segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 05 de Outubro de 2010
Terça-feira da 27 semana do Tempo Comum

Santa Faustina, religiosa, +1935, S. Benedito, o Negro, confessor, +1589, Beato Alberto Marvelli, leigo, +1946



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurada Isabel da Trindade : «Maria, sentada aos pés do Senhor, escutava a Sua palavra»

Leituras

Gálatas 1,13-24.
Ouvistes falar do meu procedimento outrora no judaísmo: com que excesso
perseguia a Igreja de Deus e procurava devastá-la;
e no judaísmo ultrapassava a muitos dos compatriotas da minha idade, tão
zeloso eu era das tradições dos meus pais.
Mas, quando aprouve a Deus – que me escolheu desde o seio de minha mãe e me
chamou pela sua graça –
revelar o seu Filho em mim, para que o anuncie como Evangelho entre os
gentios, não fui logo consultar criatura humana alguma,
nem subi a Jerusalém para ir ter com os que se tornaram Apóstolos antes de
mim. Parti, sim, para a Arábia e voltei outra vez a Damasco.
A seguir, passados três anos, subi a Jerusalém, para conhecer a Cefas, e
fiquei com ele durante quinze dias.
Mas não vi nenhum outro Apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor.
O que vos escrevo, digo-o diante de Deus: não estou a mentir.
Seguidamente, fui para as regiões da Síria e da Cilícia.
Mas não era pessoalmente conhecido das igrejas de Cristo que estão na
Judeia.
Apenas tinham ouvido dizer: «Aquele que nos perseguia outrora, anuncia
agora, como Evangelho, a fé que então devastava.»
E, por causa de mim, glorificavam a Deus.


Salmos 139(138),1-3.13-14.15.
SENHOR, Tu examinaste-me e conheces-me,
sabes quando me sento e quando me levanto; à distância conheces os meus
pensamentos.
Vês-me quando caminho e quando descanso; estás atento a todos os meus
passos.
Tu modelaste as entranhas do meu ser e formaste-me no seio de minha mãe.
Dou-te graças por tão espantosas maravilhas; admiráveis são as tuas obras.
Quando os meus ossos estavam a ser formados, e eu, em segredo, me
desenvolvia, tecido nas profundezas da terra, nada disso te era oculto.


Lucas 10,38-42.
Continuando o seu caminho, Jesus entrou numa aldeia. E uma mulher, de nome
Marta, recebeu-o em sua casa.
Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor,
escutava a sua palavra.
Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços; e, aproximando-se,
disse: «Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir?
Diz-lhe, pois, que me venha ajudar.»
O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com
muitas coisas;
mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será
tirada.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurada Isabel da Trindade (1880-1906), carmelita
Último retiro, 10º – 11º dias (OC, Cerf 1991, pp.173ss.)

«Maria, sentada aos pés do Senhor, escutava a Sua palavra»

Para que nada me tire do belo silêncio interior, [manterei] sempre a mesma
condição, o mesmo isolamento, o mesmo distanciamento, o mesmo despojamento.
Se os meus desejos, os meus medos, as minhas alegrias ou as minhas dores
[...] não estiverem perfeitamente ordenados para Deus, não estarei sozinha
e haverá ruído em mim; por isso, é preciso serenidade, «repouso das
potências», concentração do ser. «Filha, escuta, vê e presta atenção;
esquece o teu povo e a casa do teu pai. Porque o rei deixou-se prender pela
tua beleza» [Sl 45 (44), 11-12]. [...] Esquecer o próprio povo parece-me
difícil; porque aqui «povo» é todo este mundo, que faz, por assim dizer,
parte de nós mesmos: é a sensibilidade, são as memórias, as impressões,
etc. [...] Quando a alma faz essa ruptura, quando se liberta de tudo isso,
o Rei fica prisioneiro da sua beleza. [...]


Vendo o belo silêncio que reina na Sua criatura e considerando que está
absolutamente recolhida [...], o Criador fá-la passar por esta solidão
imensa, infinita, [retira-a] para esse «lugar seguro» cantado pelo profeta
[Sl 18 (17), 20] e que outra coisa não é se não Ele próprio. [...] «Ao
deserto a conduzirei, para lhe falar ao coração» (Os 2, 16). Ei-la, a alma
entrada nessa vasta solidão em que Deus Se fará ouvir! São Paulo diz: «A
palavra de Deus é viva, eficaz e mais afiada que uma espada de dois gumes;
penetra até à divisão da alma e do corpo, das articulações e das medulas»
(Heb 4, 12). Portanto, será ela quem directamente completará o trabalho do
despojamento na alma. [...]


Mas não é suficiente ouvir a palavra, é necessário guardá-la! (Jo 14, 23) E
é guardando-a que a alma será «consagrada na verdade» (Jo 17, 17); é esse o
desejo do Mestre [...]: não prometeu Ele àquele que guarda a Sua palavra
que: «meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada»? (Jo 14,
23) É toda a Trindade que habita na alma que a ama verdadeiramente, ou
seja, que guarda a Sua palavra.




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