sábado, 30 de abril de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 01 de Maio de 2011
2º Domingo da Páscoa (Divina Misericórdia) - Ano A

2º domingo do tempo pascal - Domingo da Divina Misericórdia (semana II do saltério)
São José Operário,  Santa Comba do Alentejo, martir, +300



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Celebração eucarística em sufrágio de João Paulo II : «Mostrou-lhes as mãos e o peito»

Leituras

Actos 2,42-47.

Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão e às orações.
Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, o temor dominava todos os espíritos.
Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum.
Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um.
Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração.
Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação.


Salmos 118(117),2-4.13-15.22-24.

Diga a casa de Israel: «O seu amor é eterno.»
Diga a casa de Aarão: «O seu amor é eterno.»
Digam os que crêem no SENHOR: «O seu amor é eterno.»
Empurraram-me com violência para eu cair, mas o SENHOR veio em meu auxílio.

SENHOR é o meu refúgio e a minha força; Ele é a minha salvação.
Ouvem-se vozes de alegria e de vitória nas tendas dos justos: «A mão do SENHOR fez maravilhas,
pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular.
Isto foi obra do SENHOR e é um prodígio aos nossos olhos.

Este é o dia da vitória do SENHOR: cantemos e alegremo-nos nele!


1 Pedro 1,3-9.

Bendito seja Deus, Pai do Nosso Senhor Jesus Cristo, que na sua grande misericórdia nos gerou de novo – através da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos – para uma esperança viva,
para uma herança incorruptível, imaculada e indefectível, reservada no Céu para vós,
a quem o poder de Deus guarda, pela fé, até alcançardes a salvação que está pronta para se manifestar no momento final.
É por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações;
deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo.
Sem o terdes visto, vós o amais; sem o ver ainda, credes nele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante,
alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas.


João 20,19-31.

Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor.
E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.»
Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.
Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»
Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio.
Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.»
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!»
Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.»
Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!»
Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto».
Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, acreditando, terdes a vida nele.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Celebração eucarística em sufrágio de João Paulo II
Regina Caeli de 3 de Abril de 2005, o dia seguinte ao falecimento de João Paulo II (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

«Mostrou-lhes as mãos e o peito»

O Papa João Paulo II tinha indicado o tema da meditação para o Regina Caeli
do 2º Domingo de Páscoa, o Domingo da Divina Misericórdia. No final da
concelebração eucarística presidida pelo Cardeal Angelo Sodano na Praça de
São Pedro, Mons. Leonardo Sandri proferiu as seguintes palavras, antes de
ler o texto do Santo Padre: «Fui encarregado de vos ler um texto preparado
por indicação do Santo Padre João Paulo II. [...]»Caríssimos Irmãos e
Irmãs! Hoje ressoa igualmente o alegre Aleluia da Páscoa. A hodierna página
do Evangelho de João sublinha que o Ressuscitado, na tarde daquele dia,
apareceu aos Apóstolos e «mostrou-lhes as mãos e o lado» (Jo 20, 20), isto
é, os sinais da dolorosa paixão impressos de modo indelével no Seu corpo
mesmo depois da ressurreição. Aquelas chagas gloriosas, que oito dias
depois deu a tocar ao incrédulo Tomé, revelando a misericórdia de Deus que
«tanto amou o mundo que lhe deu o seu Filho unigénito» (Jo 3, 16). Este
mistério da morte está no centro da hodierna liturgia do Domingo in Albis,
dedicado ao culto da Divina Misericórdia. À humanidade, que no momento
parece desfalecida e dominada pelo poder do mal, do egoísmo e do medo, o
Senhor ressuscitado oferece como dom o seu amor que perdoa, reconcilia e
abre novamente o ânimo à esperança. Quanta necessidade tem o mundo de
compreender e de acolher a Divina Misericórdia! Senhor, que com a Tua morte
e ressurreição revelas o amor do Pai, nós cremos em Ti e com confiança Te
repetimos no dia de hoje: Jesus eu confio em Ti, tem misericórdia de nós e
do mundo inteiro. A solenidade litúrgica da Anunciação, que celebraremos
amanhã, leva-nos a contemplar com os olhos de Maria o imenso mistério deste
amor misericordioso que sai do Coração de Cristo. Ajudados por Ela,
possamos compreender o sentido verdadeiro da alegria pascal, que se
fundamenta nesta certeza: Aquele que a Virgem trouxe em seu ventre, que
sofreu e morreu por nós, ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!




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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Profecia do Dia

Sabado, dia 30 de Abril de 2011
SÁBADO NA OITAVA DA PÁSCOA

Sábado na Oitava de PáscoaSábado na oitava da Páscoa (ofício próprio)
S. Pio V, papa, +1572,  S. José Bento Cottolengo, presbítero, fundador, +1842



Comentário ao Evangelho do dia feito por
João Paulo II : «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura»

Leituras

Actos 4,13-21.

Ao verem o desassombro de Pedro e de João e percebendo que eram homens iletrados e plebeus, ficaram espantados. Reconheciam-nos por terem andado com Jesus,
mas, ao mesmo tempo, vendo de pé, junto deles, o homem que fora curado, nada encontraram para replicar.
Mandaram-nos, então, sair do Sinédrio e começaram sozinhos a deliberar:
«Que havemos de fazer a estes homens? Que um milagre notável foi realizado por eles é demasiado claro para todos os habitantes de Jerusalém e não podemos negá-lo.
No entanto, para evitar que a notícia deste caso se espalhe ainda mais por entre o povo, proibamo-los, com ameaças, de falar, doravante, a quem quer que seja, nesse nome.»
Chamaram-nos, então, e impuseram-lhes a proibição formal de falar ou ensinar em nome de Jesus.
Mas Pedro e João retorquiram: «Julgai vós mesmos se é justo, diante de Deus, obedecer a vós primeiro do que a Deus.
Quanto a nós, não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos.»
Eles, então, com novas ameaças, mandaram-nos em liberdade, não encontrando maneira de os castigar, por causa do povo; pois todos glorificavam a Deus pelo que tinha acontecido.


Salmos 118(117),1.14-15.16ab-18.19-21.

Louvai o SENHOR, porque Ele é bom, porque o seu amor é eterno.
SENHOR é o meu refúgio e a minha força; Ele é a minha salvação.
Ouvem-se vozes de alegria e de vitória nas tendas dos justos: «A mão do SENHOR fez maravilhas,
mão do SENHOR foi magnífica; a mão do SENHOR fez maravilhas.»

Não morrerei, antes viverei, para narrar as obras do SENHOR.
SENHOR castigou-me com dureza, mas não me deixou morrer.
Abri-me as portas da justiça: quero entrar para dar graças ao SENHOR.
Esta é a porta do SENHOR: os justos entrarão por ela.

Eu te darei graças, porque me respondeste, porque foste o meu salvador.


Marcos 16,9-15.

Tendo ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana, Jesus apareceu primeiramente a Maria de Magdala, da qual expulsara sete demónios.
Ela foi anunciá-lo aos que tinham sido seus companheiros, que viviam em luto e em pranto.
Mas eles, ouvindo dizer que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não acreditaram.
Depois disto, Jesus apareceu com um aspecto diferente a dois deles que iam a caminho do campo.
Eles voltaram para trás a fim de o anunciar aos restantes. E também não acreditaram neles.
Apareceu, finalmente, aos próprios Onze quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração em não acreditarem naqueles que o tinham visto ressuscitado.
E disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

João Paulo II
Carta apostólica «Novo millennio ineunte», § 58 ( trad. © Libreria Editrice Vaticana)

«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura»

Duc in altum! Sigamos em frente, com esperança! Diante da Igreja abre-se um
novo milénio como um vasto oceano onde aventurar-se com a ajuda de Cristo.
O Filho de Deus, que encarnou há dois mil anos por amor do homem, continua
também hoje em acção: devemos possuir um olhar perspicaz para a contemplar,
e sobretudo um coração grande para nos tornarmos instrumentos dela.
Porventura não foi para tomar renovado contacto com esta fonte viva da
nossa esperança que celebrámos o ano jubilar? Agora Cristo, por nós
contemplado e amado, convida uma vez mais a pormo-nos a caminho: «Ide,
pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo» (Mt 28, 19). O mandato missionário introduz-nos no terceiro
milénio, convidando-nos a ter o mesmo entusiasmo dos cristãos da primeira
hora; podemos contar com a força do mesmo Espírito que foi derramado no
Pentecostes e nos impele hoje a partir de novo sustentados pela esperança
que «não nos deixa confundidos» (Rom 5, 5). Ao princípio deste novo século,
o nosso passo tem de fazer-se mais lesto para percorrer as estradas do
mundo. As sendas, por onde caminha cada um de nós e cada uma das nossas
Igrejas são muitas, mas não há distância entre aqueles que estão
intimamente ligados pela única comunhão, a comunhão que cada dia é
alimentada à mesa do Pão eucarístico e da Palavra de vida. Cada domingo,
Cristo ressuscitado marca encontro connosco no Cenáculo onde, na tarde do
«primeiro dia depois do sábado» (Jo 20,19), apareceu aos Seus «soprando»
sobre eles o dom vivificante do Espírito e iniciando-os na grande aventura
da evangelização.




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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 29 de Abril de 2011
6ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

6ª feira na oitava de PáscoaJesus Cristo, Bom Pastor6ª feira na oitava da Páscoa (ofício próprio)
Santa Catarina de Sena, virgem, Doutora da Igreja, Padroeira da Europa,+1380



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo : «Jesus apresentou-Se na margem»

Leituras

Actos 4,1-12.

