sábado, 25 de dezembro de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 26 de Dezembro de 2010
SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ (FESTA)

Festa da Sagrada Família
Santo Estêvão, diácono, primeiro mártir, séc. I



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Afonso Maria de Liguori : «Os que atentavam contra a vida do Menino»

Leituras

Sirac 3,2-6.12-14.
Porque o Senhor glorifica o pai acima dos filhos, e estabelece sobre eles a
autoridade da mãe.
O que honra o pai alcança o perdão dos pecados,
e quem honra a sua mãe é semelhante ao que acumula tesouros.
Quem honra o pai encontrará alegria nos seus filhos, e será ouvido no dia
da sua oração.
Quem glorifica o pai gozará de longa vida e quem obedece ao Senhor
consolará a sua mãe.
Filho, ampara o teu pai na velhice, não o desgostes durante a sua vida;
mesmo se ele vier a perder a razão, sê indulgente, não o desprezes, tu que
estás na plenitude das tuas forças.
A caridade que exerceres com o teu pai não será esquecida, e ser-te-á
considerada, em reparação de teus pecados.


Salmos 128(127),1-2.3.4-5.
Felizes os que obedecem ao SENHOR e andam nos seus caminhos.
Comerás do fruto do teu próprio trabalho: assim serás feliz e viverás
contente.
tua esposa será como videira fecunda na intimidade do teu lar; os teus
filhos serão como rebentos de oliveira ao redor da tua mesa.
Assim vai ser abençoado o homem que obedece ao SENHOR.
SENHOR te abençoe do monte Sião! Possas contemplar a prosperidade de
Jerusalém todos os dias da tua vida,


Coloss. 3,12-21.
Como eleitos de Deus, santos e amados, revesti-vos, pois, de sentimentos de
misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência,
suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se alguém tiver
razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, fazei-o vós
também.
E, acima de tudo isto, revesti-vos do amor, que é o laço da perfeição.
Reine nos vossos corações a paz de Cristo, à qual fostes chamados num só
corpo. E sede agradecidos.
A palavra de Cristo habite em vós com toda a sua riqueza: ensinai-vos e
admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria; cantai a Deus, nos
vossos corações, o vosso reconhecimento, com salmos, hinos e cânticos
inspirados.
E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor
Jesus, dando graças por Ele a Deus Pai.
Esposas, sede submissas aos maridos, como convém no Senhor.
Maridos, amai as esposas e não vos exaspereis contra elas.
Filhos, obedecei em tudo aos pais, porque isso é agradável no Senhor.
Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não caiam em desânimo.


Mateus 2,13-15.19-23.
Depois de partirem, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe:
«Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egipto e fica lá até que
eu te avise, pois Herodes procurará o menino para o matar.»
E ele levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o
Egipto,
permanecendo ali até à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor
anunciou pelo profeta: Do Egipto chamei o meu filho.
Morto Herodes, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egipto,
e disse-lhe: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de
Israel, porque morreram os que atentavam contra a vida do menino.»
Levantando-se, ele tomou o menino e sua mãe e voltou para a terra de
Israel.
Porém, tendo ouvido dizer que Arquelau reinava na Judeia, em lugar de
Herodes, seu pai, teve medo de ir para lá. Advertido em sonhos, retirou se
para a região da Galileia
e foi morar numa cidade chamada Nazaré; assim se cumpriu o que foi
anunciado pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Afonso Maria de Liguori (1696-1787), bispo e Doutor da Igreja
Meditações sobre a Oitava da Epifania, n° 3 (a partir da trad. Noël, Éds. Saint-Paul 1993, p. 309)

«Os que atentavam contra a vida do Menino»

