sexta-feira, 12 de março de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 13 de Março de 2010
Sábado da 3ª semana da Quaresma

S. Rodrigo, mártir, +857, Santa Eufrásia, virgem, +412, Santa Serafina, virgem, +1253



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cipriano : «O cobrador de impostos [...] nem sequer ousava levantar os olhos ao céu»

Leituras

Oseias 6,1-6.
«Vinde, voltemos para o SENHOR; Ele feriu-nos, Ele nos curará; Ele fez a
ferida, Ele fará o penso.
Dar-nos-á de novo a vida em dois dias, ao terceiro dia nos levantará, e
viveremos na sua presença.
Conheçamos, esforcemo-nos por conhecer o SENHOR; iminente, como a aurora,
está a sua vinda; Ele virá para nós como a chuva, como a chuva da Primavera
que irriga a terra.»
Que posso fazer por ti, ó Efraim? Que posso fazer por ti, ó Judá? O vosso
amor é como a nuvem da manhã, como o orvalho matutino que logo se dissipa.
Por isso os castiguei duramente pelos profetas, e os matei pelas palavras
da minha boca, e o meu julgamento resplandece como a luz.
Porque Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios, o conhecimento de Deus
mais que os holocaustos.


Salmos 51(50),3-4.18-19.20-21.
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade; pela tua grande
misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava me de toda a iniquidade; purifica me dos meus delitos.
Não te comprazes nos sacrifícios nem te agrada qualquer holocausto que eu
te ofereça.
O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito; ó Deus, não desprezes
um coração contrito e arrependido.
Pela tua bondade, trata bem a Sião; reconstrói os muros de Jerusalém.
Então aceitarás com agrado os sacrifícios devidos, os holocaustos e as
ofertas; então serão oferecidos novilhos n


Lucas 18,9-14.
Disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito
em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais:
«Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro,
cobrador de impostos.
O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'Ó Deus, dou-te graças
por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros;
nem como este cobrador de impostos.
Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.'
O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar
os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim,
que sou pecador.'
Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo
aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cipriano (c. 200-258), Bispo de Cartago e mártir
A Oração do Senhor, §§ 4, 6 (a partir da trad. de DDB 1982, p.42 rev.)

«O cobrador de impostos [...] nem sequer ousava levantar os olhos ao céu»

Os homens de oração devem exprimir as suas súplicas e os seus pedidos com
modéstia, calma, contenção e discrição. Lembremo-nos de que nos estamos a
apresentar perante Deus. É necessário que a atitude do nosso corpo, o nosso
tom de voz sejam agradáveis aos olhos de Deus. Não convém estender-se em
clamores; é conveniente rezar com modéstia e reserva.

O Senhor, no Seu ensinamento, manda-nos rezar isoladamente, na solidão ou
mesmo em lugares retirados, até mesmo no nosso quarto (Mt 14,n23; 6,n6), o
que se coaduna melhor com a fé. Sabemos que Deus está presente em todo o
lado, que ouve e vê todos os homens, que o olhar da Sua majestade soberana
penetra até no segredo. Com efeito, está escrito: «Será que Eu sou Deus só
ao perto e não sou Deus ao longe? [...] Poderá alguém ocultar-se em lugares
escondidos sem que Eu o veja? [...] Não sou Eu que encho o céu e a terra?»
(Jr 23, 23-24)

O homem de oração, irmãos bem amados, não deve ignorar como o publicano
orava no Templo, por comparação com o fariseu. O cobrador de impostos não
levantava os olhos ao céu com descaramento, não erguia as mãos com
insolência. Batia no peito, reconhecia os seus pecados interiores e
escondidos, implorava o socorro da misericórdia divina. O fariseu, pelo
contrário, fiava-se em si mesmo. E foi o publicano que mereceu ser
reconhecido como justo. Porque rezava sem colocar a sua esperança de
salvação na sua própria inocência, visto que ninguém é inocente. Rezava
confessando os seus pecados, e a sua oração foi atendida por Aquele que
perdoa aos humildes.




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