terça-feira, 17 de agosto de 2010

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 18 de Agosto de 2010
Quarta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

Santo Alberto Hurtado Cruchaga, presbítero, +1952, Santa Helena, mãe do imperador Constantino, +328



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cirilo de Jerusalém : O homem da última hora

Leituras

Ezeq. 34,1-11.
Foi-me dirigida a palavra do SENHOR nestes termos:
"Filho de homem, profetiza contra os pastores de Israel, profetiza e diz a
esses pastores: Assim fala o Senhor DEUS: 'Ai dos pastores de Israel, que
se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar o rebanho?
Vós, porém, bebestes o leite, vestistes-vos com a sua lã, matastes as rezes
mais gordas e não apascentastes as ovelhas.
Não tratastes das que eram fracas, não cuidastes da que estava doente, não
curastes a que estava ferida; não reconduzistes a transviada; não
procurastes a que se tinha perdido; mas a todas tratastes com violência e
dureza.
Por isso, à falta de pastor, elas dispersaram-se e, na sua debandada,
tornaram-se a presa de todos os animais dos campos.
As minhas ovelhas vagueiam por toda a parte, pelas montanhas e pelas
colinas elevadas; o meu rebanho anda disperso por sobre toda a superfície
do país; ninguém se preocupa nem as vai procurar.'
Por isso, pastores, ouvi a palavra do SENHOR:
'Pela minha vida - oráculo do Senhor DEUS: porque as minhas ovelhas ficaram
entregues à pilhagem e se tornaram a presa de todos os animais dos campos,
por falta de pastor; porque os meus pastores não se preocupam com o meu
rebanho, porque eles se apascentam a si mesmos e não apascentam o meu
rebanho'
por isso, pastores, ouvi a palavra do SENHOR.
Assim fala o Senhor DEUS: 'Aqui estou Eu contra os pastores! Vou tirar as
minhas ovelhas das suas mãos, e não permitirei que apascentem mais as
minhas ovelhas; e eles não se apascentarão mais a si mesmos. Da sua boca
arrancarei as minhas ovelhas, e elas nunca mais serão uma presa para
eles.'"
Porque assim fala o Senhor DEUS: "Eis que Eu mesmo cuidarei das minhas
ovelhas e me interessarei por elas.


Salmos 23(22),1-3.4.5.6.
O SENHOR é meu pastor: nada me falta.
Em verdes prados me faz descansar e conduz me às águas refrescantes.
Reconforta a minha alma e guia me por caminhos rectos, por amor do seu
nome.
Ainda que atravesse vales tenebrosos, de nenhum mal terei medo porque Tu
estás comigo. A tua vara e o teu cajado dão me confiança.
Preparas a mesa para mim à vista dos meus inimigos; ungiste com óleo a
minha cabeça; a minha taça transbordou.
Na verdade, a tua bondade e o teu amor hão de acompanhar me todos os dias
da minha vida, e habitarei na casa do SENHOR para todo o sempre.


Mateus 20,1-16.
«Com efeito, o Reino do Céu é semelhante a um proprietário que saiu ao
romper da manhã, a fim de contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para a sua vinha.
Saiu depois pelas nove horas, viu outros na praça, que estavam sem
trabalho,
e disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha e tereis o salário que for
justo.'
E eles foram. Saiu de novo por volta do meio-dia e das três da tarde, e fez
o mesmo.
Saindo pelas cinco da tarde, encontrou ainda outros que ali estavam e
disse-lhes: 'Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?'
Responderam-lhe: 'É que ninguém nos contratou.' Ele disse-lhes: 'Ide também
para a minha vinha.'
Ao entardecer, o dono da vinha disse ao capataz: 'Chama os trabalhadores e
paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros.'
Vieram os das cinco da tarde e receberam um denário cada um.
Vieram, por seu turno, os primeiros e julgaram que iam receber mais, mas
receberam, também eles, um denário cada um.
Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário,
dizendo:
'Estes últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós,
que suportámos o cansaço do dia e o seu calor.'
O proprietário respondeu a um deles: 'Em nada te prejudico, meu amigo. Não
foi um denário que nós ajustámos?
Leva, então, o que te é devido e segue o teu caminho, pois eu quero dar a
este último tanto como a ti.
Ou não me será permitido dispor dos meus bens como eu entender? Será que
tens inveja por eu ser bom?'
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos.
Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cirilo de Jerusalém (313-350), Bispo de Jerusalém e Doutor da Igreja.
Catequese Baptismal, 13 (a partir da trad. Bouvet, Soleil Levant 1962, pp. 285ss. rev.)

O homem da última hora

Um dos ladrões que tinham sido crucificados com Jesus exclamou: «Senhor,
lembra-Te de mim! Agora, é para Ti que me volto. [...] Não te declaro as
minhas obras, porque me fazem tremer. Todos os homens têm boas disposições
relativamente aos companheiros de jornada, e eis que eu sou Teu companheiro
na jornada para a morte. Lembra-Te de mim, Teu companheiro de jornada, não
agora, mas quando chegares ao Teu Reino (cf. Lc 23, 42).Que poder foi esse que te iluminou, bom ladrão? Quem te ensinou a adorar
assim Aquele que fora desprezado e crucificado contigo? Ó luz eterna, que
iluminas os que se encontram nas trevas (cf. Lc 1, 79)! «Tem coragem! Em
verdade te digo, hoje mesmo estarás Comigo no Paraíso, porque hoje ouviste
a Minha voz e não endureceste o coração» (cf. Sl 94, 8). Por ter
desobedecido, Adão foi expulso do Paraíso. [...] Mas tu, que hoje
obedeceste à fé, serás salvo. Para Adão, a árvore foi ocasião de queda; a
ti, a árvore far-te-á entrar no Paraíso.Ó graça imensa e
inexprimível! Abraão, o fiel por excelência, ainda não tinha entrado, e o
ladrão entra. Maravilhado, Paulo observa: «Onde abundou o pecado,
superabundou a graça» (Rom 5, 20). Aqueles que tinham trabalhado todo o dia
ainda não tinham entrado no Reino, e este, o homem da última hora, entra
sem tardar. Que ninguém murmure contra o senhor: «Em nada te prejudico, meu
amigo. [...] Ou não me será permitido dispor dos meus bens como entender?»
O ladrão quer ser justo [...], por mim, contento-me com a fé de que ele deu
provas. [...] Eu, o pastor, encontrei a ovelha perdida e pu-la aos ombros
(cf. Lc 15, 5), porque ela me disse: «Errei, mas lembra-te de mim, Senhor,
quando chegares ao Teu Reino.»




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