Estando eles a falar ao povo, surgiram os sacerdotes, o comandante do templo e os saduceus,
irritados por vê-los a ensinar o povo e a anunciar, na pessoa de Jesus, a ressurreição dos mortos.
Deitaram-lhes as mãos e prenderam-nos até ao dia seguinte, pois já era tarde.
No entanto, muitos dos que tinham ouvido a Palavra abraçaram a fé, e o número dos crentes elevou-se a cerca de cinco mil.
No dia seguinte, os chefes dos judeus, os anciãos e os escribas reuniram-se em Jerusalém
com o Sumo Sacerdote Anás, e ainda Caifás, João, Alexandre e todos os membros das famílias dos sumos sacerdotes.
Mandaram comparecer os Apóstolos diante deles e perguntaram-lhes: «Com que poder ou em nome de quem fizestes isso?»
Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos,
já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e sobre o modo como ele foi curado,
ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se apresenta curado diante de vós.
Ele é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se transformou em pedra angular.
E não há salvação em nenhum outro, pois não há debaixo do céu qualquer outro nome, dado aos homens, que nos possa salvar.»


Salmos 118(117),1-2.4.22-24.25-27a.

Louvai o SENHOR, porque Ele é bom, porque o seu amor é eterno.
Diga a casa de Israel: «O seu amor é eterno.»
Digam os que crêem no SENHOR: «O seu amor é eterno.»
pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular.

Isto foi obra do SENHOR e é um prodígio aos nossos olhos.
Este é o dia da vitória do SENHOR: cantemos e alegremo-nos nele!
SENHOR, salva-nos! SENHOR, dá-nos a vitória!
Bendito o que vem em nome do SENHOR! Da casa do SENHOR nós vos abençoamos.

SENHOR é Deus; Ele tem-nos iluminado! Entrançai as ramagens de festa até às hastes do altar.


João 21,1-14.

Algum tempo depois, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, junto ao lago de Tiberíades, e manifestou-se deste modo:
estavam juntos Simão Pedro, Tomé, a quem chamavam o Gémeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar.» Eles responderam-lhe: «Nós também vamos contigo.» Saíram e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada.
Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele.
Jesus disse-lhes, então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-lhe: «Não.»
Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar.» Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não tinham forças para a arrastar.
Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais roupa, e lançou-se à água.
Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros.
Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e pão.
Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.»
Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes grandes: cento e cinquenta e três. E, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.
Disse-lhes Jesus: «Vinde almoçar.» E nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor.
Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe.
Esta já foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Crisólogo (406?-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 78, PL 52, 420

«Jesus apresentou-Se na margem»

Depois da Sua Paixão, cujo tumulto surpreendeu a terra, assustou o céu,
assombrou os séculos e desolou os infernos, o Senhor veio até à beira-mar e
reparou que os discípulos erravam nas águas em plena noite, sujeitos a uma
obscura ondulação. O sol ainda vinha longe e nem a luz da lua, nem o céu
estrelado conseguiam acalmar a angústia duma noite assim. Diz o Evangelho
que «ao romper do dia, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não
sabiam que era Ele». A Criação inteira fugira ao ultraje infligido ao seu
Criador, a terra assistira ao tremor das suas fundações e à sua falência, o
sol desaparecera para não ter de olhar, o dia retirara-se para não ter de
assistir e, apesar da sua dureza, as rochas fenderam-se. O inferno vê o seu
próprio Juiz chegar às suas entranhas e, vencido, solta os seus cativos com
um grito de dor (Mt 27,45-52).


O mundo inteiro fora lançado na confusão e nem sequer duvidara que, com a
morte do Criador, fora mergulhado de novo nas trevas primordiais e no
antigo caos (Gn 1,2). Mas de repente, na luz da Sua Ressurreição, o Senhor
resgata o dia e devolve ao mundo o seu aspecto de sempre. Vem para fazer
ressurgir com Ele, na Sua glória, todos os que andavam abatidos de
tristeza: «Ao romper do dia, Jesus apresentou-Se na margem». Em primeiro
lugar, vem reconduzir a Sua Igreja à segurança da fé, já que encontrou os
Seus discípulos privados dela e despojados das suas forças. Estavam lá
Pedro, que O negou, Tomé, que não acreditou, João, que fugiu, e por isso
não lhes fala como a valentes soldados, mas como a crianças assustadas:
«Rapazes, tendes alguma coisa para comer?». Deste modo os discípulos serão
chamados à graça pela Sua humanidade, à confiança pelo pão, e à fé pelo
sustento. Com efeito, só acreditariam na Ressurreição do Seu corpo se O
vissem ceder às vicissitudes da existência e comer. Por isso pede comida
Aquele que é a abundância de todos os bens, e come Ele próprio do pão
porque tem fome não de alimento, mas do amor dos Seus: ««Rapazes, tendes
alguma coisa para comer?» Eles responderam-Lhe: «Não»». E o que podiam eles
ter, uma vez que já não tinham consigo a Cristo – embora Ele estivesse ali,
no meio deles – e não viam o Senhor, se bem que O tivessem diante dos
olhos? «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar».




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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 28 de Abril de 2011
5ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

5ª feira na Oitava de PáscoaNossa Senhora, Mãe do Divino Pastor5ª feira na oitava da Páscoa (ofício próprio)
S. Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero, +1716,  S. Pedro Chanel, presbítero, mártir, padroeiro da Oceânia, +1841,  Santa Gianna Beretta Molla



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Inácio de Antioquia : «Vede as Minhas mãos e os Meus pés. [...] Tocai-Me»

Leituras

Actos 3,11-26.

E, como ele não deixasse Pedro e João, todo o povo, cheio de assombro, se juntou a eles sob o chamado pórtico de Salomão.
Ao ver isto, Pedro dirigiu a palavra ao povo: «Homens de Israel, porque vos admirais com isto? Porque nos olhais, como se tivéssemos feito andar este homem por nosso próprio poder ou piedade,?
O Deus de Abraão, de Isaac e Jacob, o Deus dos nossos pais, glorificou o seu servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a libertá-lo.
Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação de um assassino.
Destes a morte ao Príncipe da Vida, mas Deus ressuscitou-o dos mortos, e disso nós somos testemunhas.
Pela fé no seu nome, este homem, que vedes e conheceis, recobrou as forças. Foi a fé que dele nos vem que curou completamente este homem na vossa presença.
Agora, irmãos, sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes.
Dessa forma, Deus cumpriu o que antecipadamente anunciara pela boca de todos os profetas: que o seu Messias havia de padecer.
Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam apagados;
e, assim, o Senhor vos conceda os tempos de conforto, quando Ele enviar aquele que vos foi destinado, o Messias Jesus,
que deve permanecer no Céu até ao momento da restauração de todas as coisas, de que Deus falou outrora pela boca dos seus santos profetas.
Moisés disse: 'O Senhor Deus suscitar-vos-á um Profeta como eu, de entre os vossos irmãos. Escutá-lo-eis em tudo quanto vos disser.
Quem não escutar esse Profeta, será exterminado do meio do povo.'
E, por outro lado, todos os profetas que falaram desde Samuel anunciaram igualmente estes dias.
Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus concluiu com os vossos pais, quando disse a Abraão: 'Na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da Terra.'
Foi primeiramente para vós que Deus suscitou o seu Servo e o enviou para vos abençoar e para se afastar cada um de vós das suas más acções.»


Salmos 8,2a.5.6-7.8-9.

Ó SENHOR, nosso Deus, como é admirável o teu nome em toda a terra! Adorarei a tua majestade, mais alta que os céus.
que é o homem para te lembrares dele, o filho do homem para com ele te preocupares?
Quase fizeste dele um ser divino; de glória e de honra o coroaste.
Deste lhe domínio sobre as obras das tuas mãos, tudo submeteste a seus pés:

rebanhos e gado, sem excepção, e até mesmo os animais bravios;
as aves do céu e os peixes do mar, tudo o que percorre os caminhos do oceano.


Lucas 24,35-48.

E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.
Enquanto isto diziam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho.»
Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa que se coma?»
Deram-lhe um bocado de peixe assado;
e, tomando-o, comeu diante deles.
Depois, disse-lhes: «Estas foram as palavras que vos disse, quando ainda estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos.»
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia;
que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém.
Vós sois as testemunhas destas coisas.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Inácio de Antioquia (?-c. 110), bispo e mártir
Carta à Igreja de Esmirna

«Vede as Minhas mãos e os Meus pés. [...] Tocai-Me»

Dou graças a Jesus Cristo nosso Deus por nos ter inspirado tal sabedoria.
Descobri que estáveis unidos numa fé inabalável, pregados de corpo e alma,
se assim posso dizer, à cruz do Senhor Jesus Cristo, fortalecidos pelo Seu
sangue no amor, inteiramente convencidos de que Nosso Senhor é
verdadeiramente «filho de David pela carne» (Rom 1, 3), filho de Deus pela
vontade e o poder divinos; verdadeiramente nascido de uma virgem, baptizado
por João «para cumprir toda a justiça» (Mt 3, 15); verdadeiramente
trespassado por pregos por nós na Sua carne por ordem de Pôncio Pilatos e
do tetrarca Herodes. E é ao fruto da cruz, à Sua divina e bem aventurada
Paixão, que nós devemos a nossa existência. Pois pela Sua ressurreição Ele
«eleva o Seu estandarte» (Is 5, 26) sobre os séculos vindouros, a fim de
escolher os Seus santos e os Seus fiéis de entre judeus e pagãos e
reuni-los num só corpo, o da Sua Igreja (Ef 2, 16).


