quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 03 de Dezembro de 2010
Sexta-feira da 1a semana do Advento

S. Francisco Xavier, presbítero, +1552



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Simeão : A cegueira dos homens

Leituras

Is. 29,17-24.
Dentro de muito pouco tempo, o Líbano converter-se-á em pomar, e o pomar
será como uma floresta.
Nesse dia, os surdos ouvirão as palavras do livro, e, livres da obscuridade
e das trevas, os olhos dos cegos verão.
Os oprimidos voltarão a alegrar-se no SENHOR, e os pobres exultarão no
Santo de Israel.
Foi eliminado o tirano e desapareceu o cínico, e todos os que buscam a
iniquidade serão exterminados:
os que acusam de crime os inocentes, os que procuram enganar o juiz, os que
por uma coisa de nada condenam os outros.
Por isso, o SENHOR fala aos descendentes de Jacob Ele que resgatou Abraão:
«Daqui em diante, Jacob não será mais envergonhado, o seu rosto não mais
ficará corado.
Quando os seus filhos virem o que Eu fiz por eles, bendirão o meu nome,
bendirão o Santo de Jacob e temerão o Deus de Israel.
Os espíritos desencaminhados compreenderão, e os que protestavam,
aprenderão a lição.»


Salmos 27,1.4.13-14.
O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte
da minha vida: quem me assustará?
Uma só coisa peço ao SENHOR e ardentemente a desejo: é habitar na casa do
SENHOR todos os dias da minha vida, para saborear o seu encanto e ficar em
vigília no seu templo.
Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do SENHOR, na terra dos
vivos.
Confia no SENHOR! Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR!


Mateus 9,27-31.
Ao sair dali, seguiram-no dois cegos, gritando: «Filho de David, tem
misericórdia de nós!»
Ao chegar a casa, os cegos aproximaram-se dele, e Jesus disse-lhes: «Credes
que tenho poder para fazer isso?» Responderam-lhe: «Cremos, Senhor!»
Então, tocou-lhes nos olhos, dizendo: «Seja-vos feito segundo a vossa fé.»
E os olhos abriram-se-lhes. Jesus advertiu-os em tom severo: «Vede lá, que
ninguém o saiba.»
Mas eles, saindo, divulgaram a sua fama por toda aquela terra.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Simeão, o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego, santo das Igrejas Ortodoxas
Hino 53 (a partir da trad. SC 196, pp. 221ss. rev.)

A cegueira dos homens

[Diz Cristo:]
Quando criei Adão, permiti-lhe que Me visse
e por isso que ficasse colocado na dignidade dos anjos. [...]
Ele via tudo o que Eu havia criado com os seus olhos corpóreos,
mas com os da inteligência
via o Meu rosto, o rosto do seu Criador.
Contemplava a Minha glória
e conversava Comigo o tempo todo.
Mas quando, transgredindo as Minhas ordens,
provou da árvore,
ficou cego
e caiu na obscuridade da morte. [...]


Mas Eu tive piedade dele e vim lá do alto.
Eu, o absolutamente invisível,
partilhei a opacidade da carne.
Recebendo da carne um começo, tornado homem,
fui visto por todos.
Por que aceitei fazer isso?
Porque esta era a verdadeira razão
para ter criado Adão: para Me ver.
Quando ele ficou cego
e, na sequência dele, todos os seus descendentes,
não suportei permanecer
na glória divina e abandonar [...]
aqueles que criara com as Minhas mãos;
mas tornei-Me semelhante em tudo aos homens,
corporal com os corporais,
e uni-Me a eles voluntariamente.
Por aqui podes ver o Meu desejo de ser visto pelos homens. [...]
Como podes então dizer que Me escondo de ti,
que não Me deixo ver?
Na verdade, Eu brilho, mas tu não olhas para Mim.





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33catolico a serviço da Igreja

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Advento do Salvador – Igreja Católica

Posted: 02 Dec 2010 02:58 AM PST

O Tempo do Advento chegou e somos convidados a iniciar a preparação da vinda do Salvador no seu Natal. Estamos sempre ligados à eternidade. Nascemos para viver sempre. Enquanto vivemos na terra, cada ano somos convidados a repassar toda a história da salvação através da Liturgia que se torna um sacramento de nossa fé.

Na verdade, a Palavra de Deus proclamada e explicada em nossas celebrações ilumina nosso caminho e a Eucaristia nos alimenta com o corpo e o sangue do Senhor sacrificado por nós na cruz.

Advento significa: ele virá. Revivemos a história da humanidade. A promessa do salvador foi feita ainda na manhã do pecado, como assinala o Livro do Genesis.

A história narrada na Bíblia abre-se com a sofrida pergunta de Deus Pai: "Adão, onde estás?" (Gênesis 3, 9) e se conclui com a trepidante prece da Igreja que, voltando-se a Cristo seu Esposo, invoca: "Vem!" (Apocalipse 22,7). Entre os dois extremos se desenrola o longo caminho da humanidade que toma progressivamente consciência do amor de Deus.
Demorou, no entanto, o inicio da realização do desígnio de Deus. Cerca de mil e quinhentos anos antes de Cristo, Deus chamou um homem, Abraão, que se tornou o pai do povo de Deus, não só do povo de Israel mas também de todos os que acreditaram em Deus. Abraão viveu profundamente a fé na Palavra de Deus, e com ele, começou a esperança da humanidade de um tempo novo, baseado na busca da verdade, da justiça, da fraternidade.

