sábado, 7 de agosto de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 08 de Agosto de 2010
19º Domingo do Tempo Comum - Ano C

S. Domingos de Gusmão, presbítero, fundador, +1221



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cipriano : «Estai preparados»

Leituras

Sab. 18,6-9.
Aquela noite fora de antemão conhecida por nossos pais, para que, sabendo
em que promessas tinham acreditado, se sentissem encorajados.
Assim, era esperada pelo teu povo a salvação dos justos e a ruína dos
inimigos.
Com efeito, o que foi um castigo para os nossos adversários, tornou-se para
nós um título de glória, pois nos chamavas para ti.
Os piedosos, filhos dos justos, ofereciam sacrifícios secretos e, de comum
acordo, estabeleceram esta lei divina de que os santos partilhassem
igualmente seus bens e perigos. E logo entoaram os hinos dos pais.


Salmos 33,1.12.18-19.20-22.
Exultai, ó justos, no SENHOR; louvai o, rectos de coração.
Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR, o povo que Ele escolheu para sua
herança.
Os olhos do SENHOR velam pelos seus fiéis, por aqueles que esperam na sua
bondade,
para os libertar da morte e os manter vivos no tempo da fome.
A nossa alma espera no SENHOR; Ele é o nosso amparo e o nosso escudo.
Nele se alegra o nosso coração e em seu nome santo confiamos.
Venha sobre nós, SENHOR, o teu amor, pois depositamos em ti a nossa
confiança.


Heb. 11,1-2.8-19.
Ora a fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se
vêem.
Foi por ela que os antigos foram aprovados.
Pela fé, Abraão, ao ser chamado, obedeceu e partiu para um lugar que havia
de receber como herança e partiu sem saber para onde ia.
Pela fé, estabeleceu-se como estrangeiro na Terra Prometida, habitando em
tendas, tal como Isaac e Jacob, co-herdeiros da mesma promessa,
pois esperava a cidade bem alicerçada, cujo arquitecto e construtor é o
próprio Deus.
Pela fé, também Sara, apesar da sua avançada idade, recebeu a possibilidade
de conceber, porque considerou fiel aquele que lho tinha prometido.
Por isso, de um só homem, e já marcado pela morte, nasceu uma multidão tão
numerosa como as estrelas do céu e incontável como a areia da beira-mar.
Foi na fé que todos eles morreram, sem terem obtido os bens prometidos, mas
tendo-os somente visto e saudado de longe, confessando que eram
estrangeiros e peregrinos sobre a terra.
Ora, os que assim falam mostram que procuram uma pátria.
Se eles tivessem pensado naquela que tinham deixado, teriam tido
oportunidade de lá voltar;
mas agora eles aspiram a uma pátria melhor, isto é, à pátria celeste. Por
isso, Deus não se envergonha de ser chamado o «seu Deus», porque preparou
para eles uma cidade.
Pela fé, Abraão, quando foi posto à prova, ofereceu Isaac, e estava
preparado para oferecer o seu único filho, ele que tinha recebido as
promessas e
a quem tinha sido dito: Por meio de Isaac será assegurada a tua
descendência.
De facto, ele pensava que Deus tem até poder para ressuscitar os mortos;
por isso, numa espécie de prefiguração, recuperou o seu filho.


Lucas 12,32-48.
Não temais, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o
Reino.»
«Vendei os vossos bens e dai os de esmola. Arranjai bolsas que não
envelheçam, um tesouro inesgotável no Céu, onde o ladrão não chega e a
traça não rói.
Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.»
«Estejam apertados os vossos cintos e acesas as vossas lâmpadas.
Sede semelhantes aos homens que esperam o seu senhor ao voltar da boda,
para lhe abrirem a porta quando ele chegar e bater.
Felizes aqueles servos a quem o senhor, quando vier, encontrar vigilantes!
Em verdade vos digo: Vai cingir-se, mandará que se ponham à mesa e há-de
servi-los.
E, se vier pela meia-noite ou de madrugada, e assim os encontrar, felizes
serão eles.
Ficai a sabê-lo bem: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão,
não teria deixado arrombar a sua casa.
Estai preparados, vós também, porque o Filho do Homem chegará na hora em
que menos pensais.»
Pedro disse-lhe: «Senhor, é para nós que dizes essa parábola, ou é para
todos igualmente?»
O Senhor respondeu: «Quem será, pois, o administrador fiel e prudente a
quem o senhor pôs à frente do seu pessoal para lhe dar, a seu tempo, a
ração de trigo?
Feliz o servo a quem o senhor, quando vier, encontrar procedendo assim.
Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens.
Mas, se aquele administrador disser consigo mesmo: 'O meu senhor tarda em
vir' e começar a espancar servos e servas, a comer, a beber e a
embriagar-se,
o senhor daquele servo chegará no dia em que ele menos espera e a uma hora
que ele não sabe; então, pô-lo-á de parte, fazendo o partilhar da sorte dos
infiéis.
O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou e não agiu
conforme os seus desejos, será castigado com muitos açoites.
Aquele, porém, que, sem a conhecer, fez coisas dignas de açoites, apenas
receberá alguns. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito
foi confiado, muito será pedido.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cipriano (c. 200-258), Bispo de Cartago e mártir
Sobre a unidade, 26-27 (a partir da trad. de DDB 1979, p. 49 e AELF)

«Estai preparados»

Era no nosso tempo que o Senhor estava a pensar quando disse: «Quando o
Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?» (Lc 18, 8). Vemos
realizar-se esta profecia. Já não acreditamos no temor de Deus, nem na lei
da justiça, nem na caridade, nem nas boas obras. [...] Tudo aquilo que a
nossa consciência temia, porque acreditava, deixou de temer, porque já não
crê. Porque, se cresse, estaria vigilante; e, estando vigilante,
salvar-se-ia.


Despertemos pois, meus irmãos muito queridos, tanto quanto formos capazes.
Sacudamos o sono da nossa inércia. Velemos de forma a observar e a praticar
os preceitos do Senhor. Sejamos como Ele nos recomendou que fossemos quando
disse: «Estejam apertados os vossos cintos e acesas as vossas lâmpadas.
Sede semelhantes aos homens que esperam o seu senhor ao voltar da boda,
para lhe abrirem a porta quando ele chegar e bater. Felizes aqueles servos
a quem o senhor, quando vier, encontrar vigilantes!».


Sim, permaneçamos vigilantes, com receio de que venha o dia da nossa
partida e nos encontre tolhidos e empedernidos. Que a nossa luz brilhe e
irradie em boas obras, que ela nos encaminhe da noite deste mundo para a
luz e para a caridade eternas. Aguardemos com zelo e prudência a chegada
súbita do Senhor, a fim de que, quando Ele bater à porta, a nossa fé esteja
desperta para d'Ele receber a recompensa pela nossa vigilância. Se
observarmos estas ordens, se retivermos estes conselhos e estes preceitos,
as manhas enganosas do Acusador não conseguirão atingir-nos durante o sono.
Mas, reconhecidos como servos vigilantes, reinaremos com Cristo triunfador.





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