domingo, 31 de julho de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 01 de Agosto de 2011
Segunda-feira da 18ª semana do Tempo Comum

Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, Doutor da Igreja, +1787



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Hilário : «Salva-me, Senhor!»

Leituras

Núm. 11,4b-15.


A população que estava no meio deles, deixou-se arrastar pela concupiscência e também os filhos de Israel se puseram a chorar, dizendo: «Quem nos dará carne para comer?
Lembramo-nos do peixe que comíamos de graça no Egipto, dos pepinos, dos melões, dos alhos porros, das cebolas e dos alhos.
Agora, a nossa garganta está seca; não há nada diante de nós senão maná.»
O maná era como a semente do coentro e o seu aspecto como o bdélio.
O povo espalhava-se a apanhá-lo e moía-o em moinhos ou pisava-o em almofarizes; cozia-o em panelas e fazia bolos; tinha o sabor de tortas com gordura de azeite.
Quando o orvalho caía de noite sobre o acampamento, o maná também caía.
Moisés ouviu o povo chorar agrupado por famílias, cada uma à entrada da sua tenda. Mas a ira do Senhor inflamou-se muito e Moisés sentiu o mal perto de si.
Então Moisés falou ao Senhor: «Porque atormentas o teu servo? Porque é que não encontrei graça diante de ti, a ponto de pores todo este povo como um peso sobre mim?
Acaso fui eu que concebi todo este povo? Fui eu que o dei à luz, para me dizeres: 'Leva-o ao colo, como a ama leva a criança de peito, até à terra que prometeste a seus pais?'
Onde arranjarei carne para dar a todo este povo que chora junto de mim, dizendo: 'Dá-nos carne para comer!'
Eu sozinho não consigo suportar todo este povo, porque é demasiado pesado para mim!
Se me queres tratar assim, dá-me antes a morte; se encontrei graça diante de ti, que eu não veja mais a minha desgraça!»


Salmos 81(80),12-13.14-15.16-17.


Mas o meu povo não quis ouvir me;  
Israel não quis obedecer.
Por isso, entreguei os à sua obstinação;
deixei os seguir os seus caprichos.

Se o meu povo me tivesse escutado!
Se Israel tivesse seguido os meus caminhos!
Num instante, Eu humilharia os seus inimigos
e castigaria os seus adversários.

Os inimigos do SENHOR arrastar-se-iam diante dele;
mas a sua sorte está traçada para sempre.
Alimentaria o meu povo com a flor do trigo
e saciá-lo-ia com o mel silvestre."



Mateus 14,22-36.


Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões.
Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só.
O barco encontrava-se já a várias centenas de metros da terra, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram: «É um fantasma!» E gritaram com medo.
No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!»
Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.»
«Vem» disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!»
Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?»
E, quando entraram no barco, o vento amainou.
Os que se encontravam no barco prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!»
Após a travessia, pisaram terra em Genesaré.
Ao reconhecerem-no, os habitantes daquele lugar espalharam a notícia por toda a região. Trouxeram-lhe todos os doentes,
suplicando-lhe que, ao menos, os deixasse tocar na orla do seu manto. E todos aqueles que a tocaram, ficaram curados.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers e doutor da Igreja
Comentário do Evangelho de São Mateus, 14, 15; SC 258

«Salva-me, Senhor!»

O facto de Pedro, de entre todos os passageiros da embarcação, ousar
responder e pedir ao Senhor que lhe dê ordem para ir por sobre as águas até
Si, indica já a disposição do seu coração no momento da Paixão. Momento em
que, sozinho, seguindo os passos do Senhor e desprezando as agitações do
mundo, comparáveis às do mar, O acompanhou com igual coragem para desprezar
a morte. Mas a falta de segurança de Pedro revela a sua fragilidade na
tentação que o esperava: pois, embora tivesse ousado avançar, afundou-se. A
fraqueza da carne e o medo da morte obrigaram-no à fatalidade da negação.
No entanto, solta um grito e pede a salvação ao Senhor. Tal grito é a voz
gemebunda do seu arrependimento. [...]


Há, em Pedro, uma coisa que devemos considerar: ele excedeu todos os outros
na fé, porque, enquanto estavam na ignorância, foi ele o primeiro a
responder: «Tu és [...] o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16). Foi o primeiro a
rejeitar a Paixão, pensando que era uma infelicidade (Mt 16,22); foi o
primeiro a prometer que havia de morrer e que não renegaria (Mt 26,35); foi
o primeiro a recusar que lhe lavassem os pés (Jo 13,8); e também
desembainhou a espada contra os que se acercavam do Senhor para O prender
(Jo 18,10). A calma do vento e do mar, amainados depois de o Senhor ter
subido à embarcação, é apresentada como a paz e a tranquilidade da Igreja
eterna na sequência do Seu glorioso regresso. Porque então Ele há-de vir,
manifestando-Se, como naquele momento em que um justo espanto fez que todos
dissessem: «Tu és, verdadeiramente, o Filho de Deus». Todos os homens darão
então o testemunho claro e público de que o Filho de Deus deu a paz à
Igreja, já não na humildade da carne, mas na glória do céu.




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sábado, 30 de julho de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 31 de Julho de 2011
18º Domingo do Tempo Comum - Ano A

XVIII Domingo Comum (semana II do saltério)
Santo Inácio de Loyola, presbítero, fundador, +1556,  Santo Afonso Rodrigues, religioso leigo, +1617



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : «Dai-lhes vós mesmos de comer»

Leituras

Is. 55,1-3.


Eis o que diz o Senhor: «Todos vós que tendes sede, vinde beber desta água. Mesmo os que não tendes dinheiro, vinde, comprai trigo para comer sem pagar nada. Levai vinho e leite, que é de graça.
Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta? E o vosso salário naquilo que não pode saciar-vos? Se me escutardes, havereis de comer do melhor, e saborear pratos deliciosos.
Prestai-me atenção e vinde a mim. Escutai-me e vivereis. Farei convosco uma aliança eterna, e a promessa a David será mantida.


Salmos 145(144),8-9.15-16.17-18.


O Senhor é clemente e compassivo,  
é paciente e cheio de bondade.  
o Senhor é bom para com todos  
a suamesiricórdia se estende a todas as suas obras.   

Todos têm os olhos postos em ti,
e, a seu tempo, Tu lhes dás o alimento.
Abres com largueza a tua mão
e sacias os desejos de todos os viventes.  

SENHOR é justo em todos os seus caminhos
e misericordioso em todas as suas obras.  
O SENHOR está perto de todos os que o invocam,
dos que o invocam sinceramente.  



Romanos 8,35.37-39.


Irmãos. Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada?
Mas em tudo isso saímos mais do que vencedores, graças àquele que nos amou.
Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades,
nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso.


Mateus 14,13-21.


Naquele tempo, quando Jesus ouviu que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se dali sozinho num barco, para um lugar deserto; mas o povo, quando soube, seguiu-O a pé, desde as cidades.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de misericórdia para com ela, curou os seus enfermos.
Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Este sítio é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora a multidão, para que possa ir às aldeias comprar alimento.»
Mas Jesus disse-lhes: «Não é preciso que eles vão; dai-lhes vós mesmos de comer.»
Responderam: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.»
«Trazei-mos cá» disse Ele.
E, depois de ordenar à multidão que se sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu os aos discípulos, e estes distribuíram-nos pela multidão.
Todos comeram e ficaram saciados; e, com o que sobejou, encheram doze cestos.
Ora, os que comeram eram uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Exortação apostólica «Sacramento da Caridade», 88 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Dai-lhes vós mesmos de comer»

«O pão que Eu hei-de dar é a Minha carne que Eu darei pela vida do mundo»
(Jo 6,51). Com estas palavras, o Senhor revela o verdadeiro significado do
dom da Sua vida por todos os homens; as mesmas mostram-nos também a
compaixão íntima que Ele sente por cada pessoa. Na realidade, os Evangelhos
transmitem-nos muitas vezes os sentimentos de Jesus para com as pessoas,
especialmente doentes e pecadores (Mt 20,34; Mc 6,34; Lc 19,41). Ele
exprime, através dum sentimento profundamente humano, a intenção salvífica
de Deus, que deseja que todo o homem alcance a verdadeira vida.


Cada celebração eucarística actualiza sacramentalmente a doação que Jesus
fez da Sua própria vida na cruz, por nós e pelo mundo inteiro. Ao mesmo
tempo, na Eucaristia, Jesus faz de nós testemunhas da compaixão de Deus por
cada irmão e irmã; nasce assim, à volta do mistério eucarístico, o serviço
da caridade para com o próximo, que «consiste precisamente no facto de eu
amar, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem conheço
sequer. Isto só é possível realizar-se a partir do encontro íntimo com
Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar
o sentimento. Então aprendo a ver aquela pessoa já não somente com os meus
olhos e sentimentos, mas segundo a perspectiva de Jesus Cristo» [Bento XVI,
Encíclica «Deus Caritas est», 18] Desta forma, nas pessoas que contacto,
reconheço irmãs e irmãos, pelos quais o Senhor deu a Sua vida amando-os
«até ao fim» (Jo 13,1).


Por conseguinte, as nossas comunidades, quando celebram a Eucaristia, devem
consciencializar-se cada vez mais de que o sacrifício de Jesus é por todos;
e, assim, a Eucaristia impele todo o que acredita n'Ele a fazer-se «pão
repartido» para os outros e, consequentemente, a empenhar-se por um mundo
mais justo e fraterno. Como sucedeu na multiplicação dos pães e dos peixes,
temos de reconhecer que Cristo continua, ainda hoje, exortando os Seus
discípulos a empenharem-se pessoalmente: «Dai-lhes vós de comer» (Mt
14,16). Na verdade, a vocação de cada um de nós consiste em ser, unido a
Jesus, pão repartido para a vida do mundo.