Ele aceitou todos estes sofrimentos por nós, pela nossa salvação. E sofreu
verdadeiramente, tal como verdadeiramente ressuscitou. E a Sua Paixão não
foi, como afirmam certos descrentes, uma simples aparência. [...] Quanto a
mim, sei e acredito que, mesmo após a Sua ressurreição, Jesus era carne.
Quando Se aproximou de Pedro e dos seus companheiros, disse-lhes: «Tocai-Me
e olhai que um espírito não tem carne nem ossos». Eles tocaram n'Ele e
acreditaram. Esta comunhão estreita com a Sua carne e o Seu espírito
ajudou-os a enfrentar a morte e a ser mais fortes do que ela. Após a
ressurreição, Jesus comeu e bebeu com eles, como um ser de carne, quando Se
tinha tornado um só espírito com o Pai. Recordo-vos estas verdades,
bem-amados, sabendo que esta é também a vossa profissão de fé.




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terça-feira, 26 de abril de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 27 de Abril de 2011
4ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

4ª-Feira na Oitava da Páscoa 4ª feira na oitava da Páscoa (ofício próprio)
Santa Zita, virgem, +1278,  S. Pedro Canísio, presbítero, doutor da Igreja, +1597



Comentário ao Evangelho do dia feito por
João Paulo II : «Tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se»

Leituras

Actos 3,1-10.

Pedro e João subiam ao templo, para a oração das três horas da tarde.
Era para ali levado um homem, coxo desde o ventre materno, que todos os dias colocavam à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola àqueles que entravam.
Ao ver Pedro e João entrarem no templo, pediu-lhes esmola.
Pedro, juntamente com João, olhando-o fixamente, disse-lhe: «Olha para nós.»
O coxo tinha os olhos nos dois, esperando receber alguma coisa deles.
Mas Pedro disse-lhe: «Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho, isto te dou: Em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda!»
E, segurando-o pela mão direita, ergueu-o. No mesmo instante, os pés e os artelhos se lhe tornaram firmes.
De um salto, pôs-se de pé, começou a andar e entrou com eles no templo, caminhando, saltando e louvando a Deus.
Todo o povo o viu caminhar e louvar a Deus.
Bem o conheciam, como sendo aquele que costumava sentar-se à Porta Formosa do templo a mendigar; ficaram cheios de assombro e estupefactos com o que lhe acabava de suceder.


Salmos 105(104),1-2.3-4.6-7.8-9.

Louvai o SENHOR, aclamai o seu nome, anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-lhe hinos e salmos, proclamai as suas maravilhas.
Orgulhai-vos do seu nome santo; alegre-se o coração dos que procuram o SENHOR.
Recorrei ao SENHOR e ao seu poder e buscai sempre a sua face.

vós, descendentes de Abraão, seu servo, filhos de Jacob, seu escolhido.
Ele é o SENHOR, nosso Deus, e governa sobre a terra!
Ele recordará sempre a sua aliança, a promessa que jurou manter por mil gerações,
pacto que fez com Abraão e aquele juramento que fez a Isaac.



Lucas 24,13-35.

Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém;
e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera.
Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho;
os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer.
Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?» Pararam entristecidos.
E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!»
Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo;
como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada
e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia.
Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.»
Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os profetas anunciaram!
Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?»
E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante.
Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles.
E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho.
Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença.
Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?»
Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os seus companheiros,
que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!»
E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

João Paulo II
Carta apostólica «Mane nobiscum Domine» §§ 2, 11, 12 (trad. DC 2323 7/11/04 © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se»

O ícone dos discípulos de Emaús presta-se bem para nortear um ano que verá
a Igreja particularmente empenhada na vivência do mistério da sagrada
Eucaristia. Ao longo do caminho das nossas dúvidas, inquietações e às vezes
amargas desilusões, o divino Viajante continua a fazer-Se nosso companheiro
para nos introduzir, com a interpretação das Escrituras, na compreensão dos
mistérios de Deus. Quando o encontro se torna pleno, à luz da Palavra
segue-se a luz que brota do «Pão da vida», pelo qual Cristo cumpre de modo
supremo a Sua promessa de «estar connosco todos os dias até ao fim do
mundo» (cf. Mt 28, 20).A narração da aparição de Jesus ressuscitado aos
dois discípulos de Emaús ajuda-nos a pôr em destaque um primeiro aspecto do
mistério eucarístico, que deve estar sempre presente na devoção do povo de
Deus: a Eucaristia, mistério de luz! [...] Jesus designou-Se a Si mesmo
como «luz do mundo» (Jo 8, 12), e esta Sua propriedade aparece bem
evidenciada em momentos da Sua vida como a Transfiguração e a Ressurreição,
onde refulge claramente a Sua glória divina. Diversamente, na Eucaristia a
glória de Cristo está velada. O sacramento eucarístico é o «mysterium
fidei» por excelência. E, todavia, precisamente através deste sacramento da
sua total ocultação, Cristo torna-Se mistério de luz, mediante o qual o
fiel é introduzido nas profundezas da vida divina. [...]A Eucaristia é luz
antes de mais nada porque, em cada Missa, a liturgia da Palavra de Deus
precede a liturgia Eucarística, na unidade das duas «mesas» — a da Palavra
e a do Pão. [...] Na narração dos discípulos de Emaús, o próprio Cristo
intervém para mostrar, «começando por Moisés e seguindo por todos os
profetas», como «todas as Escrituras» conduzem ao mistério da Sua Pessoa
(cf. Lc 24, 27). As Suas palavras fazem «arder» os corações dos discípulos,
tiram-nos da obscuridade da tristeza e do desânimo, suscitam neles o desejo
de permanecer com Ele: «Fica connosco, Senhor» (cf. Lc 24, 29).




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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 26 de Abril de 2011
3ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

3ª-feira na Oitava da Páscoa3ª feira na oitava da Páscoa (ofício próprio)Nossa Senhora do Bom Conselho
Santo Anacleto (Cleto), papa, mártir, séc. I,  S. Pedro de Rates, mártir, 1º bispo de Braga, séc. I (?)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato John Henry Newman : «Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito.

Leituras

Actos 2,36-41.

Saiba toda a casa de Israel, com absoluta certeza, que Deus estabeleceu como Senhor e Messias a esse Jesus por vós crucificado.»
Ouvindo estas palavras, ficaram emocionados até ao fundo do coração e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?»
Pedro respondeu-lhes: «Convertei-vos e peça cada um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo.
Na verdade, a promessa de Deus é para vós, para os vossos filhos, assim como para todos os que estão longe: para todos os que o Senhor nosso Deus quiser chamar.»
Com estas e muitas outras palavras, Pedro exortava-os e dizia-lhes: «Afastai-vos desta geração perversa.»
Os que aceitaram a sua palavra receberam o baptismo e, naquele dia, juntaram-se a eles cerca de três mil pessoas.


Salmos 33(32),4-5.18-19.20.22.

As palavras do SENHOR são verdadeiras, as suas obras nascem da fidelidade.
Ele ama a rectidão e a justiça; a terra está cheia da sua bondade.
Os olhos do SENHOR velam pelos seus fiéis, por aqueles que esperam na sua bondade,
para os libertar da morte e os manter vivos no tempo da fome.

A nossa alma espera no SENHOR; Ele é o nosso amparo e o nosso escudo.
Venha sobre nós, SENHOR, o teu amor, pois depositamos em ti a nossa confiança.


João 20,11-18.

Maria estava junto ao túmulo, da parte de fora, a chorar. Sem parar de chorar, debruçou-se para dentro do túmulo,
e contemplou dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha estado o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés.
Perguntaram-lhe: «Mulher, porque choras?» E ela respondeu: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram.»
Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus, de pé, mas não se dava conta que era Ele.
E Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? Quem procuras?» Ela, pensando que era o encarregado do horto, disse-lhe: «Senhor, se foste tu que o tiraste, diz-me onde o puseste, que eu vou buscá-lo.»
Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: «Rabbuni!» que quer dizer: «Mestre!»
Jesus disse-lhe: «Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vai ter com os meus irmãos e diz-lhes: 'Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.'»
Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: «Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo
Lectures on Justification, n° 9, § 8

«Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito.

«Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai.» Por que não podemos
tocar em Nosso Senhor antes da Sua ascensão, e como podemos tocar-Lhe
depois? [...]? Não Me toques porque eis que, para vosso maior bem, subo da
terra ao céu, da carne e do sangue à glória, de um corpo humano a um corpo
espiritual (1Cor 15, 44). [...] Ascender daqui de baixo, em corpo e alma,
até ao Meu Pai é descer em espírito do Meu Pai até junto de vós. Nessa
altura, estarei presente junto de vós, embora esteja invisível, mais
realmente presente do que hoje. Nessa altura, poderás tocar-Me e tomar-Me –
sem um abraço visível, mas com outro mais real, pela fé e a devoção. [...]


Viste-Me, Maria, mas não podes reter-Me. Aproximaste-te de Mim, mas apenas
o suficiente para Me beijares os pés e seres tocada pela Minha mão.
Disseste-me: «Oh, pudesse eu chegar até ele, alcançar a sua morada! Pudesse
eu tê-lo e nunca mais o perder!» (Jb 23, 3; cf Ct 5, 6). Ter-Me-ás por
inteiro e por completo. Ficarei perto de ti, em ti; virei ao teu coração,
inteiramente Salvador, inteiramente Cristo, Deus e homem em toda a Minha
plenitude, pelo prodigioso poder do Meu corpo e do Meu sangue.