Um anjo apareceu em sonhos a São José, e avisou-o de que Herodes andava à
procura do Menino Jesus para Lhe tirar a vida: «Levanta-te, toma o Menino e
Sua Mãe e foge para o Egipto.» Assim pois, ainda mal nasceu, já Jesus é
perseguido de morte. [...] José obedece sem demora à voz do anjo, acordando
sua santa esposa. Pega em algumas ferramentas que pudesse levar consigo, a
fim de exercer a sua profissão no Egipto e de ter com que sustentar a
família. Maria, por seu turno, reúne as roupas necessárias a seu divino
Filho; e depois, aproximando-se do berço onde Ele repousava, ajoelha-se,
beija os pés de seu querido Filho e, por entre lágrimas de ternura,
diz-Lhe: «Meu Filho e meu Deus, que vieste ao mundo para salvar os homens;
ainda mal nasceste e já os homens vêm à Tua procura para Te dar a morte!»
Pega Nele e, continuando a chorar, os dois santos esposos fecham a porta e
põem-se a caminho durante a noite. [...]Meu bem-amado
Jesus, Tu és o Rei do Céu e vejo-Te errar como fugitivo sob a aparência de
uma criança. Que procuras? Diz-me. A Tua pobreza e o Teu abaixamento
emocionam-me de compaixão; mas aquilo que me aflige mais é a negra
ingratidão com que Te vejo tratado por aqueles que vieste salvar. Tu
choras, e também eu choro, por ter sido um daqueles que Te desprezaram e Te
perseguiram; a partir de agora, porém, preferirei a Tua graça a todos os
reinos do mundo.Perdoa-me todos os ultrajes que Te fiz;
permite-me que, na viagem desta vida para a eternidade, Te leve no meu
coração, a exemplo de Maria, que Te levou nos seus braços durante a fuga
para o Egipto. Meu Redentor bem-amado, foram muitas as vezes em que Te
expulsei da minha alma, mas tenho confiança, agora que voltaste a tomar
conta dela. E suplico-Te que a prendas a ti pelas doces correntes do Teu
amor.




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org


33catolico a serviço da Igreja

33catolico a serviço da Igreja


Véspera de Natal – Igreja Católica

Posted: 24 Dec 2010 11:44 AM PST

Nesta noite a parcela cristã da Humanidade se reúne para celebrar a vinda de Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, a Salvação enviada por Deus, Emanuel, Deus Conosco!

Esta celebração não apenas nos remete ao passado de mais de dois mil anos, como nos falam o presépio, a árvore e toda a circunstância em que vivemos nestes dias, mas seu objetivo maior é nos preparar para o Natal definitivo, quando também nós iremos até a Belém celeste para adorarmos, para sempre, o nosso Salvador. Nesse estar face a face com Deus, encontraremos não apenas os anjos, mas Maria Santíssima, o grande São José, e todas aquelas pessoas que nós amamos e fazem parte de nosso céu, para ficarmos dentro do ambiente destes dias, das pessoas que fazem parte de nosso presépio celeste.

Do mesmo modo que os magos tiveram notícias da vinda do Senhor e se prepararam de todo coração e usando seus conhecimentos humanos e a vida de reflexão para irem ao encontro do Salvador, também nós deveremos nos preparar para o momento especialmente sublime de nossa vida, quando Jesus vier até nós e nos levar, em seus braços, para a Casa do Pai. Este é o objetivo maior do Tempo de Advento, que acabamos de viver e do Natal que agora começamos.

Por tudo isto a noite santa que viveremos com a família, com os amigos, na igreja ou em casa, deverá ser para nós um significativo sinal da realidade que nos espera, o céu. Também aqueles que passarão sozinhos a noite de Natal são chamados a um profundo ato de fé na presença amiga do Emanuel, Deus conosco principalmente quando nos sentimos sós, abandonados, carentes. Não nos esqueçamos das pessoas que vivem esse momento de luz em situações bastante difíceis. Refiro-me àqueles que se encontram nos hospitais, acamados ou velando por um ente querido ou como profissional da saúde, cuidando dos enfermos; refiro-me também aos prisioneiros, tendo como companheiros pessoas desconhecidas e marcadas por graves delitos; dirijamo-nos também aos moradores de rua, aos mendigos, a todos aqueles que não possuem teto e vivem na esperança de um lar, que eles saibam que também a família de Nazaré passou privações, conheceu dificuldades e a caminho de Belém só encontrou acomodação ao lado de animais, de lado de fora de uma residência.

Pensemos nos povos, nas famílias, nas pessoas que estão em litígio ou vivem opressões, que elas permitam a entrada do Príncipe da Paz em suas vidas. Pensemos, finalmente, naqueles filhos de Deus que passam este Natal em meio ao luto pela perda de entes queridos ou perseguidos porque cristãos. Que eles tenham no coração a dimensão da eternidade, do sentido maior de nossa vida que é a felicidade sem fim junto ao Deus da Vida!