A primeira etapa da pergunta ´quem é Deus´ abarca todo o Antigo Testamento, pondo em evidência a procura incansável do homem por parte de Deus. Ele chama cada pessoa: Abraão, Isaac, Jacó; adota um inteiro povo que se revela incapaz de lhe ser fiel. Deus envia profetas para que denunciem com palavras e a vida as incoerências do povo e o ajudem a reencontrar os esplêndidos horizontes que Deus reserva aos seus.

Na segunda etapa, o "onde estás?" de Deus encontra a sua expressão mais radical na vida de Jesus de Nazaré. Nele é Deus mesmo que se inclina sobre o homem alquebrado nas suas misérias. Como um servo, Jesus se despoja de tudo, sobe despojado sobre a cruz. Lá, no Gólgota, Deus totalmente desarmado reabraça a humanidade condividindo com ela a força da ressurreição.

A terceira etapa é, enfim, atravessada pela trepidação da humanidade renovada. Ela vive do amor de Deus e o comunica ao mundo. Paulo, Pedro, Tiago, João com seus escritos, não fizeram outra coisa que exprimir o eco de uma boa notícia que vence qualquer obstáculo para atingir todos os povos da terra. A história da salvação entrelaça, sobre esse fundo, páginas sofridas e luminosas, personagens exemplares e abjetas, o amor e o ódio, a paixão e ternura de um Deus que sem trégua procura o homem.

Inicialmente, o homem bíblico pensa Deus segundo categorias antropomórficas. Imagens de Deus artesão modelando Adão com o barro; de Deus guerreiro "que combate a favor de seu povo"; de Deus ciumento, pronto a reprimir toda infidelidade; de Deus terrível que dita leis desde um turbilhão de fogo. A paz mesma, o bem estar, a vitória sobre inimigos são interpretados como prêmio à fidelidade para com a aliança; as deportações e as destruições tornam-se fruto da infidelidade e da desordem moral.

Deus é o Pai que forma seus filhos. É o anúncio dos profetas a lançar novas luzes sobre a compreensão do rosto de Deus: ele é o amante apaixonado, o esposo ferido, a mãe que nutre, o pai que educa, o pastor que conduz, o vaso que plasma, o  vinhateiro paciente. Lidas e meditadas à luz da experiência histórica vivida pelo povo, essas imagens revelam Deus em caminho com o seu povo, com o vulto coberto de pó e as sandálias rotas.

No tempo do Advento recordamos que o Senhor já veio. Recordar significa colocar de novo no coração, recordamos o Senhor nascido em Belém para nós. Mas o Advento nos faz também esperar sua vinda futura. Jesus nos disse que virá no fim dos tempos. Reunirá os seus discípulos no seu reino, reino de viventes porque ele venceu a morte e entregará o seu Reino ao Pai, para sempre.

Nossa história se coloca entre as duas vindas do Senhor. Há lugar para o Senhor? Tempo de fé e de esperança.

Texto: Cardeal Geraldo Majella Agnelo
Fonte CNBB

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Comunidade São Paulo Apóstolo

Olhar para onde? - Padre Zezinho – Igreja Católica

Posted: 02 Dec 2010 02:49 AM PST

Olhar para onde quando a gente fala com Deus? Algumas pessoas fecham os olhos, outras pessoas olham para o lado com olhar perdido, outras olham para cima, como se Deus estivesse lá em alguma estrela, lá no infinito onde os nossos olhos se perderam.

Alguns deitam-se sobre a terra para mostrar sua disposição de servos. Alguns se curvam e se ajoelham, há os que se sentam num banco de Igreja ou numa poltrona de sala escura e lá seus pensamentos se perdem no Deus que eles amam.

Mas olhar para onde, quando falamos de Deus? O certo seria olhar para toda parte e para lugar nenhum, porque Ele está em toda parte e não está em nenhum lugar onde nós achamos que Ele esteja, nem do jeito que pensamos que Ele esteja. Ele estará onde Ele quiser e do jeito que Ele quiser, mas não do nosso jeito. Por isso podemos olhar para o céu, mas Ele não está apenas lá. Aliás, corretamente falando, é o céu que está em Deus e não Deus que está no céu. Deus é maior do que o céu. Não é o céu que circunda Deus , é Deu que circunda o céu, da mesma forma que a mulher é maior do que seu ventre onde se geram vidas. Deus é maior do que qualquer onde que imaginarmos. Ele é o próprio onde!...

Podemos olhar para o lado, ou perder nosso olhar no infinito. Ele está lá, mas não está só lá. Podemos até olhar pra dentro de nós. Ele está lá, mas não está só lá. Deus é mais do que uma idéia, mais do que um conceito: é o eterno existente. Mas, como nossos pensamentos e nossas categorias são extremamente limitados, então, nem os olhos do rosto e nem os olhos da mente e nem os sentimentos conseguem vê-lo de verdade. É por isso que contemplamos e demoramos, em atitude de templo, a tentar compreender o que é crer neste Ser. Ele é maior do que tudo o que possamos imaginar. É o desafio eterno e permanente a qualquer inteligência. Único e inteligente de verdade é Ele. Só Ele é capaz de intus-legere, ler dentro de tudo. Nós ficamos sempre na periferia e jamais chegaremos ao profundo. Não temos essa capacidade.

Texto: Padre Zezinho
Fonte: Edições Paulinas

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Comunidade São Paulo Apóstolo

Jesus Cristo existe? – Igreja Católica

Posted: 02 Dec 2010 02:04 AM PST

Um muçulmano egípcio matou sua esposa porque ela estava lendo a Bíblia e então a enterrou com seu bebê nascido há poucos dias e uma filha de 8 anos de idade. As crianças foram enterradas vivas! Ele então disse à polícia que um tio havia matado as crianças.

Quinze dias mais tarde, outra pessoa da família morreu. Quando foram enterrá-la, encontraram as duas crianças sob a areia ? E VIVAS! O país ficou em choque e o homem será executado.

Perguntaram à menina de 8 anos como ela havia conseguido sobreviver por tanto tempo e ela disse: Um homem que usava roupas brilhantes e com feridas que sangravam em suas mãos, vinha todos os dias para nos alimentar. Ele sempre acordava minha mãe para dar de mamar à minha irmã.

Ela foi entrevistada no Egito numa TV nacional por uma mulher jornalista que tinha o rosto coberto. Ela disse na TV pública, 'Foi Jesus quem veio cuidar de nós, porque ninguém mais faz coisas como essas!'

Os muçulmanos acreditam que Isa (Jesus) aparecerá para fazer coisas desse tipo, mas as feridas em Suas mãos dão provas de que Ele realmente foi crucificado e que Ele está vivo! Também ficou claro que a criança não seria capaz de inventar essa história e não seria possível que essas crianças vivessem sem um milagre verdadeiro.

Colaboração: Marta Regina

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Comunidade São Paulo Apóstolo

Liturgia Diária 02/12/2010 - Igreja Católica

Posted: 02 Dec 2010 01:43 AM PST

Liturgia Diária 02/12/2010 - Igreja Católica
1ª Semana do Advento – QUINTA-FEIRA
1ª Semana do Saltério - Ano Litúrgico "A"
Prefácio do Advento I – Ofício do dia


Meditando: Salmo 118,151 - Estais perto, Senhor, e todos os vossos caminhos são verdadeiros. Desde muito aprendi que vossa aliança foi estabelecida para sempre.

Oração do Dia: Despertai, ó Deus, o vosso poder e socorrei-nos com a vossa força, para que vossa misericórdia apresse a salvação que nossos pecados retardam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Intenções do mês de DEZEMBRO:

Geral: Para que a experiência do sofrimento seja ocasião de compreender situações difíceis e dolorosas pelas quais passam as pessoas sozinhas, os idosos e os enfermos, estimulando todos a ir generosamente ao encontro deles. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Missionária: Para que os povos da terra abram suas portas a Cristo e a seu evangelho de paz, fraternidade e justiça.  Amém.

Cor Litúrgica: ROXO - Simboliza a preparação, penitência ou conversão. Usada nas missas da Quaresma e do Advento.

Tempo do Advento: O Advento é um tempo de preparação com dupla finalidade:
1.    Recordar a primeira vinda de Jesus trazendo a salvação para a humanidade, por isso Advento é tempo de alegria.
2.    Anunciar a segunda vinda gloriosa de Jesus, por isso, Advento é também tempo de expectativa, é tempo de redobrarmos a oração, de exercitarmos a nossa fé para não nos desviarmos do caminho de Deus.

Advento é tempo de conversão, devemos nos fazer pequenos e pobres, para podermos reconhecer Jesus como único Senhor e devemos nos esvaziar de tudo que nos afasta de Deus para poder nos encher com sua misericórdia.

O Tempo do Advento começa nas primeiras Vésperas do domingo que sucede ao dia 30 de novembro - ou o mais próximo desta data - e termina antes das primeiras Vésperas do Natal. Devido a variação na data de início do Tempo do Advento a duração do mesmo pode ser de 3 ou 4 semanas. O período de 17 a 24 de dezembro estabelece uma maior preparação para o Natal.

Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 26,1-6
Que entre um povo justo, cumpridor da palavra.
Naquele dia, cantarão este canto em Judá: "Uma cidade fortificada é a nossa segurança; o Senhor cercou-a de muros e antemuro. Abri as suas portas, para que entre um povo justo, cumpridor da palavra, firme em seu propósito; e tu lhe conservarás a paz, porque confia em ti. Esperai no Senhor por todos os tempos, o Senhor é a rocha eterna. Ele derrubou os que habitam no alto, há de humilhar a cidade orgulhosa, deitando-a por terra, até fazê-la beijar o chão. Hão de pisá-la os pés, os pés dos pobres, as passadas dos humildes". - Palavra do Senhor.

Comentando a Liturgia: O homem moderno, acostumado a tantos "ídolos", a tanta comodidade, ao bem-estar, ao "consumo" reluta em crer que esta vida cômoda possa um dia ter fim. Labuta para ganhar, para viver bem. Mas tanta atividade tem fundamento sólido? Sobre que fundamento constrói a sua vida? "Antes refugiar-se no Senhor do que confiar no homem" (Salmo).

O Senhor tem medidas diferentes das nossas: ele subverte todos os nossos valores humanos, os princípios terrenos e egoísticos. Abate os soberbos e enaltece os humildes. Quem for "pobre" e humilde, consciente da própria insegurança e instabilidade, achará sólido apoio no Senhor. Para um povo aleito às areias do deserto, a rocha resistente é uma imagem plástica sugestiva. Esta rocha é Cristo, pedra angular sobre a qual quer o Pai construir a "cidade forte", morada do povo "fiel".

Salmo: 117 (118)
Bendito é aquele que vem vindo em nome do Senhor!

Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
Eterna é a sua misericórdia!
É melhor buscar refúgio no Senhor,
do que pôr no ser humano a esperança;
é melhor buscar refúgio no Senhor,
do que contar com os poderosos deste mundo!

Abri-me vós, abri-me as portas da justiça;
quero entrar para dar graças ao Senhor!
Sim, esta é a porta do Senhor,
por ela só os justos entrarão!
Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes
e vos tornastes para mim o Salvador!

Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação,
ó Senhor, dai-nos também prosperidade!
Bendito seja, em nome do Senhor,
aquele que em seus átrios vai entrando!
Desta casa do Senhor vos bendizemos.
Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine!

Evangelho segundo São Mateus 7,21.24-27
Aquele que faz a vontade de meu Pai
entrará no reino dos céus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus.

Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas ela não desabou, porque estava construída sobre a rocha.

Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!" - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho: Uma pequena parábola, mas muito clara e expressiva. Em forma de antítese, o Mestre nos fala de dois tipos de construção expostos às mesmas intempéries da existência humana. De certo modo, faz eco ao Salmo 1, que serve de pórtico para o Saltério, e resume o caminho do homem a uma encruzilhada entre dois caminhos: a via do bem, com a vida, e a senda do mal, com a morte.

Nesta parábola, um homem constrói sobre a areia, outro edifica sobre a rocha. Areia e rocha são imagens claras. A areia é lábil, fugidia, sem coesão. Suas partículas deslizam, não oferecem resistência à pressão. Já a rocha tem seus componentes bem sólidos, porque foram vitrificados por altas temperaturas e poderosas pressões.

Diante da força dos elementos – como o vento e a chuva -, a areia movediça cede e se desfaz. Mas os vendavais e as enxurradas nada podem contra o sólido rochedo. Passado o ataque, ele permanece estável, decididamente firme.

Quem é o construtor sobre a areia? O Mestre responde: É o homem que empilhou os tijolos sobre o areal, isto é, aquele que ouviu a Palavra de Deus mas não se dispôs a vivê-la. Ao contrário, apostou a vida em outras "palavras": o discurso da riqueza, a propaganda do sucesso, o elogio da glória e do prazer. Quando veio a provação dos tempos difíceis, dos planos econômicos, do desemprego e da enfermidade, desabou de uma vez, entregue à ruína...

Quem é o construtor sobre a rocha? Jesus de Nazaré deixa claro: É o homem que ergueu sua casa sobre o Rochedo, ou seja, aquele que ouviu a Palavra de Deus e se dispôs a praticá-la. Diante dos tempos difíceis da provação, a casa permaneceu intacta, pois tinha fundamentos de eternidade. Os princípios da Palavra – que é o próprio Cristo – falavam de paciência e sobriedade, confiança em Deus e fraternidade, humildade e perdão. Contra uma estrutura tão sólida, nada pode o mal...

Quem já optou decididamente por uma vida simples, sem luxo, não se abalará se vierem tempos de vacas magras. Quem exercitou diuturnamente a pureza e a castidade, não cairá diante da inundação do sexo. Quem depositou sua esperança no Senhor, não será esmagado pelo desespero quando os homens traírem suas promessas. Mesmo na doença e na dor, o fiel está seguro na Palavra eterna. Ele sabe que está em boas mãos!

Fonte: CNBB – Missal Cotidiano – Com. Católica Nova Aliança
Comentário do Evangelho: Antonio Carlos Santini

Adaptação: 33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

Santa Bibiana ou Viviana – Igreja Católica

Posted: 02 Dec 2010 01:23 AM PST

VIDA:

Na época em que Roma estava sob o poder o imperador Juliano, "o Apóstata", aconteceu um dos últimos surtos de perseguição fatal aos cristãos, entre 361 e 363. O tirano, que já tinha renegado seu batismo e abandonado a religião, passou a lutar pela extinção completa do cristianismo.

Começou substituindo todos os cristãos que ocupavam empregos civis por pagãos, tentando colocar os primeiros no esquecimento. Mas não parou por aí. Os mais populares e os mais perseverantes eram humilhados, torturados e, por fim, mortos.

No ano 363, a família de Bibiana foi executada na sua presença, porque não renunciou à fé cristã. Flaviano, seu pai, morreu com uma marca na testa que o identificava como escravo. Defrosa, sua mãe foi decapitada. Ela e a irmã Demétria, antes, foram levadas para a prisão.
A primeira a morrer foi Demétria, que perseverou na fé após severos suplícios na presença da irmã. Por último, foi o martírio de Bibiana, para a qual, conforme a antiga tradição, o governador local usou outra tática. Foi levada a um bordel de luxo para abandonar a religião ou ser prostituída. Mas os homens não conseguiam aproveitar-se de sua beleza, pois a um simples toque eram tomados por um surto de loucura. Bibiana, então, foi transferida para um asilo de loucos e lá ocorreu o inverso, os doentes eram curados.

Sem renegar Cristo, foi entregue aos carrascos para ser chicoteada até a morte e o corpo jogado aos cães selvagens. Outro prodígio aconteceu nesse instante, pois os cães não o tocaram. Ao contrário, mantiveram uma distância respeitosa do corpo da mártir. Os seus restos, então, foram recolhidos pelos demais cristãos e enterrados ao lado dos familiares, num túmulo construído no monte Esquilino, em Roma.

Finalmente, a perseguição sangrenta acabou. A história do seu martírio ganhou uma devoção dos fieis. Santa Bibiana passou a ser incovada contra os males de cabeça e as doenças mentais e a epilepsia. Seu túmulo tornou-se meta de peregrinação e o seu bonito nome escolhido na hora do batismo. Também a conhecida variação, não menos bela, de Viviana se tornou popular na cristandade.

A veneração era tão intensa que o papa Simplício mandou construir sob sua sepultura uma pequena igreja dedicada a ela, no ano 407. O culto ganhou um reforço maior ainda quando, por volta de 1625, foi erguida sob as ruínas da antiga igreja uma basílica. Nela, as relíquias de santa Bibiana se encontram guardadas debaixo do altar-mor.