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domingo, 24 de abril de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 25 de Abril de 2011
2ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

2ª feira na oitava da Páscoa (ofício próprio)
Santa Maria Eufrásia Pelletier, virgem, fundadora, +1868,  S. Marcos, evangelista



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Odilão de Cluny : «Ide anunciar aos Meus irmãos que partam para a Galileia: lá Me verão»

Leituras

Actos 2,14.22-33.

De pé, com os Onze, Pedro ergueu a voz e dirigiu-lhes então estas palavras: «Homens da Judeia e todos vós que residis em Jerusalém, ficai sabendo isto e prestai atenção às minhas palavras.
Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré, Homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres, prodígios e sinais que Deus realizou no meio de vós por seu intermédio, como vós próprios sabeis,
este, depois de entregue, conforme o desígnio imutável e a previsão de Deus, vós o matastes, cravando-o na cruz pela mão de gente perversa.
Mas Deus ressuscitou-o, libertando-o dos grilhões da morte, pois não era possível que ficasse sob o domínio da morte.
David diz a seu respeito: 'Eu via constantemente o Senhor diante de mim, porque Ele está à minha direita, a fim de eu não vacilar.
Por isso o meu coração se alegrou e a minha língua exultou; e até a minha carne repousará na esperança,
porque Tu não abandonarás a minha vida na habitação dos mortos, nem permitirás que o teu Santo conheça a decomposição.
Deste-me a conhecer os caminhos da Vida, hás-de encher-me de alegria com a tua presença.'
Irmãos, seja-me permitido falar-vos sem rodeios: o patriarca David morreu e foi sepultado, e o seu túmulo encontra-se, ainda hoje, entre nós.
Mas, como era profeta e sabia que Deus lhe prometera, sob juramento, que um dos descendentes do seu sangue havia de sentar-se no seu trono,
viu e proclamou antecipadamente a ressurreição de Cristo por estas palavras: 'Não foi abandonado na habitação dos mortos e a sua carne não conheceu a decomposição.'
Foi este Jesus que Deus ressuscitou, e disto nós somos testemunhas.
Tendo sido elevado pelo poder de Deus, recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e derramou-o como vedes e ouvis.


Salmos 16(15),1-2a.5.7-8.9-10.11.

Defende me, ó Deus, porque em ti me refugio.
Digo ao SENHOR: "Tu és o meu Deus, és o meu bem e nada existe acima de ti."
SENHOR, minha herança e meu cálice, a minha sorte está nas tuas mãos.
Bendirei o SENHOR porque Ele me aconselha; até durante a noite a minha consciência me adverte.

Tenho sempre o SENHOR diante dos meus olhos; com Ele a meu lado, jamais vacilarei.
Por isso, o meu coração se alegra e a minha alma exulta e o meu corpo repousará em segurança.
Pois Tu não me entregarás à morada dos mortos, nem deixarás o teu fiel conhecer a sepultura.
Hás-de ensinar me o caminho da vida, saciar me de alegria na tua presença, e de delícias eternas, à tua direita.



Mateus 28,8-15.

Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, as mulheres correram a dar a notícia aos discípulos.
Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Salve!» Elas aproximaram-se, estreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante dele.
Jesus disse-lhes: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.»
Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos sumos sacerdotes tudo o que tinha acontecido!
Eles reuniram-se com os anciãos; e, depois de terem deliberado, deram muito dinheiro aos soldados,
recomendando-lhes: «Dizei isto: 'De noite, enquanto dormíamos, os seus discípulos vieram e roubaram-no.'
E, se o caso chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e faremos com que vos deixe tranquilos.»
Recebendo o dinheiro, eles fizeram como lhes tinham ensinado. E esta mentira divulgou-se entre os judeus até ao dia de hoje.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Odilão de Cluny (961-1048), monge
Segundo Sermão para a Ressurreição; PL 142, 1005 (a partir da trad. Brésard, 2000 ans C, p. 124 rev.)

«Ide anunciar aos Meus irmãos que partam para a Galileia: lá Me verão»

O Evangelho descreve-nos a alegre corrida dos discípulos: «Corriam os dois
juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao
túmulo» (Jo 20, 4). Quem não desejaria procurar assim a Cristo, sentado à
direita do Pai? E quem não correria em espírito para assim O encontrar no
fim da sua busca, pensando na corrida a toda a brida dos apóstolos? Para
que este desejo não enfraqueça, que cada um de nós relembre com afinco
aquele versículo do Cântico dos Cânticos: «Conduz-me atrás de ti, nós
corremos ao odor dos teus perfumes» (1, 4 [LXX]). Correr ao odor dos
perfumes é caminhar sem parar, ao passo do Espírito, até ao nosso Criador,
reconfortados pelo odor das Suas virtudes.


Esse foi também o trajecto, digno de todos os elogios, das mulheres santas
que, segundo os Evangelhos, seguiram o Senhor desde a Galileia e Lhe foram
fiéis na altura da Sua Paixão, enquanto os discípulos fugiram (Mt 27, 55).
Também elas correram ao odor dos Seus perfumes, tanto em espírito como
mesmo à letra, porquanto compraram substâncias odorosas para ungir o corpo
do Senhor, conforme testemunha Marcos (16, 1).


Irmãos, a exemplo da prontidão dos cuidados dos discípulos, tanto homens
como mulheres, para com a sepultura do seu Mestre, proclamemos à nossa
maneira a alegria da Ressurreição do Senhor. Seria uma pena que uma só
língua de carne verdadeira calasse os louvores devidos ao Salvador logo no
mesmo dia em que a Sua carne verdadeira ressuscitou. Esta magnífica
Ressurreição apenas nos incita a proclamar a grandeza do Autor de tamanha
alegria, e ao mesmo tempo a anunciar a vitória conseguida contra o nosso
velho inimigo: a morte foi hoje banida, assim como o seu fabricante. Hoje,
com Cristo, a vida foi restituída aos mortais; hoje foram destruídas as
correntes do demónio; hoje a liberdade do Senhor foi concedida a todos os
cristãos.




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sábado, 23 de abril de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 24 de Abril de 2011
DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Domingo de Páscoa (ofício próprio)
S. Fidélis (Fiel) de Sigmaringa, mártir, +1622,  Santa Maria Eufrásia Pelletier, religiosa, fundadora, +1868,  S. Bento Menni, presbítero, fundador, +1914



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Máximo de Turim : «Eis o dia que o Senhor fez» (Sl 117, 24)

Leituras

Actos 10,34.37-43.

Então, Pedro tomou a palavra e disse: «Reconheço, na verdade, que Deus não faz acepção de pessoas,
Sabeis o que ocorreu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou:
como Deus ungiu com o Espírito Santo e com o poder a Jesus de Nazaré, o qual andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com Ele.
E nós somos testemunhas do que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém. A Ele, que mataram, suspendendo-o de um madeiro,
Deus ressuscitou-o, ao terceiro dia, e permitiu-lhe manifestar-se,
não a todo o povo, mas às testemunhas anteriormente designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois da sua ressurreição dos mortos.
E mandou-nos pregar ao povo e confirmar que Ele é que foi constituído, por Deus, juiz dos vivos e dos mortos.
É dele que todos os profetas dão testemunho: quem acredita nele recebe, pelo seu nome, a remissão dos pecados.»


Salmos 118(117),1-2.16ab-17.22-23.

Louvai o SENHOR, porque Ele é bom, porque o seu amor é eterno.
Diga a casa de Israel: «O seu amor é eterno.»
mão do SENHOR foi magnífica; a mão do SENHOR fez maravilhas.»
Não morrerei, antes viverei, para narrar as obras do SENHOR.

pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular.
Isto foi obra do SENHOR e é um prodígio aos nossos olhos.


Coloss. 3,1-4.

Portanto, já que fostes ressuscitados com Cristo, procurai as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus.
Aspirai às coisas do alto e não às coisas da terra.
Vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando Cristo, a vossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória.


João 20,1-9.

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava.
Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.»
Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo.
Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo.
Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão,
ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição.
Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer,
pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 36; PL 57, 605 (a partir da trad. coll. Icthus t. 10, p. 262)

«Eis o dia que o Senhor fez» (Sl 117, 24)

Deixemos irromper a nossa alegria, meus irmãos, hoje como ontem. Apesar de
as sombras da noite terem interrompido o nosso regozijo, o dia santo não
terminou [...]: a claridade que a alegria do Senhor espalha é eterna.
Cristo iluminou-nos ontem; ainda hoje a Sua luz resplandece. «Jesus Cristo
é o mesmo ontem e hoje» diz o bem-aventurado apóstolo Paulo (Heb 13, 8).
Sim, para nós Cristo fez-Se dia. Para nós, Ele nasceu hoje, como o anuncia
Deus Seu Pai pela voz de David: «Tu és Meu filho; Eu hoje Te gerei» (Sl 2,
7). Que significa isto? Que Ele não engendrou o Seu filho um dia, mas que
Ele próprio O engendra dia e noite. [...]


Sim, Cristo é nosso hoje: esplendor vivo e sem declínio, Ele não cessa de
inflamar o mundo que sustém (Heb 1, 3) e este clarão eterno parece ser
apenas um dia. «A Teus olhos, mil anos são como um só dia», exclama o
profeta (Sl 89, 4). Sim, Cristo é este dia único, porque única é a
eternidade de Deus. Ele é o nosso hoje: o passado, desaparecido, não Lhe
escapa; o futuro, desconhecido, não tem segredos para Ele. Luz soberana,
Ele tudo abraça, tudo conhece, está presente em todos os tempos e possui-os
todos. Perante Ele, o passado não pode ruir nem o futuro esquivar-se. [...]
Este hoje não é o tempo em que, segundo a carne, Ele nasceu da Virgem
Maria, nem aquele em que, segundo a divindade, Ele sai da boca de Deus Seu
Pai, mas sim o tempo em que ressuscitou dos mortos: «Ele ressuscitou Jesus,
diz o apóstolo Paulo; conforme está escrito no salmo II: «Tu és Meu filho;
Eu hoje Te gerei»» (Act 13, 33).