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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Profecia do Dia

Sabado, dia 30 de Julho de 2011
Sábado da 17ª semana do Tempo Comum

Beato Bráulio Maria Corres, Frederico Rúbio e 69 companheiros, mártires da Guerra Civil de Espanha,  S. Justino de Jacobis, bispo, +1860,  S. Pedro Crisólogo, bispo, Doutor da Igreja, +450



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II : João Baptista, mártir da verdade

Leituras

Levit. 25,1.8-17.


O Senhor falou a Moisés, no monte Sinai, nestes termos:
«Contarás sete semanas de anos, isto é, sete vezes sete anos; de forma que a duração de estas sete semanas de anos corresponderá a quarenta e nove anos.
Depois, farás ressoar fortemente a trombeta, no décimo dia do sétimo mês. No dia do grande Perdão, fareis ressoar o som da trombeta através de toda a vossa terra.
Santificareis o quinquagésimo ano, proclamando na vossa terra a liberdade de todos os que a habitam. Este ano será para vós um Jubileu; cada um de vós voltará à sua propriedade, e à sua família.
O quinquagésimo ano é o ano do Jubileu: não semeareis, não colhereis do que cresce espontaneamente, nem vindimareis as vinhas que não foram podadas.
Porque é o Jubileu, deve ser uma coisa santa para vós e comereis o produto dos campos.
Neste Jubileu, cada um de vós recobrará a sua propriedade.
Quando fizeres uma venda ao teu próximo, ou se comprares alguma coisa, não vos prejudiqueis um ao outro.
Farás essa compra ao próximo, tendo em conta os anos decorridos depois do Jubileu, e ele fará essa venda tendo em conta os anos das colheitas.
Conforme os anos forem mais ou menos numerosos, assim tu pagarás mais ou menos pelo que adquirires, porque é um número de colheitas que ele te vende.
Não vos prejudiqueis uns aos outros. Teme o teu Deus, porque Eu sou o Senhor, vosso Deus.»


Salmos 67(66),2-3.5.7-8.


Deus se compadeça de nós e nos abençoe,
faça brilhar sobre nós a luz do seu rosto.
Sejam conhecidos na terra os teus caminhos
e entre as nações, a tua salvação!

Alegrem se e exultem as nações,
porque julgas os povos com justiça.  
e governas as nações sobre a terra.    
O campo dá os seus frutos.
Deus, o nosso Deus, nos abençoa.  

Que Deus nos abençoe;
e o seu temor chegue aos confins da terra!  


Mateus 14,1-12.


Por aquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos de Herodes, o tetrarca,
e ele disse aos seus cortesãos: «Esse homem é João Baptista! Ressuscitou dos mortos e, por isso, se manifestam nele tais poderes miraculosos.»
De facto, Herodes tinha prendido João, algemara-o e metera-o na prisão, por causa de Herodíade, mulher de seu irmão Filipe.
Porque João dizia-lhe: «Não te é lícito possuí-la.»
Quisera mesmo dar-lhe a morte, mas teve medo do povo, que o considerava um profeta.
Ora, quando Herodes festejou o seu aniversário, a filha de Herodíade dançou perante os convidados e agradou a Herodes,
pelo que ele se comprometeu, sob juramento, a dar lhe o que ela lhe pedisse.
Induzida pela mãe, respondeu: «Dá-me, aqui num prato, a cabeça de João Baptista.»
O rei ficou triste, mas, devido ao juramento e aos convidados, ordenou que lha trouxessem
e mandou decapitar João Baptista na prisão.
Trouxeram, num prato, a cabeça de João e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe.
Os discípulos de João vieram buscar o corpo e sepultaram-no; depois, foram dar a notícia a Jesus.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato João Paulo II
Carta apostólica «Tertio Millenio adveniente», 37

João Baptista, mártir da verdade

Beato João Paulo II
Carta apostólica «Tertio Millenio adveniente», 37

João Baptista, mártir da verdade

A Igreja do primeiro milénio nasceu do sangue dos mártires: «sanguis
martyrum — semen christianorum» (sangue de mártires, semente de cristãos).
Os acontecimentos históricos [...] nunca teriam podido garantir um
desenvolvimento da Igreja como o que se verificou no primeiro milénio, se
não tivesse havido aquela sementeira de mártires e aquele património de
santidade que caracterizaram as primeiras gerações cristãs. No final do
segundo milénio, a Igreja tornou-se novamente Igreja de mártires. As
perseguições contra os crentes — sacerdotes, religiosos e leigos —
realizaram uma grande sementeira de mártires em várias partes do mundo. O
seu testemunho, dado por Cristo até ao derramamento do sangue, tornou-se
património comum de católicos, ortodoxos, anglicanos e protestantes, como
ressaltava já Paulo VI. [...] É um testemunho que não se pode esquecer.


No nosso século, voltaram os mártires, muitas vezes desconhecidos, como que
«soldados desconhecidos» da grande causa de Deus. Tanto quanto seja
possível, não se devem deixar perder na Igreja os seus testemunhos. [...]
Impõe-se que as Igrejas locais tudo façam para não deixar perecer a memória
daqueles que sofreram o martírio, recolhendo a necessária documentação.


Isso não poderá deixar de ter uma dimensão e uma eloquência ecuménica. O
ecumenismo dos santos, dos mártires, é talvez o mais persuasivo. A
«communio sanctorum», a comunhão dos santos, fala com voz mais alta que os
factores de divisão. [...] A maior homenagem que todas as Igrejas prestarão
a Cristo no limiar do terceiro milénio será a demonstração da presença
omnipotente do Redentor, mediante os frutos de fé, esperança e caridade em
homens e mulheres de tantas línguas e raças, que seguiram Cristo nas várias
formas da vocação cristã.




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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 29 de Julho de 2011
S. Marta – Memória Obrigatória

Santa Marta, amiga de Jesus,  Santos Maria e Lázaro, hospedeiros do Senhor



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato John Henry Newman : Marta respondeu-Lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio»

Leituras

1 João 4,7-16.


Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus; e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus.
Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.
E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele, tenhamos a vida.
É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros.
A Deus nunca ninguém o viu; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós.
Damos conta de que permanecemos nele, e Ele em nós, por nos ter feito participar do seu Espírito.
Nós o contemplámos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Quem confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus.
Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.


Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.10-11.


Em todo o tempo, bendirei o SENHOR;
o seu louvor estará sempre nos meus lábios.
A minha alma gloria se no SENHOR!
Que os humildes saibam e se alegrem.

Enaltecei comigo o SENHOR;
exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o SENHOR e Ele respondeu me,
livrou me de todos os meus temores.

Aqueles que o contemplam ficam radiantes,
não ficarão de semblante abatido.
Quando um pobre invoca o SENHOR,
Ele atende o e liberta o das suas angústias.

O anjo do SENHOR protege os que o temem
e livra-os do perigo.
Saboreai e vede como o SENHOR é bom;
feliz o homem que nele confia!

Temei o SENHOR, vós que lhe estais consagrados,
pois nada falta aos que o temem.
Os ricos empobrecem e passam fome,
mas aos que procuram o SENHOR nenhum bem há-de faltar.



João 11,19-27.


Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria para lhes darem os pêsames pelo seu irmão.
Logo que Marta ouviu dizer que Jesus estava a chegar, saiu a recebê-lo, enquanto Maria ficou sentada em casa.
Marta disse, então, a Jesus: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido.
Mas, ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Ele to concederá.»
Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará.»
Marta respondeu-lhe: «Eu sei que ele há-de ressuscitar na ressurreição do último dia.»
Disse-lhe Jesus: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá.
E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre. Crês nisto?»
Ela respondeu-lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo.»


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «The Tears of Christ at the Grave of Lazarus»

Marta respondeu-Lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio»

Cristo veio ressuscitar Lázaro, mas o impacto desse milagre tornou-se a
causa imediata da Sua prisão e crucifixão (cf. Jo 11,46ss.). [...] Ele bem
sentia que Lázaro voltava à vida pelo preço do Seu próprio sacrifício;
sentia-Se descer ao túmulo de onde tinha de tirar o amigo; sentia que
Lázaro tinha de viver e que Ele próprio tinha de morrer. As aparências
inverter-se-iam: haveria um festim em casa de Marta (cf. Jo 12,1ss.), mas a
última Páscoa de tristeza caber-Lhe-ia a Ele. E Jesus sabia que aceitava
totalmente essa inversão: Ele tinha vindo do seio de Seu Pai para resgatar
com o Seu sangue todo o pecado dos homens e assim fazer sair do túmulo
todos os crentes, como fez com Seu amigo Lázaro ─ fazê-los voltar à
vida, não durante algum tempo, mas para sempre. [...]


Face à amplitude do que pretendia fazer nesse acto de misericórdia único,
Jesus disse a Marta: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em Mim,
mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em Mim não
morrerá para sempre.» Façamos nossas estas palavras de consolo, quer face à
nossa própria morte, quer face à dos nossos amigos: onde houver fé em
Cristo, aí estará Ele em pessoa. «Crês nisto?», perguntou Ele a Marta.
Quando um coração pode responder como Marta: «Sim, creio», nele Cristo
torna-se misericordiosamente presente. Ainda que invisível, Ele está lá,
mesmo junto de um leito de morte ou de um túmulo, sejamos nós que
agonizamos ou sejam os nossos entes queridos. Que o Seu nome seja bendito!
Nada nos pode tirar essa consolação. Pela Sua graça, temos tanta certeza de
que Ele está lá com todo o Seu amor como se O víssemos. Depois da nossa
experiência do que aconteceu a Lázaro, não duvidaremos um instante sequer
de que Ele está cheio de atenções para connosco e de que está ao nosso
lado.




