadeiro, é isso
que a Igreja ensina com fidelidade.A língua humana não é capaz
glorificar suficientemente aquela de quem tomou carne «o mediador entre
Deus e os homens» (1Tim 2, 5). O louvor humano não está à altura daquela de
cujas entranhas puríssimas saiu o fruto que é o alimento das nossas almas,
Aquele que diz de Si mesmo: «Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se
alguém comer deste pão, viverá eternamente». Com efeito, nós fomos expulsos
do paraíso de delícias por causa de um alimento, e é também por via de um
alimento que reencontramos as alegrias do paraíso. Pelo alimento que Eva
tomou, fomos condenados a um jejum eterno; pelo alimento que Maria nos deu,
abriram-se para nós as portas do banquete celeste.




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terça-feira, 20 de abril de 2010

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 21 de Abril de 2010
Quarta-feira da 3ª semana da Páscoa

Santo Anselmo de Cantuária, bispo, Doutor da Igreja, +1109,, S. Romano Adame, presbítero, mártir, +1927



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Balduíno de Ford : «Eu sou o pão da vida»

Leituras

Actos 8,1-8.
Saulo aprovava também essa morte. No mesmo dia, uma terrível perseguição
caiu sobre a igreja de Jerusalém. À excepção dos Apóstolos, todos se
dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria.
Entretanto, homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram por ele grandes
lamentações.
Quanto a Saulo, devastava a Igreja: ia de casa em casa, arrastava homens e
mulheres e entregava-os à prisão.
Os que tinham sido dispersos foram de aldeia em aldeia, anunciando a
palavra da Boa-Nova.
Foi assim que Filipe desceu a uma cidade da Samaria e aí começou a pregar
Cristo.
Ao ouvi-lo falar e ao vê-lo realizar milagres, as multidões aderiam
unanimemente à pregação de Filipe.
De facto, de muitos possessos saíam espíritos malignos, soltando grandes
gritos, e numerosos paralíticos e coxos foram curados.
E houve grande alegria naquela cidade.


Salmos 66(65),1-3.4-5.6-7.
Aclamai a Deus, terra inteira,
cantai a glória do seu nome, proclamai os seus louvores.
Dizei a Deus: "São admiráveis as tuas obras! O teu poder é tão grande, que
os teus inimigos se curvam diante de ti
Toda a terra te adora e canta louvores; entoa hinos ao teu nome."
Vinde e admirai as obras de Deus, as obras admiráveis que Ele fez diante
dos homens.
Converteu o mar em terra firme, e puderam atravessar a pé enxuto. Por isso
nos alegramos nele!
Com o seu poder governa para sempre; com os seus olhos vigia as nações,
para que os rebeldes não se ensoberbeçam.


João 6,35-40.
Respondeu-lhes Jesus: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá
fome e quem crê em mim jamais terá sede.
Mas já vo-lo disse: vós vistes-me e não credes.
Todos os que o Pai me dá virão a mim; e quem vier a mim Eu não o
rejeitarei,
porque desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele
que me enviou.
E a vontade daquele que me enviou é esta: que Eu não perca nenhum daqueles
que Ele me deu, mas o ressuscite no último dia.
Esta é, pois, a vontade do meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele
crê tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Balduíno de Ford ( ? – c. 1190), abade cisterciense
O Sacramento do altar, II, 3 (a partir da trad. SC 93, pp. 255s.)

«Eu sou o pão da vida»

Cristo diz «Quem vem a Mim não mais terá fome e quem crê em Mim jamais
terá sede» [...]. E o salmista diz: «O pão, que lhe robustece as forças», e
«o vinho, que alegra o coração do homem» (103, 15). Para os que crêem
n'Ele, Cristo é alimento e bebida, pão e vinho. Pão que fortifica e
robustece [...], bebida e vinho que alegra [...]. Tudo o que em nós é forte
e sólido, jubiloso e alegre para cumprirmos os mandamentos de Deus,
suportarmos o sofrimento, executarmos a obediência e defendermos a justiça,
tudo isso é força deste pão e alegria deste vinho. Felizes os que agem com
força e com alegria! E, dado que ninguém o pode fazer sozinho, felizes
aqueles que avidamente desejam praticar o que é justo e honesto, e pôr em
todas as coisas a força e a alegria dadas por Aquele que disse: «Felizes os
que têm fome e sede de justiça» (Mt 5, 6). Se Cristo é o pão e a bebida que
asseguram agora a força e a alegria dos justos, não o será Ele muito mais
no céu, quando aos justos Se der por completo?

