sábado, 13 de março de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 14 de Março de 2010
4º Domingo da Quaresma - Ano C

4º Domingo da Quaresma (semana IV do saltério)
Santa Matilde, rainha da Prússia, +968, Beata Josefina Gabriela Bonino, virgem, fundadora, +1906



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo : «Irei ter com meu pai»

Leituras

Josué 5,9.10-12.
Disse, então, o SENHOR a Josué: «Hoje tirei de sobre vós o opróbrio do
Egipto.» E deu-se àquele lugar o nome de Guilgal, até ao dia de hoje.
Os israelitas acamparam em Guilgal, celebraram lá a Páscoa no décimo quarto
dia do mês, à tarde, na planície de Jericó.
Nesse mesmo dia, comeram dos frutos da região: pães ázimos e trigo tostado.

O maná deixou de cair no dia seguinte àquele em que comeram dos frutos da
terra, e nunca mais os israelitas tiveram o maná. Naquele ano,
alimentaram-se dos produtos da terra de Canaã.


Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.
Em todo o tempo, bendirei o SENHOR; o seu louvor estará sempre nos meus
lábios.
A minha alma gloria se no SENHOR! Que os humildes saibam e se alegrem.
Enaltecei comigo o SENHOR; exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o SENHOR e Ele respondeu me, livrou me de todos os meus temores.
Aqueles que o contemplam ficam radiantes, não ficarão de semblante abatido.
Quando um pobre invoca o SENHOR, Ele atende o e liberta o das suas
angústias.


2 Cor. 5,17-21.
Por isso, se alguém está em Cristo, é uma nova criação. O que era antigo
passou; eis que surgiram coisas novas.
Tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo por meio de Cristo e nos
confiou o ministério da reconciliação.
Pois foi Deus quem reconciliou o mundo consigo, em Cristo, não imputando
aos homens os seus pecados, e pondo em nós a palavra da reconciliação.
É em nome de Cristo, portanto, que exercemos as funções de embaixadores e é
Deus quem, por nosso intermédio, vos exorta. Em nome de Cristo
suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus.
Aquele que não havia conhecido o pecado, Deus o fez pecado por nós, para
que nos tornássemos, nele, justiça de Deus.


Lucas 15,1-3.11-32.
Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores para o
ouvirem.
Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este
acolhe os pecadores e come com eles.»
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola:
Disse ainda: «Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.'
E o pai repartiu os bens entre os dois.
Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra
longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada.
Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar
privações.
Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual
o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam,
mas ninguém lhas dava.
E, caindo em si, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em
abundância, e eu aqui a morrer de fome!
Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o
Céu e contra ti;
já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus
jornaleiros.'
E, levantando-se, foi ter com o pai. Quando ainda estava longe, o pai viu-o
e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o
de beijos.
O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser
chamado teu filho.'
Mas o pai disse aos seus servos: 'Trazei depressa a melhor túnica e
vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos,
porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi
encontrado.' E a festa principiou.
Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se
de casa ouviu a música e as danças.
Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
Disse-lhe ele: 'O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque
chegou são e salvo.'
Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que
entrasse.
Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca
transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa
com os meus amigos;
e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes,
mataste-lhe o vitelo gordo.'
O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é
teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava
morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Homilia sobre o perdão, 2, 3 (a partir da trad. breviário)

«Irei ter com meu pai»

Se a conduta deste jovem nos desagrada, aquilo que nos causa horror é a sua
partida: no nosso caso, não nos afastemos nunca de um pai destes! A simples
visão do pai faz fugir os pecados, expulsa o erro, exclui qualquer má
conduta e qualquer tentação. Mas, no caso de termos partido, de termos
esbanjado toda a herança do pai numa vida desregrada, de nos ter acontecido
cometer qualquer erro ou má acção, de termos caído no abismo da blasfémia,
levantemo-nos e regressemos para junto de um pai tão bom, convidados por
exemplo tão belo.

«O pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço
e cobriu-o de beijos.» Pergunto-vos: haverá lugar para o desespero? Haverá
pretexto para desculpas? Falsas razões para receios? A menos que se receie
o encontro com o pai, que se receiem os seus beijos e os seus abraços; a
menos que se julgue que o pai quer tomar para recuperar, em lugar de
receber para perdoar, quando pega no filho pela mão, o toma nos abraços e o
aperta contra o coração. Mas este pensamento, que esmaga a vida, que se
opõe à nossa salvação, é amplamente vencido, amplamente aniquilado pelo
seguinte: «O pai disse aos seus servos: «Trazei depressa a melhor túnica e
vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. Trazei o
vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, porque este
meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.»» Após
termos ouvido isto, poderemos ainda demorar-nos? Que esperamos para
regressar para junto do pai?




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