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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 28 de Julho de 2011
Quinta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

S. Vítor I, papa, +199,  Santo Inocêncio I, papa, +417,  Beata Maria Teresa Kowalska, virgem e mártir, +1941



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Catarina de Sena : «Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá a vida» (Jo 3,36)

Leituras

Ex. 40,16-21.34-38.


Naqueles dias, Moisés obedeceu; fez tudo quanto o Senhor lhe ordenara.
No primeiro dia do primeiro mês do segundo ano, foi erigido o santuário.
Moisés erigiu o santuário: assentou as bases, as pranchas, as travessas e ergueu as colunas;
estendeu a tenda sobre o santuário e, por cima, a cobertura da tenda, como o Senhor lhe tinha ordenado.
Tomou o testemunho e depositou-o na Arca; meteu os varais na Arca, sobre a qual colocou o propiciatório.
Transportou a Arca para o santuário, fixando o véu de protecção, para vedar o acesso à Arca do testemunho, como o Senhor lhe tinha ordenado.
Então, a nuvem cobriu a tenda da reunião, e a majestade do Senhor encheu o santuário.
Moisés já não pôde entrar na tenda da reunião, porque a nuvem pairava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o santuário.
Quando a nuvem se retirava de cima do santuário, os filhos de Israel partiam de viagem,
e quando a nuvem não se retirava, não partiam, até ao instante em que ela se elevava.
Porque uma nuvem do Senhor cobria o santuário durante o dia, e um fogo brilhava ali durante a noite, aos olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas caminhadas.


Salmos 84(83),3.4.5-6a.8a.11.


A minha alma suspira
pelos átrios do SENHOR;
o meu coração e a minha carne
cantam de alegria ao Deus vivo!

Até os pássaros encontram abrigo
e as andorinhas um ninho, para os seus filhos,
junto dos teus altares, SENHOR do universo,
meu rei e meu Deus.

Felizes os que habitam na tua casa
e te louvam sem cessar.
Felizes os que em ti encontram a sua força,
e os que desejam peregrinar até ao monte Sião.

.
Um dia em teus átrios
vale por mil;
antes quero ficar no limiar da casa do meu Deus,
do que habitar nas tendas dos maus.



Mateus 13,47-53.


Naquele tempo, dise Jesus à multidão: «O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes.
Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras, e os ruins, deitam-nos fora.
Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus do meio dos justos,
para os lançarem na fornalha ardente: ali haverá choro e ranger de dentes.»
«Compreendestes tudo isto?» «Sim» responderam eles.
Jesus disse-lhes, então: «Por isso, todo o doutor da Lei instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro.»
Depois de terminar estas parábolas, Jesus partiu dali.


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Catarina de Sena (1347-1380), Terceira Dominicana, Doutora da Igreja, co-Padroeira da Europa
Diálogo, cap. 39

«Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá a vida» (Jo 3,36)

[Santa Catarina de Sena ouviu Deus dizer:] No dia do juízo final, quando o
Verbo, Meu Filho, revestido da Minha majestade, vier julgar o mundo com o
Seu poder divino, não virá como aquele pobre miserável que era quando
nasceu do seio da Virgem, num estábulo, no meio dos animais, ou como morreu
entre dois ladrões. Nessa altura o Meu poder estava escondido n'Ele; como
homem, deixei-O sofrer penas e tormentos. Não é que a Minha natureza divina
estivesse separada da natureza humana, mas deixei-O sofrer como homem para
expiar os vossos pecados. Não, não é assim que Ele virá no momento supremo:
Ele virá com todo o Seu poder e todo o esplendor da Sua própria pessoa.
[...]


Aos justos, inspirará um temor respeitoso e, ao mesmo tempo, um grande
júbilo. Não é que a Sua face mude: a Sua face é imutável, em virtude da
natureza divina, porque Ele é um coMigo; e, em virtude da natureza humana,
a Sua face é igualmente imutável, uma vez que assumiu a glória da
ressurreição. Ele parecerá terrível aos olhos dos condenados, porque os
pecadores vê-Lo-ão com o olhar de medo e perturbação que têm dentro de si
próprios.


Não é isso que se passa com a visão doente? No sol brilhante vê apenas
trevas, enquanto o olho são vê nele a luz. Não é que a luz tenha algum
defeito; não é o sol que muda. O defeito está no olho do cego. É assim que
os condenados verão o Meu Filho: entre trevas, ódio e confusão. Será por
culpa da sua própria enfermidade e não por causa da Minha majestade divina,
com a qual o Meu Filho aparecerá para julgar o mundo.




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terça-feira, 26 de julho de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 27 de Julho de 2011
Quarta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santa Natália e companheiros, mártires, +852,  Beata Maria Madalena Martinengo, abadessa, +1736,  Beato Tito Brandsma, presbítero, mártir, +1942,  S. Pantaleão, mártir, séc. III,  S. Celestino I, +432



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresinha do Menino Jesus : Um tesouro escondido

Leituras

Ex. 34,29-35.


Quando Moisés descia do monte Sinai, trazendo na mão as duas tábuas do testemunho não sabia, enquanto descia o monte, que a pele do seu rosto resplandecia, depois de ter falado com Deus.
Quando Aarão e todos os filhos de Israel o viram, notaram que a pele do seu rosto se tornara resplandecente e não se atreveram a aproximar-se dele.
Moisés, porém, chamou-os; Aarão e todos os chefes da assembleia foram ter com ele, e ele falou-lhes.
Em seguida, aproximaram-se todos os filhos de Israel, aos quais transmitiu todas as ordens que tinha recebido do Senhor, no monte Sinai.
Depois de ter acabado de falar com eles, Moisés cobriu o rosto com um véu.
Ao entrar para estar na presença do Senhor e falar com Ele, Moisés retirava o véu até sair. Então, depois de sair, comunicava aos filhos de Israel as ordens recebidas.
Os filhos de Israel viam resplandecer a face de Moisés que, em seguida, tornava a colocar o véu sobre o rosto, até entrar novamente para falar com Deus.


Salmos 99(98),5.6.7.9.


Louvai o SENHOR, nosso Deus,  
prostrai-vos a seus pés:
Ele é santo!
Moisés e Aarão estão entre os seus sacerdotes,  
e Samuel, entre os que invocam o seu nome.  
Invocavam o SENHOR e Ele atendia-os.  

Deus falava-lhes da coluna de nuvens;  
eles guardavam os seus preceitos  
e a lei que lhes tinha dado.  
Louvai o SENHOR, nosso Deus,
prostrai-vos diante do seu monte santo,
pois o SENHOR, nosso Deus, é santo!



Mateus 13,44-46.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo.
O Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas.
Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Carta 145

Um tesouro escondido

A esposa [do Cântico] dos Cânticos diz [...] que se levantou do leito para
procurar o seu Bem-Amado na cidade, mas em vão; depois de ter saído da
cidade, encontrou Aquele que o seu coração amava (cf. Ct 3, 1-4). Jesus não
quer que encontremos a Sua adorável presença no repouso: Ele esconde-Se.
[...] Oh! Que melodia para o meu coração é esse silêncio de Jesus. Ele
faz-Se pobre para que possamos usar de caridade para com Ele; estende-nos a
mão como um mendigo para que, no dia radioso do julgamento, quando Ele
aparecer na Sua glória, possamos escutar as Suas doces palavras: «Vinde,
benditos de Meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado
desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer, tive sede
e destes-Me de beber, era peregrino e recolhestes-Me, estava nu e destes-Me
de vestir, adoeci e visitastes-Me, estive na prisão e fostes ter coMigo»
(Mt 25, 34-36). Foi o próprio Jesus que pronunciou estas palavras, é Ele
que quer o nosso amor, que o mendiga. Põe-Se, por assim dizer, à nossa
mercê, não quer tomar nada sem Lho demos. [...]


Jesus é um tesouro escondido, um bem inestimável que poucas almas sabem
encontrar, porque Ele está escondido e o mundo ama aquilo que brilha. Ah!
Se Jesus Se tivesse querido mostrar a todas as almas com os Seus dons
inefáveis, de certeza que não haveria nenhuma que O desdenhasse; mas Ele
não quer que O amemos pelos Seus dons: Ele próprio é que deve ser a nossa
recompensa.


Para encontrarmos uma coisa escondida, temos de nos esconder; a nossa vida
deve, portanto, ser um mistério; é preciso assemelharmo-nos a Jesus, a
Jesus diante de Quem se tapa o rosto (cf. Is 53,3). [...] Jesus ama-te com
um amor tão grande que, se o visses, entrarias num êxtase de felicidade
[...], mas não o vês e sofres com isso. Muito em breve Jesus «Se levantará
para o julgamento, para salvar os humildes da terra» [Sl 76 (75),10].




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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 26 de Julho de 2011
Terça-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santos Joaquim e Ana, pais de Nossa Senhora



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Catecismo da Igreja Católica : «Então os justos resplandecerão no Reino de seu Pai»

Leituras

Ex. 33,7-11.34,5b-9.28.