Como vemos, queridos irmãos, o Natal é muito mais que uma troca de presentes, que uma ceia farta, que uma bela apresentação de um coral! Natal é mudança de uma vida sem futuro, marcada pelo sofrimento e pela morte, de uma vida fechada, egoísta, para uma vida de fé, de valores eternos, de esperança, de felicidade sem limites, de amor, onde só sou feliz se você for feliz! Por isso Deus se fez um de nós, armou sua tenda em nosso meio e se tornou o Emanuel, o Deus conosco. Que você, caro ouvinte, tenha uma Feliz e Santa Noite de Natal, seja quem você for e esteja onde estiver! Se você existe, é porque Deus pensou em você antes que qualquer outra pessoa. Ele amou você antes que qualquer outro. Portanto, Feliz Natal! Que a Paz do Menino Jesus esteja em seu coração! Feliz Natal!

Texto: Padre Cesar Augusto
Fonte: Rádio Vaticano

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

Um Deus nos foi dado! – Igreja Católica

Posted: 24 Dec 2010 11:33 AM PST

Estamos vivendo mais um dia santo do Natal. No Evangelho da missa do dia de Natal (Jo 1,1-18), João celebra o encontro de Deus com a humanidade: é preciso que aconteça também o encontro dos homens entre si. Duas idéias devem estar presentes em nossa mente: a identidade da criança e seu significado.

Aprendemos o ideal de solidariedade por meio do ato de Deus em seu Filho, Jesus de Nazaré. Ele assume a natureza humana em toda a sua realidade. Deus fez-se homem e montou entre nós sua tenda. Ele se encarnou, ou seja, quis ser humano com nós, quis sentir as mesmas dificuldades e vivenciar problemas idênticos aos nossos.

Que bom seria se o espírito natalino tomasse conta de todos os dias da vida. Viveríamos continuamente agradecidos, pois o Natal – início de nossa redenção – é o ponto alto da comunicação amorosa de nosso Deus. No Evangelho, João traz boas notícias: o nosso Deus vem para reinar, para fazer estremecer de júbilo as ruínas de Jerusalém e as nossas ruínas; na pessoa do Filho – Palavra encarnada que armou sua tenda no meio de nós – Deus nos fala e nos contempla face a face, e nós podemos contemplá-lo como um de nós. A Eucaristia coroa a celebração e nela somos gratos ao Pai, pois, na Palavra feita gente, recebemos o poder de nos tornarmos filhos de Deus, nós que acolhemos Jesus e acreditamos em seu nome.

No passado, a glória de Deus se escondia e se revelava num a nuvem, no fogo etc., assustando, às vezes, mais que atraindo. Agora, porém, a glória de Deus está presente no humano Jesus. Ele é a manifestação da glória divina. O Deus da Aliança, no Antigo Testamento, se apresentava com duas características de aliado: amor e fidelidade. Agora, porém, o amor fiel é a Palavra que se encarnou.

Jesus, plenitude do amor e da revelação de Deus, é portador de novidade absoluta "porque, de sua plenitude, todos nós recebemos um amor que corresponde ao amor de Deus". Que amor é esse? É o amor que dá a vida. Ele amou até as últimas conseqüências. Corresponder ao seu amor é fazer o que Ele fez: amar sem limites.

Quem deseja conhecer e encontrar o Deus invisível tem agora o panorama desvendado: Ele se tornou visível na Palavra encarnada. Vê-la é ver o Pai. Que o seu Natal seja realmente encontro com Deus Menino que, no seu desprendimento e na sua doação, nos ensina a fraternidade, a solidariedade, a partilha e a santidade. Que o espírito simples e celestial da manjedoura nos ajude a viver mais radicalmente o seguimento do Deus Conosco que nasceu para nos salvar.

Feliz Natal!

Texto: Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
Fonte: CNBB

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

Irmã Dulce beatificação em Maio/2011 – Igreja Católica

Posted: 24 Dec 2010 11:26 AM PST

A data para a cerimônia de beatificação de Irmã Dulce já foi definida. Será no dia 22 de maio de 2011, em missa que será celebrada no Parque de Exposição (Av. Paralela), em Salvador (BA). A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 24, pela assessoria de comunicação da arquidiocese de Salvador.

De acordo com a assessoria, o arcebispo de Salvador, cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, designou o padre Manoel Filho para coordenar o evento. O horário da missa ainda não foi definido. A comissão organizadora do evento é composta por padres, leigos e representantes das Obras Sociais Irmã Dulce.

