quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 20 de Agosto de 2010
Sexta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

S. Bernardo de Claraval, abade, Doutor da Igreja, +1153



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : «Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas»

Leituras

Ezeq. 37,1-14.
A mão do SENHOR desceu sobre mim; então, conduziu-me em espírito e
colocou-me no meio de um vale que estava cheio de ossos.
Fez-me passar junto deles, à sua volta, e eis que eles eram muitos sobre o
solo do vale; e estavam completamente ressequidos.
O Senhor disse-me: "Filho de homem, estes ossos poderão voltar à vida?" Eu
respondi: "Senhor DEUS, só Tu o sabes."
Ele disse-me: "Profetiza sobre estes ossos e diz-lhes: Ossos ressequidos,
ouvi a palavra do SENHOR.
Assim fala o Senhor DEUS a estes ossos: Eis que vou introduzir em vós o
sopro da vida para que revivais.
Dar-vos-ei nervos, farei crescer a carne que revestirei de pele e depois
dar-vos-ei o sopro da vida, para que revivais. Sabereis assim, que Eu sou o
SENHOR."
Profetizei, segundo a ordem recebida. E aconteceu que, enquanto eu
profetizava, ouviu-se um ruído, depois um tumulto ensurdecedor; entretanto,
os ossos iam-se juntando uns aos outros.
Olhei e eis que se formavam nervos, a carne crescia, e a pele cobria-os por
cima; mas neles não havia espírito.
Então, Ele disse-me: "Profetiza! Profetiza, filho de homem, e diz ao
espírito: Assim fala o Senhor DEUS: 'Espírito, vem dos quatro ventos, sopra
sobre estes mortos, para que eles recuperem a vida'."
Profetizei como me era ordenado e, imediatamente, o espírito penetrou
neles. Retomando a vida, endireitaram-se sobre os pés; era um exército
muito numeroso.
Ele disse-me: "Filho de homem, esses ossos são toda a casa de Israel. Eles
dizem: 'Os nossos ossos estão completamente ressequidos, a nossa esperança
desvaneceu-se; ficámos reduzidos a isto.'
Profetiza, por conseguinte, e diz-lhes: Assim fala o Senhor DEUS: Eis que
abrirei as vossas sepulturas e vos farei sair delas, meu povo, e vos
reconduzirei à terra de Israel.
Então, reconhecereis que Eu sou o Senhor DEUS, quando abrir as vossas
sepulturas e vos fizer sair delas, ó meu povo.
Introduzirei em vós o meu espírito e vivereis; estabelecer-vos-ei na vossa
terra. Então, reconhecereis que Eu, o SENHOR, falei e agi" -oráculo do
SENHOR.


Salmos 107(106),2-3.4-5.6-7.8-9.
Digam-no aqueles que o SENHOR resgatou, os que Ele libertou do poder do
inimigo
fez regressar de todas as terras, do Oriente e do Ocidente, do Norte e do
Sul.
Andaram errantes pelo deserto e pela solidão, sem encontrar caminho para
uma cidade onde habitar.
Tinham fome e sede e já se sentiam desfalecer.
Mas, na sua angústia, clamaram ao SENHOR e Ele livrou-os das suas aflições.

Conduziu-os depois por um caminho seguro, que levava a uma cidade onde
podiam habitar.
Dêem graças ao SENHOR, pelo seu amor e pelas suas maravilhas em favor dos
homens.
Pois Ele deu de beber aos que tinham sede, e matou a fome aos famintos.


Mateus 22,34-40.
Constando-lhes que Jesus reduzira os saduceus ao silêncio, os fariseus
reuniram-se em grupo.
E um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar:
«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?»
Jesus disse lhe: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com
toda a tua alma e com toda a tua mente.
Este é o maior e o primeiro mandamento.
O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Encíclica «Deus caritas est», § 18 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas»

A necessária interacção entre o amor a Deus e o amor ao próximo [...]. Se
na minha vida falta totalmente o contacto com Deus, posso ver no outro
sempre e apenas o outro, e não consigo reconhecer nele a imagem divina.
Mas, se na minha vida negligencio completamente a atenção ao outro,
importando-me apenas ser «piedoso» e cumprir os meus «deveres religiosos»,
então definha também a relação com Deus. Neste caso, trata-se duma relação
«correcta», mas sem amor. Só a minha disponibilidade para ir ao encontro do
próximo e demonstrar-lhe amor me torna sensível também diante de Deus. Só o
serviço ao próximo abre os meus olhos para aquilo que Deus faz por mim e
para o modo como Ele me ama. Os Santos — pensemos, por
exemplo, na Beata Teresa de Calcutá — hauriram a sua capacidade de amar o
próximo, de modo sempre renovado, do seu encontro com o Senhor eucarístico,
e vice-versa, este encontro ganhou o seu realismo e profundidade
precisamente no serviço deles aos outros. Amor a Deus e
amor ao próximo são inseparáveis, constituem um único mandamento. Mas,
ambos vivem do amor preveniente com que Deus nos amou primeiro. Deste modo,
já não se trata de um «mandamento» que do exterior nos impõe o impossível,
mas de uma experiência do amor proporcionada do interior, um amor que, por
sua natureza, deve ser ulteriormente comunicado aos outros. O amor cresce
através do amor. O amor é «divino», porque vem de Deus e nos une a Deus, e,
através deste processo unificador, nos transforma em um Nós, que supera as
nossas divisões e nos faz ser um só, até que, no fim, Deus seja «tudo em
todos» (1 Cor 15, 28).




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