Notemo-lo, nas palavras de Cristo [...], este alimento que fica para a vida
eterna é chamado «pão do céu», verdadeiro pão, pão de Deus, pão da vida.
[...] Pão de Deus para o distinguir do pão que é feito e preparado pelo
padeiro [...]; pão da vida, para o distinguir desse pão perecível que não é
a vida nem a dá, apenas a conserva, com dificuldade e por algum tempo
apenas. Este, pelo contrário, é a vida, dá a vida, conserva uma vida que
nada deve à morte.




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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 20 de Abril de 2010
Terça-feira da 3ª semana da Páscoa

S. Teodoro, presbítero, +613, Santa Inês de Montepulciano, virgem, +1312, Santa Sara, padroeira do povo cigano



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Justino : «O verdadeiro pão vindo do céu»: no século II, uma das primeiras descrições da eucaristia fora do Novo Testamento

Leituras

Actos 7,51-60.8,1.
Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre vos
opondes ao Espírito Santo; como foram os vossos pais, assim sois vós
também.
Qual foi o profeta que os vossos pais não tenham perseguido? Mataram os que
predisseram a vinda do Justo, a quem traístes e assassinastes,
vós, que recebestes a Lei pelo ministério dos anjos, mas não a guardastes!»

Ao ouvirem tais palavras, encheram-se intimamente de raiva e rangeram os
dentes contra Estêvão.
Mas este, cheio do Espírito Santo e de olhos fixos no Céu, viu a glória de
Deus e Jesus de pé, à direita de Deus.
«Olhai, disse ele, eu vejo o Céu aberto e o Filho do Homem de pé, à direita
de Deus.»
Eles, então, soltaram um grande grito e taparam os ouvidos; depois, à uma,
atiraram-se a ele
e, arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo. As
testemunhas depuseram as capas aos pés de um jovem chamado Saulo.
E, enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o
meu espírito.»
Depois, posto de joelhos, bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas
este pecado.» Dito isto, adormeceu.
Saulo aprovava também essa morte. No mesmo dia, uma terrível perseguição
caiu sobre a igreja de Jerusalém. À excepção dos Apóstolos, todos se
dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria.


Salmos 31(30),3-4.6.7.8.17.21.
Inclina para mim os teus ouvidos; apressa te a libertar me. Sê para mim uma
rocha de refúgio, uma fortaleza que me salve.
Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza; por amor do teu nome, guia me e
conduz me.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito; SENHOR, Deus fiel, salva me.
Detesto os que adoram ídolos falsos; eu, por mim, confio no SENHOR.
Hei-de alegrar-me e regozijar-me com a tua misericórdia, pois viste a minha
miséria e conheceste a angústia da minha alma.
Brilhe sobre o teu servo a luz da tua face; salva me pela tua
misericórdia."
Ao abrigo da tua face, Tu os guardas das intrigas dos homens; na tua tenda
os defendes contra as línguas maldizentes.


João 6,30-35.
Eles replicaram: «Que sinal realizas Tu, então, para nós vermos e crermos
em ti? Que obra realizas Tu?
Os nossos pais comeram o maná no deserto, conforme está escrito: Ele
deu-lhes a comer o pão vindo do Céu.»
E Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés
que vos deu o pão do Céu, mas é o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do
Céu,
pois o pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo.»
Disseram-lhe então: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!»
Respondeu-lhes Jesus: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá
fome e quem crê em mim jamais terá sede.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Justino (c. 100-160), filósofo, mártir
Primeira Apologia, 67.66; Pg 6, 427-431

«O verdadeiro pão vindo do céu»: no século II, uma das primeiras descrições da eucaristia fora do Novo Testamento

No dia que se chama o dia do sol [o domingo], todos os habitantes das
cidades ou dos campos se reúnem num só local. Lemos as memórias dos
apóstolos e os escritos dos profetas quando o tempo o permite. Quando a
leitura termina, quem preside toma a palavra para chamar a atenção sobre
esses belos ensinamentos e exortar a segui-los. Seguidamente, levantamo-nos
todos juntos e recomendamos as intenções de oração. Depois trazem pão,
vinho e água. O presidente faz subir de todo o seu coração ao céu orações e
acções de graças, e o povo responde com a aclamação «Ámen!», uma palavra
hebraica que significa: «Assim seja».