Além de ser uma das padroeiras da belíssima cidade de Sevilha, na Espanha, santa Bibiana é, também, padroeira da diocese de Los Angeles, nos Estados Unidos. É celebrada no dia 2 de dezembro, considerado o de sua morte pela fé em Cristo.

ORAÇÃO:

Senhor, eu vos peço, pelos méritos de Santa Bibiana, aumentai a minha fé. Dai-me total confiança e abandono na Vossa Divina Providência, para que, na Esperança, eu siga praticando a verdadeira Caridade. Amém.

FONTE:
·         Edições Paulinas

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

I Domingo do Advento – Homilia do Papa Bento XVI

Posted: 01 Dec 2010 03:06 AM PST

I Domingo do Advento – Homilia do Papa Bento XVI

Queridos irmãos e irmãs,

Com esta celebração vespertina, o Senhor nos dá a graça e a alegria de abrir o novo Ano Litúrgico iniciando da sua primeira etapa: o Advento, o período que faz memória davinda de Deus entre nós. Cada início trás consigo uma graça particular, porque bendiz ao Senhor.

Neste Advento nos será dado, mais uma vez, fazer experiência da proximidade Daquele que criou o mundo, que conduz a história e que cuida de nós chegando até a se fazer um de nós. Este mistério grande e fascinante do Deus conosco, também de Deus que se faz um de nós, celebraremos nas próximas semanas caminhando para o santo Natal. Durante o tempo do Advento sentiremos a Igreja que nos toma pela mão e, qual imagem de Maria Santíssima, expressa sua maternidade fazendo-nos experimentar a espera alegre da vinda do Senhor, que a todos nós envolve com seu amor que salva e consola.

Enquanto os nossos corações se propendem para a celebração anual do nascimento de Cristo, a liturgia da Igreja orienta o nosso olhar para a meta definitiva: ao encontro com o Senhor que virá no esplendor da glória. Por isso nós que, em cada Eucaristia, "anunciamos sua morte, proclamando sua ressurreição na espera de sua vinda", vigiamos em oração. A liturgia não para de nos encorajar e de nos sustentar, colocando em nossos lábios, nos dias do Advento, o grito com o qual se fecha totalmente a Sagrada Escritura, na última página do Apocalipse de São João: "Vinde, Senhor Jesus!"(22, 20).


Queridos irmãos e irmãs, o nosso reunir nesta tarde para iniciar a caminhada do Advento se enriquece de um outro motivo importante: com toda a Igreja, queremos celebrar solenemente uma vigília pela vida nascente. Desejo exprimir meu agradecimento a todos aqueles que aderiram e àqueles que se dedicam de modo específico no acolhimento e proteção da vida humana nas diversas situações de fragilidade, particularmente em seu início e em seus primeiros passos.

É próprio do início do Ano Litúrgico nos fazer viver novamente a espera de Deus que se faz carne no ventre da Virgem Maria, de Deus que se faz pequeno, se torna criança; nos fala da vinda de um Deus próximo, que quis vivenciar a vida do homem, do início ao fim, para salvá-lo totalmente, plenamente. E assim o mistério da Encarnação do Senhor e o início da vida humana são intimamente e harmonicamente coligados entre eles dentro do único desejo salvífico de Deus, Senhor da vida de todos e de cada um. A Encarnação nos revela com intensa luz e de modo surpreendente que cada vida humana tem uma dignidade altíssima, incomparável.

O homem apresenta uma originalidade inconfundível em relação a todos os outros seres viventes que povoam a terra. Apresenta-se como sujeito único e singular, dotado de inteligência e vontade livre, também composto de realidade material. Vive simultaneamente e inseparavelmente na dimensão espiritual e na dimensão corpórea. Isso também é sugerido pelo texto da Primeira Leitura da Carta aos Tessalonicenses que foi proclamada: "O Deus da paz vos conceda santidade perfeita; e que o vosso ser inteiro, o espírito, a alma e o corpo sejam guardados de modo irrepreensível para o dia da Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo," (5, 23). Sejamos pois espírito, alma e corpo. Sejamos parte de nosso mundo, entregues à possibilidade e aos limites da condição material; ao mesmo tempo sejamos abertos sob um horizonte infinito, capaz de dialogar com Deus e tender a Ele, verdade, bondade e beleza absoluta. Saboreamos fragmentos de vida e de felicidade e anelamos à plenitude total;

Deus nos ama de modo profundo, total, sem distinção; nos chama à amizade com Ele; nos faz participantes de uma realidade acima de qualquer imaginação e de cada pensamento e palavra: a sua mesma vida divina. Com comoção e gratidão tomemos consciência do valor, da dignidade incomparável de cada pessoa humana e da grande responsabilidade que temos para com todos. " Cristo, que é o novo Adão – afirma o Concílio Vaticano II, na mesma revelação do mistério do Pai e de seu amor, manifesta plenamente o homem ao próprio homem e lhe descobre sua altíssima vocação... Com sua encarnação o Filho de Deus se uniu de certo modo a cada homem" (Const. Gaudiu et Spes, 22).

