quinta-feira, 20 de maio de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 21 de Maio de 2010
Sexta-feira da 7ª semana da Páscoa

S. Cristóvão Magallanes, presbítero, e companheiros mártires, ++entre 1915 e 1937, S. Valente, bispo, mártir, +531, Santa Catarina de Génova, viúva, penitente,+1510



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado João XXIII : «Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes? [...] Amas-Me? [...] Amas-Me?»

Leituras

Actos 25,13-21.
Alguns dias mais tarde, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia e foram
apresentar cumprimentos a Festo.
Como se demorassem vários dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo,
dizendo: «Está aqui um homem que Félix deixou preso,
e contra o qual, estando eu em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos
dos judeus apresentaram queixa, pedindo a sua condenação.
Respondi-lhes que não era costume dos romanos conceder a entrega de homem
algum, antes de o acusado ter os acusadores na sua frente e dispor da
possibilidade de se defender da acusação.
Vieram, pois, comigo e, sem mais demoras, sentei-me, no dia seguinte, no
tribunal e mandei comparecer o homem.
Postos em frente dele, os acusadores não alegaram nenhum dos crimes que eu
pudesse suspeitar;
só tinham com ele discussões acerca da sua religião e de um certo Jesus,
que morreu e Paulo afirma estar vivo.
Quanto a mim, embaraçado perante um debate deste género, perguntei-lhe se
queria ir a Jerusalém, a fim de lá ser julgado sobre o assunto.
Mas Paulo apelou para que a sua causa fosse reservada à decisão de Augusto
e eu ordenei que o mantivessem preso até o enviar a César.»


Salmos 103(102),1-2.11-12.19-20.
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e todo o meu ser louve o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Como é grande a distância dos céus à terra, assim são grandes os seus
favores para os que o temem.
Como o Oriente está afastado do Ocidente, assim Ele afasta de nós os nossos
pecados.
SENHOR estabeleceu nos céus o seu trono e o seu reino estende-se a tudo o
que existe.
Bendizei o SENHOR, todos os seus anjos, poderosos mensageiros, que cumpris
as suas ordens, sempre dóceis à sua palavra.


João 21,15-19.
Depois de terem comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de
João, tu amas-me mais do que estes?» Pedro respondeu: «Sim, Senhor, Tu
sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta os meus
cordeiros.»
Voltou a perguntar-lhe uma segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-me?»
Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus
disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.»
E perguntou-lhe, pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu és deveras
meu amigo?» Pedro ficou triste por Jesus lhe ter perguntado, à terceira
vez: 'Tu és deveras meu amigo?' Mas respondeu-lhe: «Senhor, Tu sabes tudo;
Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!» E Jesus disse-lhe: «Apascenta
as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o
cinto e ias para onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos
e outro te há-de atar o cinto e levar para onde não queres.»
E disse isto para indicar o género de morte com que ele havia de dar glória
a Deus. Depois destas palavras, acrescentou: «Segue-me!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado João XXIII (1881-1963), papa
Diário da Alma (Lisboa, Paulus Ed., p. 363)

«Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes? [...] Amas-Me? [...] Amas-Me?»

O sucessor de Pedro sabe que, na sua pessoa e na sua actividade, é a graça
e a lei do amor que sustenta, vivifica e embeleza tudo; e, diante do mundo
inteiro, a Igreja Santa apoia-se no intercâmbio de amor entre Jesus e ele,
Simão Pedro, filho de João, como sobre um alicerce visível e invisível:
Jesus invisível aos olhos da carne, o Papa, Vigário de Cristo, visível ao
mundo inteiro. Meditando neste mistério de amor íntimo entre Jesus e o Seu
Vigário, que honra e que felicidade para mim, mas ao mesmo tempo que motivo
de confusão pela pequenez, pelo nada que sou.A minha vida deve
ser toda de amor a Jesus e, simultaneamente, uma completa efusão de bondade
e de sacrifício por cada alma e por todo o mundo. É rapidíssima a passagem
do episódio evangélico que proclama o amor do Papa a Jesus e, através Dele,
às almas, à lei do sacrifício. O próprio Jesus anuncia-o assim a Pedro: «Eu
te garanto: quando eras mais novo, punhas o cinto e ias para onde querias.
Quando fores mais velho, estenderás as mãos e outro te apertará o cinto e
te levará para onde não queres ir» (Jo 21, 18).Pela graça do
Senhor, ainda não entrei nesta velhice mas, com os meus oitenta anos
feitos, encontro-me à porta. Portanto, devo estar preparado para este
último trajecto da minha vida, em que me esperam limitações e sacrifícios,
até ao sacrifício da vida corporal e ao abrir da vida eterna. Jesus, estou
disposto a estender as minhas mãos, já trémulas e fracas, a deixar que
outro me ajude a vestir-me e me ajude na caminhada.Senhor, a
Pedro acrescentaste: «e te levará para onde não queres ir». Depois de
tantas graças, multiplicadas durante a minha longa vida, não há nada que
não queira. Jesus, Tu revelaste-me o caminho: «Seguir-Te-ei para onde quer
que fores» (Mt 8, 19).




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