Fonte: CNBB

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

25 de dezembro “Natal” – Igreja Católica

Posted: 24 Dec 2010 11:21 AM PST

O Natal é a data mais plena de encantamento e de amor, em que todas as famílias do mundo, incluídas as não-cristãs, se reúnem para cultuar, nos seus lares, sua simbologia. Na noite de 24 para 25 de dezembro, conhecida há mais de vinte séculos como a Noite de Natal, festeja-se em todo o mundo cristão o nascimento do Menino-Deus, com manifestações de grande alegria e da mais sincera devoção.

Antes de Cristo, vários povos europeus festejavam essa época do ano por se tratar do solstício de inverno do hemisfério norte, quando há a noite mais longa do ano. Para essa população supersticiosa, era nesse dia que o Sol vencia a batalha contra as trevas e as noites ficavam mais curtas. Esse era "o dia do sol invencível", com celebrações e homenagens ao deus do tempo. Após as conquistas do imperador Júlio César por toda a Europa, houve a reforma do calendário, e o dia do solstício de inverno passou para 25 de dezembro, com o nome de "o dia do nascimento", em referência ao nascer do sol.

Com a conversão do imperador Constantino ao cristianismo, a figura de Cristo ganhou cada vez mais importância nos assuntos do Império Romano. Um fato tão importante como a vinda do Filho de Deus mereceria ser lembrado numa ocasião especial, que se tornou tradição.

Historicamente, não se tem certeza a respeito da data do nascimento de Jesus. Diz o Evangelho que o anjo Gabriel apareceu à Virgem Maria e anunciou o nascimento do Filho de Deus. Ao nascer em Belém, uma cidade da Palestina, Jesus foi colocado numa manjedoura. Mas não se sabe o dia e o mês de seu nascimento, porque os evangelistas não relataram esses pormenores. A data foi escolhida como a mais provável de seu nascimento, em conformidade com os acontecimentos bíblicos e por razões tradicionais do povo cristão.

Em 354, a Igreja católica resolveu aproveitar a festa do "sol invencível", ou "dia do nascimento", para celebrar o Sol Verdadeiro e o Nascimento Verdadeiro da humanidade, que é Jesus Cristo. Por isso, nesse mesmo ano, o papa Libério promulgou a lei eclesiástica que estabeleceu o dia 25 de dezembro como o Natal de Cristo Jesus.

Quando o dia 25 se aproxima, o amor ao próximo renasce no coração das pessoas e o ar fica carregado de grande e alegre expectativa. Assim, ano após ano, segue a tradição dessa noite extraordinária, cuja origem se perde na noite dos tempos e perpetua o advento da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Fonte: Edições Paulinas

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

O colo imenso de Deus - Padre Zezinho – Igreja Católica

Posted: 24 Dec 2010 10:41 AM PST

Os religiosos costumam tratar o Deus em quem acreditam, ou com reverência, ou com temor, ou com intimidade. Depende muito do conceito que fazem de poder, de amor e de justiça. Para nós vale a profecia de Oséias até nos pontos e vírgulas. Nosso Deus é como pai que se inclina para conversar com seus filhos pequenos e, quando isso ajuda, faz por eles e os toma no colo.

Falar de Deus sem falar do seu colo é omitir o aspecto fundamental do amor de Deus. Ele nos ama profundamente e gosta dos filhos que criou, mesmo quando não correspondemos ao seu amor. Acostumamo-nos com muitos outros cristãos a chamar o Deus em quem acreditamos, de Pai, porque a figura preeminente, em todos os tempos e na maioria dos povos e culturas foi sempre a do pai. Embora toda a responsabilidade, carinho, ternura e processo de educação dos filhos ficassem com a mãe, na maioria dos povos, a autoridade cabia ao pai. Nada estranho, portanto, que a maioria das religiões considere Deus um ser masculino e o chame de Pai. A palavra Deus é para nós um nome masculino, mas o ser Deus para nós não é masculino.

A evolução dos costumes e do pensamento universal está levando muitos grupos e religiões a dizer que Deus também é mãe. A partir do conceito de um Deus que não seja nem homem nem mulher e está acima de toda e qualquer figura, feição e contingência humana, toma vulto hoje idéia de Deus Pai-Mãe.