Naqueles dias, Moisés pegou na tenda e foi colocá-la a certa distância do acampamento. Deu-lhe o nome de tenda da reunião. E todos aqueles que desejavam consultar o Senhor iam à tenda da reunião, fora do acampamento.
Quando Moisés se dirigia para a tenda, todo o povo se levantava, permanecendo cada um à entrada da própria tenda, para o seguir com os olhos, até Moisés entrar na tenda.
Logo que Moisés entrava na tenda, a coluna de nuvem descia e mantinha-se à entrada, e o Senhor falava com Moisés.
E, ao ver a coluna de nuvem que permanecia à entrada da tenda, todo o povo se levantava e se prostrava, cada um à entrada da sua tenda.
O Senhor falava com Moisés, frente a frente, como um homem fala com o seu amigo. Moisés voltava, em seguida, para o acampamento; mas Josué, filho de Nun, o seu servidor, homem ainda novo, não se afastava do interior da tenda.
O Senhor desceu na nuvem e, passando junto dele, pronunciou o nome do Senhor.
O Senhor passou em frente dele e exclamou: «Senhor! Senhor! Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e de fidelidade,
que mantém a sua graça até à milésima geração, que perdoa a iniquidade, a rebeldia e o pecado, mas não declara inocente o culpado e pune o crime dos pais nos filhos, e nos filhos dos seus filhos até à terceira e à quarta geração.»
Moisés curvou-se imediatamente até ao chão e prostrou-se em adoração,
dizendo: «Se, entretanto, alcancei graça aos teus olhos, ó Senhor, vem, por favor, caminhar no meio de nós, pois este é um povo de cerviz dura. Mas perdoa-nos as nossas iniquidades e os nossos pecados e aceita-nos como propriedade tua.»
Moisés permaneceu junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos.


Salmos 103(102),6-7.8-9.10-11.12-13.


O Senhor faz justiça   
e defende o direito de todos os oprimidos.  
Revelou a Moisés os seus caminhos  
e aos filhos de Israel os seus prodígios.  

O Senhor é clemente e compassivo,   
paciente e cheio de de bondade.   
Não está sempre a repreender-nos,
nem a sua ira dura para sempre.  

Não nos tratou segundo os nossos pecados,   
nem nos castigou segundo as nossas culpas.   
Como é grande a distância dos céus à terra,
assim são grandes os seus favores para os que o temem.  



Mateus 13,36-43.


Naquele tempo, afastando-se das multidões, Jesus foi para casa. E os seus discípulos, aproximando-se dele, disseram-lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo.»
Ele, respondendo, disse-lhes: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem;
o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do maligno;
o inimigo que a semeou é o diabo; a ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os anjos.
Assim, pois, como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo:
o Filho do Homem enviará os seus anjos, que hão-de tirar do seu Reino todos os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade,
e lançá-los na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes.
Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, oiça!»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Catecismo da Igreja Católica
§§760-769

«Então os justos resplandecerão no Reino de seu Pai»

«O mundo foi criado em ordem à Igreja», diziam os cristãos dos primeiros
tempos (Hermas). Deus criou o mundo em ordem à comunhão na Sua vida divina,
comunhão que se realiza pela «convocação» dos homens em Cristo, e esta
«convocação» é a Igreja. A Igreja é o fim de todas as coisas. Até as
próprias vicissitudes dolorosas, como a queda dos anjos e o pecado do
homem, não foram permitidos por Deus senão como ocasião e meio de pôr em
acção toda a força do Seu braço, toda a medida do amor que queria dar ao
mundo: «Assim como a vontade de Deus é um acto e se chama mundo, do mesmo
modo a Sua intenção é a salvação dos homens e chama-se Igreja» (Clemente de
Alexandria).


A convocação do povo de Deus começa no instante em que o pecado destrói a
comunhão dos homens com Deus e entre si; a reunião da Igreja é, por assim
dizer, a reacção de Deus ao caos provocado pelo pecado. Esta reunificação
realiza-se secretamente no seio de todos os povos: «E qualquer nação, quem
O teme e pratica a justiça, é aceite por Ele» (Act 10,35). A preparação
remota da reunião do povo de Deus começa com a convocação de Abraão, a quem
Deus promete que há-de vir a ser o pai de um grande povo (Gn 12,2). A
preparação imediata começa com a eleição de Israel como Povo de Deus (Ex
19,5); pela sua eleição, Israel deve ser o sinal da reunião futura de todas
as nações (Is 2,2).


Pertence ao filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação de
Seu Pai; tal é o motivo da Sua «missão». [...] Cristo inaugurou na Terra o
Reino dos Céus; a Igreja «é o Reino de Cristo já presente em mistério»
(Vaticano II, LG 3). [...] «A Igreja [...] só na glória celeste alcançará a
sua realização acabada» (LG 48), quando do regresso glorioso de Cristo.
[...] Ela suspira pelo advento do Reino em plenitude. A consumação da
Igreja – e, através dela, do mundo – na glória não se fará sem grandes
provações. Só então é que «todos os justos, depois de Adão, 'desde o justo
Abel até ao último eleito', se reunirão em Igreja universal junto do Pai»
(LG 2).




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domingo, 24 de julho de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 25 de Julho de 2011
S. Tiago, apóstolo – festa

S. Tiago Maior, apóstolo, mártir,  S. Cristóvão, mártir, séc. III



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : Beber do Seu cálice para se sentar à Sua direita

Leituras

2 Cor. 4,7-15.


Irmãos: Nós trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso.
Em tudo somos atribulados, mas não esmagados; confundidos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados.
Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifesta no nosso corpo.
Estando ainda vivos, estamos continuamente expostos à morte por causa de Jesus, para que a vida de Jesus seja manifesta também na nossa carne mortal.
Assim, em nós opera a morte, e em vós a vida.
Animados do mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: Acreditei e por isso falei, também nós acreditamos e por isso falamos,
sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, também nos há-de ressuscitar com Jesus, e nos fará comparecer diante dele junto de vós.
E tudo isto faço por vós, para que a graça, multiplicando-se na comunidade, faça aumentar a acção de graças, para a glória de Deus.


Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.


Quando o SENHOR mudou o destino de Sião,
parecia-nos viver um sonho.  
A nossa boca encheu-se de sorrisos
e a nossa língua de canções.  

Dizia-se, então, entre os pagãos:
«O SENHOR fez por eles grandes coisas!»
Sim, o SENHOR fez por nós grandes coisas;
por isso, exultamos de alegria.  

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
cono as torrentes do deserto.
Aqueles que semeiam com lágrimas,
vão recolher com alegria.  

À ida vão a chorar,
carregando e lançando as sementes;
no regresso cantam de alegria,
transportando os feixes de espigas.  



Mateus 20,20-28.


Naquele tempo, aproximou-se então de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu, com os seus filhos, e prostrou-se diante dele para lhe fazer um pedido.
«Que queres?» perguntou-lhe Ele. Ela respondeu: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e o outro à tua esquerda, no teu Reino.»
Jesus retorquiu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» Eles responderam: «Podemos.»
Jesus replicou-lhes: «Na verdade, bebereis o meu cálice; mas, o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence a mim concedê-lo: é para quem meu Pai o tem reservado.»
Ouvindo isto, os outros dez ficaram indignados com os dois irmãos.
Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações as governam como seus senhores, e que os grandes exercem sobre elas o seu poder.
Não seja assim entre vós. Pelo contrário, quem entre vós quiser fazer se grande, seja o vosso servo; e
quem, no meio de vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo.
Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e posteriormente bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de São Mateus, n.º 65, 2-4; PG 58, 619 (cf. Breviário: 25/07)

Beber do Seu cálice para se sentar à Sua direita

Por intermédio de sua mãe, os filhos de Zebedeu fazem a seu Mestre este
pedido, na presença dos companheiros : «Ordena que nos sentemos um à Tua
direita e o outro à Tua esquerda.» (cf. Mc 10,35 ss). [...] Cristo
apressa-Se a tirá-los das suas ilusões, dizendo-lhes que devem estar
prontos a sofrer injúrias, perseguições e mesmo a morte: «Não sabeis o que
pedis. Podeis beber o cálice que Eu estou para beber ?» Que ninguém se
espante por ver os apóstolos imersos em tão imperfeitas inclinações. Espera
que o mistério da cruz seja cumprido, que a força do Espírito Santo lhes
tenha sido comunicada. Se queres ver a sua força de alma, observa-os mais
tarde, e vê-los-ás superiores a todas as fragilidades humanas. Cristo não
lhes esconde as fraquezas, para que tu vejas tudo aquilo em que depois se
hão-de tornar, pela força da graça que os há-de transformar [...].


«Não sabeis o que pedis». Não sabeis quão grande é essa honra, quão
prodigiosa é. Ficar sentados à Minha direita? Isso ultrapassa os próprios
poderes angélicos. «Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?»
Falais-me de tronos e de diademas insignificantes; Eu falo-vos de combates
e de sofrimentos. Não é agora que receberei a Minha realeza; não é ainda
chegada a hora da glória. Para Mim e para os Meus, o tempo é de violência,
de combates e de perigos.


Repara que Ele não lhes pergunta directamente: «Tereis coragem para
derramar o vosso sangue ?» Para os encorajar, propõe-lhes que partilhem o
Seu cálice, que vivam em comunhão conSigo [...]. Mais tarde verás São João,
o mesmo que neste momento deseja obter para si o primeiro lugar, ceder
sempre a presidência a São Pedro [...]. Quanto a Tiago, o seu apostolado
não veio a durar muito tempo. Ardente de fervor, desprezando por completo
os interesses meramente humanos, com seu zelo mereceu ser o primeiro mártir
de entre os apóstolos (Act 12,2).