Nós chamamos este alimento eucaristia, e ninguém pode tomar parte dele se
não crê na verdade da nossa doutrina e se não recebeu o banho do baptismo
para a remissão dos pecados e a regeneração. Porque nós não tomamos este
alimento como um pão vulgar ou uma bebida comum. Tal como, pela Palavra de
Deus, Jesus Cristo, nosso Salvador, incarnou em carne e osso para a nossa
salvação, assim o alimento consagrado nas próprias palavras da Sua oração é
destinado a alimentar a nossa carne e o nosso sangue para nos transformar;
este alimento é o corpo e o sangue de Jesus incarnado: esta é a nossa
doutrina. Os apóstolos, nas memórias que nos deixaram e a que chamamos
evangelhos, transmitiram-nos assim a recomendação que Jesus lhes fez: Ele
tomou o pão, deu graças e disse: «Fazei isto em memória de Mim; isto é o
Meu corpo». Tomou igualmente um cálice, deu graças e disse: «Isto é o Meu
sangue». E deu-lhos só a eles (Mt 26, 26ss.; 1Cor 11, 23ss.). [...] É no
dia do sol que nós nos reunimos todos, porque esse é o primeiro dia, em que
Deus separou a matéria das trevas para fazer o mundo, e é o dia em que
Jesus Cristo nosso Salvador ressuscitou dos mortos.




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domingo, 18 de abril de 2010

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 19 de Abril de 2010
Segunda-feira da 3ª semana da Páscoa

Santo Expedito, mártir, séc. III, S. Leão IX, papa, +1054, Nossa Senhora da Alegria, Santa Maria da Encarnação, viúva, religiosa, +1613



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado Henri Suso : À Procura de Jésus

Leituras

Actos 6,8-15.
Cheio de graça e força, Estêvão fazia extraordinários milagres e prodígios
entre o povo.
Ora, alguns membros da sinagoga, chamada dos libertos, dos cireneus, dos
alexandrinos e dos da Cilícia e da Ásia, vieram para discutir com Estêvão;
mas era-lhes impossível resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele
falava.
Subornaram, então, uns homens para dizerem: «Ouvimo-lo proferir palavras
blasfemas contra Moisés e contra Deus.»
Provocaram, assim, a ira do povo, dos anciãos e dos escribas; depois,
surgindo-lhe na frente, arrebataram-no e levaram-no ao Sinédrio.
Aí, apresentaram falsas testemunhas que declararam: «Este homem não cessa
de falar contra este Lugar Santo e contra a Lei,
pois ouvimo-lo afirmar que Jesus, o Nazareno, destruiria este lugar e
mudaria as regras que Moisés nos legou.»
Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu
rosto era como o rosto de um Anjo.


Salmos 119(118),23-24.26-27.29-30.
Ainda que os grandes conspirem contra mim, o teu servo meditará nas tuas
leis.
Os teus preceitos são as minhas delícias; são eles os meus conselheiros.
Dalet
Expus-te os meus caminhos e Tu me respondeste; ensina-me as tuas leis.
Faz-me compreender o caminho dos teus preceitos para meditar nas tuas
maravilhas.
Afasta-me dos caminhos da mentira; concede-me a graça da tua lei.
Escolhi o caminho da verdade e preferi as tuas sentenças.


João 6,22-29.
No dia seguinte, a multidão que ficara do outro lado do lago reparou que
ali não estivera mais do que um barco, e que Jesus não tinha entrado no
barco com os seus discípulos, mas que estes tinham partido sozinhos.
Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades até ao lugar onde tinham
comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças.
Quando viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, a multidão
subiu para os barcos e foi para Cafarnaúm à procura de Jesus.
Ao encontrá-lo no outro lado do lago, perguntaram-lhe: «Rabi, quando
chegaste cá?»
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-me,
não por terdes visto sinais miraculosos, mas porque comestes dos pães e vos
saciastes.
Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura
e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará; pois a este é que
Deus, o Pai, confirma com o seu selo.»
Disseram-lhe, então: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de
Deus?»
Jesus respondeu-lhes: «A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou.»



Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado Henri Suso (c. 1295-1366), dominicano
Vie, cap. 50

À Procura de Jésus

A respeito da pergunta: «O que é Deus?», nenhum dos mestres que alguma vez
existiram conseguiu explicá-Lo, porque Ele está acima de todo o pensamento
e de todo o intelecto. E, no entanto, um homem zeloso que procura com
determinação o conhecimento de Deus consegue responder-lhe, embora de forma
muito vaga. [...] Foi assim que alguns mestres pagãos virtuosos O
procuraram na antiguidade, em particular o sábio Aristóteles. Ele
perscrutou o curso da natureza [...]; procurou com ardor e encontrou.
Deduziu que a natureza tinha necessariamente de ter um único Soberano,
Senhor de todas as criaturas, e é a Ele que chamamos Deus. [...]