O radicalismo pode levar a atitudes não muito compreendidas, mas é interessante lembrar que não deixa de ser um progresso. Entendemos que Deus não é um ser masculino, como também não é um ser feminino. Ele está acima da masculinidade e da feminilidade. Por isso, há povos que, para designar Deus, usam uma palavra feminina, enquanto outros se fixam na palavra masculina ou neutra. Da mesma forma, existem povos para quem a palavra Terra é masculina, enquanto para outros ela é masculina. Os romanos usavam tellus e terra, os gregos diziam gaia.

Se nos acostumarmos com esta idéia de que Deus não é um ser masculino e sim, simplesmente Deus, compreenderemos a mística da paternidade e da maternidade, ambas vindas daquele que é pai e mãe, e cuida e ama, como todo pai e toda mãe deveria fazê-lo. Acostumemo-nos a imaginar Deus não como um ser humano, mas como o ser primeiro, para quem nenhuma forma ou descrição é suficiente. Pai imenso, pai-mãe imenso, Deus é amor. Chamando-o de pai ou mãe, o importante é nunca imaginá-lo com rosto de gente. Ele é pessoa, mas não é pessoa humana. Seu colo, porém, que não é um colo humano, é infinito. Cabemos perfeitamente dentro dele: todos os indivíduos e povos que já passaram ou passarão por este mundo.

Texto: Padre Zezinho
Fonte: Edições Paulinas

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

Onde e quando nasceu a Virgem Maria – Igreja Católica

Posted: 24 Dec 2010 10:38 AM PST

Onde nasceu Nossa Senhora?

Essa pergunta, versando sobre tema muito caro aos católicos, por diversas razões não encontra fácil resposta. A natividade da Virgem Santíssima é comemorada no dia 8 de setembro.

Para entender a escassez de informações nos primeiros séculos da Igreja, sobre a vida de Nossa Senhora, convém levar em conta as particularidades daquela época.

O mundo pagão, por efeito da decadência em que se encontrava, era politeísta, ou seja, os homens adoravam simultaneamente vários deuses. Os pagãos não achavam ilógico nem absurdo que houvesse várias divindades, ou que elas não fossem perfeitas. Pior ainda. Consideravam normal que os deuses dessem exemplo de devassidão moral, sendo, por exemplo, adúlteros, ladrões ou bêbados. Obviamente, nem todos os deuses eram apresentados como subjugados por esses vícios, mas o fato de haver vários deles nessas condições tornava imensamente árduo para os pagãos entender a noção católica do verdadeiro e único Deus, de perfeição infinita.

Por isso a primitiva Igreja teve muito cuidado ao apresentar Nossa Senhora como Mãe de Deus, pois aqueles povos, com forte influência do paganismo, rapidamente tenderiam a transformá-la numa deusa. Somente após a queda do Império Romano do Ocidente e a sucessiva cristianização dos povos começou a Igreja – que nunca negou a importância fundamental da Virgem Santíssima na história da salvação – a colocar Nossa Senhora na evidência que lhe compete e a exaltar suas maravilhas. E com isso, a fazer um bem indescritível às almas dos fiéis.

É fácil compreender por que nesse longo período, cerca de 400 anos, muitas informações a respeito da Santíssima Virgem tenham se perdido e outras se encontrem em fontes não inteiramente confiáveis. Não obstante, a Tradição da Igreja conservou fielmente aqueles atributos d'Ela que eram necessários para a integridade da fé dos católicos. O essencial foi transmitido, e, para um filho que ama sua Mãe, qualquer dado a respeito d'Ela é importante.

Entre esses dados, sobre os quais um véu de mistério permaneceu, está o local em que nasceu Nossa Senhora.

Belém, Seforis, ou Jerusalém

Três cidades disputam a honra de ter sido o local de nascimento da Mãe de Deus. (www.enciclopediacatolica.com)

A primeira é Belém. Deve-se essa tradição ao fato de Nossa Senhora ser de estirpe real, da casa de Davi. Sendo Belém a cidade de Davi, foi essa a razão pela qual São José e a Virgem Santíssima – ambos descendentes do Profeta-Rei – dirigiram-se àquela localidade, por ocasião do censo romano que ordenava a todos registrarem-se no lugar originário de suas famílias. Por isso, o Menino Jesus nasceu em Belém, e é aclamado, no Evangelho, como Filho de Davi. O principal argumento dos que sustentam a tese de que Nossa Senhora nasceu em Belém encontra-se num documento intitulado De Nativitate S. Mariae, incluído na continuação das obras de São Jerônimo.

