sexta-feira, 5 de março de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 06 de Março de 2010
Sábado da 2ª semana da Quaresma

Santo Olegário, bispo, +1136, Santa Rosa de Viterbo, religiosa, +1252



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Tiago de Saroug : «Levantar-me-ei, irei ter com meu pai»

Leituras

Miqueias 7,14-15.18-20.
Apascenta com o cajado o teu povo, o rebanho da tua herança, os que habitam
isolados nas florestas no meio dos prados. Sejam eles apascentados em Basan
e Guilead, como nos dias antigos.
Mostra-nos os teus prodígios, como nos dias em que nos tiraste do Egipto.
Qual é o Deus que, como Tu, apaga a iniquidade e perdoa o pecado do resto
da sua herança? Não se obstina na sua cólera, porque prefere a bondade.
Uma vez mais, terá compaixão de nós, apagará as nossas iniquidades e
lançará os nossos pecados ao fundo do mar.
Mostrarás a tua fidelidade a Jacob, e a tua bondade a Abraão, como juraste
a nossos pais, desde os tempos antigos.


Salmos 103(102),1-2.3-4.9-10.11-12.
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e todo o meu ser louve o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Ele quem perdoa as tuas culpas e cura todas as tuas enfermidades.
Ele quem resgata a tua vida do túmulo e te enche de graça e de ternura.
Não está sempre a repreender-nos, nem a sua ira dura para sempre.
Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos castigou segundo as
nossas culpas.
Como é grande a distância dos céus à terra, assim são grandes os seus
favores para os que o temem.
Como o Oriente está afastado do Ocidente, assim Ele afasta de nós os nossos
pecados.


Lucas 15,1-3.11-32.
Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores para o
ouvirem.
Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este
acolhe os pecadores e come com eles.»
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola:
Disse ainda: «Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.'
E o pai repartiu os bens entre os dois.
Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra
longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada.
Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar
privações.
Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual
o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam,
mas ninguém lhas dava.
E, caindo em si, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em
abundância, e eu aqui a morrer de fome!
Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o
Céu e contra ti;
já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus
jornaleiros.'
E, levantando-se, foi ter com o pai. Quando ainda estava longe, o pai viu-o
e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o
de beijos.
O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser
chamado teu filho.'
Mas o pai disse aos seus servos: 'Trazei depressa a melhor túnica e
vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos,
porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi
encontrado.' E a festa principiou.
Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se
de casa ouviu a música e as danças.
Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
Disse-lhe ele: 'O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque
chegou são e salvo.'
Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que
entrasse.
Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca
transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa
com os meus amigos;
e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes,
mataste-lhe o vitelo gordo.'
O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é
teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava
morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Tiago de Saroug (c. 449-521), monge e bispo sírio
Poema (a partir da trad. P. Grelot, 1960 ; cf Orval)

«Levantar-me-ei, irei ter com meu pai»

Regressarei à casa de meu Pai como o filho pródigo, e serei acolhido. Tal
como ele o fez, também eu o farei: Ele atender-me-á? Eis-me a bater, Pai
misericordioso, à Tua porta; abre, para que eu entre, não me perca, não me
afaste nem pereça! Fizeste-me Teu herdeiro, mas eu abandonei a herança e
dissipei os meus bens; que doravante eu seja como um jornaleiro e um
servo.

Assim como pelo publicano a tiveste, tem piedade de mim, e eu viverei pela
Tua graça! Assim como à pecadora, a quem remiste, redime também os pecados
que cometi, ó Filho de Deus. Assim como a Pedro, que salvaste, salva-me do
meio das ondas. Assim como pelo ladrão a tiveste, tem piedade da minha
baixeza e lembra-Te de mim! Assim como fizeste com a ovelha perdida,
procura-me, Senhor, e encontrar-me-ás; e a Teus ombros, Senhor, leva-me à
casa de Teu Pai.

Abre-me os olhos, como os abriste ao cego, para que eu veja a Tua luz! E
tal como o fizeste ao surdo, abre-me os ouvidos, para que eu ouça a Tua
voz. Cura esta minha enfermidade, como a curaste ao paralítico, para que eu
louve o Teu nome. Purifica-me as chagas com o Teu hissope (cf. Sl 50,9),
como ao leproso purificaste. Faz-me viver, Senhor, como fizeste à menina, a
filha de Jairo. Cura-me, como à sogra de Pedro curaste, porque estou
doente. Faz que me levante, como o fizeste ao rapaz, filho da viúva. Como a
Lázaro, que chamaste, chama-me com a Tua própria voz e desprende-me destas
faixas. Porque eu estou morto pelo pecado, como de uma doença; reergue-me
desta ruína, e louvarei o Teu nome! Peço-te, Senhor da Terra e do Céu, vem
em meu auxílio e indica-me o Teu caminho, para que eu vá até Ti. Leva-me
até Ti, Filho do Bom Deus, e eleva ao máximo a Tua misericórdia. Irei até
Ti e, junto a Ti, saciar-me-ei na alegria.




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