Acreditar em Jesus Cristo comporta também ter um olhar novo sobre o homem, um olhar de confiança, de esperança. Além disso, a própria experiência e a reta razão mostram que o ser humano é um sujeito capaz de entender, de querer, autoconsciente e livre, único e insubstituível, ápice de todas as realidades terrenas, que deve ser reconhecido como um valor em si mesmo e merece ser sempre acolhido com respeito e amor. Ele tem o direito de não ser tratado como um objeto a ser possuído ou como algo que você pode manipular como quer, de não ser reduzido a um mero instrumento para o benefício de outros e de seus interesses. A pessoa é um bem em si mesmo e é necessário procurar sempre o seu desenvolvimento integral. O Amor pelo próximo, se é sincero, tende naturalmente a ter uma atenção preferencial pelos mais fracos e mais pobres. Nesta linha, se insere a solicitude da Igreja pela vida do nascituro, a mais frágil, a mais ameaçada pelo egoísmo dos adultos e pela escuridão da consciência. A Igreja continuamente reitera o que declarou o Concílio Vaticano II contra o aborto e todas as violações contra a vida dos nascituros: "A vida uma vez concebida deve ser protegida com o máximo cuidado" (ibid., n. 51).

Há tendências culturais que buscam anestesiar as consciências com subterfúgios. No que diz respeito ao embrião no útero materno, a ciência mesma coloca em vidência a autonomia capaz de interação com a mãe, a coordenação dos processos biológicos, a continuidade do desenvolvimento, a crescente complexidade do organismo. Não se trata de um acúmulo de material biológico, mas de um novo ser, dinâmico e maravilhosamente ordenado, um novo indivíduo da espécie humana. Assim foi Jesus no ventre de Maria; assim foi para cada um de nós no ventre da mãe. Com o antigo escritor cristão Tertuliano, podemos afirmar: "É já um homem aquele que o será" (Apologia, IX, 8); não há razão para não considerá-lo pessoa desde a sua concepção.

Infelizmente, mesmo após o nascimento, a vida das crianças continua a ser exposta ao abandono, à fome, à miséria, à doença, aos abusos, à violência, à exploração. As muitas violações dos seus direitos que são cometidas no mundo ferem gravemente a consciência de cada homem de boa vontade. Diante do triste panorama de injustiças cometidas contra a vida do homem, antes e após o nascimento, faço meu o apaixonado apelo do Papa João Paulo II à responsabilidade de todos e de cada um: "Respeite, proteja, ame e sirva a vida, cada vida humana! Somente nesta estrada você poderá encontrar justiça, desenvolvimento, liberdade verdadeira, paz e felicidade" (Encíclica Evangelium vitae, 5). Exorto os protagonistas da política, da economia, das comunicações sociais a fazerem tudo que está ao seu alcance para promover uma cultura que respeite sempre a vida humana, que proporcione condições favoráveis e redes de apoio ao acolhimento e ao desenvolvimento da mesma.

À Virgem Maria, que acolheu o Filho de Deus feito homem com a sua fé, com o seu ventre materno, com carinho, com o acompanhamento solidário e vibrante de amor, confiamos a oração e o compromisso em favor da vida nascente. Nós o fazemos na liturgia - que é o lugar onde vivemos a verdade e onde a verdade vive conosco - adorando a divina Eucaristia, na qual contemplamos o Corpo de Cristo, o Corpo que se encarnou em Maria por obra do Espírito Santo, e dela nasceu em Belém para a nossa salvação. Ave verum Corpus, natum de Maria Virgine!

Fonte: Rádio Vaticano
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Comunidade São Paulo Apóstolo

Pastoral Familiar de São Gerardo - Jantar de Confraternização

Posted: 01 Dec 2010 02:55 AM PST

CONVITE

A Pastoral Familiar convida a todos os colaboradores da Cesta Básica, sejam de Comunidades, círculos ou casais do ECC, a se fazerem presentes ao jantar que será oferecido em retribuição às suas doações deste ano. Nesta ocasião serão distribuídas aos beneficiados, as cestas básicas do mês de dezembro, bem como será um momento oportuno para reforçarmos os nossos laços de amizade, partilha e fraternidade. Aguardamos a todos com o carinho de sempre!
Data: 15/12/2010 – Quarta-feira
Horário: 20:00 horas
Local: Quadra da Paróquia

A Coordenação.

Uma história de Natal – Igreja Católica

Posted: 01 Dec 2010 02:12 AM PST

Foi um incidente "de cabeça para baixo" que ficou flutuando em minha memória quando comecei a escrever esta história. A lembrança era de uma noite de Natal. Foi um encontro perfeitamente natural, nada de milagroso.

E foi um encontro bom, que fez a missa de Natal um pouco mais jubilosa e as meditações que se seguiram um pouco mais profundas.

Quando já estava saindo e, tinha me virado, depois de trancar a porta, fui confrontada com um negro muito bonito, de meia idade e uma mulher pequena e mais jovem. Evidentemente, era sua esposa e ela segurava uma criança em seus braços. Não podia ver o rosto do bebê. Estava tão embrulhado contra o vento, úmido e forte, que soprava em Nova York.

Educadamente, o homem levantou seu chapéu e, com o doce sotaque do sul, disse-me que ele e sua esposa estavam perdidos na cidade. Tinham acabado de sair do trem. Ele era carpinteiro, esperando encontrar um emprego melhor do que o da pequena vila de onde vieram. Mas, com uma coisa e outra, tinham-se perdido. Não tinham dinheiro, quer dizer, não o suficiente para um pernoite. Talvez eu pudesse dizer-lhes onde ir, o que fazer e a quem poderiam pedir ajuda.

Dito isto ficou aliviado, educada e silenciosamente, esperando por minha resposta. Sua esposa, que não havia dito uma palavra, somente sorriu uma ou duas vezes para mim. Ela estava tão confiante e tranqüila quanto ele, certos de que eu era a pessoa certa para ajudá-los.

