sábado, 13 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 14 de Fevereiro de 2010
6º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Domingo VI do tempo comum (semana II do saltério)S. Cirilo e S. Metódio, co-padroeiros da Europa
S. Metódio, monge, co-patrono da Europa, +885., São Cirilo, bispo, +868, co-patrono da Europa



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Paul VI : «Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus»

Leituras

Jer. 17,5-8.
Isto diz o Senhor: Maldito aquele que confia no homem e conta somente com a
força humana, afastando o seu coração do Senhor.
Assemelha-se ao cardo do deserto; mesmo que lhe venha algum bem, não o
sente, pois habita na secura do deserto, numa terra salobra, onde ninguém
mora.
Bendito o homem que confia no Senhor, que tem no Senhor a sua esperança.
É como a árvore plantada perto da água, a qual estende as raízes para a
corrente; não teme quando vem o calor, e a sua folhagem fica sempre
verdejante. Não a inquieta a seca de um ano e não deixará de dar fruto.


Salmos 1,1-2.3.4.6.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho
dos pecadores, nem toma parte na reunião dos libertinos;
antes põe o seu enlevo na lei do SENHOR e nela medita dia e noite.
É como a árvore plantada à beira da água corrente: dá fruto na estação
própria e a sua folhagem não murcha; em tudo o que faz é bem sucedido.
Mas os ímpios não são assim! São como a palha que o vento leva.
O SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à
perdição.


1 Cor. 15,12.16-20.
Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como é que alguns de
entre vós dizem que não há ressurreição dos mortos?
Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé e permaneceis ainda nos
vossos pecados.
Por conseguinte, aqueles que morreram em Cristo, perderam se.
E se nós temos esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais
miseráveis de todos os homens.
Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram.


Lucas 6,17.20-26.
Descendo com eles, deteve-se num sítio plano, juntamente com numerosos
discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do
litoral de Tiro e de Sídon,
Erguendo os olhos para os discípulos, pôs-se a dizer: «Felizes vós, os
pobres, porque vosso é o Reino de Deus.
Felizes vós, os que agora tendes fome, porque sereis saciados. Felizes vós,
os que agora chorais, porque haveis de rir.
Felizes sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos expulsarem, vos
insultarem e rejeitarem o vosso nome como infame, por causa do Filho do
Homem.
Alegrai-vos e exultai nesse dia, pois a vossa recompensa será grande no
Céu. Era precisamente assim que os pais deles tratavam os profetas».
«Mas ai de vós, os ricos, porque recebestes a vossa consolação!
Ai de vós, os que estais agora fartos, porque haveis de ter fome! Ai de
vós, os que agora rides, porque gemereis e chorareis!
Ai de vós, quando todos disserem bem de vós! Era precisamente assim que os
pais deles tratavam os falsos profetas».


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Paul VI, papa de 1963-1978
Exortação apostólica sobre a alegria cristã «Gaudete in Domino» (© copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus»

A alegria de estar no amor de Deus começa já aqui em baixo. É a alegria do
Reino de Deus. Mas ela é concedida num caminho escarpado, que exige uma
confiança total no Pai e no Filho e uma preferência dada ao Reino. A
mensagem de Jesus promete sobretudo a alegria, esta alegria exigente; não é
verdade que começa pelas bem-aventuranças? «Felizes vós, os pobres, porque
vosso é o Reino dos Céus. Felizes vós, os que agora tendes fome porque
sereis saciados. Felizes vós, os que agora chorais porque haveis de
rir».

Para arrancar do coração do homem o pecado da presunção e manifestar ao Pai
uma total obediência filial, o próprio Cristo aceita misteriosamente morrer
pela mão dos ímpios, morrer numa cruz. Mas [...] doravante, Jesus vive para
sempre na glória do Pai e foi por isso que os discípulos sentiram uma
alegria imensa na tarde de Páscoa (Lc 24, 41).

Acontece que, aqui em baixo, a alegria do Reino realizado só pode brotar da
celebração conjunta da morte e da ressurreição do Senhor. É o paradoxo da
condição cristã, que singularmente clarifica o paradoxo da condição humana:
nem a provação nem o sofrimento são eliminados deste mundo, mas tomam um
sentido novo na certeza de participar na redenção operada pelo Senhor e de
partilhar da Sua glória. É por isso que o cristão, submetido às
dificuldades da existência comum, não está no entanto reduzido a procurar o
seu caminho tacteando, nem a ver na morte o fim das suas esperanças. Com
efeito, e como anunciava o profeta: «O povo que caminhava nas trevas viu
uma grande luz e sobre os habitantes do país sombrio uma luz resplandeceu.
Multiplicaste o seu júbilo, fizeste brotar a sua alegria» (Is 9, 1-2).




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