quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 01 de Setembro de 2011
Quinta-feira da 22ª semana do Tempo Comum

Santo Egídio, abade, séc. VII,  Santa Beatriz da Silva, virgem, fundadora. +1490



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresinha do Menino Jesus : «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens»

Leituras

Coloss. 1,9-14.


Irmãos: Por isso, também nós, desde o dia em que ouvimos falar disso, não cessamos de orar por vós e de pedir a Deus que vos encha do conhecimento da sua vontade, com toda a sabedoria e inteligência espiritual,
a fim de caminhardes de modo digno do Senhor, para seu total agrado: dai frutos em toda a espécie de boas obras e progredi no conhecimento de Deus;
deixai-vos fortalecer plenamente pelo poder da sua glória, para chegardes a uma constância e paciência total com alegria;
dai graças ao Pai, que vos tornou capazes de tomar parte na herança dos santos na luz.
Foi Ele que nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o Reino do seu amado Filho,
no qual temos a redenção, o perdão dos pecados.


Salmos 98(97),2-3ab.3cd-4.5-6.


O SENHOR anunciou a sua vitória,
revelou aos povos a sua justiça.
Lembrou-se do seu amor e da sua fidelidade  
em favor da casa de Israel.  

Todos os confins da terra presenciaram  
o triunfo libertador do nosso Deus.
Aclamai o SENHOR, terra inteira,  
exultai de alegria e cantai.

Cantai hinos ao SENHOR, ao som da harpa,  
ao som da harpa e da lira;
ao som de cornetins e trombetas,  
aclamai o nosso rei e SENHOR.



Lucas 5,1-11.


Naquele tempo, encontrando-se junto do lago de Genesaré, e comprimindo-se à volta dele a multidão para escutar a palavra de Deus,
Jesus viu dois barcos que se encontravam junto do lago. Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes.
Entrou num dos barcos, que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, sentando-se, dali se pôs a ensinar a multidão.
Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca.»
Simão respondeu: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes.»
Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixe. As redes estavam a romper-se,
e eles fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram os dois barcos, a ponto de se irem afundando.
Ao ver isto, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.»
Ele e todos os que com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo acontecera
a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.»
E, depois de terem reconduzido os barcos para terra, deixaram tudo e seguiram Jesus.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico

«Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens»

Nessa noite de luz [no Natal, aos catorze anos] começou o terceiro período
da minha vida, o mais belo de todos, o mais repleto de graças do céu. [...]
Tal como os Seus apóstolos eu podia dizer: «Mestre, trabalhámos durante
toda a noite e nada apanhámos». Sendo ainda mais misericordioso para comigo
do que tinha sido para com os Seus discípulos, Jesus pegou Ele mesmo na
rede, lançou-a e retirou-a repleta de peixes. Fez de mim uma pescadora de
almas; senti um grande desejo de trabalhar pela conversão dos pecadores.
[...] O grito de Jesus na cruz ressoava também continuamente no meu
coração: «Tenho sede!» (Jo 19,28). Essas palavras acendiam em mim um ardor
desconhecido e muito vivo. Queria dar de beber ao meu Bem-Amado e sentia-me
eu própria devorada pela sede das almas. [...]


A fim de aumentar o meu zelo, o Bom Deus mostrou-me que Lhe agradavam os
meus desejos. Ouvi falar de um grande criminoso que tinha acabado de ser
condenado à morte por crimes horríveis e que tudo levava a crer que
morreria em pecado. Quis, a todo custo, impedi-lo de cair no inferno. [...]
Sentia, no fundo do meu coração, a certeza de que [esses] desejos seriam
satisfeitos, mas para me encher de coragem para continuar a rezar pelos
pecadores disse ao Bom Deus que tinha a certeza de que Ele perdoaria ao
pobre infeliz Pranzini, e que eu acreditaria nisso mesmo que ele não se
confessasse nem desse nenhum sinal de arrependimento ─ tal era a
confiança que eu tinha na misericórdia infinita de Jesus ─, mas que
Lhe pedia apenas um «sinal» de arrependimento, só para minha consolação. A
minha prece foi respondida à letra! [...]


Ah! Desde que recebi essa graça única, o meu desejo de salvar as almas
aumentou dia a dia; parecia-me ouvir Jesus dizer-me, como à samaritana:
«Dá-me de beber!» (Jo 4,7). Era uma verdadeira troca de amor; eu dava o
sangue de Jesus às almas e oferecia a Jesus essas mesmas almas refrescadas
pelo Seu orvalho divino. Assim, Ele parecia ficar aliviado e, quanto mais
Lhe dava a beber, mais a sede da minha pequena alma aumentava, e era essa
sede ardente que Ele me dava como a mais deliciosa bebida do Seu amor.




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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 31 de Agosto de 2011
Quarta-feira da 22ª semana do Tempo Comum

São Raimundo Nonato, presbítero, +1240



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Bernardo : «As multidões procuravam-No [...]. Mas Ele disse-lhes: 'Tenho de anunciar também às outras cidades'»

Leituras

Coloss. 1,1-8.


Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, e o irmão Timóteo,
aos irmãos em Cristo, santos e fiéis, que vivem em Colossos: a vós graça e paz da parte de Deus, nosso Pai.
Damos graças a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, nas orações que continuamente fazemos por vós,
desde que ouvimos falar da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos,
por causa da esperança que vos está reservada nos Céus. Dela ouvistes falar outrora pela palavra da verdade, o Evangelho
que chegou até vós. Como em todo o mundo, também entre vós ele tem produzido frutos e progredido, desde o dia em que o recebestes e, em verdade, tomastes conhecimento da graça de Deus.
Assim o aprendestes de Epafras, servo como nós, ele que é um fiel servidor de Cristo ao vosso serviço
e que nos informou do vosso amor no Espírito.


Salmos 52(51),10.11.


Eu, porém, como oliveira verdejante na casa de Deus,
confio para sempre na sua misericórdia.
Hei de louvar-Te eternamente
por tudo o que fizeste.
Na presença dos teus fiéis,
anunciarei o teu nome, porque és bom.



Lucas 4,38-44.


Naquele tempo, deixando a sinagoga, Jesus entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com muita febre, e intercederam junto dele em seu favor.
Inclinando-se sobre ela, ordenou à febre e esta deixou-a; ela erguendo-se, começou imediatamente a servi-los.
Ao pôr-do-sol, todos quantos tinham doentes, com diversas enfermidades, levavam-lhos; e Ele, impondo as mãos a cada um deles, curava-os.
Também de muitos saíam demónios, que gritavam e diziam: «Tu és o Filho de Deus!» Mas Ele repreendia-os e não os deixava falar, porque sabiam que Ele era o Messias.
Ao romper do dia, saiu e retirou-se para um lugar solitário. As multidões procuravam-no e, ao chegarem junto dele, tentavam retê-lo, para que não se afastasse delas.
Mas Ele disse-lhes: «Tenho de anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado.»
E pregava nas sinagogas da Judeia.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e Doutor da Igreja
Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, nº 84, 2-3

«As multidões procuravam-No [...]. Mas Ele disse-lhes: 'Tenho de anunciar também às outras cidades'»

Saiba toda a alma que busca a Deus que ela foi por Ele procurada primeiro,
que a buscou antes que ela O buscasse. [...] «Toda a noite procurei Aquele
que o meu coração ama» (Ct 3,1). A alma procura o Verbo, mas é o Verbo Quem
a procura de antemão. [...] Quando entregue a si própria, a nossa alma mais
não é do que um sopro que passa e não volta (Sl 78(77),39). Escutai o que
ela diz, ao longe fugitiva e à deriva: «Ando errante como ovelha perdida;
vem à procura do teu servo» (Sl 119(118),176). Homem, queres voltar? Mas se
isso depende da tua vontade, porque pedes auxílio? [...] É evidente que
queres e não podes, pois não és mais do que um sopro que passa e não volta,
e todo aquele que não quer ainda mais longe anda. [...] Mas donde lhe vem
essa vontade? De que a procurou e visitou antes o Verbo, numa procura em
tudo menos ociosa uma vez que lhe despertou a vontade sem a qual não
poderia voltar.


No entanto, não basta que o Senhor a tenha buscado uma vez, tanta é a
lassidão e tantas as dificuldades da volta. [...] «O querer está ao meu
alcance, diz, mas realizar o bem, isso não» (Rm 7,18). O que busca, então,
aquele que citámos no Salmo? Apenas isso mesmo: que o busquem, pois nunca
tal faria se não fosse de antemão buscado e, por conseguinte, não
recomeçaria a sua busca se o tivessem suficientemente buscado.




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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 30 de Agosto de 2011
Terça-feira da 22ª semana do Tempo Comum

Santos Félix, presbítero, e Adauto, mártires, +304,  Beata Joana Jugan, religiosa, +1879,  Santa Tecla, virgem, mártir, séc. I,  Beato Eustáquio van Lieshout, presbítero, +1943



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Balduíno da Cantuária : A palavra de Deus é viva e eficaz

Leituras

1 Tess. 5,1-6.9-11.


Irmãos, quanto aos tempos e aos momentos, não precisais que vos escreva.
Com efeito, vós próprios sabeis perfeitamente que o Dia do Senhor chega de noite como um ladrão.
Quando disserem: «Paz e segurança», então se abaterá repentinamente sobre eles a ruína, como as dores de parto sobre a mulher grávida, e não escaparão a isso.
Mas vós, irmãos, não estais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão.
Na verdade, todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos nem da noite nem das trevas.
Não durmamos, pois, como os outros, mas vigiemos e sejamos sóbrios.
De facto, Deus não nos destinou à ira mas à posse da salvação por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo
que morreu por nós, a fim de que, quer durmamos, quer estejamos vigilantes, com Ele vivamos unidos.
Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como já o fazeis.


Salmos 27(26),1.4.13-14.


O Senhor é minha luz e salvação:
de quem terei medo?
O Senhor é o baluarte da minha vida:
quem me assustará?  

Uma só coisa peço ao Senhor e ardentemente a desejo:
é habitar na casa do Senhor
todos os dias da minha vida,
para saborear o seu encanto
e ficar em vigília no seu templo.

Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do Senhor,
na terra dos vivos.
Confia no Senhor! Sê forte e corajoso,
e confia no Senhor!