O ser de Deus é uma substância de tal forma espiritual, que o olho mortal
não a pode contemplar em si mesma, mas podemos vê-la nas Suas obras; como
diz São Paulo, as criaturas são um espelho que reflecte Deus (Rom 1, 20).
Detenhamo-nos um instante nesta ideia [...]; olha para cima de ti e à tua
volta, vê como o céu é vasto e alto no seu curso veloz, com que nobreza o
Seu Senhor o adornou com sete planetas e como o ornamentou com uma multidão
incontável de estrelas. Quando o sol brilha alegremente e sem nuvens, no
Verão, quantos frutos, quantos benefícios dá à terra! Como é belo o verde
dos prados, como são sorridentes as flores, como o doce canto dos
passarinhos soa na floresta e nos campos, e todos os animais que se tinham
escondido durante o duro Inverno se apressam a sair e rejubilam; como,
entre os homens, jovens e velhos se mostram contentes com essa alegria que
lhes traz tanta felicidade. Ó Deus terno, pois se és assim tão digno de ser
amado nas Tuas criaturas, como deves ser belo e digno de ser amado em Ti
mesmo!




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sábado, 17 de abril de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 18 de Abril de 2010
3º Domingo da Páscoa - Ano C

Terceiro Domingo do Tempo Pascal (semana III do saltério)
Santa Maria da Encarnação, viúva, +1618, Beata Sabina Petrilli, religiosa, +1923



Comentário ao Evangelho do dia feito por
João Paulo II : «Tu amas-Me?»

Leituras

Actos 5,27-32.40-41.
Trouxeram-nos, pois, e levaram-nos à presença do Sinédrio. O Sumo
Sacerdote, interrogando-os,
disse: «Proibimo-vos formalmente de ensinardes nesse nome, mas vós
enchestes Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o
sangue desse homem.»
Mas Pedro e os Apóstolos responderam: «Importa mais obedecer a Deus do que
aos homens.
O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem matastes, suspendendo-o
num madeiro.
Foi a Ele que Deus elevou, com a sua direita, como Príncipe e Salvador, a
fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.
E nós somos testemunhas destas coisas, juntamente com o Espírito Santo, que
Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem.»
Trouxeram novamente os Apóstolos e, depois de os mandarem açoitar,
proibiram-lhes de falar no nome de Jesus e libertaram-nos.
Quanto a eles, saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria, por terem sido
considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus.


Salmos 30,2.4.5-6.11-12.13.
SENHOR, eu te enalteço, porque me salvaste e não permitiste que os inimigos
se rissem de mim.
SENHOR, livraste a minha alma da mansão dos mortos, poupaste me a vida,
para eu não descer ao túmulo.
Cantai salmos ao SENHOR, vós que o amais, e dai-lhe graças, lembrando a sua
santidade.
A sua indignação dura apenas um instante, mas a sua benevolência é para
toda a vida. Ao cair da noite, vem o pranto; e, ao amanhecer, volta a
alegria.
Ouve me, SENHOR, tem compaixão de mim; SENHOR, vem em meu auxílio.
Tu converteste o meu pranto em festa, tiraste me o luto e vestiste me de
júbilo.
Por isso o meu coração te cantará sem cessar. SENHOR, meu Deus, eu te
louvarei para sempre.


Apoc. 5,11-14.
Na visão, ouvi a voz de uma multidão angélica, à volta do trono, dos seres
viventes e dos anciãos; o seu número era de miríades de miríades, milhares
de milhares e
cantavam com voz forte: «O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o
poder e a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor.»
Ouvi também todas as criaturas do céu, da terra e de debaixo da terra, do
mar e de tudo quanto neles existe, que proclamavam: «Ao que está sentado no
trono e ao Cordeiro, sejam dados o louvor, a honra, a glória e a fortaleza
pelos séculos dos séculos.»
E os quatro seres viventes diziam: «Ámen.» E os anciãos prostraram-se em
adoração.