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sábado, 23 de julho de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 24 de Julho de 2011
17º Domingo do Tempo Comum - Ano A

S. Charbel (Sarbélio) Makhluf, presbítero, +1898,  Beato João Soreth, religioso, presbítero, +1471,  Santa Cristina, a Admirável, religiosa, +1224



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Tomás de Aquino : «O Reino do Céu é semelhante a um tesouro»

Leituras

1 Reis 3,5.7-12.


Em Gabaon, durante a noite, o Senhor apareceu em sonhos a Salomão e disse-lhe: «Pede-Me o que quiseres». Salomão responde:
Senhor, meu Deus, Vós fizestes reinar o vosso servo em lugar do meu pai David e eu sou muito novo e não sei como proceder.
Este vosso servo está no meio do povo escolhido, um povo imenso, inumerável, que não se pode contar nem calcular.
Dai, portanto, ao vosso servo um coração inteligente, para saber distinguir o bem do mal; pois, quem poderia governar este vosso povo tão numeroso?».
Agradou ao Senhor esta súplica de Salomão
e disse-lhe:«Porque foi este o teu pedido e já que não pediste longa vida, nem riqueza, nem a morte dos teus inimigos, mas sabedoria para praticar a justiça,
vou satisfazer o teu desejo. Dou-te um coração sábio e esclarecido, como nunca houve antes de ti nem haverá depois de ti.


Salmos 119(118),57.72.76-77.127-128.129-130.


SENHOR, eu disse: «A herança que me toca
é pôr em prática as tuas ordens.»  
Prezo mais a lei da tua boca
do que milhões em ouro e prata.

Que a tua bondade me sirva de conforto,
conforme o que prometeste ao teu servo.  
Mostra-me a tua misericórdia e viverei,
porque a tua lei faz as minhas delícias.  

Por isso amo os teus mandamentos,
muito mais que o ouro fino.  
Por isso sigo os teus preceitos
e tenho horror aos caminhos da mentira.  

Os teus preceitos são admiráveis;
por isso a minha alma os observa.  
a manifestação das vossas palavras ilumina
e dá inteligência aos simples.  



Romanos 8,28-30.


Irmãos: Nós sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados, de acordo com o seu desígnio.
Porque àqueles que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho, de tal modo que Ele é o primogénito de muitos irmãos.
E àqueles que predestinou, também os chamou; e àqueles que chamou, também os justificou; e àqueles que justificou, também os glorificou. Hino ao amor de Deus


Mateus 13,44-52.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo.
O Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas.
Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola.»
«O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes.
Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras, e os ruins, deitam-nos fora.
Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus do meio dos justos,
para os lançarem na fornalha ardente: ali haverá choro e ranger de dentes.»
«Compreendestes tudo isto?» «Sim» responderam eles.
Jesus disse-lhes, então: «Por isso, todo o doutor da Lei instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Homilia sobre o Credo

«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro»

É lógico que o fim de todos os nossos desejos, isto é, a vida eterna, seja
indicado no fim de tudo o que nos é dado a crer no Credo, com estas
palavras: «A vida eterna. Ámen.» [...] Na vida eterna acontece a união do
homem com Deus [...], o louvor perfeito [...] e a perfeita saciedade dos
nossos desejos, pois cada bem-aventurado ainda possuirá mais do que
esperava e pensava. Nesta vida ninguém pode saciar os seus desejos; nunca
nada criado poderá saciar os desejos do homem. Só Deus sacia, e fá-lo
infinitamente. É por isso que só podemos repousar em Deus, como disse santo
Agostinho: «Fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração anda inquieto
até que repouse em Ti».


Uma vez que, na pátria, os santos possuirão a Deus de um modo perfeito, é
evidente que, não apenas o seu desejo será saciado, mas ainda transbordará
de glória. É por isso que o Senhor diz: «Entra no gozo do teu Senhor» (Mt
25,21). E Santo Agostinho diz, a esse respeito: «Não é que toda a alegria
entrará naqueles que se alegram, mas que aqueles que se alegram entrarão
inteiramente na alegria». Diz um salmo: «Quero contemplar-Te no santuário,
para ver o Teu poder e a Tua glória» [63 (62),3], e outro: «Ele satisfará
os desejos do teu coração» [Sl 37 (36),4]. [...] Porque, se desejamos as
delícias, é aí que encontraremos a satisfação suprema e perfeita, pois ela
consistirá no bem soberano que é o próprio Deus: «delícias eternas, à Tua
direita» [Sl 17 (16),11].




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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Profecia do Dia

Sabado, dia 23 de Julho de 2011
S. Brígida, religiosa, co-padroeira da Europa – festa

Santa Brígida, religiosa, patrona da Europa, +1373



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II : Santa Brígida da Suécia, co-padroeira da Europa

Leituras

Gálatas 2,19-20.


Irmãos: É que eu pela Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo.
Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. E a vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim.


Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.10-11.


Em todo o tempo, bendirei o SENHOR;
o seu louvor estará sempre nos meus lábios.
A minha alma gloria se no SENHOR!
Que os humildes saibam e se alegrem.

Enaltecei comigo o SENHOR;
exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o SENHOR e Ele respondeu me,
livrou me de todos os meus temores.

Aqueles que o contemplam ficam radiantes,
não ficarão de semblante abatido.
Quando um pobre invoca o SENHOR,
Ele atende o e liberta o das suas angústias.

O anjo do SENHOR protege os que o temem
e livra-os do perigo.
Saboreai e vede como o SENHOR é bom;
feliz o homem que nele confia!

Temei o SENHOR, vós que lhe estais consagrados,
pois nada falta aos que o temem.
Os ricos empobrecem e passam fome,
mas aos que procuram o SENHOR nenhum bem há-de faltar.



João 15,1-8.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda.
Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado.
Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem.
Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá.
Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato João Paulo II
Carta Apostólica «Spes aedificandi» §§ 10-11, 01/10/99  (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

Santa Brígida da Suécia, co-padroeira da Europa

Para edificar a nova Europa sobre bases sólidas, não é decerto suficiente
apelar apenas aos interesses económicos, que se em certas ocasiões unem,
noutras, em contrapartida, dividem; antes, é necessário incidir sobre os
valores autênticos, que têm o seu fundamento na lei moral universal,
inscrita no coração de cada homem. Uma Europa que confundisse o valor da
tolerância e do respeito universal com o indiferentismo ético e o
cepticismo acerca dos valores irrenunciáveis abrir-se-ia às mais arriscadas
aventuras e, mais cedo ou mais tarde, veria reaparecer sob novas formas os
espectros mais tremendos da sua história.


Para evitar esta ameaça, torna-se mais uma vez vital o papel do
cristianismo, que está a indicar de forma infatigável o horizonte ideal. À
luz dos inúmeros pontos de encontro com as outras religiões, que o Concílio
Vaticano II prospectou (cf. Decreto «Nostra aetate»), é necessário
ressaltar com vigor que a abertura ao Transcendente é uma dimensão vital
para a existência. É essencial, portanto, um renovado compromisso de
testemunho por parte de todos os cristãos, presentes nas várias nações do
continente. A eles cabe alimentar a esperança da plena salvação com o
anúncio do Evangelho que lhes compete isto é, da «Boa Nova» com a qual Deus
Se encontrou connosco, e em Seu Filho Jesus Cristo nos ofereceu a redenção
e a plenitude da vida divina. Graças ao Espírito que nos foi dado, podemos
elevar a Deus o nosso olhar e invocá-lo com o doce nome de "Abba", Pai (cf.
Rm 8, 15; Gl 4, 6).


Ao favorecer uma renovada devoção eu quis, com este anúncio de esperança,
valorizar em perspectiva «europeia» estas três grandes figuras de mulher,
que em várias épocas deram tão significativa contribuição para o
crescimento não só da Igreja, mas da mesma sociedade.




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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 22 de Julho de 2011
Sta. Maria Madalena, discípula – Memória Obrigatória

Santa Maria Madalena, penitente



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório Palamas : «Vai ter com os meus irmãos»

Leituras

Cânt. dos Cânt. 3,1-4a.


Eis o que diz a esposa: «No meu leito, toda a noite, procurei aquele que o meu coração ama; procurei-o e não o encontrei.
Vou levantar-me e dar voltas pela cidade: pelas praças e pelas ruas, procurarei aquele que o meu coração ama. Procurei-o e não o encontrei.
Encontraram-me os guardas que fazem ronda pela cidade: «Vistes aquele que o meu coração ama?»
Mal me apartei deles, logo encontrei aquele que o meu coração ama. Abracei-o e não o largarei até fazê-lo entrar na casa de minha mãe, no quarto daquela que me gerou.


Salmos 63(62),2.3-4.5-6.8-9.


Ó Deus, Tu és o meu Deus: Desde a aurora Vos procuro
A minha alma tem sede de Ti;
todo o meu ser anela por ti,
como terra árida, sequiosa, sem água.

Quero contemplar-te no santuário,
para ver o teu poder e a tua glória.
O teu amor vale mais do que a vida;
por isso, os meus lábios Te hão de louvar.

Quero bendizer-Tte toda a minha vida
e em teu louvor levantar as minhas mãos.
A minha alma será saciada com deliciosos manjares,
com vozes de júbilo Te louvarei.

Porque Tu és o meu auxílio,
e à sombra das Tuas asas eu exulto.
A minha alma está unida a Ti,
a tua mão direita me sustenta.