Lucas 4,31-37.


Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaúm, cidade da Galileia, e a todos ensinava ao sábado.
E estavam maravilhados com o seu ensino, porque falava com autoridade.
Encontrava-se na sinagoga um homem que tinha um espírito demoníaco, o qual se pôs a bradar em alta voz:
«Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus!»
Jesus ordenou-lhe: «Cala-te e sai desse homem!» O demónio, arremessando o homem para o meio da assistência, saiu dele sem lhe fazer mal algum.
Dominados pelo espanto, diziam uns aos outros: «Que palavra é esta? Ordena com autoridade e poder aos espíritos malignos, e eles saem!»
A sua fama espalhou-se por todos os lugares daquela região.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Balduíno da Cantuária (?-c. 1190), abade cisterciense, depois bispo
Homilia 6; PL 204, 451-453 (trad: Breviário)

A palavra de Deus é viva e eficaz

«A Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante que uma espada de dois
gumes» (He 4,12). Aos que buscam a Cristo, que é a Palavra, o Poder e a
Sabedoria de Deus, fica bem declarada nesta expressão da Escritura toda a
grandeza, força e sabedoria Daquele que é a verdadeira Palavra de Deus.
Esta Palavra, eterna como o Pai desde o princípio (Jo 1, 1), foi revelada
no devido tempo aos apóstolos e por eles anunciada aos povos e humildemente
acolhida com fé. [...]Esta Palavra de Deus é viva, porque o Pai Lhe
comunicou o poder de ter a vida em Si mesma tal como Ele tem a vida em Si
mesmo (Jo 5, 26). Por esta razão, Ela não somente é viva, mas é a própria
vida, como de Si mesma proclama: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida» (Jo
14,6). Precisamente porque esta Palavra é a vida, é viva e vivificante. De
facto, assim como o Pai ressuscita os mortos e dá a vida, assim também o
Filho dá a vida a quem quer (Jo 5,21). Dá a vida quando chama o morto do
sepulcro dizendo: «Lázaro, sai para fora!» (Jo 11,43). Quando esta Palavra
é anunciada mediante a voz do pregador, transmite pela voz que se ouve
exteriormente a voz que actua interiormente, e que chama os mortos à vida
para renascerem na alegria dos filhos de Abraão (Mt 3,9). Portanto, é viva
esta Palavra no coração do Pai, é viva na boca do pregador, é viva no
coração de quem crê e ama.




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domingo, 28 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 29 de Agosto de 2011
Martírio de S. João Baptista – Memória Obrigatória

Martírio de S. João Baptista



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Lansperge : João Batista morre por Cristo

Leituras

Jer. 1,17-19.


Naqueles dias, o Senhor dirigiu-me a palavra dizendo: «Tu, porém, cinge os teus rins, levanta-te e diz-lhes tudo o que Eu te ordenar. Não temas diante deles; se não, serei Eu a fazer-te temer na sua presença.
E eis que hoje te estabeleço como cidade fortificada, como coluna de ferro e muralha de bronze, diante de todo este país, dos reis de Judá e de seus chefes, dos sacerdotes e do povo da terra.
Far-te-ão guerra, mas não hão-de vencer, porque Eu estou contigo para te salvar» – oráculo do Senhor.


Salmos 71(70),1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17.


Em ti, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido.
Pela tua justiça, livra-me e protege-me;
inclina para mim os teus ouvidos e salva-me.

Sê a minha protecção e o refúgio,
A fortaleza da minha salvação.
Tu és a minha defesa e o meu refúgio:
Meu Deus, livra-me das mãos do ímpio.

Tu és a minha esperança, ó Senhor DEUS,
e a minha confiança desde a juventude.
Em ti me apoio desde o seio materno,
desde o ventre materno és o meu protector.

A minha boca proclamará a tua justiça,
e todo o dia anunciarei a tua salvação.
Instruíste-me, ó Deus, desde a minha juventude
e até hoje anunciei sempre as tuas maravilhas.

.


Marcos 6,17-29.


Naquele tempo,o rei Herodes  mandara prender João e pô-lo a ferros na prisão, por causa de Herodíade, mulher de Filipe, seu irmão, que ele desposara.
Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter contigo a mulher do teu irmão.»
Herodíade tinha-lhe rancor e queria dar-lhe a morte, mas não podia,
porque Herodes temia João e, sabendo que era homem justo e santo, protegia-o; quando o ouvia, ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado.
Mas chegou o dia oportuno, quando Herodes, pelo seu aniversário, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e aos principais da Galileia.
Tendo entrado e dançado, a filha de Herodíade agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei.»
E acrescentou, jurando: «Dar-te-ei tudo o que me pedires, nem que seja metade do meu reino.»
Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?» A mãe respondeu: «A cabeça de João Baptista.»
Voltando a entrar apressadamente, fez o seu pedido ao rei, dizendo: «Quero que me dês imediatamente, num prato, a cabeça de João Baptista.»
O rei ficou desolado; mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar.
Sem demora, mandou um guarda com a ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi e decapitou-o na prisão;
depois, trouxe a cabeça num prato e entregou-a à jovem, que a deu à mãe.
Tendo conhecimento disto, os discípulos de João foram buscar o seu corpo e depositaram-no num sepulcro.