Outra tradição assinala a pequena localidade de Seforis, poucos quilômetros ao norte de Belém, como o local do nascimento da Virgem. Tal opinião tem como base que, já na época do Imperador Constantino, no início do século IV, foi construída uma igreja nessa localidade para celebrar o fato de ali terem residido São Joaquim e Santa Ana, pais de Nossa Senhora. Santo Epifânio menciona tal santuário. Os defensores de outras hipóteses assinalam que o fato de os genitores da Virgem Santíssima terem morado lá não indica necessariamente que Nossa Senhora haja nascido naquela localidade.

A hipótese que congrega maior número de adeptos é a de que Ela nasceu em Jerusalém. São Sofrônio, Patriarca de Jerusalém (634-638), escrevendo no ano 603, afirma claramente ser aquela a cidade natal de Maria Santíssima. (Nuevo Diccionario de Mariologia, Ediciones Paulinas) São João Damasceno defende a mesma posição.

A festa da Natividade

Na Igreja católica celebramos numerosas festas de santos. Havendo, felizmente, milhares de santos, comemoram-se milhares de festas. Ocorre que não se celebra a data de nascimento do santo, mas sim a de sua morte — correspondendo ao dia da entrada dele na vida eterna. Somente em três casos comemoram-se as festas no dia do nascimento: Nosso Senhor Jesus Cristo (Natal); o nascimento de São João Batista; e a natividade da Santíssima Virgem.

A festa da Natividade era celebrada no Oriente católico muito antes de ser instituída no Ocidente. Segundo uma bela tradição, tal festa teve início quando São Maurílio a introduziu na diocese de Angers, na França, em conseqüência de uma revelação, no ano 430. Um senhor de Angers encontrava-se na pradaria de Marillais, na noite de 8 de setembro daquele ano, quando ouviu os anjos cantando no Céu. Perguntou-lhes qual o motivo do cântico. Responderam-lhe que cantavam em razão de sua alegria pelo nascimento de Nossa Senhora durante a noite daquele dia. (La fête angevine N.D. de France, IV, Paris, 1864, 188)

Em Roma, já no século VII, encontra-se o registro da comemoração de tal festa. O Papa Sérgio tornou-a solene, mediante uma grande procissão.

Posteriormente, Fulberto, Bispo de Chartres, muito contribuiu para a difusão dessa data em toda a França. Finalmente, o Papa Inocêncio IV, em 1245, durante o Concilio de Lyon, estendeu a festividade para toda a Igreja.

Comemoração na atualidade

Por uma série de motivos curiosos, a festa da Natividade é celebrada muito especialmente na Itália e em Malta. Sendo o povo italiano muito vivo e propenso a celebrações familiares, não surpreende esse fato.

Em Malta, a principal comemoração da festa consiste numa solene procissão na localidade de Xaghra. (http://www.gozo.gov.mt/generalactivity (The Nativity of Our Lady in Xaghra)

Na cidade de Florença, no dia da festa, numerosas crianças dirigem-se ao rio Arno levando pequenas lanternas, que são colocadas na água e lentamente vão atravessando a cidade.

Na Sicília, na localidade de Mistretta, a população celebra a festa representando um baile entre dois gigantes. À primeira vista, pareceria que isto nada tem a ver com o fato histórico. Mas ele corresponde a uma tradição: foi encontrada uma imagem de Santa Ana com Nossa Senhora ainda menina. Levada à cidade, a imagem misteriosamente retornou ao local onde havia sido achada, e os habitantes julgaram que só poderia ter sido levada por gigantes. Proveio dessa lenda o costume.

Em Moliterno, ao contrário, existe o lindo e pitoresco costume de as meninas da localidade fixarem pequenas candeias nos chapéus de seus trajes típicos. Em determinado momento desaparecem as outras luzes e só permanecem as das meninas, que executam uma dança regional.

Curiosamente, em muitas localidades as luzes desempenham papel determinante na festa. Podemos conjeturar uma razão para o fato: a Natividade de Nossa Senhora representou o prenúncio da chegada ao mundo da Luz de Justiça, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Texto: Valdis Grinsteins
Fonte: Catolicismo.com.br

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo