terça-feira, 31 de agosto de 2010

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 01 de Setembro de 2010
Quarta-feira da 22ª semana do Tempo Comum

Santa Beatriz da Silva, virgem, fundadora. +1490



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Cardeal Joseph Ratzinger : «Retirou-Se para um lugar solitário.»

Leituras

1 Cor. 3,1-9.
Quanto a mim, irmãos, não pude falar-vos como a simples homens espirituais,
mas como a homens carnais, como a criancinhas em Cristo.
Foi leite que vos dei a beber e não alimento sólido, que ainda não podíeis
suportar. Nem mesmo agora podeis, visto que sois ainda carnais.
Pois se há entre vós rivalidades e contendas, não é porque sois carnais e
procedeis de modo meramente humano?
Quando um diz: «Eu sou de Paulo»; e outro: «Eu sou de Apolo», não estais a
proceder como simples homens?
Pois, quem é Apolo? Quem é Paulo? Simples servos, por cujo intermédio
abraçastes a fé, e cada um actuou segundo a medida que o Senhor lhe
concedeu.
Eu plantei, Apolo regou, mas foi Deus quem deu o crescimento.
Assim, nem o que planta nem o que rega é alguma coisa, mas só Deus, que faz
crescer.
Tanto o que planta como o que rega formam um só, e cada um receberá a
recompensa, conforme o seu próprio trabalho.
Pois, nós somos cooperadores de Deus, e vós sois o seu terreno de cultivo,
o edifício de Deus.


Salmos 33(32),12-13.14-15.20-21.
Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR, o povo que Ele escolheu para sua
herança.
Do céu, o SENHOR contempla e vê toda a humanidade;
do trono em que está sentado, observa todos os habitantes da terra.
Ele formou o coração de cada homem e discerne todas as suas obras.
A nossa alma espera no SENHOR; Ele é o nosso amparo e o nosso escudo.
Nele se alegra o nosso coração e em seu nome santo confiamos.


Lucas 4,38-44.
Deixando a sinagoga, Jesus entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava
com muita febre, e intercederam junto dele em seu favor.
Inclinando-se sobre ela, ordenou à febre e esta deixou-a; ela erguendo-se,
começou imediatamente a servi-los.
Ao pôr-do-sol, todos quantos tinham doentes, com diversas enfermidades,
levavam-lhos; e Ele, impondo as mãos a cada um deles, curava-os.
Também de muitos saíam demónios, que gritavam e diziam: «Tu és o Filho de
Deus!» Mas Ele repreendia-os e não os deixava falar, porque sabiam que Ele
era o Messias.
Ao romper do dia, saiu e retirou-se para um lugar solitário. As multidões
procuravam-no e, ao chegarem junto dele, tentavam retê-lo, para que não se
afastasse delas.
Mas Ele disse-lhes: «Tenho de anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também
às outras cidades, pois para isso é que fui enviado.»
E pregava nas sinagogas da Judeia.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI)
Retiro pregado no Vaticano, 1983 (a partir da trad. Le Ressuscité, DDB 1986, p.10)

«Retirou-Se para um lugar solitário.»

O deserto é o lugar do silêncio e da solidão, onde a pessoa se distancia do
quotidiano, onde escapa ao ruído e à superficialidade. O deserto é o lugar
do absoluto, o lugar da liberdade, onde o homem se confronta com as suas
necessidades mais radicais. Não foi por acaso que o monoteísmo nasceu no
deserto. Neste sentido, trata-se do domínio da graça; vazio de
preocupações, é no deserto que o homem encontra Deus.As
grandes coisas começam no deserto, no silêncio, na pobreza. Nem sequer
poderíamos participar na missão do Evangelho sem entrarmos nesta
experiência do deserto, do seu despojamento, da sua fome; a fome
bem-aventurada de que o Senhor fala no Sermão da Montanha (Mt 5, 6) não
nasce da saciedade dos fartos.E não esqueçamos que o
deserto de Jesus não termina com os quarenta dias que se seguiram ao
baptismo. O Seu último deserto será o do Salmo 21: «Meu Deus, meu Deus, por
que Me abandonaste?» Será deste deserto que brotarão as águas da vida do
mundo.




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