segunda-feira, 10 de maio de 2010

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 11 de Maio de 2010
Terça-feira da 6ª semana da Páscoa

Santo Hugo de Cluny, abade, +1109, Santa Susana, mártir, séc. III, Santa Maria Bertilla Boscardin, religiosa enfermeira, +1922



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Cardeal John Henry Newman : «Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas, se Eu for, Eu vo-lo enviarei.»

Leituras

Actos 16,22-34.
A multidão amotinou-se contra eles; e os estrategos, arrancando-lhes as
vestes, mandaram-nos açoitar.
Depois de lhes terem dado muitas vergastadas, lançaram-nos na prisão,
recomendando ao carcereiro que os tivesse sob atenta vigilância.
Ao receber tal ordem, este meteu-os no calabouço interior e prendeu-lhes os
pés no cepo.
Cerca da meia-noite, Paulo e Silas, em oração, entoavam louvores a Deus, e
os presos escutavam-nos.
De repente, sentiu-se um violento tremor de terra que abalou os alicerces
da prisão. Todas as portas se abriram e as cadeias de todos se
desprenderam.
Acordando em sobressalto, o carcereiro viu as portas da prisão abertas e
puxou da espada para se matar, pensando que os presos se tinham evadido.
Paulo, então, bradou com voz forte: «Não faças nenhum mal a ti mesmo,
porque nós estamos todos aqui.»
O carcereiro pediu luz, correu para dentro da masmorra e lançou-se a
tremer, aos pés de Paulo e de Silas.
Depois, trouxe-os para fora e perguntou: «Senhores, que devo fazer para ser
salvo?»
Eles responderam: «Acredita no Senhor Jesus e serás salvo tu e os teus.»
E anunciaram-lhe a palavra do Senhor, assim como aos que estavam na sua
casa.
O carcereiro, tomando-os consigo, àquela hora da noite, lavou-lhes as
feridas e imediatamente se baptizou, ele e todos os seus.
Depois, levando-os para cima, para a sua casa, pôs-lhes a mesa e
entregou-se, com a família, à alegria de ter acreditado em Deus.


Salmos 138(137),1-3.7-8.
Dou-te graças, SENHOR, de todo o coração, na presença dos poderosos te
hei-de louvar.
Inclino-me voltado para o teu santo templo e louvarei o teu nome, pela tua
bondade e pela tua fidelidade, porque foste mais além das tuas promessas.
Quando te invoquei, atendeste-me e aumentaste as forças da minha alma.
Quando estou em angústia, conservas-me a vida; estendes a mão contra a ira
dos meus inimigos, e a tua mão direita me salva.
SENHOR tudo fará por mim! Ó SENHOR, o teu amor é eterno! Não abandones a
obra das tuas mãos!


João 16,5-11.
«Agora vou para aquele que me enviou, e ninguém de vós me pergunta: 'Para
onde vais?'
Mas, por vos ter anunciado estas coisas, o vosso coração ficou cheio de
tristeza.
Contudo, digo-vos a verdade: é melhor para vós que Eu vá, pois, se Eu não
for, o Paráclito não virá a vós; mas, se Eu for, Eu vo-lo enviarei.
E, quando Ele vier, dará ao mundo provas irrefutáveis de uma culpa, de uma
inocência e de um julgamento:
de uma culpa, pois não creram em mim;
de uma inocência, pois Eu vou para o Pai, e já não me vereis;
de um julgamento, pois o dominador deste mundo ficou condenado.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Cardeal John Henry Newman (1801-1892), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo
Meditações e Devoções, cap. 14, O Paráclito (a partir da trad. Lecoffre/Brémond rev.)

«Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas, se Eu for, Eu vo-lo enviarei.»

Meu Deus, Paráclito eterno, adoro-Te, Tu que és Luz e Vida. Podias ter-Te
contentado em me enviar de fora bons pensamentos, a graça que os inspira e
os realiza; podias ter-me orientado assim na vida, purificando-me apenas
através da Tua acção interior no momento da minha passagem para o outro
mundo. Porém, na Tua infinita compaixão, entraste dentro da minha alma
desde o começo, dela tomaste posse, dela fizeste um templo para Ti. Por
meio da Tua graça, habitas em mim de maneira inefável, e uniste-me a Ti e a
toda a assembleia dos santos. Mais ainda, estás pessoalmente presente em
mim, não apenas pela Tua graça, mas pelo Teu próprio ser, como se, mantendo
embora a minha personalidade, eu fosse, de certa maneira, absorvido em Ti
já nesta vida. E, como tomaste posse do meu corpo na sua fraqueza, também
ele é templo Teu (1Cor 6, 19). Verdade espantosa e temível! Ó meu Deus,
creio e sei que assim é!Poderei pecar estando Tu em mim de
forma tão íntima? Poderei esquecer Quem está comigo, Quem está em mim?
Poderei expulsar o Hóspede divino através daquilo que Ele mais detesta, da
única coisa que O ofende, da única realidade que não é Sua? [...] Meu Deus,
tenho uma dupla protecção contra o pecado: primeiro, o temor de semelhante
profanação, na Tua presença, de tudo quanto és em mim; e depois, a
confiança em que esta presença me protegerá do mal. [...] Nas provas e nas
tentações, chamarei por Ti. [...] Graças a Ti, nunca Te abandonarei.




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Entre os dias 11 e 14 de Maio, Sua Santidade o papa Bento XVI fará uma
visita apostólica a Portugal. Confiamos essa visita às vossas orações.