sábado, 14 de agosto de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 15 de Agosto de 2010
ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA - solenidade

Assunção de Nossa Senhora
Assunção de Nossa Senhora, Nossa Senhora da Abadia (ou do Bouro)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Bernardo : «Em Cristo, todos serão vivificados, cada qual na sua ordem» (1Cor 15, 22-23)

Leituras

Apoc. 11,19.12,1-6.10.
Depois, abriu-se no céu o santuário de Deus e apareceu a Arca da aliança. E
houve relâmpagos, estrondos, trovões, um tremor de terra e uma tempestade
de granizo.
Depois, apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de Sol, com a
Lua debaixo dos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça.
Estava grávida e gritava com as dores de parto e o tormento de dar à luz.
Apareceu ainda outro sinal no céu: era um grande dragão de fogo com sete
cabeças e dez chifres. Sobre as cabeças tinha sete coroas e,
com a sua cauda, varreu a terça parte das estrelas do céu e lançou-as à
terra. Depois colocou-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim
de lhe devorar o filho quando ele nascesse.
Ela deu à luz um filho varão. Ele é que há-de governar todas as nações com
ceptro de ferro. Mas o filho foi-lhe arrebatado para junto de Deus e do seu
trono.
E a Mulher fugiu para o deserto onde Deus lhe preparou um lugar, de modo a
não lhe faltar aí o alimento durante mil duzentos e sessenta dias.
Então ouvi uma voz forte no céu que aclamava: «Eis que chegou o tempo da
salvação, da força e da realeza do nosso Deus e do poder do seu Cristo!
Porque foi precipitado o Acusador dos nossos irmãos, o que os acusava
diante de Deus, dia e noite;


Salmos 45,10.11.12.16.
Entre as damas da tua corte há filhas de reis, à tua direita está a rainha
ornada com ouro de Ofir.
Filha, escuta, vê e presta atenção; esquece o teu povo e a casa do teu pai.
Porque o rei deixou se prender pela tua beleza; ele é agora o teu senhor:
presta lhe homenagem!
Avançam com alegria e júbilo e entram felizes no palácio real.


1 Cor. 15,20-26.
Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram.
Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem vem a
ressurreição dos mortos.
E, como todos morrem em Adão, assim em Cristo todos voltarão a receber a
vida.
Mas cada um na sua própria ordem: primeiro, Cristo; depois, aqueles que
pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda.
Depois, será o fim: quando Ele entregar o reino a Deus e Pai, depois de ter
destruído todo o principado, toda a dominação e poder.
Pois é necessário que Ele reine até que tenha colocado todos os inimigos
debaixo dos seus pés.
O último inimigo a ser destruído será a morte,


Lucas 1,39-56.
Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a
montanha, a uma cidade da Judeia.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no
seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito
é o fruto do teu ventre.
E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?
Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de
alegria no meu seio.
Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito
da parte do Senhor.»
Maria disse, então: «A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me
chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o
temem.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para
sempre.»
Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou a sua casa.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Bernardo (1091-1153), monge cistercense e Doutor da Igreja
1º Sermão para a Assunção (a partir da trad. Pain de Cîteaux 32, p. 63 rev.)

«Em Cristo, todos serão vivificados, cada qual na sua ordem» (1Cor 15, 22-23)

Hoje a Virgem Maria sobe, gloriosa, ao céu. É o cúmulo de alegria dos anjos
e dos santos. Com efeito, se uma simples palavra sua de saudação fez
exultar o menino que ainda estava no seio materno (Lc 1, 44), qual não terá
sido sido o regozijo dos anjos e dos santos, quando puderam ouvir a sua
voz, ver o seu rosto, e gozar da sua presença abençoada! E para nós, irmãos
bem-amados, que festa a da sua assunção gloriosa, que motivo de alegria e
que fonte de júbilo temos hoje! A presença de Maria ilumina o mundo
inteiro, a tal ponto resplandece o céu, irradiado pelo brilho desta Virgem
plenamente santa. Por conseguinte, é justificadamente que ecoa nos céus a
acção de graças e o louvor.


Ora [...], na medida em que o céu exulta da presença de Maria, não seria
razoável que o nosso mundo chorasse a sua ausência? Mas não, não nos
lastimemos, porque não temos aqui cidade permanente (Heb 13, 14), antes
procuramos aquela aonde a Virgem Maria chegou hoje. Se já estamos inscritos
no número de habitantes dessa cidade, convém que hoje nos lembremos dela
[...], compartilhemos a sua alegria, participemos nesta alegria que hoje
deleita a cidade de Deus; uma alegria que depois se espalha como o orvalho
sobre a nossa terra. Sim, Ela precedeu-nos, a nossa Rainha, precedeu-nos e
foi recebida com tanta glória que nós, seus humildes servos, podemos seguir
a nossa Rainha com toda confiança gritando [com a Esposa do Cântico dos
Cânticos]:


«Arrasta-me atrás de ti. Corramos ao odor dos teus perfumes!» (Ct 1, 3-4)
Viajantes sobre a terra, enviamos à frente a nossa advogada [...], a Mãe de
misericórdia, para defender eficazmente a nossa salvação.




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