quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 04 de Novembro de 2010
Quinta-feira da 31ª semana do Tempo Comum

S. Carlos Borromeu, bispo, +1584



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Isaac de l'Étoile : «Alegrai-vos comigo porque encontrei a minha ovelha perdida»

Leituras

Filip. 3,3-8.
Porque nós é que somos pela circuncisão: nós, os que prestamos culto pelo
Espírito de Deus, nos gloriamos em Cristo Jesus e não confiamos na carne –
ainda que eu tenha razões para, também eu, pôr a confiança precisamente nos
méritos humanos. Se qualquer outro julga poder confiar nesses méritos, eu
posso muito mais:
circuncidado ao oitavo dia, sou da raça de Israel, da tribo de Benjamim, um
hebreu descendente de hebreus; no que toca à Lei, fui fariseu;
no que toca ao zelo, perseguidor da Igreja; no que toca à justiça – a que
se procura na lei – irrepreensível.
Mas, tudo quanto para mim era ganho, isso mesmo considerei perda por causa
de Cristo.
Sim, considero que tudo isso foi mesmo uma perda, por causa da maravilha
que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor: por causa dele, tudo
perdi e considero esterco, a fim de ganhar a Cristo


Salmos 105(104),2-3.4-5.6-7.
Cantai-lhe hinos e salmos, proclamai as suas maravilhas.
Orgulhai-vos do seu nome santo; alegre-se o coração dos que procuram o
SENHOR.
Recorrei ao SENHOR e ao seu poder e buscai sempre a sua face.
Recordai as maravilhas que Ele fez, os seus prodígios e as sentenças da sua
boca,
vós, descendentes de Abraão, seu servo, filhos de Jacob, seu escolhido.
Ele é o SENHOR, nosso Deus, e governa sobre a terra!


Lucas 15,1-10.
Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores para o
ouvirem.
Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este
acolhe os pecadores e come com eles.»
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola:
«Qual é o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma
delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se
tinha perdido, até a encontrar?
Ao encontrá-la, põe na alegremente aos ombros
e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos e diz-lhes: 'Alegrai-vos
comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida.'
Digo-vos Eu: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte,
do que por noventa e nove justos que não necessitam de conversão.»
«Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perde uma, não acende a
candeia, não varre a casa e não procura cuidadosamente até a encontrar?
E, ao encontrá-la, convoca as amigas e vizinhas e diz: 'Alegrai-vos comigo,
porque encontrei a dracma perdida.'
Digo-vos: Assim há alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se
converte.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Isaac de l'Étoile (?-c. 1171), monge cisterciense
Sermão 35; 2º Domingo da Quaresma (a partir da trad. SC 207, p. 259)

«Alegrai-vos comigo porque encontrei a minha ovelha perdida»

Quando chegou o tempo da misericórdia (Sl 101, 14), o Bom Pastor desceu de
junto do Pai [...] como estava prometido desde sempre. Ele veio buscar a
única ovelha que se tinha perdido. Prometido a ela desde sempre, para ela
foi enviado no tempo; para ela nasceu e foi dado, eternamente predestinado
a ela. Ela é única, saída simultaneamente dos judeus e das nações [...],
presente em todos os povos [...]; ela é única no seu mistério, múltipla nas
pessoas, múltipla pela carne segundo a natureza, única pelo Espírito
segundo a graça – em suma, uma única ovelha e uma multidão numerosa.
[...]


Ora, aqueles que este pastor reconhece como Seus, «ninguém lhos pode
arrancar das mãos» (Jo 10, 28). Pois não se pode forçar o verdadeiro poder,
enganar a sensatez, destruir a caridade. É por isso que Ele fala com
segurança e diz [...]: «Daquelas que Me deste, Pai, não perdi nenhuma» (Jo
18, 9). [...]


Ele foi enviado como verdade para os iludidos, como caminho para os
extraviados, como vida para os que estavam mortos, como sensatez para os
insensatos, como remédio para os doentes, como resgate para os cativos e
como alimento para os que morriam de fome. Para todos estes, pode dizer-se
que Ele foi enviado «às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 15, 24),
para que elas não ficassem perdidas para todo o sempre. Ele foi enviado
como uma alma a um corpo inerte, para que, quando da Sua vinda, os membros
aqueçam e tornem a viver com uma vida nova, sobrenatural e divina: é a
primeira ressurreição (Ap 20, 5). Ele pode então declarar: «Chegou a hora
em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e aqueles que a ouvirem
viverão» (Jo 5, 25). E pode então dizer das Suas ovelhas: «Elas ouvirão a
Minha voz e seguir-Me-ão» (Jo 10, 4-5).




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