sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 13 de Fevereiro de 2010
Sábado da 5a semana do Tempo Comum

Santa Catarina de Ricci, religiosa, +1590, Beato Jordão da Saxónia, presbítero, +1237, S. Gilberto, bispo



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Balduíno de Ford : «Tomando os sete pães, deu graças, partiu-os»

Leituras

1 Reis 12,26-32.13,33-34.


Salmos 106(105),6-7.19-20.21-22.
Pecámos, como os nossos pais, fomos ímpios e pecadores.
Os nossos pais, quando estavam no Egipto, não entenderam as tuas maravilhas
nem tiveram presente a imensidade do teu amor; revoltaram-se junto ao Mar
dos Juncos.
Fizeram um bezerro de ouro no Horeb e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram assim o seu Deus glorioso pela figura de um animal que come feno.
Esqueceram a Deus, que os salvara, que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas do país de Cam, feitos gloriosos no Mar dos Juncos.


Marcos 8,1-10.
Naqueles dias, havia outra vez uma grande multidão e não tinham que comer.
Jesus chamou os discípulos e disse:
«Tenho compaixão desta multidão. Há já três dias que permanecem junto de
mim e não têm que comer.
Se os mandar embora em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho, e
alguns vieram de longe.»
Os discípulos responderam-lhe: «Como poderá alguém saciá-los de pão, aqui
no deserto?»
Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes?» Disseram: «Sete.»
Ordenou que a multidão se sentasse no chão e, tomando os sete pães, deu
graças, partiu-os e dava-os aos seus discípulos para eles os distribuírem à
multidão.
Havia também alguns peixinhos. Jesus abençoou-os e mandou que os
distribuíssem igualmente.
Comeram até ficarem satisfeitos, e houve sete cestos de sobras.
Ora, eram cerca de quatro mil. Despediu-os
e, subindo logo para o barco com os discípulos, foi para os lados de
Dalmanuta.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Balduíno de Ford (?-c. 1190), abade cisterciense
O Sacramento do altar, II,1 (a partir da trad. de SC 93, pp. 131ss. rev.)

«Tomando os sete pães, deu graças, partiu-os»

Jesus partiu o pão. Se Ele não tivesse partido o pão, como é que as
migalhas teriam chegado até nós? Mas partiu-o e distribuiu-o; «reparte do
que é seu com os pobres» [Sl 112 (111), 9]. Pela Sua graça partiu-o para
destruir a cólera do Pai e a Sua. Deus tinha-Lhe dito que nos teria
destruído, não tivesse o Seu Filho único, o Seu escolhido, intercedido
junto d'Ele «para acalmar a Sua ira» [Sl 106 (105), 23]. Pôs-Se diante de
Deus e apaziguou-O; pela Sua força indefectível, manteve-Se de pé, sem ser
destruído.

Mas Ele próprio, voluntariamente, destruiu, ofereceu a Sua carne esmagada
pelo sofrimento. Foi então que «quebrou as flechas do arco» [Sl 76 (75),
4], «as cabeças do Leviatan» [Sl 74 (73), 14], todos nossos inimigos, na
Sua cólera. Assim, de certa forma, quebrou as tábuas da primeira aliança,
para que nós deixássemos de estar submetidos à Lei. Então, destruiu o jugo
do nosso cativeiro. Destruiu tudo o que nos oprimia, para restaurar em nós
tudo o que estava esmagado e para «pôr em liberdade os oprimidos» (Is 58,
6). Com efeito, nós estávamos «prisioneiros da tristeza e de cadeias» [Sl
107 (106), 10].

Bom Jesus, ainda hoje, apesar de teres destruído a cólera, partido o pão
para nós, nós, pobres mendigos, continuamos a ter fome. [...] Parte, então,
todos os dias esse pão para aqueles que têm fome. Porque, hoje e todos os
dias, recolhemos algumas migalhas, e cada dia temos de novo necessidade do
nosso pão quotidiano: «dá-nos o nosso pão de cada dia» (Lc 11, 3). Se Tu
não no-lo deres, quem no-lo dará? Na nossa nudez e na nossa necessidade,
não temos ninguém que nos parta o pão, ninguém que nos alimente, ninguém
que nos refaça, ninguém senão Tu, o nosso Deus. Em todas as consolações que
nos envias recolhemos as migalhas desse pão que Tu partes e que nós
degustamos docemente «pela Tua bondade e misericórdia!» [Sl 109 (108), 21].




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