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

Lansperge, o Cartuxo (1489-1539), religioso e teólogo
Sermão sobre a Degolação de São João Batista. Opera omnia, t. 2, pp. 514 ss.

João Batista morre por Cristo

João não viveu para si próprio nem morreu para si próprio. A quantos homens
carregados de pecados a sua vida dura e austera não terá levado à
conversão? A quantos homens a sua morte não merecida não terá encorajado a
suportar as provas? E a nós, donde nos vem hoje a ocasião para darmos
fielmente graças a Deus, senão da lembrança de São João Baptista,
assassinado pela justiça, ou seja por Cristo? [...]


Sim, João Baptista sacrificou de todo o coração a sua vida terrena por amor
de Cristo; preferiu menosprezar as ordens do tirano que as de Deus. Este
exemplo ensina-nos que nada nos deve ser mais querido que a vontade de
Deus. Agradar aos homens não serve de grande coisa; em geral, até prejudica
grandemente. [...] Por esta razão, com todos os amigos de Deus, morramos
para os nossos pecados e as nossas preocupações, pisemos o nosso amor
próprio desviado e deixemos crescer em nós o amor fervoroso a Cristo.




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sábado, 27 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 28 de Agosto de 2011
22º Domingo do Tempo Comum - Ano A

Santo Agostinho, bispo, Doutor da Igreja, +430



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cesário de Arles : «Siga-Me»

Leituras

Jer. 20,7-9.


Seduziste-me, Senhor, e eu me deixei seduzir! Tu me dominaste e venceste. Sou objecto de contínua irrisão, e todos escarnecem de mim.
Todas as vezes que falo é para proclamar: «Violência! Opressão!» A palavra do Senhor tornou-se para mim motivo de insultos e escárnios, dia após dia.
A mim mesmo dizia: «Não pensarei nele mais! Não falarei mais em seu nome!» Mas, no meu coração, a sua palavra era um fogo devorador, encerrado nos meus ossos. Esforçava-me por contê-lo, mas não podia.


Salmos 63(62),2.3-4.5-6.8-9.


Ó Deus, Tu és o meu Deus: Desde a aurora Vos procuro
A minha alma tem sede de Ti;
todo o meu ser anela por ti,
como terra árida, sequiosa, sem água.

Quero contemplar-te no santuário,
para ver o teu poder e a tua glória.
O teu amor vale mais do que a vida;
por isso, os meus lábios Te hão de louvar.

Quero bendizer-Tte toda a minha vida
e em teu louvor levantar as minhas mãos.
A minha alma será saciada com deliciosos manjares,
com vozes de júbilo Te louvarei.

Porque Tu és o meu auxílio,
e à sombra das Tuas asas eu exulto.
A minha alma está unida a Ti,
a tua mão direita me sustenta.



Romanos 12,1-2.


Por isso, vos exorto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais os vossos corpos como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus. Seja este o vosso verdadeiro culto, o espiritual.
Não vos acomodeis a este mundo. Pelo contrário, deixai-vos transformar, adquirindo uma nova mentalidade, para poderdes discernir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que lhe é agradável, o que é perfeito. Ao serviço da comunidade


Mateus 16,21-27.


A partir desse momento, Jesus Cristo começou a fazer ver aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e sofrer muito, da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos doutores da Lei, ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.
Tomando-o de parte, Pedro começou a repreendê-lo, dizendo: «Deus te livre, Senhor! Isso nunca te há-de acontecer!»
Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: «Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um estorvo, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens!»
Jesus disse, então, aos discípulos: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la.
Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que poderá dar o homem em troca da sua vida?
Porque o Filho do Homem há-de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme o seu procedimento.


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cesário de Arles (470-543), monge e bispo
Sermão 159; CCL 104, 650

«Siga-Me»

Ao pecar, o homem enchera o seu caminho de obstáculos, mas este ficou
facilitado quando Cristo o pisou com a Sua ressurreição e transformou um
carreiro estreito numa avenida digna de um rei. A humildade e a caridade
são os dois pés que permitem percorrê-la rapidamente. Todos são atraídos
para as alturas da caridade, mas a humildade é o primeiro degrau que é
preciso subir. Porque levantas o pé acima de ti? Afinal queres subir ou
queres cair? Começa pelo primeiro degrau, ou seja, pela humildade, e ele te
permitirá subir.


Eis porque o nosso Senhor e Salvador não Se limitou a dizer: «Renuncie a si
mesmo», mas antes acrescentou: «Tome a sua cruz e siga-Me». Que significa:
tome a sua cruz? Suporte tudo o que lhe é penoso, pois é assim que
caminhará atrás de Mim. Assim que tiver começado a seguir-Me, adaptando-se
à Minha vida e aos Meus mandamentos, encontrará no seu caminho muitas
pessoas que o contradirão, que procurarão desviá-lo, que não apenas
troçarão dele mas o perseguirão. Essas pessoas não se encontram somente
entre os pagãos que estão fora da Igreja; encontram-se até entre os que,
vistos do exterior, parecem estar na Igreja. [...]