Diante de minha visão apareceu um telefone. Quase voltei e abri a porta para contatar alguma agência social que pudessem atendê-los em suas necessidades. Então olhei para o meu relógio. Eram quase onze horas e véspera de Natal! Quem poderia encontrar a esta hora? E onde? E se encontrassem, esta pobre família teria que encontrar caminhos estranhos. Poderia, naturalmente, mandá-los de táxi. Tinha um dinheiro extra em minha bolsa, milagre dos milagres. Mas o abrigo de famílias de Nova York separava as famílias, as vezes, por falta de lugar.

Falta de lugar! Noite de Natal! Homem, mulher, criança! tudo de repente ficou claro para mim. Naturalmente, sabia que era só uma coincidência. Bom, de certa forma. Mas, tantas pessoas vinham na Casa da Amizade para este tipo de ajuda ou informação. Não, não era hora de mandar tal família para lugar algum. Era hora de oferecer-lhes hospitalidade pessoal, mesmo que por nenhuma outra razão que expiar a hospitalidade que não foi dada há quase dois mil anos atrás.

Naturalmente! Porque não havia pensado nisto antes! Havia o que o pessoal da Casa da Amizade chamava de "Eremitério", quer dizer, meu quarto. Era tantas coisas em uma. Tinha uma escrivaninha, uma cama, um fogão completo, com forno, uma espécie de geladeira, doada pela administração; às vezes até funcionava. O quarto tinha uma pia e uma lavanderia, uma banheira completa. Sim, era um lugar aconchegante, especialmente à noite. Ganhei uma árvore de Natal enfeitada, de mais ou menos 10 centímetros. Estava longe dos pinheiros imponentes, nativos da Rússia, tão dignos em sua beleza majestosa.

Ainda assim, a pequena árvore era bonita, muito bonita. Coloquei em baixo dela uma miniatura de manjedoura. Quando voltasse da missa, pretendia colocar o Menino lá. Sim, o quarto era limpinho e muito, muito aconchegante. Porque não convidar o casal para passar a noite lá? Amanhã poderia contatar as agências.

Pensamento mais rápido não poderia ter ocorrido. Meu casal estranho estava ainda em silêncio, cortesmente, esperando por minha resposta que certamente parecia demorar. Mas não mostravam sinais de impaciência.

Devagar, e por alguma razão inexplicável, timidamente, convidei-os para entrar no eremitério, pedindo desculpas pela simplicidade do lugar. A mulher endireitou-se e parecia mais alta quando apertava a criança mais perto de si. O homem agradeceu e começaram a me seguir.

Andamos os três longos blocos que separam a porta de meu quarto. Ninguém disse uma palavra. Ainda assim, o silêncio era companheiro.

Uma vez no quarto, os deixei o mais confortável possível. O bebê, finalmente fora de seus embrulhos, era amável. Não o ouvi chorar. O homem disse que era um menino, o primogênito. Fiz café, fritei alguns ovos, arrumei a mesa e então disse a eles que viria vê-los depois da missa.

Foi uma das missas mais bonitas de que já participei. O pensamento dos meus três peregrinos, abrigados no quarto aconchegante, provavelmente, ajudou. Hospitalidade pessoal a estranhos, para Cristo, aquece quem a dá tanto quanto uma bênção propriamente dita.

Terminada a missa, voltei logo para meu quarto. Para meu espanto, encontrei a porta da frente aberta! Isto nunca acontece no Harlem, onde usamos várias trancas, por segurança. Empurrei a porta aberta. A sala estava vazia.

As louças haviam sido lavadas e colocadas em seus devidos lugares. Nenhum sinal de ocupação. O Menino que pretendia colocar na pequena manjedoura, embaixo da árvore, já estava lá e uma vela estava acesa na minha janela!

Texto: Catherine de Hueck Doherty
Fonte: Edições Paulinas
33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

Liturgia Diária 01/12/2010 - Igreja Católica

Posted: 01 Dec 2010 01:37 AM PST

Liturgia Diária 01/12/2010 - Igreja Católica
1ª Semana do Advento – QUARTA-FEIRA
1ª Semana do Saltério - Ano Litúrgico "A"
Prefácio do Advento I – Ofício do dia


Meditando: Habacuc 2,3; I Coríntios 4,5 - O Senhor vai chegar, não tardará: há de iluminar o que as trevas ocultam e se manifestará a todos os povos

Oração do Dia: Senhor Deus, preparai os nossos corações com a força da vossa graça, para que, ao chegar o Cristo, vosso Filho, nos encontre dignos do banquete da vida eterna e ele mesmo nos sirva o alimento celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Intenções do mês de DEZEMBRO:

Geral: Para que a experiência do sofrimento seja ocasião de compreender situações difíceis e dolorosas pelas quais passam as pessoas sozinhas, os idosos e os enfermos, estimulando todos a ir generosamente ao encontro deles. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Missionária: Para que os povos da terra abram suas portas a Cristo e a seu evangelho de paz, fraternidade e justiça.  Amém.

Cor Litúrgica: ROXO - Simboliza a preparação, penitência ou conversão. Usada nas missas da Quaresma e do Advento.

Tempo do Advento: O Advento é um tempo de preparação com dupla finalidade:
1.    Recordar a primeira vinda de Jesus trazendo a salvação para a humanidade, por isso Advento é tempo de alegria.
2.    Anunciar a segunda vinda gloriosa de Jesus, por isso, Advento é também tempo de expectativa, é tempo de redobrarmos a oração, de exercitarmos a nossa fé para não nos desviarmos do caminho de Deus.