João 21,1-19.
Algum tempo depois, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, junto ao lago
de Tiberíades, e manifestou-se deste modo:
estavam juntos Simão Pedro, Tomé, a quem chamavam o Gémeo, Natanael, de
Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar.» Eles responderam-lhe: «Nós também
vamos contigo.» Saíram e subiram para o barco, mas naquela noite não
apanharam nada.
Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem, mas os discípulos não
sabiam que era Ele.
Jesus disse-lhes, então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles
responderam-lhe: «Não.»
Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de
encontrar.» Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não
tinham forças para a arrastar.
Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão
Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais
roupa, e lançou-se à água.
Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com
efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros.
Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e
pão.
Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.»
Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes
grandes: cento e cinquenta e três. E, apesar de serem tantos, a rede não se
rompeu.
Disse-lhes Jesus: «Vinde almoçar.» E nenhum dos discípulos se atrevia a
perguntar-lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor.
Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe.
Esta já foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois
de ter ressuscitado dos mortos.
Depois de terem comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de
João, tu amas-me mais do que estes?» Pedro respondeu: «Sim, Senhor, Tu
sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta os meus
cordeiros.»
Voltou a perguntar-lhe uma segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-me?»
Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus
disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.»
E perguntou-lhe, pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu és deveras
meu amigo?» Pedro ficou triste por Jesus lhe ter perguntado, à terceira
vez: 'Tu és deveras meu amigo?' Mas respondeu-lhe: «Senhor, Tu sabes tudo;
Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!» E Jesus disse-lhe: «Apascenta
as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o
cinto e ias para onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos
e outro te há-de atar o cinto e levar para onde não queres.»
E disse isto para indicar o género de morte com que ele havia de dar glória
a Deus. Depois destas palavras, acrescentou: «Segue-me!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

João Paulo II, Papa entre 1978 e 2005
Homilia em Paris 30/05/80 (© Libreria Editrice Vaticana)

«Tu amas-Me?»

«Tu amas? [...] Tu amas-Me? [...]» Pedro havia de caminhar para sempre, até
ao fim da sua vida, acompanhado por esta tripla pergunta: «Tu amas-Me?» E
mediu todas as suas actividades de acordo com a resposta que então deu.
Quando foi convocado perante o Sinédrio. Quando foi metido na prisão em
Jerusalém, prisão donde não devia sair, e da qual contudo saiu. E [...] em
Antioquia, e depois ainda mais longe, de Antioquia para Roma. E quando, em
Roma, perseverou até ao fim dos seus dias, conheceu a força das palavras
segundo as quais um Outro o conduziu para onde ele não queria. E sabia
também que, graças à força dessas palavras, a Igreja «era assídua ao ensino
dos apóstolos e à união fraterna, à fracção do pão e à oração» e que «o
Senhor adicionava diariamente à comunidade os que seriam salvos» (Act 2,
42.48). [...]

Pedro não pode nunca desligar-se desta pergunta: «Tu amas-Me?» Leva-a
consigo para onde quer que vá. Leva-a através dos séculos, através das
gerações. Para o meio de novos povos e de novas nações. Para o meio de
línguas e de raças sempre novas. Leva-a sozinho, e contudo já não está só.
Outros a levam com ele. [...] Houve e há muitos homens e mulheres que
souberam e que sabem ainda hoje que as suas vidas têm valor e sentido
exclusivamente na medida em que são é uma resposta a esta mesma pergunta:
«Tu amas? Tu amas-Me?» Eles deram e dão a sua resposta de maneira total e
perfeita – uma resposta heróica –, ou então de maneira comum, banal. Mas,
em qualquer dos casos, sabem que a sua vida, que a vida humana em geral,
tem valor e sentido graças a esta pergunta: «Tu amas?» É somente graças a
esta pergunta que vale a pena viver.




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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 17 de Abril de 2010
Sábado da 2ª semana da Páscoa

Beata Maria Ana de Jesus, virgem, +1624, Beata Catarina Tekakwitha, índia, mártir, +1680



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo : «E o barco chegou imediatamente à terra para onde iam»

Leituras

Actos 6,1-7.
Por esses dias, como o número de discípulos ia aumentando, houve queixas
dos helenistas contra os hebreus, porque as suas viúvas eram esquecidas no
serviço diário.
Os Doze convocaram, então, a assembleia dos discípulos e disseram: «Não
convém deixarmos a palavra de Deus, para servirmos às mesas.
Irmãos, é melhor procurardes entre vós sete homens de boa reputação, cheios
do Espírito e de sabedoria; confiar-lhes-emos essa tarefa.
Quanto a nós, entregar-nos-emos assiduamente à oração e ao serviço da
Palavra.»
A proposta agradou a toda a assembleia e escolheram Estêvão, homem cheio de
fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócuro, Nicanor, Timão, Parmenas e
Nicolau, prosélito de Antioquia.
Foram apresentados aos Apóstolos que, depois de orarem, lhes impuseram as
mãos.
A palavra de Deus ia-se espalhando cada vez mais; o número dos discípulos
aumentava consideravelmente em Jerusalém, e grande número de sacerdotes
obedeciam à Fé.