João 20,1-2.11-18.


No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava.
Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.»
Maria estava junto ao túmulo, da parte de fora, a chorar. Sem parar de chorar, debruçou-se para dentro do túmulo,
e contemplou dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha estado o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés.
Perguntaram-lhe: «Mulher, porque choras?» E ela respondeu: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram.»
Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus, de pé, mas não se dava conta que era Ele.
E Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? Quem procuras?» Ela, pensando que era o encarregado do horto, disse-lhe: «Senhor, se foste tu que o tiraste, diz-me onde o puseste, que eu vou buscá-lo.»
Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: «Rabbuni!» que quer dizer: «Mestre!»
Jesus disse-lhe: «Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vai ter com os meus irmãos e diz-lhes: 'Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.'»
Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: «Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório Palamas (1296-1359), monge, bispo e teólogo
Homilia 20: PG 151, 266.271

«Vai ter com os meus irmãos»

Entre as que trouxeram perfumes ao túmulo de Cristo, Maria Madalena é a
única de cuja memória celebramos. Cristo tinha expulsado dela sete
espíritos (Lc 8,2), para dar lugar às sete operações da graça do Espírito.
A sua perseverança em ficar perto do túmulo valeu-lhe a visão dos anjos e a
conversa com eles; depois, após ter visto o Senhor, tornou-se Sua apóstola
junto dos apóstolos. Instruída e plenamente assegurada pela boca de Deus,
vai anunciar-lhes que viu o Senhor e repetir-lhes o que Ele lhe disse.


Consideremos, meus irmãos, quanto Maria Madalena cedia em dignidade a
Pedro, o chefe dos Apóstolos, a João, o teólogo bem-amado por Cristo, e
quanto ela foi, no entanto, mais favorecida que eles. Eles, quando
acorreram ao sepulcro, apenas viram as ligaduras e o sudário; mas ela, que
permanecera com firme perseverança até ao fim à porta do túmulo, viu, antes
dos apóstolos, não só os anjos, mas o próprio Senhor dos Anjos,
ressuscitado na carne. Ela ouviu a Sua voz e assim Deus, pela Sua própria
palavra, a pôs ao Seu serviço.




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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 21 de Julho de 2011
Quinta-feira da 16ª semana do Tempo Comum

S. Lourenço de Brindisi (Brindes), religioso, Doutor da Igreja, +1619



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Jean Tauler : «Ditosos os vossos olhos, porque vêem»

Leituras

Ex. 19,1-2.9-11.16-20b.


Na terceira Lua-nova depois da saída dos filhos de Israel da terra do Egipto, naquele mesmo dia, chegaram ao deserto do Sinai.
Partiram de Refidim e chegaram ao deserto do Sinai e acamparam no deserto. Israel acampou lá, diante da montanha.
O Senhor disse a Moisés: «Eis que Eu venho ter contigo no coração da nuvem, para que o povo oiça quando Eu falar contigo e também acredite em ti para sempre.» E Moisés transmitiu ao Senhor as palavras do povo.
O Senhor disse a Moisés: «Vai ter com o povo, e fá-los santificar hoje e amanhã; que eles lavem as suas roupas.
Que estejam prontos para o terceiro dia, porque no terceiro dia o Senhor descerá aos olhos de todo o povo sobre a montanha do Sinai.
E eis que, no terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos e uma nuvem pesada sobre a montanha, e um som muito forte de trombeta, e todo o povo que estava no acampamento tremia.
Moisés fez sair o povo do acampamento ao encontro de Deus, e colocaram-se no sopé da montanha.
A montanha do Sinai estava toda coberta de fumo, porque o Senhor tinha descido sobre ela no fogo; e o seu fumo subia como o fumo de um forno, e toda a montanha tremia muito.
O som da trombeta era cada vez mais forte. Moisés falava, e Deus respondia-lhe no trovão.
O Senhor desceu sobre a montanha do Sinai, no cimo da montanha. O Senhor chamou Moisés ao cimo da montanha, e Moisés subiu.


Dan. 3,52.53.54.55.56.


«Bendito sejas, Senhor, Deus de nossos pais:
digno de louvor e glória eternamente!  
Bendito seja o teu nome santo e glorioso:
dgno de supremo louvor e exaltação eternamente!  
Bendito sejas no templo da tua santa glória:
digno de supremo louvor e glória eternamente!  
Bendito sejas no teu trono real:
digno de supremo louvor e exaltação eternamente!  
Bendito sejas por penetrares os abismos,
sentado sobre os querubins:
digno de supremo louvor e exaltação eternamente!

Bendito sejas no firmamento dos céus:
digno de supremo louvor e glória eternamente!


Mateus 13,10-17.


Naquele tempo, aproximando-se de Jesus, os discípulos disseram-Lhe: «Porque lhes falas em parábolas?»
Respondendo, disse-lhes: «A vós é dado conhecer os mistérios do Reino do Céu, mas a eles não lhes é dado.
Pois, àquele que tem, ser-lhe-á dado e terá em abundância; mas àquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado.
É por isso que lhes falo em parábolas: pois vêem, sem ver, e ouvem, sem ouvir nem compreender.
Cumpre-se neles a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis; e, vendo, vereis, mas não percebereis.
Porque o coração deste povo tornou se-duro, e duros também os seus ouvidos; fecharam os olhos, não fossem ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, compreender com o coração, e converter-se, para Eu os curar.
Quanto a vós, ditosos os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.
Em verdade vos digo: Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver, e não viram, e ouvir o que estais a ouvir, e não ouviram.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão 53, § 4-5, 8

«Ditosos os vossos olhos, porque vêem»

Disse Nosso Senhor: «muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não
o viram» (Lc 10,24). Por profetas entenda-se os grandes espíritos subtis e
dados ao raciocínio que se apegam às subtilezas da razão natural e delas
têm vaidade. Uns olhos assim não são ditosos. Por reis entenda-se os que
são da mesma natureza dos mestres, de energia forte e poderosa, mestres de
si próprios, das suas palavras, das suas obras e do seu idioma, e fazem
tudo o que querem com jejuns, vigílias e novenas, fazendo disso grande
alarde, como se de algo extraordinário se tratasse, mas desprezam os
outros. Também não são esses olhos que são ditosos.


Todas estas pessoas quiseram ver e não viram. Quiseram ver, mas apegaram-se
à vontade própria [...], uma vontade que encobre os olhos da alma como uma
película ou uma membrana encobre os olhos do corpo, impedindo-os de ver
[...]. Quanto mais permanecerdes na vontade própria, mais privados sereis
de ver com o olhar interior, uma vez que a verdadeira felicidade advém do
abandono verdadeiro, que é o afastamento da vontade própria. Tudo isso
nasce do fundo da humildade [...]. Quanto mais pequenos e humildes fordes,
menos vontade própria tereis [...].


Quando tudo está em paz, a alma vê a sua própria essência e todas as suas
faculdades; reconhece-se como imagem racional d'Aquele de Quem saiu, e os
olhos [...] que fixam aí o seu olhar podem perfeitamente ser tidos por
ditosos por causa do que vêem. E então sim, é a maravilha das maravilhas
que se descobre, o que há de mais puro, de mais certo, aquilo que menos
poderá ser-vos tirado (Lc 10,42) [...]. Possamos nós seguir neste caminho e
ver de tal modo que os nossos olhos sejam ditosos. Assim Deus nos ajude!




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terça-feira, 19 de julho de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 20 de Julho de 2011
Quarta-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Elias, profeta, séc. IX a.C.,  S. Apolinário, bispo, mártir, séc. II



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Maria Vianney : «O semeador saiu para semear»

Leituras

Ex. 16,1-5.9-15.


Naqueles dias, toda a comunidade dos filhos de Israel partiram de Elim e chegou ao deserto de Sin, Elim e o Sinai, no décimo quinto dia do segundo mês, após a sua saída da terra do Egipto.
Toda a comunidade dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Aarão no deserto.
Os filhos de Israel disseram-lhes: «Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egipto, quando estávamos descansados junto da panela de carne, quando comíamos com fartura! Mas vós fizestes-nos sair para este deserto para fazer morrer de fome toda esta assembleia!»
O Senhor disse a Moisés: «Eis que vou fazer chover do céu pão para vós. O povo sairá e recolherá em cada dia a porção de um dia. Isto é para o pôr à prova e ver se andará, ou não, na minha lei.
No sexto dia, quando prepararem o que tiverem trazido, haverá o dobro daquilo que recolhem em cada dia.»
Moisés disse a Aarão: «Diz a toda a comunidade dos filhos de Israel: 'Aproximai-vos do Senhor, porque Ele ouviu as vossas murmurações.'»
Enquanto Aarão falava a toda a comunidade dos filhos de Israel, eles voltaram-se para o deserto, e eis que a glória do Senhor apareceu na nuvem.
O Senhor falou a Moisés, dizendo:
«Ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Fala-lhes, dizendo: 'Ao crepúsculo comereis carne, e pela manhã saciar-vos-eis de pão, e conhecereis que Eu sou o Senhor, vosso Deus.'»
À tardinha caíram tantas codornizes que cobriram o acampamento, e pela manhã havia uma camada de orvalho ao redor do acampamento.
A camada de orvalho levantou, e eis que à superfície do deserto havia uma substância fina e granulosa, fina como geada sobre a terra.
Os filhos de Israel viram e disseram uns aos outros: «Que é isto?», pois não sabiam o que era aquilo. Disse-lhes Moisés: «Isto é o pão que o Senhor vos deu para comer.


