segunda-feira, 21 de junho de 2010

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 22 de Junho de 2010
Terça-feira da 12ª semana do Tempo Comum

S. Paulino de Nola (bispo, +431), S. João Fisher (bispo mártir, +1535), S. Thomas More (leigo mártir, +1535)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Vicente de Paulo : «O que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles»

Leituras

2 Reis 19,9-11.14-21.31-35.36.
O rei ouviu dizer de Tiraca, rei dos cuchitas: «Ele acaba de se pôr em
marcha para te combater.» Senaquerib enviou de novo mensageiros a Ezequias
para lhe dizer:
«Isto direis a Ezequias, rei de Judá: não te deixes enganar pelo teu Deus,
no qual puseste a tua confiança, pensando que Jerusalém não será entregue
nas mãos do rei da Assíria.
Ouviste dizer como os reis da Assíria trataram todos os países e os
devastaram. Só tu é que irias escapar?
Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros, leu-a, depois foi ao
templo, e abriu-a diante do Senhor.
E orou diante dele, dizendo: «Senhor, Deus de Israel, que estás sentado
sobre os querubins, só Tu és o Deus de todos os reinos da terra. Tu fizeste
os céus e a terra.
Inclina, Senhor, os teus ouvidos e ouve! Abre, Senhor, os teus olhos e vê!
Ouve, Senhor, a mensagem que Senaquerib mandou, para blasfemar contra o
Deus vivo!
É verdade, Senhor, que os reis da Assíria destruíram as nações, devastaram
os seus territórios,
e atiraram ao fogo os seus deuses, pois eles não eram deuses, eram apenas
objectos feitos pelas mãos do homem, objectos de madeira e de pedra. Por
isso, foram destruídos.
Mas Tu, Senhor, nosso Deus, salva-nos agora das mãos de Senaquerib, a fim
de que todos os povos da Terra saibam que Tu, o Senhor, és o único Deus.»
Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: «Isto diz o Senhor, Deus de
Israel: Eu ouvi a oração que me fizeste a respeito de Senaquerib, rei da
Assíria.
Eis o oráculo que o Senhor pronunciou contra ele: "A virgem, filha de Sião,
despreza-te e escarnece de ti; atrás de ti meneia a cabeça a filha de
Jerusalém.
De Jerusalém surgirá um resto, e do monte de Sião sobreviventes. Fará tudo
isto o zelo do Senhor.
Portanto, eis o que diz o Senhor sobre o rei da Assíria: Ele não entrará
nesta cidade, nem atirará flechas contra ela, não a rodeará de escudos, nem
a cercará de trincheiras.
Mas voltará pelo caminho por onde veio, sem entrar na cidade –oráculo do
Senhor!
Pois defenderei esta cidade e salvá-la-ei por amor de mim e de David, meu
servo.»
Nessa mesma noite, o anjo do Senhor apareceu no acampamento dos assírios e
feriu cento e oitenta e cinco mil homens. No dia seguinte de manhã, só lá
havia cadáveres.
Senaquerib, rei da Assíria retirou-se, retomou o caminho de sua terra e
ficou em Nínive.


Salmos 48(47),2-3.4.10-11.
Grande é o SENHOR e digno de louvor, na cidade do nosso Deus, no seu monte
santo.
Belo em altura, alegria de toda a terra, o monte Sião, nas alturas do
Norte, é a cidade do grande rei.
No meio das suas fortalezas, Deus mostrou se um refúgio seguro.
Meditamos, ó Deus, sobre o teu amor, no interior do teu templo.
Como o teu nome, ó Deus, assim o teu louvor chega aos confins da terra; a
tua direita está cheia de justiça.


Mateus 7,6.12-14.
«Não deis as coisas santas aos cães nem lanceis as vossas pérolas aos
porcos, para não acontecer que as pisem aos pés e, acometendo-vos, vos
despedacem.»
«Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles,
porque isto é a Lei e os Profetas.»
«Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho
que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele.
Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à vida, e
como são poucos os que o encontram!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas
Prédica de 30/5/1659 (a partir da trad. de Seuil 1960 p. 682 rev.)

«O que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles»

Qual é o primeiro acto do caridade? Que obras produz um coração por ela
animado? Que sai de um coração assim, comparando com o de um homem de
desprovido de tal virtude? Há que fazer o bem a cada um, como com
razoabilidade queríamos que assim nos fosse feito; nisto consiste o sumo da
caridade. Faço verdadeiramente ao meu próximo aquilo que desejo que ele me
faça? Ah, eis um grande exame a fazer. [...]

Olhemos para o Filho de Deus: que coração de caridade, que chama de amor!
Jesus, dizei-nos, por favor, o que Vos tirou do céu para virdes sofrer a
maldição da Terra, as muitas perseguições e tormentos que aqui recebestes?
Ó Salvador, ó fonte de amor, humilhado que fostes até à nossa condição, até
um suplício infame! Quem mais amou o próximo, senão Vós? Viestes expor-Vos
a todas estas nossas misérias, tomando a forma de pecador, levar um vida de
sofrimento, e sofrer uma morte vergonhosa por nós. Haverá amor igual? [...]
Só Nosso Senhor leva assim a tal ponto o Seu amor pelas criaturas, deixando
o trono de Seu Pai para encarnar num corpo sujeito às enfermidades.

E por quê? Para estabelecer entre nós, com o Seu exemplo e a Sua palavra, a
caridade pelo próximo [...]. Ó meus amigos, se tivéssemos um pouco deste
amor, deixar-nos-íamos ficar de braços cruzados? Oh, não! A caridade não é
ociosa; ela incita-nos a lutar pela salvação e pela consolação dos outros.




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