sábado, 29 de maio de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 30 de Maio de 2010
SANTÍSSIMA TRINIDADE - solenidade

Domingo da Santíssima Trindade (ofício próprio)
Santa Joana d'Arc, virgem, mártir, (+ Rouen, França, 1431), Beata Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, religiosa, fundadora, +1902



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João da Cruz : «Um só Deus, um só Senhor, não na unidade de uma só pessoa, mas na trindade de uma só natureza» (Prefácio)

Leituras

Prov. 8,22-31.
O Senhor criou-me, como primícias das suas obras, desde o princípio, antes
que criasse coisa alguma.
Desde a eternidade fui formada, desde as origens, antes dos primórdios da
terra.
Ainda não havia os abismos e eu já tinha sido concebida; ainda as fontes
das águas não tinham brotado;
antes que as montanhas fossem implantadas, antes de haver outeiros, eu já
tinha nascido.
Ainda Ele não tinha criado a terra nem os campos, nem os primeiros
elementos do mundo.
Quando Ele formava os céus, ali estava eu; quando colocava a abóbada por
cima do abismo,
quando condensava as nuvens, nas alturas, quando continha as fontes do
abismo,
quando fixava ao mar os seus limites, para que as águas não ultrapassassem
a sua orla; quando assentou os fundamentos da terra,
eu estava com Ele como arquitecto, e era o seu encanto, todos os dias,
brincando continuamente em sua presença;
brincava sobre a superfície da Terra, e as minhas delícias é estar junto
dos seres humanos.


Salmos 8,4-5.6-7.8-9.
Quando contemplo os céus, obra das tuas mãos, a Lua e as estrelas que Tu
criaste:
que é o homem para te lembrares dele, o filho do homem para com ele te
preocupares?
Quase fizeste dele um ser divino; de glória e de honra o coroaste.
Deste lhe domínio sobre as obras das tuas mãos, tudo submeteste a seus pés:
rebanhos e gado, sem excepção, e até mesmo os animais bravios;
as aves do céu e os peixes do mar, tudo o que percorre os caminhos do
oceano.


Romanos 5,1-5.
Portanto, uma vez que fomos justificados pela fé, estamos em paz com Deus
por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por Ele tivemos acesso, na fé, a esta graça na qual nos encontramos
firmemente e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus.
Mais ainda, gloriamo-nos também das tribulações, sabendo que a tribulação
produz a paciência,
a paciência a firmeza, e a firmeza a esperança.
Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos
corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.


João 16,12-15.
«Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as
compreender por agora.
Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a Verdade
completa. Ele não falará por si próprio, mas há-de dar-vos a conhecer
quanto ouvir e anunciar-vos o que há-de vir.
Ele há-de manifestar a minha glória, porque receberá do que é meu e vo-lo
dará a conhecer.
Tudo o que o Pai tem é meu; por isso é que Eu disse: 'Receberá do que é meu
e vo-lo dará a conhecer'.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João da Cruz (1542-1591), carmelita, Doutor da Igreja
Poema «Cantar da alma que folga em conhecer a Deus por fé», Obras completas, Edições  Carmelo, 2005 p. 68

«Um só Deus, um só Senhor, não na unidade de uma só pessoa, mas na trindade de uma só natureza» (Prefácio)

Que bem sei eu a fonte que mana e corre
Mesmo sendo noite!

Aquela eterna fonte está escondida.
Bem eu sei onde tem sua guarida,
Mesmo sendo noite!

Sei que não pode haver coisa tão bela
E sei que os céus e a terra bebem dela,
Mesmo sendo noite!

Sua origem não a sei, pois não a tem,
Mas sei que toda a origem dela vem
Mesmo sendo noite!

O fundo dela, sei, não pode achar-se;
Jamais por ela a vau pode passar-se,
Mesmo sendo noite!

É claridade nunca escurecida
E sei que toda a luz dela é nascida,
Mesmo sendo noite!

Tão caudalosas são as suas correntes
Que céus e infernos regam, mais as gentes,
Mesmo sendo noite!

Nascida de tal fonte, esta corrente
Bem sei que é mui capaz e omnipotente,
Mesmo sendo noite!

Das duas a corrente que procede
Sei que nenhuma delas antecede,
Mesmo sendo noite!

Aquela eterna fonte está escondida
Neste pão vivo para dar-nos vida,
Mesmo sendo noite!

Aqui está chamando as criaturas:
Desta água se saciem, e ás escuras,
Porque é de noite!

É esta a viva fonte que desejo
E neste pão de vida é que eu a vejo,
Mesmo sendo noite!




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