Na verdade, Ele é o nosso hoje quando, saído da noite densa dos infernos,
incendeia os homens. Na verdade, Ele é o nosso dia, aquele que as negras
conspirações dos Seus inimigos não puderam obscurecer. Nenhum dia soube
melhor do que este acolher a Sua luz: a todos os mortos, Ele deu o dia e a
vida. A velhice tinha atirado os homens para a morte; Ele ergueu-os no
vigor do Seu hoje.




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Santa Páscoa!

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68

Queridos amigos

Eis-nos em pleno tríduo pascal. Amanhã, acordaremos ao som dos sinos e das aleluias, na alegria de que o Senhor venceu definitivamente a morte e o pecado. Vivamo-lo na Paz e no Amor!

Nestes dias que preparavam a Páscoa, a equipa internacional do Evangelho Quotidiano teve a alegria de se encontrar com o Santo Padre Bento XVI para, junto dele, celebrar o décimo aniversário do início deste serviço. Estavam lá os representantes das dez versões linguísticas e fomos saudados por Bento XVI com as seguintes palavras, ditas em francês:

«Recebo com alegria os membros da Associação Evangelizo! Difundindo diariamente a Palavra de Deus, oferecem aos baptizados a possibilidade de se configurarem com Cristo. Animo-os nesta nobre missão!”

Estas palavras dão-nos alento para continuarmos o desenvolvimento do serviço em novas versões linguísticas, em novos idiomas, e também para continuarmos a melhorar as condições técnicas. É com este intuito que vos temos estado a enviar um pedido de confirmação da vossa inscrição. É muito importante (e simples) que respondam rapidamente. Obrigado.

Quanto ao desenvolvimento de novas versões linguísticas, lançamos um apelo. Desejamos propor este serviço em chinês (mandarim), hindi e bengali e procuramos pessoas católicas, leigas ou religiosas, que desejem participar nestas (ou noutras) versões de EVANGELIZO. Neste momento, como sabem, existem dez versões: alemão, árabe, arménio, castelhano, francês, inglês, italiano, neerlandês, polaco e português. Os membros da equipa de tradução vivem em várias partes do mundo e são leigos ou religiosos de diversas comunidades: cistercienses, beneditinos, jesuítas, redentoristas, carmelitas descalças, irmãos e irmãs da fraternidade monástica de Jerusalém.

Podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.

Queremos agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e tradução diária dos comentários, bem como para financiar o material informático. É por esta relação entre a vida activa e a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.

Se deseja fazer um donativo: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=helpus. Obrigado.

Queridos amigos, queridos subscritores

O Evangelho Quotidiano é apenas um meio – mas leva a Palavra de Deus. Esperamos que ela dê fruto na vossa vida, especialmente neste tempo pascal que vamos viver. Que o nosso serviço vos permita espalhar a Boa Nova deste Amor sem medida com que Jesus nos amou!

Obrigado pelo seu apoio e fidelidade!

Saudações fraternas da equipa lusófona:

Alberto, Ana, Bia, Cristina, José, José Maria, Luísa, Maria Fernanda, Maria João, Maria José, Miguel, Paula

 

Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja. Com 70 voluntários espalhados pelo mundo, Evangelho Quotidiano é enviado a quase 500 000 leitores, inscritos no serviço de envio diário por correio electrónico. O serviço está também disponível para os telefones portáteis e para as aplicações iPhone y Android: http://mobile.evangelizo.org.

 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Profecia do Dia

Sabado, dia 23 de Abril de 2011
Sábado Santo - VIGÍLIA PASCAL

Sábado Santo - Vigília PascalNossa Senhora da Penha
S. Jorge, mártir, +303,  Santo Adalberto de Praga, bispo, mártir, +997



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cromácio de Aquileia : Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando Ele os fez sair da terra do Egipto (Ex 12, 42)

Leituras

Ex. 14,15-31.15,1.

O Senhor disse a Moisés: «Porque clamas por mim? Fala aos filhos de Israel e manda-os partir.
E tu, levanta a tua vara e estende a mão sobre o mar e divide-o, e que os filhos de Israel entrem pelo meio do mar, por terra seca.
E eis que Eu vou endurecer o coração dos egípcios para que venham atrás deles, e serei glorificado por meio do faraó e de todo o seu exército, dos seus carros de guerra e dos seus cavaleiros,
e os egípcios saberão que Eu sou o Senhor, quando for glorificado por meio do faraó, dos seus carros de guerra e dos seus cavaleiros.»
O anjo de Deus, que caminhava à frente do acampamento de Israel, levantou-se, partiu e passou a caminhar atrás deles. E a coluna de nuvem levantou-se de diante deles e colocou-se atrás deles.
Veio colocar-se entre o acampamento do Egipto e o acampamento de Israel. E houve nuvens e trevas, e iluminou-se a noite, e não se aproximaram um do outro toda a noite.
Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez recuar o mar com um vento forte de oriente toda a noite, e pôs o mar a seco. As águas dividiram-se,
e os filhos de Israel entraram pelo meio do mar, por terra seca, e as águas eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda.
Os egípcios perseguiram-nos, e todos os cavalos do faraó, os seus carros de guerra e os seus cavaleiros, entraram atrás deles para o meio do mar.
E aconteceu que, na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e de nuvem, para o acampamento dos egípcios, e lançou a confusão no acampamento dos egípcios.
Ele desviou as rodas dos seus carros de guerra, e eles conduziam com dificuldade. Os egípcios disseram: «Fujamos diante de Israel, porque o Senhor combate por eles contra o Egipto.»
O Senhor disse a Moisés: «Estende a tua mão sobre o mar, e que as águas voltem sobre os egípcios, sobre os seus carros de guerra e sobre os seus cavaleiros.»
Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar voltou ao seu leito normal, ao raiar da manhã, e os egípcios a fugir foram ao seu encontro. E o Senhor desfez-se dos egípcios no meio do mar.
As águas voltaram e cobriram os carros de guerra e os cavaleiros; de todo o exército do faraó que entrou atrás deles no mar, não ficou nenhum.
Os filhos de Israel caminharam em terra seca, pelo meio do mar, e as águas eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda.
O Senhor salvou, naquele dia, Israel da mão do Egipto, e Israel viu os egípcios mortos à beira do mar.
Israel viu a mão poderosa com que o Senhor actuou contra o Egipto, o povo temeu o Senhor e acreditou nele e em Moisés, seu servo.
Então, Moisés cantou, e os filhos de Israel também, este cântico ao Senhor. Eles disseram: «Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande: cavalo e cavaleiro lançou no mar.


Ex. 15,1b-2.3-4.5-6.17-18.

Então, Moisés cantou, e os filhos de Israel também, este cântico ao Senhor. Eles disseram: «Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande: cavalo e cavaleiro lançou no mar.
Minha força e meu canto é o Senhor: Ele foi para mim a salvação. É este o meu Deus: glorificá-lo-ei; o Deus de meu pai: exaltá-lo-ei.
O Senhor é um guerreiro: Senhor é o seu nome.
Os carros de guerra do faraó e o seu exército Ele atirou ao mar; e os seus combatentes escolhidos foram afundados no Mar dos Juncos.
Cobrem-nos os abismos: desceram às profundezas como uma pedra.
A tua direita, Senhor, resplandeceu de força; a tua direita, Senhor, apanhou o inimigo.
Fá- -lo-ás entrar e plantá-lo-ás na montanha que é a tua herança, lugar que fizeste para Tu habitares, Senhor, santuário que as tuas mãos, Senhor, estabeleceram.
O Senhor reinará eternamente e para sempre.»


Romanos 6,3-11.

Ou ignorais que todos nós, que fomos baptizados em Cristo Jesus, fomos baptizados na sua morte?
Pelo Baptismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova.
De facto, se estamos integrados nele por uma morte idêntica à sua, também o estaremos pela sua ressurreição.
É isto o que devemos saber: o homem velho que havia em nós foi crucificado com Ele, para que fosse destruído o corpo pertencente ao pecado; e assim não somos mais escravos do pecado.
É que quem está morto está justificado do pecado.
Mas, se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos.
Sabemos que Cristo, ressuscitado de entre os mortos, já não morrerá; a morte não tem mais domínio sobre Ele.
Pois, na morte que teve, morreu para o pecado de uma vez para sempre; e, na vida que tem, vive para Deus.
Assim vós também: considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.


Mateus 28,1-10.

Terminado o sábado, ao romper do primeiro dia da semana, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro.
Nisto, houve um grande terramoto: o anjo do Senhor, descendo do Céu, aproximou-se e removeu a pedra, sentando-se sobre ela.
O seu aspecto era como o de um relâmpago; e a sua túnica, branca como a neve.
Os guardas, com medo dele, puseram-se a tremer e ficaram como mortos.
Mas o anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado;
não está aqui, pois ressuscitou, como tinha dito. Vinde, vede o lugar onde jazia
e ide depressa dizer aos seus discípulos: 'Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis.' Eis o que tinha para vos dizer.»
Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, as mulheres correram a dar a notícia aos discípulos.
Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Salve!» Elas aproximaram-se, estreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante dele.
Jesus disse-lhes: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cromácio de Aquileia (?-407), bispo
1º Sermão para a Grande Noite Pascal (a partir da trad. SC 154, pp. 260ss. rev.)

Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando Ele os fez sair da terra do Egipto (Ex 12, 42)

Todas as vigílias que celebramos em honra do Senhor são agradáveis a Deus e
aprovadas por Ele, mas esta vigília está acima de todas as outras. É por
isso que esta noite tem, muito especialmente, o título de «Vigília do
Senhor». Lemos com efeito: «Esta noite do Senhor será de vigília para todos
os filhos de Israel» (Ex 12, 42). Esta noite merece bem o seu nome porque o
Senhor acordou vivo para que nós não ficássemos adormecidos na morte. Com
efeito, Ele sofreu por nós o sono da morte, pelo mistério da Sua Paixão;
mas esse sono do Senhor tornou-se a vigília do mundo inteiro, porque a
morte de Cristo afastou para longe de nós o sono da morte eterna. Ele
próprio o declara pelo profeta: «Então, despertei e reparei quão doce tinha
sido o meu sono!» (Sl 3, 6; Jr 31, 26). Esse sono de Cristo, que nos chamou
da amargura da morte para nos levar à doçura da vida, não pode ser senão
doce.


Salomão escreveu: «Eu dormia, mas de coração desperto» (Ct 5, 2). Estas
palavras manifestam com toda a evidência o mistério da divindade e da carne
do Senhor. Ele dormiu segundo a carne mas a Sua divindade estava desperta,
pois a divindade não podia dormir [...]: «Pois não há-de dormir nem
dormitar Aquele que guarda Israel» (Sl 120, 4) [...] Dormia, segundo a
carne, mas a Sua divindade visitava os infernos para tirar de lá o homem
que ali se encontrava cativo; o nosso Senhor e Salvador quis visitar todos
os lugares para ter misericórdia para com todos. Desceu do céu à terra para
visitar o mundo; desceu ainda da terra aos infernos para levar a luz
àqueles que lá estavam cativos, segundo a palavra do profeta: «habitavam
numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles» (Is 9, 1).


É por isso que os anjos do céu, os homens, na terra, e as almas dos fiéis,
na morada dos mortos, celebram essa vigília do Senhor. [...] Se o
arrependimento de um só pecador, como lemos no Evangelho, é causa de
alegria para os anjos do céu (Lc 15, 7.10), quanto mais a redenção do mundo
inteiro? [...] Esta vigília não é, portanto, uma festa apenas para os
homens e para os anjos, mas também para o Pai, o Filho e o Espírito Santo,
porque a salvação do mundo é a alegria da Trindade.




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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 22 de Abril de 2011
6ª-FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR

Sexta-feira santaNossa Senhora, Mãe da Companhia de Jesus
S. Sotero, papa, mártir, +296,  Santa Senhorinha, virgem, +982,  Santo Agapito, papa, +536



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Gertrudes de Helfta : «Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos Seus amigos» (Jo 15, 13)

Leituras

Is. 52,13-15.53,1-12.

Olhai, o meu servo terá êxito, será muito engrandecido e exaltado.
Assim como muitos ficaram espantados diante dele, ao verem o seu rosto desfigurado e o seu aspecto disforme,
agora fará com que muitos povos fiquem bem impressionados. Os reis ficarão boqueabertos, ao verem coisas inenarráveis, e ao contemplarem coisas inauditas.
Quem acreditou no nosso anúncio? A quem foi revelado o braço do SENHOR?
O servo cresceu diante do SENHOR como um rebento, como raiz em terra árida, sem figura nem beleza. Vimo-lo sem aspecto atraente,
desprezado e abandonado pelos homens, como alguém cheio de dores, habituado ao sofrimento, diante do qual se tapa o rosto, menosprezado e desconsiderado.
Na verdade, ele tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores. Nós o reputávamos como um leproso, ferido por Deus e humilhado.
Mas foi ferido por causa dos nossos crimes, esmagado por causa das nossas iniquidades. O castigo que nos salva caiu sobre ele, fomos curados pelas suas chagas.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas perdidas, cada um seguindo o seu caminho. Mas o SENHOR carregou sobre ele todos os nossos crimes.
Foi maltratado, mas humilhou-se e não abriu a boca, como um cordeiro que é levado ao matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador.
Sem defesa, nem justiça, levaram-no à força. Quem é que se preocupou com o seu destino? Foi suprimido da terra dos vivos, mas por causa dos pecados do meu povo é que foi ferido.
Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios, e uma tumba entre os malfeitores, embora não tenha cometido crime algum, nem praticado qualquer fraude.
Mas aprouve ao SENHOR esmagá-lo com sofrimento, para que a sua vida fosse um sacrifício de reparação. Terá uma posteridade duradoura e viverá longos dias, e o desígnio do SENHOR realizar-se-á por meio dele.
Por causa dos trabalhos da sua vida verá a luz. O meu servo ficará satisfeito com a experiência que teve. Ele, o justo, justificará a muitos, porque carregou com o crime deles.
Por isso, ser-lhe-á dada uma multidão como herança, há-de receber muita gente como despojos, porque ele próprio entregou a sua vida à morte, e foi contado entre os pecadores, tomando sobre si os pecados de muitos, e sofreu pelos culpados.


Salmos 31(30),2.6.12-13.15-16.17.25.

Em ti, SENHOR, me refugio; que eu nunca seja confundido. Salva me pela tua justiça.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito; SENHOR, Deus fiel, salva me.
Tornei me objecto de escárnio para os meus inimigos, de desprezo para os meus vizinhos e de terror para os meus conhecidos. Os que me vêem na rua fogem de mim.
Votaram-me ao esquecimento como se tivesse morrido; sou como um vaso desfeito.

Mas eu confio em ti, SENHOR; e digo: "Tu és o meu Deus.
O meu destino está nas tuas mãos; livra me dos meus inimigos e perseguidores.
Brilhe sobre o teu servo a luz da tua face; salva me pela tua misericórdia."
Tende coragem e fortalecei o vosso coração, todos vós, que esperais no SENHOR!



Heb. 4,14-16.5,7-9.

Uma vez que temos um grande Sumo Sacerdote que atravessou os céus, Jesus, o Filho de Deus, conservemos firme a fé que professamos.
De facto, não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, pois Ele foi provado em tudo como nós, excepto no pecado.
Aproximemo-nos, então, com grande confiança, do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e encontrar graça para uma ajuda oportuna.
Nos dias da sua vida terrena, apresentou orações e súplicas àquele que o podia salvar da morte, com grande clamor e lágrimas, e foi atendido por causa da sua piedade.
Apesar de ser Filho de Deus, aprendeu a obediência por aquilo que sofreu
e, tornado perfeito, tornou-se para todos os que lhe obedecem fonte de salvação eterna,


João 18,1-40.19,1-42.

