segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 16 de Fevereiro de 2010
Terça-feira da 6ª semana do Tempo Comum

Beato José Allamano, presbítero, fundador, +1926



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Vicente de Lérins : «Ainda não entendestes nem compreendestes?»

Leituras

Tiago 1,12-18.
Feliz o homem que resiste à tentação, porque, depois de ter sido provado,
receberá a coroa da vida que o Senhor prometeu aos que o amam.
Ninguém diga, quando for tentado para o mal: «É Deus que me tenta.» Porque
Deus não é tentado pelo mal, nem tenta ninguém.
Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e seduz.
E a concupiscência, depois de ter concebido, dá à luz o pecado; e o pecado,
uma vez consumado, gera a morte.
Não vos enganeis, meus amados irmãos.
Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das
luzes, no qual não há mudanças nem períodos de sombra.
Por sua livre decisão, nos gerou com a palavra da verdade, para sermos como
que as primícias das suas criaturas.


Salmos 94(93),12-13.14-15.18-19.
Ó SENHOR, feliz o homem a quem tu corriges e instruis na tua lei!
Esse terá descanso nos dias maus, enquanto se abre a cova para o ímpio.
O SENHOR não abandona o seu povo nem despreza a sua herança.
De novo há-de voltar a haver justiça, e hão de segui la todos os de coração
recto.
Quando digo: "Os meus pés vacilam", logo a tua bondade, SENHOR, me ampara.
Quando se avolumam as angústias dentro em mim, as tuas consolações
confortam a minha alma.


Marcos 8,14-21.
Os discípulos tinham-se esquecido de levar pães e só traziam um pão no
barco.
Jesus começou a avisá-los, dizendo: «Olhai: tomai cuidado com o fermento
dos fariseus e com o fermento de Herodes.»
E eles discorriam entre si: «Não temos pão.»
Mas Ele, percebendo-o, disse: «Porque estais a discorrer que não tendes
pão? Ainda não entendestes nem compreendestes? Tendes o vosso coração
endurecido?
Tendes olhos e não vedes, tendes ouvidos e não ouvis? E não vos lembrais
de quantos cestos cheios de pedaços recolhestes, quando parti os cinco pães
para aqueles cinco mil?» Responderam: «Doze.»
«E quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de
bocados recolhestes?» Responderam: «Sete.»
Disse-lhes então: «Ainda não compreendeis?»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Vicente de Lérins (? – antes de 450), monge
Commonitorium, 23 (a partir da trad. bréviaire rev.)

«Ainda não entendestes nem compreendestes?»

Na Igreja de Cristo, não poderá haver nenhum progresso na doutrina? [...]
Mas com certeza que é necessário que haja, e progresso considerável! Quem
seria tão ciumento dos homens e inimigo de Deus que tentasse opor-se a ele?
Mas com a condição de se tratar de um verdadeiro progresso da fé, e não de
uma alteração. [...] É pois necessário que a inteligência, a ciência e a
sabedoria cresçam e progridam fortemente em cada um e em todos, em cada
homem e na Igreja inteira, ao longo dos anos e dos séculos; mas é preciso
que progridam segundo a sua própria natureza, quer dizer, na mesma
doutrina, no mesmo sentido, na mesma afirmação.

Que a religião das almas imite portanto o desenvolvimento dos corpos:
apesar de evoluírem e crescerem ao longo dos anos, permanecem o que eram.
Há uma grande diferença entre o desabrochar da infância e os frutos da
velhice, mas é a mesma pessoa que passa da infância à idade maior. É um só
e mesmo o homem cuja estatura e maneiras se modificam, enquanto ele
conserva a mesma natureza, enquanto ele permanece uma só e a mesma pessoa.
Os membros dos bebés são pequenos, os dos jovens são grandes; são, contudo,
os mesmos [...], que existiam já em potência no embrião. [...]

Do mesmo modo, a fé cristã deve seguir estas leis do progresso para se
fortificar com os anos, para que o tempo a desenvolva e a idade a enobreça.
Os nossos pais semearam o trigo da fé para a colheita da Igreja. Seria
injusto e chocante que nós, os seus descendentes, em vez do trigo da
verdade autêntica, recolhêssemos o erro fraudulento do joio (Mt 13, 24ss.).
Pelo contrário, é justo e lógico que não haja desacordo entre os primórdios
e o fim e que recolhamos este trigo que se desenvolveu depois de o mesmo
trigo ser semeado. Assim, enquanto uma parte das primeiras sementes deve
evoluir com o tempo, será conveniente ainda agora fertilizá-las e
aperfeiçoar a sua cultura.




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