quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 14 de Janeiro de 2010


S. Félix de Nola, confessor, +256, Santo Odorico de Pordenone



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João da Cruz : «Jesus estendeu a mão e tocou-o»

Leituras

1 Sam. 4,1-11.
A palavra de Samuel foi dirigida a todo o Israel. Israel saiu ao encontro
dos filisteus para lhes dar combate. Acamparam junto de Ében-Ézer e os
filisteus acamparam em Afec.
Os filisteus puseram-se em linha de combate frente a Israel, e começou a
batalha. Israel foi vencido pelos filisteus, que mataram em combate cerca
de quatro mil homens.
O povo voltou ao acampamento e os anciãos de Israel disseram: «Porque é que
o Senhor nos derrotou hoje diante dos filisteus? Vamos a Silo e tomemos a
Arca da aliança do Senhor, para que Ele esteja no meio de nós e nos livre
da mão dos nossos inimigos.»
O povo mandou, pois, buscar a Silo a Arca da aliança do Senhor do universo,
que se senta sobre querubins. Os dois filhos de Eli, Ofni e Fineias,
acompanhavam a arca.
Quando a Arca da aliança do Senhor chegou ao acampamento, todo o Israel
lançou um grande clamor, que fez a terra tremer.
Os filisteus, ouvindo-o, disseram: «Que significa este grande clamor no
acampamento dos hebreus?» Souberam que a Arca do Senhor havia chegado ao
acampamento.
Tiveram medo e disseram: «O Deus deles chegou ao acampamento. Ai de nós!
Até agora nunca se ouviu coisa semelhante.
Ai de nós! Quem nos salvará da mão desse Deus excelso? É aquele Deus que
feriu os egípcios com toda a espécie de pragas no deserto.
Coragem, ó filisteus! Portai-vos varonilmente, não suceda que sejais
escravos dos hebreus como eles o são de vós. Esforçai-vos e combatei.»
Começaram a luta; Israel foi derrotado e todos fugiram para as suas casas.
O massacre foi tão grande que ficaram mortos trinta mil homens de Israel.
A Arca de Deus foi tomada, e os dois filhos de Eli, Hofni e Fineias,
pereceram.


Salmos 44(43),10-11.14-15.24-25.
Contudo, rejeitaste nos e cobriste nos de vergonha; já não acompanhas os
nossos exércitos.
Fizeste nos recuar diante dos inimigos e os que nos odeiam saquearam nos à
vontade.
Fizeste de nós o opróbrio dos nossos vizinhos, a irrisão e o desprezo dos
que nos rodeiam.
Fizeste de nós objecto de escárnio para os pagãos, os povos abanam a
cabeça, troçando de nós.
Desperta, Senhor, porque dormes? Desperta e não nos rejeites para sempre!
Porque escondes a tua face e te esqueces da nossa miséria e tribulação?


Marcos 1,40-45.
Um leproso veio ter com Ele, caiu de joelhos e suplicou: «Se quiseres,
podes purificar-me.»
Compadecido, Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: «Quero, fica
purificado.»
Imediatamente a lepra deixou-o, e ficou purificado.
E logo o despediu, dizendo-lhe em tom severo:
«Livra-te de falar disto a alguém; vai, antes, mostrar-te ao sacerdote e
oferece pela tua purificação o que foi estabelecido por Moisés, a fim de
lhes servir de testemunho.»
Ele, porém, assim que se retirou, começou a proclamar e a divulgar o
sucedido, a ponto de Jesus não poder entrar abertamente numa cidade; ficava
fora, em lugares despovoados. E de todas as partes iam ter com Ele.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João da Cruz (1542 – 1591), carmelita, Doutor da Igreja
A Chama viva do amor. Estrofe 2

«Jesus estendeu a mão e tocou-o»

Mas Tu, oh vida divina, nunca matas senão para dar vida, e nunca chagas
senão para sarar! Quando castigas, tocas levemente, e isso basta para
destruir o mundo; mas também quando acaricias, amoldas-Te perfeitamente e,
assim, o prazer da Tua doçura é incontável. Chagaste-me para me curar, oh
divina mão, e mataste em mim o que me trazia morto sem a vida de Deus que
agora me vejo viver. Tudo isto fizeste com a liberalidade da Tua graça
generosa que tiveste para comigo quando me tocaste com o toque «do
resplendor da Tua glória e imagem fiel da Tua substância» (Heb 1, 3), que é
o Teu Filho Unigénito, no qual, sendo Ele a Tua sabedoria, «tocas com vigor
de uma extremidade à outra» (Sb 8, 1). Este Teu filho Unigénito, oh mão
misericordiosa do Pai, é o toque delicado com que me tocaste e me chagaste
na força do Teu cautério.

Oh, pois Tu, toque delicado, verbo, Filho de Deus, que, com a suavidade do
Teu ser divino, penetras subtilmente na substância da minha alma e,
tocando-a delicadamente, toda a absorves em Ti em modos divinos de
suavidade e doçura, «das quais nunca se ouviu falar em Canaã nem foram
vistas em Temã» (Br 3, 22). Oh, pois, forte e de certa maneira excessivo
toque dedicado do Verbo, tanto mais delicado foste para mim quanto fendeste
as montanhas e quebrastes os rochedos no monte Horeb com a sombra do Teu
poder e força que ia à Tua frente, e tão doce e vivamente Te manifestastes
ao profeta no sopro de uma brisa suave (1Rs 19, 11-12). Oh brisa suave,
sendo tão suave e delicada, diz, Verbo, Filho de Deus, como tocas suave e
delicadamente, sendo tão terrível e poderoso? [...] «Ao abrigo da Tua face,
que é o Verbo, os defendes das maquinações dos homens.» (Sl 30, 21).




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