Portanto, se desejas seguir Cristo, toma a tua cruz sem mais demora e
suporta os maus sem te deixares abater. [...] «Se alguém quiser vir Comigo,
tome a sua cruz e siga-Me.» Se quisermos pôr isto em prática,
esforcemo-nos, com a ajuda de Deus, por fazer nossas estas palavras do
apóstolo Paulo: «Se tivermos de que nos alimentar e vestir, contentemo-nos
com isso». Há o perigo de, ao procurarmos mais bens terrestres do que
aqueles de que precisamos, «querendo enriquecer», virmos a «cair na
armadilha da tentação, numa quantidade de desejos absurdos e perigosos, que
precipitam as pessoas na ruína e na perdição» (1Tm 6,8-9). Que o Senhor Se
digne tomar-nos sob a Sua protecção e livrar-nos desta tentação.




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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Sabado, dia 27 de Agosto de 2011
Sábado da 21ª semana do Tempo Comum

Santa Mónica, viúva, mãe de Santo Agostinho, +387



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Catecismo da Igreja Católica : Confiou-lhes os seus bens

Leituras

1 Tess. 4,9-11.


Irmãos: A respeito do amor fraterno não precisais que se vos escreva, pois vós próprios fostes ensinados por Deus a amar-vos uns aos outros;
aliás, vós já o fazeis com todos os irmãos da Macedónia. Exortamo-vos, irmãos, a progredir sempre mais,
a ter como ponto de honra viver em paz, a ocupar-vos das próprias actividades, a trabalhar com as vossas mãos, como vos recomendámos,


Salmos 98(97),1.7-8.9.


Cantai ao Senhor um cântico novo,  
porque Ele fez maravilhas!  
A sua mão direita e o seu santo braço  
Lhe deram a vitória.

Ressoe o mar e tudo o que ele contém,
o mundo inteiro e os que nele habitam.
Batam palmas os rios,  
e as montanhas, em coro, gritem de alegria.

Diante do Senhor que vem,
que vem julgar a terra.  
Ele governará o mundo com justiça  
e os povos com rectidão.



Mateus 25,14-30.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens.
A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu.
Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco.
Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois.
Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas.
Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: 'Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.'
O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.'
Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: 'Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.'
O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.'
Veio, finalmente, o que tinha recebido um só talento: 'Senhor, disse ele, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste.
Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra. Aqui está o que te pertence.'
O senhor respondeu-lhe: 'Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e recolho onde não espalhei.
Pois bem, devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e, no meu regresso, teria levantado o meu dinheiro com juros.'
Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos.
Porque ao que tem será dado e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
A esse servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.'»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Catecismo da Igreja Católica
§§ 2402-2405

Confiou-lhes os seus bens

O destino universal e a propriedade privada dos bens: No princípio, Deus
confiou a terra e os seus recursos à gestão comum da humanidade, para que
dela cuidasse, a dominasse pelo seu trabalho e gozasse dos seus frutos (Gn
1, 26-29).Os bens da criação são destinados a todo o género humano. No
entanto, a terra foi repartida entre os homens para garantir a segurança da
sua vida, exposta à penúria e ameaçada pela violência. A apropriação dos
bens é legítima, para garantir a liberdade e a dignidade das pessoas, e
para ajudar cada qual a obviar às suas necessidades fundamentais e às
necessidades daqueles que tem a seu cargo. Tal apropriação deve permitir
que se manifeste a solidariedade natural entre os homens. O direito à
propriedade privada [...] não anula a doação original da terra à humanidade
no seu conjunto. O destino universal dos bens continua a ser primordial,
embora a promoção do bem comum exija o respeito pela propriedade privada,
do direito a ela e do respectivo exercício.«Quem usa desses bens, não deve
considerar as coisas exteriores, que legitimamente possui, só como
próprias, mas também como comuns, no sentido de que possam beneficiar, não
só a si, mas também aos outros» (Vaticano II, GS 69). A propriedade dum bem
faz do seu detentor um administrador da providência de Deus, com a
obrigação de o fazer frutificar e de comunicar os seus benefícios aos
outros, a começar pelos seus próximos. Os bens de produção [...] requerem
os cuidados dos seus possuidores, para que a sua fecundidade aproveite ao
maior número. Os detentores dos bens de uso e de consumo devem utilizá-los
com moderação, reservando a melhor parte para o hóspede, o doente, o pobre.




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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 26 de Agosto de 2011
Sexta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

S. Zeferino, papa, mártir, +217,  Santa Teresa de Jesus Jornet e Ibars, virgem, fundadora, +1897,  Santa Micaela do Santíssimo Sacramento, religiosa, fundadora, +1865,  S. Gelasio



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Todas aquelas virgens despertaram, então, e aprontaram as candeias»

Leituras

1 Tess. 4,1-8.


Irmãos: Eis, o que vos pedimo e vos exortamo no Senhor Jesus Cristo, a fim de que, tendo aprendido de nós o modo como se deve caminhar e agradar a Deus – e já o fazeis – assim progridais sempre mais.
Conheceis bem que preceitos vos demos da parte do Senhor Jesus.
Esta é, na verdade, a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos afasteis da devassidão,
que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santidade e honra,
sem se deixar levar pelo desejo da paixão como os pagãos que não conhecem Deus.
Que ninguém, nesta matéria, defraude e se aproveite do seu irmão, porque o Senhor vinga tudo isto, como já vos dissemos e testemunhámos.
Com efeito, Deus não nos chamou à impureza mas à santidade.
Pois quem despreza estes preceitos não despreza um homem, mas o próprio Deus, que vos dá o seu Espírito Santo.


