sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 06 de Novembro de 2010
Sábado da 31a semana do Tempo Comum

São Nuno de Santa Maria (Santo Condestável), guerreiro, religioso, +1431



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gaudêncio de Brescia : «Arranjai amigos com o dinheiro desonesto»

Leituras

Filip. 4,10-19.
É grande a alegria que sinto no Senhor por, finalmente, terdes feito com
que desabrochasse o vosso amor por mim. É que tínheis o interesse, mas
faltava a oportunidade.
Não falo assim por me sentir carecido. Pois, no meu caso, aprendi a ser
autónomo nas situações em que me encontre.
Sei passar por privações, sei viver na abundância. Em toda e qualquer
situação, estou preparado para me saciar e passar fome, para viver na
abundância e sofrer carências.
De tudo sou capaz naquele que me dá força.
Entretanto, fizestes bem em tomar parte na minha tribulação.
Vós bem o sabeis, filipenses: no início da pregação do Evangelho, quando
saí da Macedónia, nenhuma outra igreja esteve em comunhão comigo na permuta
de dar e receber, a não ser apenas vós:
em Tessalónica e por duas vezes me enviastes socorro para as minhas
necessidades.
Não é que eu esteja à procura de donativos; o que procuro, sim, é que
aumente o produto, que está registado na vossa conta.
Sim, tudo recebi em abundância. Estou plenamente fornecido, depois de
receber de Epafrodito o que veio da vossa parte: um odor perfumado, um
sacrifício que Deus aceita e lhe é agradável.
E o meu Deus há-de compensar-vos plenamente em todas as necessidades,
segundo a sua riqueza, na glória que se tem em Cristo Jesus.


Salmos 112(111),1-2.5-6.8.9.
Feliz o homem que teme o SENHOR e se compraz nos seus mandamentos.
sua descendência será poderosa sobre a terra, e bendita, a geração dos
justos.
Feliz o homem que se compadece e empresta e administra os seus bens com
justiça.
Este jamais sucumbirá. O justo deixará memória eterna.
seu coração está firme; por isso nada teme e verá os seus opressores
confundidos.
Reparte do que é seu com os pobres; a sua generosidade subsistirá para
sempre e o seu poder crescerá em glória.


Lucas 16,9-15.
«E Eu digo-vos: Arranjai amigos com o dinheiro desonesto, para que, quando
este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas.
Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é infiel no pouco
também é infiel no muito.
Se, pois, não fostes fiéis no que toca ao dinheiro desonesto, quem vos
há-de confiar o verdadeiro bem?
E, se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?
Nenhum servo pode servir a dois senhores; ou há-de aborrecer a um e amar o
outro, ou dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e
ao dinheiro.»
Os fariseus, como eram avarentos, ouviam as suas palavras e troçavam dele.
Jesus disse-lhes: «Vós pretendeis passar por justos aos olhos dos homens,
mas Deus conhece os vossos corações. Porque o que os homens têm por muito
elevado é abominável aos olhos de Deus.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gaudêncio de Brescia (?-depois de 406), bispo
Sermão 18; PL 20, 973-975 (a partir da trad. de Delhougne, Les Pères commentent, p. 442)

«Arranjai amigos com o dinheiro desonesto»

Esses amigos que nos obterão a salvação são evidentemente os pobres porque,
segundo a palavra de Cristo, será Ele mesmo, autor da recompensa eterna, a
colher neles os serviços que a nossa caridade lhes tiver prestado. Desde
logo os pobres acolher-nos-ão bem, não em seu próprio nome mas em nome
d'Aquele que neles prova o fruto refrescante da nossa obediência e da nossa
fé. Aqueles que conseguem realizar esse serviço de amor serão recebidos nas
moradas eternas do Reino dos céus, visto que Cristo lhes dirá: «Vinde,
benditos de Meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado
desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer, tive sede
e destes-Me de beber» (Mt 25, 34). [...]


E, por fim, o Senhor acrescenta: «Se não fordes dignos de confiança nos
bens dos outros, quem vos confiará o que é vosso?» Com efeito, nada do que
existe neste mundo nos pertence verdadeiramente. Porque nós, que esperamos
a recompensa futura, somos convidados a conduzir-nos na terra como hóspedes
e como peregrinos, para que possamos dizer ao Senhor com segurança: «Diante
de Ti sou como um estrangeiro, um hóspede, como os meus antepassados» [Sl
39 (38), 13].


Mas os bens eternos pertencem realmente aos crentes. Estão no céu, onde
sabemos que estão «o nosso tesouro e o nosso coração» (Mt 6, 21), e onde –
é nossa íntima convicção – vivemos desde já pela fé. Porque, de acordo com
o ensinamento de São Paulo, «a cidade a que pertencemos está nos céus» (Fl
3, 20).




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org