quinta-feira, 15 de abril de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 16 de Abril de 2010
Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa

S. Bento José Labre, peregrino, +1783, Santa Engrácia de Saragoça, virgem, mártir, +305, Santa Bernadette, vidente de Lourdes



Comentário ao Evangelho do dia feito por
João Paulo II : «Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os»

Leituras

Actos 5,34-42.
Ergueu-se, então, um homem no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel, doutor
da Lei, respeitado por todo o povo. Mandou sair os acusados por alguns
momentos
e, tomando a palavra, disse: «Homens de Israel, tende cuidado com o que
ides fazer a esses homens!
Nos últimos tempos, apareceu Teudas, que se dizia alguém e ao qual seguiram
cerca de quatrocentos homens. Ele foi liquidado e todos os seus partidários
foram destroçados e reduzidos a nada.
Depois dele, apareceu também Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e
arrastou o povo atrás dele. Morreu, igualmente, e todos os seus adeptos
foram dispersos.
E, agora, digo-vos: não vos metais com esses homens, deixai-os. Se o seu
empreendimento é dos homens, esta obra acabará por si própria;
mas, se vem de Deus, não conseguireis destruí-los, sem correrdes o risco de
entrardes em guerra contra Deus.» Concordaram, então, com as suas palavras.

Trouxeram novamente os Apóstolos e, depois de os mandarem açoitar,
proibiram-lhes de falar no nome de Jesus e libertaram-nos.
Quanto a eles, saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria, por terem sido
considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus.
E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de
anunciar a Boa-Nova de Jesus, o Messias.


Salmos 27,1.4.13-14.
O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte
da minha vida: quem me assustará?
Uma só coisa peço ao SENHOR e ardentemente a desejo: é habitar na casa do
SENHOR todos os dias da minha vida, para saborear o seu encanto e ficar em
vigília no seu templo.
Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do SENHOR, na terra dos
vivos.
Confia no SENHOR! Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR!


João 6,1-15.
Depois disto, Jesus foi para a outra margem do lago da Galileia, ou de
Tiberíades.
Seguia-o uma grande multidão, porque presenciavam os sinais miraculosos que
realizava em favor dos doentes.
Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos.
Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus.
Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele,
Jesus disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente
comer?»
Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe
respondeu-lhe:
«Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.»
Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
«Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é
isso para tanta gente?»
Jesus disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora, havia muita erva no local. Os
homens sentaram-se, pois, em número de uns cinco mil.
Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que
estavam sentados, tal como os peixes, e eles comeram quanto quiseram.
Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que
sobraram, para que nada se perca».
Recolheram-nos, então, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de
cevada que sobejaram aos que tinham estado a comer.
Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus tinha feito, dizia: «Este
é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!»
Por isso, Jesus, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei,
retirou-se de novo, sozinho, para o monte.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

João Paulo II, Papa entre 1978 e 2005
Carta apostólica  «Mane nobiscum domine», §§ 15-16 (© copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os»

Não há dúvida de que a dimensão mais saliente da Eucaristia é a de
banquete. A Eucaristia nasceu, na noite de Quinta-feira Santa, no contexto
da ceia pascal. Traz, por conseguinte, inscrito na sua estrutura, o sentido
da comensalidade: «Tomai, comei [...]. Tomou, em seguida, um cálice e [...]
entregou-lho dizendo: Bebei dele todos» (Mt 26, 26.27). Este aspecto
exprime bem a relação de comunhão que Deus quer estabelecer connosco e que
nós mesmos devemos fazer crescer uns com os outros.

Todavia, não se pode esquecer que o banquete eucarístico tem também um
sentido primária e profundamente sacrificial. Nele, Cristo torna presente
para nós o sacrifício realizado de uma vez por todas no Gólgota. Embora aí
presente como ressuscitado, Ele traz os sinais da Sua paixão, da qual cada
Santa Missa é «memorial», como a liturgia nos recorda com a aclamação
depois da consagração: «Anunciamos, Senhor, a Vossa morte, proclamamos a
Vossa ressurreição». Ao mesmo tempo que actualiza o passado, a Eucaristia
projecta-nos para o futuro da última vinda de Cristo, no final da história.
Este aspecto escatológico dá ao sacramento eucarístico um dinamismo
cativante, que imprime ao caminho cristão o passo da esperança.

Todas estas dimensões da Eucaristia se encontram num aspecto que, mais do
que qualquer outro, põe à prova a nossa fé: é o mistério da presença
«real». Com toda a tradição da Igreja, acreditamos que, sob as espécies
eucarísticas, está realmente presente Jesus. Uma presença — como
eficazmente explicou o Papa Paulo VI — que se diz «real», não por exclusão,
como se as outras formas de presença não fossem reais, mas por antonomásia,
enquanto por ela Se torna substancialmente presente Cristo completo, na
realidade do Seu corpo e do Seu sangue. Por isso, a fé pede-nos para
estarmos diante da Eucaristia com a consciência de que estamos na presença
do próprio Cristo. É precisamente a Sua presença que dá às outras dimensões
— de banquete, memorial da Páscoa, antecipação escatológica — um
significado que ultrapassa, e muito, o de puro simbolismo. A Eucaristia é
mistério de presença, mediante o qual se realiza, de modo excelso, a
promessa que Jesus fez de ficar connosco até ao fim do mundo (Mt 28, 20).




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