Salmos 97(96),1.2b.5-6.10.11-12.


O SENHOR é rei: alegre se a terra  
e rejubile a multidão das ilhas!
Ele está rodeado de nuvens e escuridão;  
a justiça e o direito são a base do seu trono.

As montanhas derretem-se, como cera,  
diante do Senhor de toda a terra.
Os céus proclamam a justiça de Deus  
e todos os povos contemplam a sua grandeza.

O SENHOR ama os que odeiam o mal, protege a vida dos seus fiéis e livra os das mãos dos inimigos.
A luz desponta para os justos, e a alegria, para os rectos de coração.
Alegrai-vos, justos, no SENHOR, proclamai que o seu nome é santo!


Mateus 25,1-13.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Reino do Céu será semelhante a dez virgens que, tomando as suas candeias, saíram ao encontro do noivo.
Ora, cinco delas eram insensatas e cinco prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas candeias, não levaram azeite consigo;
enquanto as prudentes, com as suas candeias, levaram azeite nas almotolias.
Como o noivo demorava, começaram a dormitar e adormeceram.
A meio da noite, ouviu-se um brado: 'Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!'
Todas aquelas virgens despertaram, então, e aprontaram as candeias.
As insensatas disseram às prudentes: 'Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas candeias estão a apagar-se.'
Mas as prudentes responderam: 'Não, talvez não chegue para nós e para vós. Ide, antes, aos vendedores e comprai-o.'
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o noivo; as que estavam prontas entraram com ele para a sala das núpcias, e fechou-se a porta.
Mais tarde, chegaram as outras virgens e disseram: 'Senhor, senhor, abre-nos a porta!'
Mas ele respondeu: 'Em verdade vos digo: Não vos conheço.'
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
Sermão 93

«Todas aquelas virgens despertaram, então, e aprontaram as candeias»

«A meio da noite, ouviu-se um brado». Que brado é este senão aquele de que
fala o apóstolo Paulo: «Num instante, num abrir e fechar de olhos, ao som
da trombeta final»? «Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão
incorruptíveis e nós seremos transformados» (1Co 15,52). Depois deste
brado, que soará a meio da noite, que acontecerá? «Todas despertaram». Que
quer isto dizer? O próprio Senhor nos diz: «É chegada a hora em que todos
os que estão nos túmulos hão-de ouvir a Sua voz e sairão» (Jo 5,28) [...].


Que querem dizer estas palavras: «Não levaram azeite consigo»? Consigo,
quer dizer nos seus corações. [...] As virgens insensatas, que não levaram
azeite com elas, procuraram agradar aos homens pela sua continência e pelas
suas boas obras, simbolizadas pelas candeias. Ora, se o motivo das suas
boas obras é agradar aos homens, elas não levam azeite com elas. Mas vós,
levai o azeite convosco; levai-o no vosso interior, onde penetra o olhar de
Deus; trazei aí o testemunho de uma boa consciência. [...] Se evitais o mal
e se fazeis o bem para recolher lisonjas dos homens, então não tendes
azeite no interior das vossas almas [...].


Antes de estas virgens terem adormecido, não se disse que as suas candeias
estivessem apagadas. As candeias das virgens prudentes brilhavam com um
vivo fulgor, alimentadas pelo azeite interior, pela paz da consciência,
pela glória secreta da alma, devido à caridade que a abrasa. As candeias
das virgens insensatas também brilhavam. E porquê? Porque a sua luz era
mantida pelos louvores humanos. Quando se levantaram, isto é, na
ressurreição dos mortos, começaram a pegar nas candeias, ou seja, a
preparar as contas que deviam prestar a Deus pelas suas obras. Mas, nessa
altura, já não haverá ninguém para as elogiar. [...] Elas tentarão, como
sempre tinham feito, brilhar com o azeite alheio, viver das lisonjas dos
homens: «Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas candeias estão a
apagar-se».




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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 25 de Agosto de 2011
Quinta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

S. José de Calasanz, presbítero, educador, +1648,  S. Luís (IX), rei de França, +1270,  Beato Miguel de Carvalho, presbítero, mártir, +1624



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beata Teresa de Calcutá : «Feliz esse servo a quem o senhor, ao voltar, encontrar assim ocupado»

Leituras

1 Tess. 3,7-13.


Encontrámos reconforto em vós, irmãos, graças à vossa fé, no meio de todas as nossas angústias e tribulações.
Agora sentimo-nos com mais vida, porque estais firmes no Senhor.
Que acção de graças poderemos nós dar a Deus por toda a alegria que gozamos, devido a vós, diante do nosso Deus?
Nós que, noite e dia, insistentemente, pedimos para rever o vosso rosto e completar o que falta à vossa fé?
Que o próprio Deus, nosso Pai, e Nosso Senhor Jesus nos encaminhem até vós.
O Senhor vos faça crescer e superabundar de caridade uns para com os outros e para com todos, tal como nós para convosco;
que Ele confirme os vossos corações irrepreensíveis na santidade diante de Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda de Nosso Senhor Jesus com todos os seus santos.


Salmos 90(89),3-4.12-13.14.17.


Tu podes reduzir o homem ao pó,
dizendo apenas: "Voltai ao pó, seres humanos!"
Mil anos, diante de ti,
são como o dia de ontem, que passou,
ou como uma vigília da noite.

Ensina nos a contar assim os nossos dias, para podermos chegar ao coração da sabedoria.
Volta, Senhor! Até quando...
Tem compaixão dos teus servos.
Sacia nos pela manhã com os teus favores,
para podermos cantar e exultar todos os dias.

Venham sobre nós as graças do Senhor, nosso Deus!
Confirma em nosso favor a obra das nossas mãos.


Mateus 24,42-51.


Naquele tempo. disse Jesus aos seus discípulos: «Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.
Ficai sabendo isto: Se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a casa.
Por isso, estai também preparados, porque o Filho do Homem virá na hora em que não pensais.»
«Quem julgais que é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua família para os alimentar a seu tempo?
Feliz esse servo a quem o senhor, ao voltar, encontrar assim ocupado.
Em verdade vos digo: Há-de confiar-lhe todos os seus bens.
Mas, se um mau servo disser consigo mesmo: 'O meu senhor está a demorar',
e começar a bater nos seus companheiros, a comer e a beber com os ébrios,
o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e à hora que ele desconhece;
vai afastá-lo e dar-lhe um lugar com os hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Jesus, The Word to be spoken, cap. 10

«Feliz esse servo a quem o senhor, ao voltar, encontrar assim ocupado»

Se às vezes temos a impressão de que o Mestre se foi embora, não será por
nos termos afastado desta ou daquela irmã? Uma coisa nos assegurará sempre
o céu: os actos de caridade e a gentileza com que tenhamos preenchido a
nossa vida. Nunca saberemos o bem que um simples sorriso pode suscitar. Aos
outros dizemos como Deus é grande, compreensivo e indulgente― seremos
nós a prova viva disso mesmo? Dar-se-ão eles verdadeiramente conta de que
essa grandeza, essa compreensão e essa indulgência vivem em nós?




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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 24 de Agosto de 2011
S. Bartolomeu, Apóstolo – festa

S. Bartolomeu, apóstolo



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : Natanael-Bartolomeu reconhece o Messias, Filho de Deus

Leituras

Apoc. 21,9b-14.


O anjo falou-me, dizendo: «Vem cá. Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro.»
E transportou-me, em espírito, a uma grande e alta montanha e mostrou-me a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus.
Tinha o resplendor da glória de Deus: brilhava como pedra preciosa, como pedra de jaspe cristalino;
tinha uma grande e alta muralha com doze portas; nas portas havia doze anjos e em cada uma estava gravado o nome de uma das doze tribos de Israel:
ao oriente havia três portas, ao norte três portas, ao sul três portas e ao ocidente três portas.
A muralha da cidade tinha doze alicerces, nos quais estavam gravados doze nomes, os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro.


Salmos 145(144),10-11.12-13ab.17-18.


Graças Vos dêem Senhor, todas as criaturas
e  bendigam-Vos os vossos fiéis.  
Proclamem a glória do vosso reino  
e anunciem os vossos feitos gloriosos.  

Para mostrar aos homens as tuas proezas
e o esplendor glorioso do teu reino.  
O teu reino é um reino para toda a eternidade
e o teu domínio estende-se por todas as gerações.  


O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e misericordioso em todas as suas obras.  
O Senhor está perto de todos os que O invocam,
dos que O invocam sinceramente.  



João 1,45-51.


Naquele tempo, Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos aquele sobre quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas: Jesus, filho de José de Nazaré.»
Então disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe respondeu-lhe: «Vem e verás!»
Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse dele: «Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento.»
Disse-lhe Natanael: «Donde me conheces?» Respondeu-lhe Jesus: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!»
Respondeu Natanael: «Rabi, Tu és o Filho de Deus! Tu és o Rei de Israel!»
Retorquiu-lhe Jesus: «Tu crês por Eu te ter dito: 'Vi-te debaixo da figueira'? Hás-de ver coisas maiores do que estas!»
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo por meio do Filho do Homem.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Audiência geral de 04/10/2006 (© Libreria Editrice Vaticana; rev)

Natanael-Bartolomeu reconhece o Messias, Filho de Deus

O evangelista João refere-nos que, quando Jesus vê Natanael aproximar-se,
exclama: «Aí vem um verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento» (Jo 1,
47). Trata-se de um elogio que recorda o texto de um Salmo: «Feliz o homem
a quem o Senhor não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano»
(Sl 32, 2), mas que suscita a curiosidade de Natanael, o qual responde com
admiração: «Donde me conheces?» (Jo 1, 48a). A resposta de Jesus não é
imediatamente compreensível. Ele diz: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te
quando estavas debaixo da figueira!» (Jo 1, 48b). Não sabemos o que
aconteceu debaixo desta figueira. É evidente que se trata de um momento
decisivo na vida de Natanael. Ele sente-se comovido com estas palavras de
Jesus, sente-se compreendido e compreende: este homem sabe tudo de mim, Ele
sabe e conhece o caminho da vida, a este homem posso realmente confiar-me.
E assim responde com uma confissão de fé límpida e bela, dizendo: «Rabi, Tu
és o filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!» (Jo 1, 49).