Salmos 33(32),1-2.4-5.18-19.
Exultai, ó justos, no SENHOR; louvai o, rectos de coração.
Louvai o SENHOR com a cítara; cantai lhe salmos com a harpa de dez cordas.
As palavras do SENHOR são verdadeiras, as suas obras nascem da fidelidade.
Ele ama a rectidão e a justiça; a terra está cheia da sua bondade.
Os olhos do SENHOR velam pelos seus fiéis, por aqueles que esperam na sua
bondade,
para os libertar da morte e os manter vivos no tempo da fome.


João 6,16-21.
Ao cair da tarde, os seus discípulos desceram até ao lago
e, subindo para um barco, foram atravessando o lago em direcção a
Cafarnaúm.
Já tinha escurecido e Jesus ainda não fora ter com eles. Soprando uma forte
ventania, o lago começou a agitar-se.
Depois de terem remado mais ou menos uma légua, avistaram Jesus que se
aproximava do barco, caminhando sobre o lago, e tiveram medo.
Mas Ele disse-lhes: «Sou Eu, não tenhais medo!»
Quiseram recebê-lo logo no barco, e o barco chegou imediatamente à terra
para onde iam.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 50, 1.2.3; PL 52, 339-340 (a partir da trad. De Bouchet, Lectionnaire, p. 324 rev.)

«E o barco chegou imediatamente à terra para onde iam»

Cristo sobe a um barco: não foi Ele quem descobriu o leito do mar depois de
ter afastado as águas, para que o povo de Israel passasse a pé enxuto como
num vale? (Ex 14, 29) Não foi Ele quem acalmou as ondas do mar sob os pés
de Pedro, de forma a que a água fosse para os seus passos um caminho sólido
e seguro? (Mt 14, 29).

Ele sobe para o barco. Para atravessar o mar deste mundo até ao fim dos
tempos, Cristo sobe para o barco da Sua Igreja para conduzir numa travessia
pacífica, até à pátria do céu, aqueles que crêem n'Ele, e fazer cidadãos do
Reino aqueles com quem comunga na Sua humanidade. Cristo não precisa
certamente do barco, mas o barco precisa de Cristo. De facto, sem este
piloto vindo do céu, o barco da Igreja, agitado pelas ondas, nunca chegaria
ao porto.




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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 16 de Abril de 2010
Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa

S. Bento José Labre, peregrino, +1783, Santa Engrácia de Saragoça, virgem, mártir, +305, Santa Bernadette, vidente de Lourdes



Comentário ao Evangelho do dia feito por
João Paulo II : «Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os»

Leituras

Actos 5,34-42.
Ergueu-se, então, um homem no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel, doutor
da Lei, respeitado por todo o povo. Mandou sair os acusados por alguns
momentos
e, tomando a palavra, disse: «Homens de Israel, tende cuidado com o que
ides fazer a esses homens!
Nos últimos tempos, apareceu Teudas, que se dizia alguém e ao qual seguiram
cerca de quatrocentos homens. Ele foi liquidado e todos os seus partidários
foram destroçados e reduzidos a nada.
Depois dele, apareceu também Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e
arrastou o povo atrás dele. Morreu, igualmente, e todos os seus adeptos
foram dispersos.
E, agora, digo-vos: não vos metais com esses homens, deixai-os. Se o seu
empreendimento é dos homens, esta obra acabará por si própria;
mas, se vem de Deus, não conseguireis destruí-los, sem correrdes o risco de
entrardes em guerra contra Deus.» Concordaram, então, com as suas palavras.

Trouxeram novamente os Apóstolos e, depois de os mandarem açoitar,
proibiram-lhes de falar no nome de Jesus e libertaram-nos.
Quanto a eles, saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria, por terem sido
considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus.
E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de
anunciar a Boa-Nova de Jesus, o Messias.


Salmos 27,1.4.13-14.
O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte
da minha vida: quem me assustará?
Uma só coisa peço ao SENHOR e ardentemente a desejo: é habitar na casa do
SENHOR todos os dias da minha vida, para saborear o seu encanto e ficar em
vigília no seu templo.
Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do SENHOR, na terra dos
vivos.
Confia no SENHOR! Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR!


