sexta-feira, 2 de abril de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 03 de Abril de 2010
Sábado Santo - VIGÍLIA PASCAL

Sábado Santo e Vigília Pascal
Santa Engrácia, virgem, mártir, +1050, S. Ricardo de Chichester, bispo, +1253



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Homilia do séc. V : «Tu fazes resplandecer esta noite santíssima pela glória da ressurreição do Senhor» (Colecta)

Leituras

Ex. 14,15-31.15,1.
O Senhor disse a Moisés: «Porque clamas por mim? Fala aos filhos de Israel
e manda-os partir.
E tu, levanta a tua vara e estende a mão sobre o mar e divide-o, e que os
filhos de Israel entrem pelo meio do mar, por terra seca.
E eis que Eu vou endurecer o coração dos egípcios para que venham atrás
deles, e serei glorificado por meio do faraó e de todo o seu exército, dos
seus carros de guerra e dos seus cavaleiros,
e os egípcios saberão que Eu sou o Senhor, quando for glorificado por meio
do faraó, dos seus carros de guerra e dos seus cavaleiros.»
O anjo de Deus, que caminhava à frente do acampamento de Israel,
levantou-se, partiu e passou a caminhar atrás deles. E a coluna de nuvem
levantou-se de diante deles e colocou-se atrás deles.
Veio colocar-se entre o acampamento do Egipto e o acampamento de Israel. E
houve nuvens e trevas, e iluminou-se a noite, e não se aproximaram um do
outro toda a noite.
Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez recuar o mar com um
vento forte de oriente toda a noite, e pôs o mar a seco. As águas
dividiram-se,
e os filhos de Israel entraram pelo meio do mar, por terra seca, e as águas
eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda.
Os egípcios perseguiram-nos, e todos os cavalos do faraó, os seus carros de
guerra e os seus cavaleiros, entraram atrás deles para o meio do mar.
E aconteceu que, na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e de
nuvem, para o acampamento dos egípcios, e lançou a confusão no acampamento
dos egípcios.
Ele desviou as rodas dos seus carros de guerra, e eles conduziam com
dificuldade. Os egípcios disseram: «Fujamos diante de Israel, porque o
Senhor combate por eles contra o Egipto.»
O Senhor disse a Moisés: «Estende a tua mão sobre o mar, e que as águas
voltem sobre os egípcios, sobre os seus carros de guerra e sobre os seus
cavaleiros.»
Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar voltou ao seu leito normal,
ao raiar da manhã, e os egípcios a fugir foram ao seu encontro. E o Senhor
desfez-se dos egípcios no meio do mar.
As águas voltaram e cobriram os carros de guerra e os cavaleiros; de todo o
exército do faraó que entrou atrás deles no mar, não ficou nenhum.
Os filhos de Israel caminharam em terra seca, pelo meio do mar, e as águas
eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda.
O Senhor salvou, naquele dia, Israel da mão do Egipto, e Israel viu os
egípcios mortos à beira do mar.
Israel viu a mão poderosa com que o Senhor actuou contra o Egipto, o povo
temeu o Senhor e acreditou nele e em Moisés, seu servo.
Então, Moisés cantou, e os filhos de Israel também, este cântico ao Senhor.
Eles disseram: «Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande: cavalo e
cavaleiro lançou no mar.


Ex. 15,2-6.17-18.
Minha força e meu canto é o Senhor: Ele foi para mim a salvação. É este o
meu Deus: glorificá-lo-ei; o Deus de meu pai: exaltá-lo-ei.
O Senhor é um guerreiro: Senhor é o seu nome.
Os carros de guerra do faraó e o seu exército Ele atirou ao mar; e os seus
combatentes escolhidos foram afundados no Mar dos Juncos.
Cobrem-nos os abismos: desceram às profundezas como uma pedra.
A tua direita, Senhor, resplandeceu de força; a tua direita, Senhor,
apanhou o inimigo.
Fá- -lo-ás entrar e plantá-lo-ás na montanha que é a tua herança, lugar que
fizeste para Tu habitares, Senhor, santuário que as tuas mãos, Senhor,
estabeleceram.
O Senhor reinará eternamente e para sempre.»


