segunda-feira, 19 de abril de 2010

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 20 de Abril de 2010
Terça-feira da 3ª semana da Páscoa

S. Teodoro, presbítero, +613, Santa Inês de Montepulciano, virgem, +1312, Santa Sara, padroeira do povo cigano



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Justino : «O verdadeiro pão vindo do céu»: no século II, uma das primeiras descrições da eucaristia fora do Novo Testamento

Leituras

Actos 7,51-60.8,1.
Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre vos
opondes ao Espírito Santo; como foram os vossos pais, assim sois vós
também.
Qual foi o profeta que os vossos pais não tenham perseguido? Mataram os que
predisseram a vinda do Justo, a quem traístes e assassinastes,
vós, que recebestes a Lei pelo ministério dos anjos, mas não a guardastes!»

Ao ouvirem tais palavras, encheram-se intimamente de raiva e rangeram os
dentes contra Estêvão.
Mas este, cheio do Espírito Santo e de olhos fixos no Céu, viu a glória de
Deus e Jesus de pé, à direita de Deus.
«Olhai, disse ele, eu vejo o Céu aberto e o Filho do Homem de pé, à direita
de Deus.»
Eles, então, soltaram um grande grito e taparam os ouvidos; depois, à uma,
atiraram-se a ele
e, arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo. As
testemunhas depuseram as capas aos pés de um jovem chamado Saulo.
E, enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o
meu espírito.»
Depois, posto de joelhos, bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas
este pecado.» Dito isto, adormeceu.
Saulo aprovava também essa morte. No mesmo dia, uma terrível perseguição
caiu sobre a igreja de Jerusalém. À excepção dos Apóstolos, todos se
dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria.


Salmos 31(30),3-4.6.7.8.17.21.
Inclina para mim os teus ouvidos; apressa te a libertar me. Sê para mim uma
rocha de refúgio, uma fortaleza que me salve.
Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza; por amor do teu nome, guia me e
conduz me.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito; SENHOR, Deus fiel, salva me.
Detesto os que adoram ídolos falsos; eu, por mim, confio no SENHOR.
Hei-de alegrar-me e regozijar-me com a tua misericórdia, pois viste a minha
miséria e conheceste a angústia da minha alma.
Brilhe sobre o teu servo a luz da tua face; salva me pela tua
misericórdia."
Ao abrigo da tua face, Tu os guardas das intrigas dos homens; na tua tenda
os defendes contra as línguas maldizentes.


João 6,30-35.
Eles replicaram: «Que sinal realizas Tu, então, para nós vermos e crermos
em ti? Que obra realizas Tu?
Os nossos pais comeram o maná no deserto, conforme está escrito: Ele
deu-lhes a comer o pão vindo do Céu.»
E Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés
que vos deu o pão do Céu, mas é o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do
Céu,
pois o pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo.»
Disseram-lhe então: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!»
Respondeu-lhes Jesus: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá
fome e quem crê em mim jamais terá sede.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Justino (c. 100-160), filósofo, mártir
Primeira Apologia, 67.66; Pg 6, 427-431

«O verdadeiro pão vindo do céu»: no século II, uma das primeiras descrições da eucaristia fora do Novo Testamento

No dia que se chama o dia do sol [o domingo], todos os habitantes das
cidades ou dos campos se reúnem num só local. Lemos as memórias dos
apóstolos e os escritos dos profetas quando o tempo o permite. Quando a
leitura termina, quem preside toma a palavra para chamar a atenção sobre
esses belos ensinamentos e exortar a segui-los. Seguidamente, levantamo-nos
todos juntos e recomendamos as intenções de oração. Depois trazem pão,
vinho e água. O presidente faz subir de todo o seu coração ao céu orações e
acções de graças, e o povo responde com a aclamação «Ámen!», uma palavra
hebraica que significa: «Assim seja».

Nós chamamos este alimento eucaristia, e ninguém pode tomar parte dele se
não crê na verdade da nossa doutrina e se não recebeu o banho do baptismo
para a remissão dos pecados e a regeneração. Porque nós não tomamos este
alimento como um pão vulgar ou uma bebida comum. Tal como, pela Palavra de
Deus, Jesus Cristo, nosso Salvador, incarnou em carne e osso para a nossa
salvação, assim o alimento consagrado nas próprias palavras da Sua oração é
destinado a alimentar a nossa carne e o nosso sangue para nos transformar;
este alimento é o corpo e o sangue de Jesus incarnado: esta é a nossa
doutrina. Os apóstolos, nas memórias que nos deixaram e a que chamamos
evangelhos, transmitiram-nos assim a recomendação que Jesus lhes fez: Ele
tomou o pão, deu graças e disse: «Fazei isto em memória de Mim; isto é o
Meu corpo». Tomou igualmente um cálice, deu graças e disse: «Isto é o Meu
sangue». E deu-lhos só a eles (Mt 26, 26ss.; 1Cor 11, 23ss.). [...] É no
dia do sol que nós nos reunimos todos, porque esse é o primeiro dia, em que
Deus separou a matéria das trevas para fazer o mundo, e é o dia em que
Jesus Cristo nosso Salvador ressuscitou dos mortos.




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