Advento é tempo de conversão, devemos nos fazer pequenos e pobres, para podermos reconhecer Jesus como único Senhor e devemos nos esvaziar de tudo que nos afasta de Deus para poder nos encher com sua misericórdia.

O Tempo do Advento começa nas primeiras Vésperas do domingo que sucede ao dia 30 de novembro - ou o mais próximo desta data - e termina antes das primeiras Vésperas do Natal. Devido a variação na data de início do Tempo do Advento a duração do mesmo pode ser de 3 ou 4 semanas. O período de 17 a 24 de dezembro estabelece uma maior preparação para o Natal.

Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 25,6-10ª
O Senhor convida para o seu banquete
e enxugará as lágrimas de todas as faces

Naquele dia, o Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos. Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a teia em que tinha envolvido todas as nações. O Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra; o Senhor o disse.

Naquele dia, se dirá: "Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o Senhor, nele temos confiado: vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo". E a mão do Senhor repousará sobre este monte. - Palavra do Senhor.

Comentando a Liturgia: A transformação operada por "aquele que vem", sua libertação e salvação dirigem-se principalmente aos pobres, aos aflitos, aos angustiados, aos oprimidos. Estes que agora sofrem aflição hão de alegrar-se no fim; os pobres, os mais libertos de qualquer presunção, poderão, cheios de esperança, ir ao encontro daquele que vem. Para eles, para mim, ele pessoalmente prepara a mesa e me convida para o banquete (Salmo).

Todos os dias o Senhor nos convida a comer o pão da vida, que é ele próprio doado para a vida do mundo. É um dom pessoal, mas não exclusivo: são convidados todos os povos. Os verdadeiramente pobres aceitam este convite, pois se sentem esfaimados, e com plena disponibilidade acolhem a vinda do Senhor.

Salmo: 22 (23)
Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.

O Senhor é o pastor que me conduz;
não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes
ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha,
e restaura as minhas forças.

Ele me guia no caminho mais seguro,
pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,
eles me dão a segurança!

Preparais à minha frente uma mesa,
bem à vista do inimigo;
com óleo vós ungis minha cabeça,
e o meu cálice transborda.

Felicidade e todo bem hão de seguir-me,
por toda a minha vida;
e, na casa do Senhor, habitarei
pelos tempos infinitos.

Evangelho segundo São Mateus 15,29-37
Jesus cura muitos e multiplica os pães.

Naquele tempo, Jesus foi para as margens do mar da Galiléia, subiu a montanha, e sentou-se. Numerosas multidões aproximaram-se dele, levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes. Então os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou. O povo ficou admirado, quando viu os mudos falando, os aleijados sendo curados, os coxos andando e os cegos enxergando. E glorificaram o Deus de Israel.

Jesus chamou seus discípulos e disse: "Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desmaiem pelo caminho". Os discípulos disseram: "Onde vamos buscar, neste deserto, tantos pães para saciar tão grande multidão?"

Jesus perguntou: "Quantos pães tendes?" Eles responderam: "Sete, e alguns peixinhos". E Jesus mandou que a multidão se sentasse pelo chão. Depois pegou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, e os dava aos discípulos, e os discípulos, às multidões. Todos comeram, e ficaram satisfeitos; e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram. - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho: O Evangelho de hoje narra uma autêntica situação de crise. A multidão acompanhara Jesus até a região deserta, na expectativa de curas e milagres. Já passaram três dias e não há o que comer. O Rabi da Galileia tem compaixão da multidão faminta: "Misereor turbae." A miséria humana sempre faz cócegas na misericórdia divina.

Jesus fará um milagre? Por que não? Um milagre a mais, um milagre a menos, não muda o cenário. Alguns interpretam que Jesus se faz de desentendido ao perguntar aos discípulos: "Quantos pães vocês têm?" Outros preferem ler que os milagres de Deus costumam passar pelo esforço humano, sua participação e solidariedade.

Pensemos neste tempo que vivemos. As notícias são de crise. Poderosos bancos vão à falência. Tremem os alicerces do sistema capitalista. Não parece que Deus se volta para nós, a perguntar: "Quantos pães vocês têm?" Em outros termos: "De que recursos humanos, materiais, profissionais, vocês estão dispostos a abrir mão para que a multidão não passe fome?"

Em tempo: pão nunca é luxo. É o estritamente necessário. Indispensável como o ar, a água e a luz do sol. O sistema nos convida a trabalhar, ganhar e acumular. Somos induzidos a fazer estoques e prover para o futuro. Lições de usura, avareza e ganância. Enquanto isso, os preços sobem, os lucros se multiplicam, os pobres morrem de fome.

É quando surge um Francisco de Assis... Uma Teresa de Calcutá... Um Charles de Foucauld... Abrem mão de suas heranças, abraçam a Irmã Pobreza e saem felizes no meio da procissão dos miseráveis. A última moeda é doada. Um pedaço do manto é partilhado. Cada bico de pão é tesouro que pertence a todos.

Logo será Natal. As vitrines estarão iluminadas. Brinquedos importados atrairão os olhares das crianças. A monótona harpa paraguaia derramará nos shoppings uma falsa aparência de paz. Enquanto isso, há guerra no Congo. Homens-bomba explodem e se explodem nos mercados do Iraque. Como pano de fundo, o controle das matérias-primas, do petróleo, o comércio de armamentos. Em nossa esquina, sob as marquises, alguém passa fome.

Quantos pães nós temos? Sobra dinheiro para fazer turismo? Ou vamos amar?

Fonte: CNBB – Missal Cotidiano – Com. Católica Nova Aliança
Comentário do Evangelho: Antonio Carlos Santini

Adaptação: 33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo