domingo, 29 de agosto de 2010

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 30 de Agosto de 2010
Segunda-feira da 22ª semana do Tempo Comum

Beata Joana Jugan, religiosa, +1879, Santa Tecla, virgem, mártir, séc. I



Comentário ao Evangelho do dia feito por
João Paulo II : «Cumpriu-se hoje»

Leituras

1 Cor. 2,1-5.
Eu mesmo, quando fui ter convosco, irmãos, não me apresentei com o
prestígio da linguagem ou da sabedoria, para vos anunciar o mistério de
Deus.
Julguei não dever saber outra coisa entre vós a não ser Jesus Cristo, e
este, crucificado.
Estive no meio de vós cheio de fraqueza, de receio e de grande temor.
A minha palavra e a minha pregação nada tinham dos argumentos persuasivos
da sabedoria humana, mas eram uma demonstração do poder do Espírito,
para que a vossa fé não se baseasse na sabedoria dos homens, mas no poder
de Deus.


Salmos 119,97.98.99.100.101.102.
Quanto amo, SENHOR, a tua lei! Nela medito todos os dias.
Fizeste-me mais sábio do que os meus inimigos, porque os teus mandamentos
estão sempre comigo.
Tornei-me mais sábio do que todos os mestres, porque medito sempre nos teus
preceitos.
Entendo mais do que os anciãos, porque cumpro as tuas instruções.
Desviei os meus pés de todo o mau caminho para obedecer às tuas palavras.
Não me tenho desviado das tuas sentenças, pois és Tu quem me ensina.


Lucas 4,16-30.
Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia
de sábado na sinagoga e levantou-se para ler.
Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a
passagem em que está escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a
Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos
cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos,
a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.»
Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os
que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura,
que acabais de ouvir.»
Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam com as palavras repletas
de graça que saíam da sua boca. Diziam: «Não é este o filho de José?»
Disse-lhes, então: «Certamente, ides citar-me o provérbio: 'Médico, cura-te
a ti mesmo.' Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaúm, fá-lo
também aqui na tua terra.»
Acrescentou, depois: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na
sua pátria.
Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de
Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma
grande fome em toda a terra;
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que
vivia em Sarepta de Sídon.
Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum
deles foi purificado senão o sírio Naaman.»
Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor.
E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte
sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali
abaixo.
Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

João Paulo II
Carta apostólica «Novo Millenio Inuente», § 4 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

«Cumpriu-se hoje»

«Graças Te damos, Senhor, Deus Todo-poderoso» (Ap 11, 17). [...] Penso,
antes de mais, na dimensão do louvor. Realmente é daqui que parte toda a
autêntica resposta de fé à revelação de Deus em Cristo. O cristianismo é
graça, é a surpresa de um Deus que, não satisfeito com criar o mundo e o
homem, saiu ao encontro da Sua criatura e, depois de ter falado muitas
vezes e de diversos modos pelos profetas, «falou-nos agora, nestes últimos
tempos, pelo Filho» (Heb 1, 1-2). Agora! Sim, o Jubileu fez-nos
sentir que passaram dois mil anos de história sem se atenuar a pujança
daquele «hoje» referido pelos anjos, quando anunciaram aos pastores o
acontecimento maravilhoso do nascimento de Jesus em Belém: «Hoje, na cidade
de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias, Senhor» (Lc 2, 11).
Passaram dois mil anos, mas permanece viva como nunca a proclamação que
Jesus fez da Sua missão aos conterrâneos na sinagoga de Nazaré, deixando-os
atónitos ao aplicar a Si próprio a profecia de Isaías: «Cumpriu-se hoje
esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir» (Lc 4, 21). Passaram dois
mil anos, mas volta sempre, cheio de consolação para os pecadores
necessitados de misericórdia — e quem não o é? –, aquele «hoje» da salvação
que, na Cruz, abriu as portas do Reino de Deus ao ladrão arrependido: «Em
verdade te digo: hoje estarás Comigo no Paraíso» (Lc 23, 43).




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