Salmos 78(77),18-19.23-24.25-26.27-28.


Provocaram a Deus em seus corações,
reclamando manjares, segundo os seus apetites.
Murmuraram contra Ele, dizendo:
«Será Deus capaz de nos preparar a mesa no deserto?»

Deus ordenou às nuvens
e abriu as portas do céu.
Fez chover o maná para eles comerem  
e deu lhes o pão do céu.

Comeram todos o pão dos fortes;
enviou lhes comida em abundância.
Fez soprar dos céus o vento leste
e, com o seu poder, fez vir o vento sul.

Fez chover do céu carne como grãos de poeira,
e aves tão numerosas como as areias do mar.
Fê las cair no meio do acampamento,
ao redor das suas tendas.



Mateus 13,1-9.


Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se à beira-mar.
Reuniu-se a Ele uma tão grande multidão, que teve de subir para um barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão se conservava na praia.
Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu para semear.
Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as aves e comeram-nas.
Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra: e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda;
mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram.
Outras caíram entre espinhos: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas.
Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta.
Aquele que tiver ouvidos, oiça!»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Maria Vianney (1786-1859), presbítero, cura d' Ars
Sermões

«O semeador saiu para semear»

Se me interrogais acerca do que Jesus Cristo quis dizer com este semeador
que saiu de madrugada para ir espalhar a semente no seu campo, meus irmãos,
o semeador é o próprio Deus, que começou a trabalhar pela nossa salvação
desde o início do mundo, enviando-nos os Seus profetas antes da vinda do
Messias, para nos ensinar o que era necessário para sermos salvos; e não Se
contentou em enviar os Seus servos, veio Ele mesmo traçar-nos o caminho que
devemos tomar, veio anunciar-nos a palavra santa.


Sabeis o que é uma pessoa que não se alimenta desta palavra santa ou a
recebe sem a devida reverência? É semelhante a um paciente sem médico, a um
viajante perdido e sem guia, a um pobre sem recursos; digamos melhor, meus
irmãos, que é completamente impossível amar a Deus e agradar-Lhe sem ser
alimentado por esta palavra divina. O que é que nos pode levar a unirmo-nos
a Ele, a não ser conhecê-Lo? E quem nos dá a conhecê-Lo com todas as Suas
perfeições, as Suas belezas e o Seu amor por nós, se não a palavra de Deus,
que nos ensina tudo o que Ele fez por nós e os bens que nos prepara na
outra vida, se procurarmos agradar-Lhe?




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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 19 de Julho de 2011
Terça-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Santa Áurea, mártir, +856,  Símaco,  Santas Justa e Rufina, mártires, +287,  Santo Arsénio, eremita, +séc. V



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresa do Menino Jesus : «Todo aquele que fizer a vontade de Meu Pai [...], esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe»

Leituras

Ex. 14,21-31.15,1.


Naqueles dias, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez recuar o mar com um vento forte de oriente toda a noite, e pôs o mar a seco. As águas dividiram-se,
e os filhos de Israel entraram pelo meio do mar, por terra seca, e as águas eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda.
Os egípcios perseguiram-nos, e todos os cavalos do faraó, os seus carros de guerra e os seus cavaleiros, entraram atrás deles para o meio do mar.
E aconteceu que, na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e de nuvem, para o acampamento dos egípcios, e lançou a confusão no acampamento dos egípcios.
Ele desviou as rodas dos seus carros de guerra, e eles conduziam com dificuldade. Os egípcios disseram: «Fujamos diante de Israel, porque o Senhor combate por eles contra o Egipto.»
O Senhor disse a Moisés: «Estende a tua mão sobre o mar, e que as águas voltem sobre os egípcios, sobre os seus carros de guerra e sobre os seus cavaleiros.»
Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar voltou ao seu leito normal, ao raiar da manhã, e os egípcios a fugir foram ao seu encontro. E o Senhor desfez-se dos egípcios no meio do mar.
As águas voltaram e cobriram os carros de guerra e os cavaleiros; de todo o exército do faraó que entrou atrás deles no mar, não ficou nenhum.
Os filhos de Israel caminharam em terra seca, pelo meio do mar, e as águas eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda.
O Senhor salvou, naquele dia, Israel da mão do Egipto, e Israel viu os egípcios mortos à beira do mar.
Israel viu a mão poderosa com que o Senhor actuou contra o Egipto, o povo temeu o Senhor e acreditou nele e em Moisés, seu servo.
Então, Moisés cantou, e os filhos de Israel também, este cântico ao Senhor. Eles disseram: «Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande: cavalo e cavaleiro lançou no mar.


Ex. 15,8-9.10.12.17.


Com o sopro das tuas narinas, as águas amontoaram-se,  
as ondas ficaram paradas como um muro,  
os abismos coalharam no coração do Mar.  
O inimigo disse: «Perseguirei,
alcançarei, repartirei os despojos: .
Desembainharei a minha espada;neles se saciará a minha alma ..»
Sopraste com o teu vento, e o mar os recobriu.
Afundaram-se como chumbo nas águas alterosas.  
Estendeste a tua direita: a terra engoliu-os.  
mas conduzistes com amor o povo que libertastes
e com o vosso poder  o levastes à vossa morada santa,
à morada segura que fizestes, senhor.


Mateus 12,46-50.


Naquele tempo, enquanto Jesus estava a falar à multidão, apareceram sua mãe e seus irmãos, que, do lado de fora, procuravam falar-lhe.
Disse-lhe alguém: «A tua mãe e os teus irmãos estão lá fora e querem falar-te.»
Jesus respondeu ao que lhe falara: «Quem é a minha mãe e quem são os meus irmãos?»
E, indicando com a mão os discípulos, acrescentou: «Aí estão minha mãe e meus irmãos;
pois, todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Carta 142

«Todo aquele que fizer a vontade de Meu Pai [...], esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe»

«Os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos diz o Senhor» (cf. Is
55,8). O mérito não consiste em fazer nem em dar muito, mas antes em
receber e amar muito. Está dito que a felicidade está mais em dar do que em
receber (Act 20,35), e é verdade, mas quando Jesus quer tomar para Si a
doçura de dar, não é delicado recusar. Deixemo-Lo tomar e dar tudo o que
quiser; a perfeição consiste em fazer a Sua vontade, e a alma que se
entrega totalmente a Ele é chamada pelo próprio Jesus «Sua mãe, Sua irmã» e
toda a Sua família. Aliás, «se alguém Me tem amor, há-de guardar a Minha
palavra; e o Meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada.»
(Jo 14,23). Oh, como é fácil agradar a Jesus, deleitar o Seu coração; basta
amá-Lo sem olharmos demasiado para nós próprios, sem examinar
excessivamente os próprios defeitos [...].


Os directores espirituais fazem-nos aproximar da perfeição levando-nos a
praticar um grande número de actos de virtude e têm razão, mas o meu
director, que é Jesus, não me ensina a contar os meus actos; ensina-me a
fazer tudo por amor, a não Lhe recusar nada, a estar contente quando me dá
ocasião de Lhe mostrar que O amo, mas isso acontece na paz, no abandono; é
Jesus que faz tudo e eu nada faço.


Jesus dá aos Seus discípulos o poder de curar os corpos, esperando
confiar-lhes o poder, muito mais importante, de curar as almas. Observa
como Ele mostra, simultaneamente, a facilidade e a necessidade desta obra.
Efectivamente, que diz Ele? «A messe é abundante, mas os trabalhadores são
poucos.» Não é para a sementeira que vos envio, mas para a colheita. [...]
Falando assim, Nosso Senhor incutia-lhes confiança e mostrava-lhes que o
trabalho mais importante já tinha sido realizado.




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domingo, 17 de julho de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 18 de Julho de 2011
Segunda-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Beato Bartolomeu dos Mártires, bispo, +1590,  S. Francisco Solano



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Rupert de Deutz : «Aqui está Alguém que é maior do que Salomão»

Leituras

Ex. 14,5-18.


Naqueles dias, foram anunciar ao rei do Egipto que o povo fugira, e o coração do faraó e dos seus servos mudou para com o povo, e disseram: «Que fizemos, pois deixámos partir Israel do nosso serviço?»
O faraó atrelou o seu carro de guerra e tomou o seu povo consigo.
Tomou seiscentos carros de guerra escolhidos e todos os carros de guerra do Egipto com três combatentes em cada um.
O Senhor endureceu o coração do faraó, rei do Egipto, e ele perseguiu os filhos de Israel, e os filhos de Israel saíram de mão erguida.
Os egípcios perseguiram-nos e alcançaram-nos quando acampavam junto do mar; todos os cavalos e carros de guerra do faraó, os seus cavaleiros e o seu exército estavam junto de Pi-Hairot, diante de Baal-Safon.
Quando o faraó se aproximou, os filhos de Israel ergueram os olhos, e eis que os egípcios acampavam atrás deles, e os filhos de Israel tiveram muito medo e clamaram ao Senhor.
Disseram a Moisés: «Foi por falta de túmulos no Egipto que nos trouxeste para morrermos no deserto? O que é isto que nos fizeste, fazendo-nos sair do Egipto?
Não foi isto que te dissemos no Egipto, quando dizíamos: 'Deixa-nos! Queremos estar ao serviço do Egipto, porque é melhor para nós servir o Egipto do que morrer no deserto'?»
Moisés disse ao povo: «Não tenhais medo. Permanecei firmes e vede a salvação que o Senhor fará para vós hoje. Pois vós vistes os egípcios hoje, mas nunca mais os tornareis a ver.
O Senhor combaterá por vós. E vós ficai tranquilos!»
O Senhor disse a Moisés: «Porque clamas por mim? Fala aos filhos de Israel e manda-os partir.
E tu, levanta a tua vara e estende a mão sobre o mar e divide-o, e que os filhos de Israel entrem pelo meio do mar, por terra seca.
E eis que Eu vou endurecer o coração dos egípcios para que venham atrás deles, e serei glorificado por meio do faraó e de todo o seu exército, dos seus carros de guerra e dos seus cavaleiros,
e os egípcios saberão que Eu sou o Senhor, quando for glorificado por meio do faraó, dos seus carros de guerra e dos seus cavaleiros.»