Romanos 6,3-11.
Ou ignorais que todos nós, que fomos baptizados em Cristo Jesus, fomos
baptizados na sua morte?
Pelo Baptismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como
Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós
caminhemos numa vida nova.
De facto, se estamos integrados nele por uma morte idêntica à sua, também o
estaremos pela sua ressurreição.
É isto o que devemos saber: o homem velho que havia em nós foi crucificado
com Ele, para que fosse destruído o corpo pertencente ao pecado; e assim
não somos mais escravos do pecado.
É que quem está morto está justificado do pecado.
Mas, se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos.
Sabemos que Cristo, ressuscitado de entre os mortos, já não morrerá; a
morte não tem mais domínio sobre Ele.
Pois, na morte que teve, morreu para o pecado de uma vez para sempre; e, na
vida que tem, vive para Deus.
Assim vós também: considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus,
em Cristo Jesus.


Lucas 24,1-12.
No primeiro dia da semana, ao romper da alva, as mulheres foram ao
sepulcro, levando os perfumes que haviam preparado.
Encontraram removida a pedra da porta do sepulcro
e, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
Estando elas perplexas com o caso, apareceram-lhes dois homens em trajes
resplandecentes.
Como estivessem amedrontadas e voltassem o rosto para o chão, eles
disseram-lhes: «Porque buscais o Vivente entre os mortos?
Não está aqui; ressuscitou! Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda
estava na Galileia,
dizendo que o Filho do Homem havia de ser entregue às mãos dos pecadores,
ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia.»
Recordaram-se, então, das suas palavras.
Voltando do sepulcro, foram contar tudo isto aos Onze e a todos os
restantes.
Eram elas Maria de Magdala, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras
mulheres que estavam com elas diziam isto aos Apóstolos;
mas as suas palavras pareceram-lhes um desvario, e eles não acreditaram
nelas.
Pedro, no entanto, pôs-se a caminho e correu ao sepulcro. Debruçando-se,
apenas viu as ligaduras e voltou para casa, admirado com o sucedido.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Homilia do séc. V, atribuída a Eusébio Galicano
Homilia 12 A; CCL 101, 145 (a partir da trad. Solesmes, Lectionnaire, vol. 3, p. 21 rev.)

«Tu fazes resplandecer esta noite santíssima pela glória da ressurreição do Senhor» (Colecta)

«Alegrem-se os céus, exulte a terra!» (Sl 95, 11). Este dia resplandece
para nós com o esplendor do túmulo, que para nós brilhou com raios de sol.
Que os infernos aclamem, pois abriu-se neles uma saída; que se alegrem,
pois chegou para eles o dia da visita; que exultem, pois viram, após
séculos e séculos, uma luz que não conheciam, e na escuridão da sua noite
profunda puderam enfim respirar! Oh luz bela, que vimos despontar do alto
do céu [...], tu revestiste, com a tua súbita claridade, «aqueles que se
encontravam nas trevas e na sombra da morte» (Lc 1,79). Porque, à descida
de Cristo, a noite eterna dos infernos resplandeceu e os gritos de aflição
cessaram; as correntes dos condenados foram quebradas e caíram por terra;
os espíritos malfeitores foram tomados pelo estupor e como que abalados por
um trovão. [...]

Quando Cristo desceu aos infernos, os porteiros sombrios, cegos pelo negro
silêncio e curvando as costas ao peso do temor, murmuraram entre si: «Quem
é Este temível, exuberante de brancura? Nunca o nosso inferno recebeu coisa
semelhante; nunca o mundo rejeitou coisa semelhante para a nossa toca.
[...] Se fosse culpado, não teria semelhante audácia. Se estivesse manchado
por algum delito, não poderia dissipar as trevas com o seu brilho. Mas, se
é Deus, o que está a fazer no túmulo? Se é homem, como ousa? Se é Deus, a
que vem? Se é homem, como tem poder para libertar os cativos? [...] Esta
cruz nos destroça os prazeres e faz nascer para nós a dor! O lenho nos
tinha enriquecido, o lenho nos destrói. Este grande poder, sempte temido
pelos povos, pereceu!»




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