Tendo dito estas coisas, Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cédron, onde havia um horto, e ali entrou com os seus discípulos.
Judas, aquele que o ia entregar, conhecia bem o sítio, porque Jesus se reunia ali frequentemente com os discípulos.
Judas, então, guiando o destacamento romano e os guardas ao serviço dos sumos sacerdotes e dos fariseus, munidos de lanternas, archotes e armas, entrou lá.
Jesus, sabendo tudo o que lhe ia acontecer, adiantou-se e disse-lhes: «Quem buscais?»
Responderam-lhe: «Jesus, o Nazareno.» Disse-lhes Ele: «Sou Eu!» E Judas, aquele que o ia entregar, também estava junto deles.
Logo que Jesus lhes disse: 'Sou Eu!', recuaram e caíram por terra.
E perguntou-lhes segunda vez: «Quem buscais?» Disseram-lhe: «Jesus, o Nazareno!»
Jesus replicou-lhes: «Já vos disse que sou Eu. Se é a mim que buscais, então deixai estes ir embora.»
Assim se cumpria o que dissera antes: 'Dos que me deste, não perdi nenhum.'
Nessa altura, Simão Pedro, que trazia uma espada, desembainhou-a e arremeteu contra um servo do Sumo Sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O servo chamava-se Malco.
Mas Jesus disse a Pedro: «Mete a espada na bainha. Não hei-de beber o cálice de amargura que o Pai me ofereceu?»
Então, o destacamento, o comandante e os guardas das autoridades judaicas prenderam Jesus e manietaram-no.
E levaram-no primeiro a Anás, porque era sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano.
Caifás era quem tinha dado aos judeus este conselho: 'Convém que morra um só homem pelo povo'.
Entretanto, Simão Pedro e outro discípulo foram seguindo Jesus. Esse outro discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e pôde entrar no seu palácio ao mesmo tempo que Jesus.
Mas Pedro ficou à porta, de fora. Saiu, então, o outro discípulo que era conhecido do Sumo Sacerdote, falou com a porteira e levou Pedro para dentro.
Disse-lhe a porteira: «Tu não és um dos discípulos desse homem?» Ele respondeu: «Não sou.»
Lá dentro estavam os servos e os guardas, de pé, aquecendo-se à volta de um braseiro que tinham acendido, porque fazia frio. Pedro ficou no meio deles, aquecendo-se também.
Então, o Sumo Sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
Jesus respondeu-lhe: «Eu tenho falado abertamente ao mundo; sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem, e não disse nada em segredo.
Porque me interrogas? Interroga os que ouviram o que Eu lhes disse. Eles bem sabem do que Eu lhes falei.»
Quando Jesus disse isto, um dos guardas ali presente deu-lhe uma bofetada, dizendo: «É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?»
Jesus replicou: «Se falei mal, mostra onde está o mal; mas, se falei bem, porque me bates?»
Então, Anás mandou-o manietado ao Sumo Sacerdote Caifás.
Entretanto, Simão Pedro estava de pé a aquecer-se. Disseram-lhe, então: «Não és tu também um dos seus discípulos?» Ele negou, dizendo: «Não sou.»
Mas um dos servos do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse-lhe: «Não te vi eu no horto com Ele?»
Pedro negou Jesus de novo; e nesse instante cantou um galo.
De Caifás, levaram Jesus à sede do governador romano. Era de manhã cedo e eles não entraram no edifício para não se contaminarem e poderem celebrar a Páscoa.
Pilatos veio ter com eles cá fora e perguntou-lhes: «Que acusações apresentais contra este homem?»
Responderam-lhe: «Se Ele não fosse um malfeitor, não to entregaríamos.»
Retorquiu-lhes Pilatos: «Tomai-o vós e julgai-o segundo a vossa Lei.» «Não nos é permitido dar a morte a ninguém», disseram-lhe os judeus,
em cumprimento do que Jesus tinha dito, quando explicou de que espécie de morte havia de morrer.
Pilatos entrou de novo no edifício da sede, chamou Jesus e perguntou-lhe: «Tu és rei dos judeus?»
Respondeu-lhe Jesus: «Tu perguntas isso por ti mesmo, ou porque outros to disseram de mim?»
Pilatos replicou: «Serei eu, porventura, judeu? A tua gente e os sumos sacerdotes é que te entregaram a mim! Que fizeste?»
Jesus respondeu: «A minha realeza não é deste mundo; se a minha realeza fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que Eu não fosse entregue às autoridades judaicas; portanto, o meu reino não é de cá.»
Disse-lhe Pilatos: «Logo, Tu és rei!» Respondeu-lhe Jesus: «É como dizes: Eu sou rei! Para isto nasci, para isto vim ao mundo: para dar testemunho da Verdade. Todo aquele que vive da Verdade escuta a minha voz.»
Pilatos replicou-lhe: «Que é a verdade?» Dito isto, foi ter de novo com os judeus e disse-lhes: «Não vejo nele nenhum crime.
Mas é costume eu libertar-vos um preso na Páscoa. Quereis que vos solte o rei dos judeus?»
Eles puseram-se de novo a gritar, dizendo: «Esse não, mas sim Barrabás!» Ora Barrabás era um salteador.
Então, Pilatos mandou levar Jesus e flagelá-lo.
Depois, os soldados entrelaçaram uma coroa de espinhos, cravaram-lha na cabeça e cobriram-no com um manto de púrpura;
e, aproximando-se dele, diziam-lhe: «Salve! Ó Rei dos judeus!» E davam-lhe bofetadas.
Pilatos saiu de novo e disse-lhes: «Vou trazê-lo cá fora para saberdes que eu não vejo nele nenhuma causa de condenação.»
Então, saiu Jesus com a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Disse-lhes Pilatos: «Eis o Homem!»
Assim que viram Jesus, os sumos sacerdotes e os seus servidores gritaram: «Crucifica-o! Crucifica-o!» Disse-lhes Pilatos: «Levai-o vós e crucificai-o. Eu não descubro nele nenhum crime.»
Os judeus replicaram-lhe: «Nós temos uma Lei e, segundo essa Lei, deve morrer, porque disse ser Filho de Deus.»
Quando Pilatos ouviu estas palavras, mais assustado ficou.
Voltou a entrar no edifício da sede e perguntou a Jesus: «Donde és Tu?» Mas Jesus não lhe deu resposta.
Pilatos disse-lhe, então: «Não me dizes nada? Não sabes que tenho o poder de te libertar e o poder de te crucificar?»
Respondeu-lhe Jesus: «Não terias nenhum poder sobre mim, se não te fosse dado do Alto. Por isso, quem me entregou a ti tem maior pecado.»
A partir daí, Pilatos procurava libertá-lo, mas os judeus clamavam: «Se libertas este homem, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei declara-se contra César.»
Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e fê-lo sentar numa tribuna, no lugar chamado Lajedo, ou Gabatá em hebraico.
Era o dia da Preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Disse, então, aos judeus: «Aqui está o vosso Rei!»
E eles bradaram: «Fora! Fora! Crucifica-o!» Disse-lhes Pilatos: «Então, hei-de crucificar o vosso Rei?» Replicaram os sumos sacerdotes: «Não temos outro rei, senão César.»
Então, entregou-o para ser crucificado. E eles tomaram conta de Jesus.
Jesus, levando a cruz às costas, saiu para o chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz Gólgota,
onde o crucificaram, e com Ele outros dois, um de cada lado, ficando Jesus no meio.
Pilatos redigiu um letreiro e mandou pô-lo sobre a cruz. Dizia: «Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.»
Este letreiro foi lido por muitos judeus, porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado era perto da cidade e o letreiro estava escrito em hebraico, em latim e em grego.
Então, os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: «Não escrevas 'Rei dos Judeus', mas sim: 'Este homem afirmou: Eu sou Rei dos Judeus.'»
Pilatos respondeu: «O que escrevi, escrevi.»
Os soldados, depois de terem crucificado Jesus, pegaram na roupa dele e fizeram quatro partes, uma para cada soldado, excepto a túnica. A túnica, toda tecida de uma só peça de alto a baixo, não tinha costuras.
Então, os soldados disseram uns aos outros: «Não a rasguemos; tiremo-la à sorte, para ver a quem tocará.» Assim se cumpriu a Escritura, que diz: Repartiram entre eles as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. E foi isto o que fizeram os soldados.
Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Clopas, e Maria Madalena.
Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!»
Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.
Depois disso, Jesus, sabendo que tudo se consumara, para se cumprir totalmente a Escritura, disse: «Tenho sede!»
Havia ali uma vasilha cheia de vinagre. Então, ensopando no vinagre uma esponja fixada num ramo de hissopo, chegaram-lha à boca.
Quando tomou o vinagre, Jesus disse: «Tudo está consumado.» E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
Como era o dia da Preparação da Páscoa, para evitar que no sábado ficassem os corpos na cruz, porque aquele sábado era um dia muito solene, os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e também ao outro que tinha sido crucificado juntamente.
Mas, ao chegarem a Jesus, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.
Porém, um dos soldados traspassou-lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água.
Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade, para vós crerdes também.
É que isto aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: Não se lhe quebrará nenhum osso.
E também outro passo da Escritura diz: Hão-de olhar para aquele que trespassaram.
Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas secretamente por medo das autoridades judaicas, pediu a Pilatos que lhe deixasse levar o corpo de Jesus. E Pilatos permitiu-lho. Veio, pois, e retirou o corpo.
Nicodemos, aquele que antes tinha ido ter com Jesus de noite, apareceu também trazendo uma mistura de perto de cem libras de mirra e aloés.
Tomaram então o corpo de Jesus e envolveram-no em panos de linho com os perfumes, segundo o costume dos judeus.
No sítio em que Ele tinha sido crucificado havia um horto e, no horto, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado.
Como para os judeus era o dia da Preparação da Páscoa e o túmulo estava perto, foi ali que puseram Jesus.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301), religiosa beneditina
Exercícios, VII nono (a partir da trad. SC 127, pp. 281ss., rev.)

«Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos Seus amigos» (Jo 15, 13)

Amor, tu que reténs o meu Jesus, o meu doce Salvador, tão preso e pregado à
cruz que, ao expirar por tua mão, Ele morre cheio de ti, Amor, que fazes?
Não te poupas nem descansas para vir em auxílio dos infelizes, Amor, nem te
impões a ti próprio limites. A tua perícia tocou com tanta força o coração
do meu Jesus que, despedaçado por amor, o Seu coração foi chamuscado. E
eis-te contente e doravante satisfeito, agora que o meu Jesus foi suspenso
e morto diante dos teus olhos — morto, morto de verdade, para que eu tenha
vida em abundância; morto para que eu seja uma criança adoptada pelo Pai
com ainda mais ternura; morto para que eu viva mais feliz. [...]


Ó Morte que nos trouxeste tantos frutos por graça, que a minha morte seja
tranquila e sem medo debaixo da tua protecção. Morte de Cristo que trazes a
vida por pura graça, deixa-me desaparecer debaixo das tuas asas (Sl 36
(35), 8). Morte donde sai a vida, faz arder em mim para sempre uma só
centelha da tua acção vivificante. Morte gloriosa, morte frutuosa, súmula
de toda a salvação, amoroso contrato do meu resgate, pacto inviolável da
minha reconciliação, morte triunfal, doce e cheia de vida, em ti brilha
para mim tão grande caridade que nada há de comparável no céu e na terra.


Morte de Cristo que amo com todo o coração, és a confiança espiritual da
minha alma. Morte amantíssima, em ti estão contidos para mim todos os bens.
Só te peço que me guardes sob a tua benevolente protecção, para que na
minha morte eu repouse com suavidade à tua sombra (Ct 2, 3). Morte cheia de
misericórdia, és a minha vida felicíssima, a melhor porção da minha herança
(Sl 16 (15), 5), abundante redenção, preciosíssimo legado.




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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 21 de Abril de 2011
5a-FEIRA DA SEMANA SANTA. Missa vespertina da Ceia do Senhor

Quinta-feira Santa
Santo Anselmo de Cantuária, bispo, Doutor da Igreja, +1109,,  S. Romano Adame, presbítero, mártir, +1927



Comentário ao Evangelho do dia feito por
João Paulo II : «Sempre que comerdes este pão e beberdes este vinho proclamareis a morte do Senhor, até que Ele venha»

Leituras

Ex. 12,1-8.11-14.

O Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egipto:
«Este mês será para vós o primeiro dos meses; ele será para vós o primeiro dos meses do ano.
Falai a toda a comunidade de Israel, dizendo que, aos dez deste mês, tomará cada um deles um animal do rebanho para a família, um animal do rebanho por casa.
Se a família for pouco numerosa para um animal do rebanho, tomar-se-á com o vizinho mais próximo da casa, segundo o número das pessoas; calculareis o animal do rebanho conforme o que cada um puder comer.
O animal do rebanho para vós será sem defeito, um macho, filho de um ano, e tomá-lo-eis de entre os cordeiros ou de entre os cabritos.
Vós o tereis sob guarda até ao dia catorze deste mês, e toda a assembleia da comunidade de Israel o imolará ao crepúsculo.
Tomar-se-á do sangue e colocar-se-á sobre as duas ombreiras e sobre o dintel da porta das casas em que ele se comerá.
Comer-se-á a carne naquela noite; comer-se-á assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas.
Comê-la-eis desta maneira: os rins cingidos, as sandálias nos pés, e o cajado na mão. Comê-la-eis à pressa. É a Páscoa em honra do Senhor.
E Eu atravessarei a terra do Egipto naquela noite, e ferirei todos os primogénitos na terra do Egipto, desde os homens até aos animais, e contra todos os deuses do Egipto farei justiça, Eu, o Senhor.
E o sangue será para vós um sinal nas casas em que vós estais. Eu verei o sangue e passarei ao largo; e não haverá contra vós nenhuma praga de extermínio, quando Eu ferir a terra do Egipto.
Aquele dia será para vós um memorial, e vós festejá-lo-eis como uma festa em honra do Senhor. Ao longo das vossas gerações, a deveis festejar como uma lei perpétua.


Salmos 116(115),12-13.15-16bc.17-18.

Como retribuirei ao SENHOR todos os seus benefícios para comigo?
Elevarei o cálice da salvação, invocando o nome do SENHOR.
preciosa aos olhos do SENHOR a morte dos seus fiéis.
SENHOR, sou teu servo, filho da tua serva; quebraste as minhas cadeias.

SENHOR, sou teu servo, filho da tua serva; quebraste as minhas cadeias.
Hei-de oferecer-te sacrifícios de louvor, invocando, SENHOR, o teu nome.
Cumprirei as minhas promessas feitas ao SENHOR na presença de todo o seu povo,


1 Cor. 11,23-26.

Com efeito, eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus na noite em que era entregue, tomou pão
e, tendo dado graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim».
Do mesmo modo, depois da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; fazei isto sempre que o beberdes, em memória de mim.»
Porque, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha.


João 13,1-15.

Antes da festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a sua hora da passagem deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por eles até ao extremo.
O diabo já tinha metido no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, a decisão de o entregar.
Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
levantou-se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura.
Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura.
Chegou, pois, a Simão Pedro. Este disse-lhe: «Senhor, Tu é que me lavas os pés?»
Jesus respondeu-lhe: «O que Eu estou a fazer tu não o entendes por agora, mas hás-de compreendê-lo depois.»
Disse-lhe Pedro: «Não! Tu nunca me hás-de lavar os pés!» Replicou-lhe Jesus: «Se Eu não te lavar, nada terás a haver comigo.»
Disse-lhe, então, Simão Pedro: «Ó Senhor! Não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!»
Respondeu-lhe Jesus: «Quem tomou banho não precisa de lavar senão os pés, pois está todo limpo. E vós estais limpos, mas não todos.»
Ele bem sabia quem o ia entregar; por isso é que lhe disse: 'Nem todos estais limpos'.
Depois de lhes ter lavado os pés e de ter posto o manto, voltou a sentar-se à mesa e disse-lhes:
«Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me 'o Mestre' e 'o Senhor', e dizeis bem, porque o sou.
Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.
Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

João Paulo II, Papa entre 1978 e 2005
Homilia (a partir da trad. L'Osservatore romano)

«Sempre que comerdes este pão e beberdes este vinho proclamareis a morte do Senhor, até que Ele venha»

«Jesus, sabendo bem que tinha chegado a Sua hora da passagem deste mundo
para o Pai, Ele, que amara os Seus que estavam no mundo, levou o Seu amor
por eles até ao extremo». E eis que, durante a refeição pascal, a última
antes da Sua partida para o Pai, se revela um sinal novo: o sinal da Nova
Aliança. «Até ao extremo» quer dizer: até Se dar a Si próprio por eles. Por
nós. Por todos. «Até ao extremo» significa: até ao fim dos tempos. Até que
Ele venha pela segunda vez.


Desde esta noite da Última Ceia, todos nós, filhos e filhas da Nova Aliança
no sangue de Cristo, recordamos a Sua Páscoa, a Sua partida graças à morte
na cruz. Mas não se trata apenas de uma lembrança. O sacramento do Corpo e
do Sangue tornam o Seu sacrifício presente, fazendo com que nele
participemos sempre de novo. Neste sacramento, Cristo crucificado e
ressuscitado está constantemente connosco, Ele vem constantemente até nós
sob a forma do pão e do vinho, até vir de novo, a fim de que o sinal dê
lugar à realidade última e definitiva. Que darei eu em troca deste amor
«até ao extremo»?




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terça-feira, 19 de abril de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 20 de Abril de 2011
4a-FEIRA DA SEMANA SANTA

4º feira da Semana SantaChagas Gloriosas de Cristo
S. Teodoro, presbítero, +613,  Santa Inês de Montepulciano, virgem, +1312,  Santa Sara, padroeira do povo cigano



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresa - Benedita da Cruz [Édith Stein] : «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?»

Leituras

Is. 50,4-9.

«O Senhor DEUS ensinou-me o que devo dizer, para saber dar palavras de alento aos desanimados. Cada manhã desperta os meus ouvidos, para que eu aprenda como os discípulos.
O Senhor DEUS abriu-me os ouvidos, e eu não resisti, nem recusei.
Aos que me batiam apresentei as espáduas, e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me ultrajavam e cuspiam.
Mas o Senhor DEUS veio em meu auxílio; por isso não sentia os ultrajes. Endureci o meu rosto como uma pedra, pois sabia que não ficaria envergonhado.
O meu defensor está junto de mim. Quem ousará levantar-me um processo? Compareçamos juntos diante do juiz! Apresente-se quem tiver qualquer coisa contra mim.
O Senhor DEUS vem em meu auxílio; quem ousará condenar-me? Cairão todos esfrangalhados, como roupa velha, roída pela traça.»


Salmos 69(68),8-10.21bcd-22.31.33-34.

Por causa de ti, tenho sofrido insultos, o meu rosto cobriu se de vergonha.
Tornei me um estranho para os meus irmãos, um desconhecido para os filhos de minha mãe.
O zelo da tua casa me consome; os insultos dos que te ultrajam caíram sobre mim.
O insulto despedaçou me o coração, até desfalecer; esperei compaixão, mas foi em vão; alguém que me consolasse, m

O insulto despedaçou me o coração, até desfalecer; esperei compaixão, mas foi em vão; alguém que me consolasse, m
O insulto despedaçou me o coração, até desfalecer; esperei compaixão, mas foi em vão; alguém que me consolasse, m
Deram-me fel, em vez de comida, e vinagre, quando tive sede.
Louvarei, com cânticos, o nome de Deus; hei-de glorificá lo com acções de graças.

Que os humildes vejam isto e se alegrem, e os que buscam a Deus se encham de coragem,
porque o SENHOR escuta os necessitados e não despreza o seu povo cativo.


Mateus 26,14-25.

Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes
e disse-lhes: «Quanto me dareis, se eu vo-lo entregar?» Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata.
E, a partir de então, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?»
Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de um certo homem e dizei-lhe: 'O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos.'»
Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa.
Ao cair da tarde, sentou-se à mesa com os Doze.
Enquanto comiam, disse: «Em verdade vos digo: Um de vós me há-de entregar.»
Profundamente entristecidos, começaram a perguntar-lhe, cada um por sua vez: «Porventura serei eu, Senhor?»
Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse me entregará.
O Filho do Homem segue o seu caminho, como está escrito acerca dele; mas ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue. Seria melhor para esse homem não ter nascido!»
Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: «Porventura serei eu, Mestre?» «Tu o disseste» respondeu Jesus.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Teresa - Benedita da Cruz [Édith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
A Oração da Igreja (a partir da trad. Paris 1955, pp. 19-22; cf Source cachée, p. 54)

«Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?»

Sabemos pelos relatos evangélicos que Cristo rezou como um judeu crente e
fiel à Lei. [...] Pronunciou as antigas orações de bênção, que ainda hoje
se dizem, pelo pão, pelo vinho e pelos frutos da terra, como mostram as
narrações da última Ceia, totalmente consagrada à execução de uma das
obrigações religiosas mais santas: a solene refeição da Páscoa, que
comemorava a libertação da servidão do Egipto. Talvez seja aqui que nos é
dada a visão mais profunda da oração de Cristo, como chave que nos introduz
na oração de toda a Igreja. [...]


A bênção e a partilha do pão e do vinho faziam parte do rito da refeição
pascal. Mas tanto uma como a outra recebem aqui um sentido inteiramente
novo. Aqui nasce a vida da Igreja. É certo que é apenas no Pentecostes que
Ela nasce como comunidade espiritual e visível. Mas aqui, na Ceia,
realiza-se o enxerto da vara na cepa que torna possível a efusão do
Espírito. As antigas orações de bênção tornaram-se, na boca de Cristo,
palavras criadoras de vida. Os frutos da terra tornaram-se a Sua carne e o
Seu sangue, cheios da Sua vida. [...] A Páscoa da Antiga Aliança tornou-se
a Páscoa da Nova Aliança.




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