quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 18 de Novembro de 2010
Dedicação das Basílicas de S. Pedro e S. Paulo

Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo, Beato Domingos Jorge, leigo, mártir, +1619



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Origines : «Tu és, realmente, o Filho de Deus!»

Leituras

Actos 28,11-16.30-31.
Volvidos três meses, tomámos um barco de Alexandria com o emblema dos
Dióscoros, que tinha passado o Inverno na ilha.
Aportámos a Siracusa, onde ficámos três dias
e, de lá, contornando a costa, chegámos a Régio. No dia imediato,
levantou-se o vento sul e, em dois dias, alcançámos Putéolos,
onde encontrámos irmãos, que nos convidaram a passar sete dias com eles. E
assim é que fomos para Roma.
Os irmãos desta cidade, prevenidos da nossa chegada, vieram ao nosso
encontro até Foro de Ápio e Três Tabernas. Paulo, ao vê-los, deu graças a
Deus e cobrou ânimo.
Quando entrámos em Roma, Paulo foi autorizado a ficar em alojamento próprio
com o soldado que o guardava.
Paulo permaneceu dois anos inteiros no alojamento que alugara, onde recebia
todos os que iam procurá-lo,
anunciando o Reino de Deus e ensinando o que diz respeito ao Senhor Jesus
Cristo, com o maior desassombro e sem impedimento.


Salmos 98(97),1-6.
Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque Ele fez maravilhas! A sua mão
direita e o seu santo braço lhe deram a vitória.
O SENHOR anunciou a sua vitória, revelou aos povos a sua justiça.
Lembrou se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel.
Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus.
Aclamai o SENHOR, terra inteira, exultai de alegria e cantai.
Cantai hinos ao SENHOR, ao som da harpa, ao som da harpa e da lira;
ao som de cornetins e trombetas, aclamai o nosso rei e SENHOR.


Mateus 14,22-33.
Depois, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra
margem, enquanto Ele despedia as multidões.
Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a
noite, estava ali só.
O barco encontrava-se já a várias centenas de metros da terra, açoitado
pelas ondas, pois o vento era contrário.
De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram:
«É um fantasma!» E gritaram com medo.
No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranquilizai-vos! Sou Eu!
Não temais!»
Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as
águas.»
«Vem» disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas
para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo,
gritou: «Salva-me, Senhor!»
Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de
pouca fé, porque duvidaste?»
E, quando entraram no barco, o vento amainou.
Os que se encontravam no barco prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu
és, realmente, o Filho de Deus!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Origines (c. 185-253), presbítero e teólogo
Comentário ao Evangelho segundo Mateus, 11, 6; PG 13, 919

«Tu és, realmente, o Filho de Deus!»

Quando nos tivermos mantido firmes durante as longas horas da noite escura
que reina nos momentos de provação, quando tivermos dado o nosso melhor
[...], estejamos certos de que, quando a noite for adiantada e o dia
estiver próximo (Rom 13, 12), o Filho de Deus virá até junto de nós,
caminhando sobre as ondas. Quando O virmos aparecer assim, sentiremos
receio até ao momento em que compreendermos claramente que é o Salvador que
veio para o meio de nós. Julgando ainda ver um fantasma, gritaremos
assustados, mas Ele dir-nos-á imediatamente: «Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não
temais!»


Pode ser que estas palavras façam surgir em nós um Pedro em caminho para a
perfeição, que descerá do barco, certo de ter escapado à prova que os
agitava. Inicialmente, o seu desejo de ir para o pé de Jesus fá-lo caminhar
sobre as águas. Mas sendo a sua fé ainda pouco segura e estando ele próprio
com dúvidas, notará «a violência do vento», sentirá medo e começará a ir ao
fundo. Contudo, escapará a este mal porque lançará a Jesus este grito:
«Salva-me, Senhor!» E mal este outro Pedro acabe de dizer «Salva-me,
Senhor!», o Verbo estenderá a mão para o socorrer, e segurá-lo-á no momento
em que ele começava a afogar-se, repreendendo-o pela sua pouca fé e pelas
suas dúvidas. Note-se contudo que Ele não disse: «Incrédulo», mas «homem de
pouca fé», e que está escrito: «Porque duvidaste?», quer dizer: «Tu tinhas
um pouco de fé, mas deixaste-te levar em sentido contrário». E Jesus e
Pedro subirão para o barco, o vento acalmará e os ocupantes, compreendendo
a que perigos tinham escapado, adorarão Jesus dizendo: «Tu és, realmente, o
Filho de Deus!», palavras que apenas os discípulos que estão próximo de
Jesus no barco podem dizer.




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