sexta-feira, 16 de julho de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 17 de Julho de 2010
Sábado da 15ª semana do Tempo Comum

Beato Nicolau Dinis, mártir, +1570, Beato Inácio de Azevedo e companheiros, mártires, +1570, Beato Bento de Castro, mártir, +1570



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Orígenes : «Aqui está o Meu servo»

Leituras

Miqueias 2,1-5.
Ai dos que planeiam a iniquidade, dos que maquinam o mal em seus leitos, e
o executam logo ao amanhecer do dia, porque têm o poder na sua mão!
Cobiçam as terras e apoderam-se delas, cobiçam as casas e roubam-nas; fazem
violência ao homem e à sua família, ao dono e à sua herança.
Por isso, assim fala o Senhor: «Tenho planeado um mal contra esta raça, do
qual não livrareis o pescoço. Não andareis mais com a cabeça erguida,
porque será tempo calamitoso.
Naquele dia será composta sobre vós uma sátira, e cantar-se-á uma elegia:
'Estamos perdidos completamente, a parte do meu povo passa a outros.
Ninguém a restituirá. Roubam e distribuem os nossos campos.'
Por isso, não terás ninguém que meça com cordel as porções, na assembleia
do Senhor.»


Salmos 9(9B),1-2.3-4.7-8.14.
SENHOR, porque te conservas à distância e te escondes nos tempos de
angústia?
No seu orgulho, o ímpio persegue o infeliz; que ele seja apanhado na cilada
que armou.
O pecador vangloria se da sua ambição; o ganancioso blasfema e despreza o
SENHOR.
O ímpio diz, na sua arrogância: "Ele não me castigará! Deus não existe!" É
só nisto que ele pensa.
A sua boca está cheia de maldição e mentira; na sua língua só há malícia e
maldade.
Põe-se de emboscada junto aos povoados e esconde se para matar o inocente;
os seus olhos espiam o infeliz.
Mas Tu vês a angústia e o pesar, observas tudo e tomas essa causa nas tuas
mãos. A ti se abandona confiadamente o pobre; Tu és o amparo do órfão.


Mateus 12,14-21.
Os fariseus, saindo dali, reuniram-se em conselho contra Jesus, a fim de o
matarem.
Quando soube disso, Jesus afastou-se dali. Muitos seguiram-no e Ele
curou-os a todos,
ordenando-lhes que o não dessem a conhecer.
Assim se cumpriu o que fora anunciado pelo profeta Isaías:
Aqui está o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se
deleita. Derramarei sobre Ele o meu espírito, e Ele anunciará a minha
vontade aos povos.
Não discutirá nem bradará, e ninguém ouvirá nas praças a sua voz.
Não há-de quebrar a cana fendida, nem apagar a mecha que fumega, até
conduzir a minha vontade à vitória.
E, no seu nome, hão-de esperar os povos!


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Comentário do Evangelho de João 32, 4; PG 14, 741-752 (a partir da trad. Evangile selon Jean, DDB 1985, p. 116)

«Aqui está o Meu servo»

No decurso de uma refeição, Jesus levantou-Se da mesa e despojou-Se das
Suas vestes, tomando a aparência de escravo, como demonstram estas
palavras: «tomou uma toalha e atou-a à cintura», para não ficar
completamente nu e para limpar os pés dos discípulos com as Suas próprias
vestes (Jo 13, 2-5). Vede a que ponto se baixa a grandeza e a glória do
Verbo feito carne; para lavar os pés dos Seus discípulos, «deitou água na
bacia».


«Abraão ergueu os olhos e viu três homens de pé em frente dele.
Imediatamente correu da entrada da tenda ao seu encontro, prostrou-se por
terra
e disse: «Meu Senhor, se mereci o teu favor, peço-te que não passes adiante
sem parar em casa do teu servo»» (Gn 18, 2-3). Mas Abraão não leva
pessoalmente a água e não declara que vai lavar os pés dos estrangeiros que
chegaram a casa dele, mas diz antes: «Permiti que se traga um pouco de água
para vos lavar os pés; e descansai debaixo desta árvore». Nem José trouxe
água para lavar os pés aos seus onze irmãos: foi o seu intendente que os
mandou entrar em casa e seguidamente «deram-lhes água para lavarem os pés»
(Gn 43, 24).


Mas Aquele que declarou que «o Filho do Homem não veio para ser servido,
mas para servir» (Mt 20, 28) e que disse, de pleno direito, «aprendei de
Mim, porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29), deitou
pessoalmente água na bacia. Sabia que ninguém, com excepção d'Ele, podia
lavar os pés aos discípulos de forma que essa purificação lhes permitisse
tomar parte com Ele. Penso que a água era uma palavra capaz de lavar os pés
aos discípulos, quando eles se aproximassem da bacia ali colocada para eles
por Jesus.




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