João 6,1-15.
Depois disto, Jesus foi para a outra margem do lago da Galileia, ou de
Tiberíades.
Seguia-o uma grande multidão, porque presenciavam os sinais miraculosos que
realizava em favor dos doentes.
Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos.
Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus.
Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele,
Jesus disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente
comer?»
Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe
respondeu-lhe:
«Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.»
Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
«Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é
isso para tanta gente?»
Jesus disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora, havia muita erva no local. Os
homens sentaram-se, pois, em número de uns cinco mil.
Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que
estavam sentados, tal como os peixes, e eles comeram quanto quiseram.
Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que
sobraram, para que nada se perca».
Recolheram-nos, então, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de
cevada que sobejaram aos que tinham estado a comer.
Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus tinha feito, dizia: «Este
é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!»
Por isso, Jesus, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei,
retirou-se de novo, sozinho, para o monte.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

João Paulo II, Papa entre 1978 e 2005
Carta apostólica  «Mane nobiscum domine», §§ 15-16 (© copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os»

Não há dúvida de que a dimensão mais saliente da Eucaristia é a de
banquete. A Eucaristia nasceu, na noite de Quinta-feira Santa, no contexto
da ceia pascal. Traz, por conseguinte, inscrito na sua estrutura, o sentido
da comensalidade: «Tomai, comei [...]. Tomou, em seguida, um cálice e [...]
entregou-lho dizendo: Bebei dele todos» (Mt 26, 26.27). Este aspecto
exprime bem a relação de comunhão que Deus quer estabelecer connosco e que
nós mesmos devemos fazer crescer uns com os outros.

Todavia, não se pode esquecer que o banquete eucarístico tem também um
sentido primária e profundamente sacrificial. Nele, Cristo torna presente
para nós o sacrifício realizado de uma vez por todas no Gólgota. Embora aí
presente como ressuscitado, Ele traz os sinais da Sua paixão, da qual cada
Santa Missa é «memorial», como a liturgia nos recorda com a aclamação
depois da consagração: «Anunciamos, Senhor, a Vossa morte, proclamamos a
Vossa ressurreição». Ao mesmo tempo que actualiza o passado, a Eucaristia
projecta-nos para o futuro da última vinda de Cristo, no final da história.
Este aspecto escatológico dá ao sacramento eucarístico um dinamismo
cativante, que imprime ao caminho cristão o passo da esperança.

Todas estas dimensões da Eucaristia se encontram num aspecto que, mais do
que qualquer outro, põe à prova a nossa fé: é o mistério da presença
«real». Com toda a tradição da Igreja, acreditamos que, sob as espécies
eucarísticas, está realmente presente Jesus. Uma presença — como
eficazmente explicou o Papa Paulo VI — que se diz «real», não por exclusão,
como se as outras formas de presença não fossem reais, mas por antonomásia,
enquanto por ela Se torna substancialmente presente Cristo completo, na
realidade do Seu corpo e do Seu sangue. Por isso, a fé pede-nos para
estarmos diante da Eucaristia com a consciência de que estamos na presença
do próprio Cristo. É precisamente a Sua presença que dá às outras dimensões
— de banquete, memorial da Páscoa, antecipação escatológica — um
significado que ultrapassa, e muito, o de puro simbolismo. A Eucaristia é
mistério de presença, mediante o qual se realiza, de modo excelso, a
promessa que Jesus fez de ficar connosco até ao fim do mundo (Mt 28, 20).




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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 15 de Abril de 2010
Quinta-feira da 2ª semana da Páscoa

S. Damião de Veuster, presbítero, +1889



Leituras

Actos 5,27-33.
Trouxeram-nos, pois, e levaram-nos à presença do Sinédrio. O Sumo
Sacerdote, interrogando-os,
disse: «Proibimo-vos formalmente de ensinardes nesse nome, mas vós
enchestes Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o
sangue desse homem.»
Mas Pedro e os Apóstolos responderam: «Importa mais obedecer a Deus do que
aos homens.
O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem matastes, suspendendo-o
num madeiro.
Foi a Ele que Deus elevou, com a sua direita, como Príncipe e Salvador, a
fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.
E nós somos testemunhas destas coisas, juntamente com o Espírito Santo, que
Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem.»
Enraivecidos com tal linguagem, pensaram a sério em matá-los.


Salmos 34,2.9.17-18.19-20.
Em todo o tempo, bendirei o SENHOR; o seu louvor estará sempre nos meus
lábios.
Saboreai e vede como o SENHOR é bom; feliz o homem que nele confia!
A ira do SENHOR volta se contra os malfeitores, para apagar da terra a sua
memória.
Os justos clamaram e o SENHOR atendeu os e livrou os das suas angústias.
O SENHOR está perto dos corações contritos e salva os espíritos abatidos.
Muitas são as tribulações do justo, mas o SENHOR o livra de todas elas.


João 3,31-36.
Aquele que vem do Alto está acima de tudo. Quem é da terra à terra pertence
e fala da terra. Aquele que vem do Céu está acima de tudo
e dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu
testemunho.
Quem aceita o seu testemunho reconhece que Deus é verdadeiro;
pois aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o
Espírito sem medida.
O Pai ama o Filho e tudo põe na sua mão.
Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá
a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus.


Da Bíblia Sagrada




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terça-feira, 13 de abril de 2010

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 14 de Abril de 2010
Quarta-feira da 2ª semana da Páscoa

S. Pedro Gonçalves Telmo, confessor, +1246



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Gregório Nazianzo : Vir à luz

Leituras

Actos 5,17-26.
Surgiu, então, o Sumo Sacerdote com todos os seus sequazes, isto é, o
partido dos saduceus; encheram-se de inveja
e deitaram as mãos aos Apóstolos, metendo-os na prisão pública.
Mas, durante a noite, o Anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, depois
de os ter conduzido para fora, disse-lhes:
«Ide para o templo e anunciai ao povo a Palavra da Vida.»
Obedientes a essas ordens, entraram no templo de manhã cedo e começaram a
ensinar. Entretanto, chegou o Sumo Sacerdote com os seus sequazes;
convocaram o Sinédrio e todo o Senado dos filhos de Israel e mandaram
buscar os Apóstolos à cadeia.
Os guardas foram lá, mas não os encontraram na prisão e voltaram,
declarando:
«Encontrámos a cadeia fechada com toda a segurança e os guardas de
sentinela à porta, mas, depois de a abrirmos, não encontrámos ninguém no
interior.»
Esta notícia pôs os sumos sacerdotes e o comandante do templo numa grande
perplexidade acerca dos Apóstolos, e perguntavam a si próprios o que
poderia significar tudo aquilo.
Veio, então, alguém comunicar-lhes: «Os homens que metestes na prisão estão
agora no templo a ensinar o povo.»
O comandante do templo dirigiu-se imediatamente para lá com os guardas e
trouxe os Apóstolos, mas não à força, pois receavam ser apedrejados pelo
povo.


Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.
Em todo o tempo, bendirei o SENHOR; o seu louvor estará sempre nos meus
lábios.
A minha alma gloria se no SENHOR! Que os humildes saibam e se alegrem.
Enaltecei comigo o SENHOR; exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o SENHOR e Ele respondeu me, livrou me de todos os meus temores.
Aqueles que o contemplam ficam radiantes, não ficarão de semblante abatido.
Quando um pobre invoca o SENHOR, Ele atende o e liberta o das suas
angústias.
O anjo do SENHOR protege os que o temem e livra os do perigo.
Saboreai e vede como o SENHOR é bom; feliz o homem que nele confia!


João 3,16-21.
Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de
que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna.
De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas
para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não
crer no Filho Unigénito de Deus.
E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as
trevas à Luz, porque as suas obras eram más.
De facto, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que
as suas acções não sejam desmascaradas.
Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro
que os seus actos são feitos segundo Deus.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Gregório Nazianzo (330-390), bispo e Doutor da Igreja
Hino 32; PG 37, 511-512

Vir à luz

Nós Te bem dizemos, Pai da Luz,
Cristo, Verbo de Deus, Esplendor do Pai,
Luz da Luz, e fonte de Luz,
Espírito de fogo, sopro do Filho e do Pai

Trindade Santa, Luz indivisa,
Tu dissipaste as trevas para criar
Um mundo luminoso, de ordem e beleza,
Feito à Tua semelhança.

De razão e de sabedoria iluminaste o homem,
Iluminaste-o com o selo da Tua Imagem,
De modo que, na Tua luz, veja a luz (Sl 36,10),
E todo ele se torne luz.

Fizeste brilhar no céu inúmeras estrelas,
Ordenaste ao dia e à noite
que se entendessem e partilhassem o tempo
Alternadamente, pacificamente.

A noite põe termo ao trabalho do corpo cansado,
O dia chama às obras que Te agradam,
Ensina-nos a fugir das trevas, a apressar-nos
Para esse dia que não terá ocaso.




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