Ex. 15,1-2.3-4.5-6.


«Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande:
cavalo e cavaleiro lançou no mar.
Minha força e meu canto é o Senhor:
Ele foi para mim a salvação.
Ele é o meu deus: eu O exalto
Ele é o deus de meu pai: eu O glorifico
O Senhor é um guerreiro: Senhor é o seu nome.
Os carros de guerra do faraó e o seu exército Ele atirou ao mar  
Os seus combatentes escolhidos foram afundados  
no Mar dos Juncos.  
Cobrem-nos os abismos:
desceram às profundezas como uma pedra.  
A tua direita, Senhor, resplandeceu de força;
a tua direita, Senhor, apanhou o inimigo.  


Mateus 12,38-42.


Naquele tempo,  alguns esribas e fariseus disseram a Jesus: «Mestre, queremos ver um sinal da tua parte.»
Ele respondeu-lhes: «Geração má e adúltera! Reclama um sinal, mas não lhe será dado outro sinal, a não ser o do profeta Jonas.
Assim como Jonas esteve no ventre do monstro marinho, três dias e três noites, assim o Filho do Homem estará no seio da terra, três dias e três noites.
No dia do juízo, os habitantes de Nínive hão-de levantar-se contra esta geração para a condenar, porque fizeram penitência quando ouviram a pregação de Jonas. Ora, aqui está quem é maior do que Jonas!
No dia do juízo, a rainha do Sul há-de levantar-se contra esta geração para a condenar, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. Ora, aqui está alguém que é maior do que Salomão!»


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino
Da Trindade e Suas obras, 42, 4; PL 167, 1130

«Aqui está Alguém que é maior do que Salomão»

Combinados, o profeta Natan e Betsabé defenderam o seu projecto perante o
velho e sábio rei David, que estava a morrer (1Rs 1). Foi então que
Salomão, cujo nome significa «senhor pacífico» recebeu a unção real. E toda
a gente foi atrás dele a tocar flauta e a fazer uma grande festa, de modo
que toda a terra vibrava com as suas aclamações, pois o rei havia
declarado: «Estabeleço Salomão como rei de Israel e de Judá» (v. 35.40).
Esta entronização prefigura sem dúvida alguma o mistério de que Daniel
falava: «O tribunal realizou sessão e foram abertos os livros. Vi
aproximar-se, sobre as nuvens do céu, um ser semelhante a um Filho do
homem. Avançou até ao ancião, diante do qual o conduziram. Foram-lhe dadas
soberanias, glória e realeza» (Dn 7,10-14).


Foi, pois, por iniciativa de um profeta que Salomão foi estabelecido como
rei, tal como foi ao cumprir as profecias no seu sentido espiritual que
Cristo, Filho de Deus, foi reconhecido como Rei pacífico, Rei da glória do
Pai, atraindo tudo a Si. Salomão tornou-se rei ainda em vida de seu pai,
tal como Cristo foi estabelecido rei por Deus Pai, que não pode morrer.
Sim, Ele fá-l'O certamente rei, «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1,2),
Aquele que não morre nem morrerá nunca. E, coisa admirável e única, Cristo,
herdeiro de um Pai sempre vivo e que nunca poderá morrer, morreu; mas
ressuscitou e nunca mais conhecerá a morte.


Então Salomão foi sentado na mula do rei (1Rs 1,38). Bem melhor, é no trono
de seu Pai, isto é, sobre toda a Igreja [...], «acima de todo o Principado,
Potestade, Virtude e Dominação» (Ef 1,21), que Cristo está agora sentado «à
direita da Majestade nos céus» (Heb 1,3). Eis porque toda a multidão vai
atrás d'Ele, a multidão que canta e se alegra. E a terra vibra com as suas
aclamações. Também nós ouvimos a enorme alegria daqueles que proclamam esta
glória, ou seja, a alegria dos apóstolos falando as línguas de todos (Act
2) pois «por toda a terra caminha o Seu eco, até aos confins do universo a
Sua palavra» (Sl 18,5).




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sábado, 16 de julho de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 17 de Julho de 2011
16º Domingo do Tempo Comum - Ano A

Beato Nicolau Dinis, mártir, +1570,  Santo Aleixo, penitente, séc. V,  Beato Inácio de Azevedo e companheiros, mártires, +1570,  Beato Bento de Castro, mártir, +1570



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai»

Leituras

Sab. 12,13.16-19.


Não há Deus, além de Vós, que tenha cuidado de todas as coisas; a ninguém tendes de mostrar que não julgais injustamente.
Pois o teu poder é o princípio da justiça e o teu domínio sobre tudo te torna indulgente para com todos.
Demonstras a tua força a quem não crê no teu poder e confundes a ousadia de quem a reconhece.
Mas Tu, que dominas a tua força, julgas com bondade e nos governas com grande indulgência, pois podes usar o teu poder quando quiseres. que o justo deve ser amigo dos homens, e deste a teus filhos uma boa esperança, porque, após o pecado, dás a conversão.


Salmos 86(85),5-6.9-10.15-16a.


Porque Tu, Senhor, és bom e indulgente, cheio de misericórdia para quantos te invocam.
Senhor, ouve a minha oração, atende os gritos da minha súplica.
Todas as nações, que criaste, virão adorar te, Senhor, e darão glória ao teu nome.
Porque só Tu és grande e realizas maravilhas.

Mas Tu, Senhor, és um Deus misericordioso e compassivo, paciente e grande em bondade e fidelidade.
Volta te para mim e tem compaixão; dá a tua força ao teu servo e salva o filho da tua serva.


Romanos 8,26-27.


É assim que também o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza, pois não sabemos o que havemos de pedir, para rezarmos como deve ser; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis.
E aquele que examina os corações conhece as intenções do Espírito, porque é de acordo com Deus que o Espírito intercede pelos santos.


Mateus 13,24-43.


Naquele tempo, Jesus propôs à multidão mais esta parábola: «O Reino do Céu é comparável a um homem que semeou boa semente no seu campo.
Ora, enquanto os seus homens dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e afastou-se.
Quando a haste cresceu e deu fruto, apareceu também o joio.
Os servos do dono da casa foram ter com ele e disseram-lhe: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?'
'Foi algum inimigo meu que fez isto' respondeu ele. Disseram-lhe os servos: 'Queres que vamos arrancá-lo?'
Ele respondeu: 'Não, para que não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo ao mesmo tempo.
Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa; e, na altura da ceifa, direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; e recolhei o trigo no meu celeiro.'»
Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo.
É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.»
Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique fermentado.»
Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes dizia sem ser em parábolas.
Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo profeta: Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo.
Afastando-se, então, das multidões, Jesus foi para casa. E os seus discípulos, aproximando-se dele, disseram-lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo.»
Ele, respondendo, disse-lhes: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem;
o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do maligno;
o inimigo que a semeou é o diabo; a ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os anjos.
Assim, pois, como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo:
o Filho do Homem enviará os seus anjos, que hão-de tirar do seu Reino todos os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade,
e lançá-los na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes.
Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, oiça!»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (África do Norte) e doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Sl 99, 8-9

«Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai»

«Quando o que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e o que é
mortal se revestir da imortalidade» (1 Co 15,54), então será a doçura
perfeita, o júbilo perfeito, um louvor sem fim, um amor sem ameaças. [...]
E aqui em baixo? Não experimentaremos nenhuma alegria? [...] Seguramente
que encontraremos aqui em baixo a alegria; experimentaremos aqui, na
esperança da vida futura, uma alegria da qual seremos plenamente saciados
no céu.


Mas é preciso que o trigo suporte muitas coisas no meio do joio. Os grãos
são lançados à palha e o lírio cresce no meio dos espinhos. Com efeito, que
foi dito à Igreja? «Tal como um lírio entre os cardos, assim é a minha
amada entre as donzelas» (Ct 2,2). «Entre as donzelas», diz o texto, e não
entre os estrangeiros. Ó Senhor, que consolações dás Tu? Que conforto? Ou
melhor, que temor? Tu chamas espinhos às Tuas próprias donzelas? São
espinhos, responde Ele, pela sua conduta, mas são donzelas pelos Meus
sacramentos. [...]


Mas onde deverá então o cristão refugiar-se para não gemer no meio de
irmãos falsos? Para onde irá ele? Fugirá para o deserto? As ocasiões de
queda para lá o seguirão. Distanciar-se-á, ele que progride bem, até não
ter de suportar mais nenhum dos seus semelhantes? E se ninguém tivesse
querido suportá-lo antes da sua conversão? Se, por conseguinte, sob o
pretexto de que progride, não quer suportar ninguém, por isso mesmo é
evidente que ainda não progrediu. Escutai bem estas palavras: «Com toda a
humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em
amor. Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz» (Ef 4,
2-3). Não há em ti nada que o outro tenha de suportar?




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