Nela é dado um primeiro e importante passo no percurso de adesão a Jesus.
As palavras de Natanael sublinham um aspecto duplo e complementar da
identidade de Jesus: Ele é reconhecido, quer na Sua relação especial com
Deus Pai, do qual é Filho unigénito, quer na relação com o povo de Israel,
do qual é proclamado rei, qualificação própria do Messias esperado. Nunca
devemos perder de vista nenhuma destas duas componentes, porque se
proclamarmos apenas a dimensão celeste de Jesus, corremos o risco de O
transformar num ser sublime e evanescente, e se ao contrário reconhecermos
apenas a Sua situação concreta na história, acabamos por negligenciar a
dimensão divina que propriamente O qualifica.




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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 23 de Agosto de 2011
Terça-feira da 21 semana do Tempo Comum

Santa Rosa de Lima, virgem, +1617, padroeira da América Latina



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Limpa antes o interior»

Leituras

1 Tess. 2,1-8.


Irmãos, vós próprios bem sabeis que não foi vã a nossa estadia entre vós;
mas, tendo sofrido e sido insultados em Filipos, como sabeis, sentimo-nos encorajados no nosso Deus a anunciar-vos o Evangelho de Deus no meio de grande luta.
É que a nossa exortação não se inspirava nem no erro, nem na má fé, nem no engano.
Como fomos postos à prova por Deus para nos ser confiado o Evangelho, assim falamos, não para agradar aos homens mas a Deus, que põe à prova os nossos corações.
Por isso, nunca nos apresentámos com palavras de adulação, como sabeis, nem com pretextos de ambição. Deus é testemunha.
Nem procurámos glória da parte dos homens, nem de vós, nem de outros.
Quando nos poderíamos impor como apóstolos de Cristo, fomos, antes, afectuosos no meio de vós, como uma mãe que acalenta os seus filhos quando os alimenta.
Tanta afeição sentíamos por vós, que desejávamos ardentemente partilhar convosco não só o Evangelho de Deus mas a própria vida, tão queridos nos éreis.


Salmos 139(138),1-3.4-6.


SENHOR, Tu examinaste-me e conheces-me,
sabes quando me sento e quando me levanto;
  
sabes quando me sento e quando me levanto;
à distância conheces os meus pensamentos.  

À distância conheces os meus pensamentos.  
Vês-me quando caminho e quando descanso;  
estás atento a todos os meus passos.  
Ainda a palavra me não chegou à boca,
já Tu, SENHOR, a conheces perfeitamente.  

Tu me envolves por todo o lado
e sobre mim colocas a tua mão.  
uma sabedoria profunda, que não posso compreender;
tão sublime, que a não posso atingir!  



Mateus 23,23-26.


Naquele tempo, disse Jesus:«Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho e desprezais o mais importante da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade! Devíeis praticar estas coisas, sem deixar aquelas.
Guias cegos, que filtrais um mosquito e engolis um camelo!
Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, quando por dentro estão cheios de rapina e de iniquidade!
Fariseu cego! Limpa antes o interior do copo, para que o exterior também fique limpo.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
Comentário à 1ª carta de João VI, 3

«Limpa antes o interior»

«Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e
com verdade. Por isto conheceremos que somos da verdade e, na Sua presença,
sentir-se-á tranquilo o nosso coração» (1Jo 3,18-19). Que quer dizer «na
Sua presença»? É ali, onde Deus vê. Eis porque razão o próprio Senhor diz
no Evangelho: «Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens,
para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma
recompensa do vosso Pai que está no Céu» (Mt 6,1) [...] Eis-te diante de
Deus. Interroga o teu coração; vê o que fizeste e o que desejavas ao
fazê-lo: a tua salvação ou uma vã glória humana? Olha para dentro, pois o
homem não pode julgar aquilo que não pode ver. Se apaziguamos o nosso
coração, façamo-lo diante de Deus.


«Pois se o nosso coração nos condena», isto é, se ele nos acusa
interiormente, porque não agimos com a intenção que devíamos ter tido,
«Deus é maior que o nosso coração e tudo conhece» (v. 20). Escondes aos
homens o fundo do teu coração: esconde-o de Deus, se puderes! Como
escondê-lo d'Ele, d'Ele a Quem um pecador, cheio de temor ou de
arrependimento, dizia: «Onde é que eu poderia ocultar-me do Teu espírito?
Para onde poderia fugir da Tua presença?» Com efeito, onde é que Deus não
está? «Se subir aos céus, Tu lá estás; se descer ao mundo dos mortos, ali
Te encontras» (Sl 138, 7-8). Para onde ir? Para onde fugir? Queres um
conselho? Se queres fugir, foge na Sua direcção. Foge para Ele,
confessando-te a Ele e não escondendo-te d'Ele; com efeito, não te podes
esconder d'Ele, mas podes confessar-Lhe as tuas faltas. Diz-Lhe: «Tu és o
meu refúgio» (Sl 31,7); e alimenta em ti o amor, que é a única coisa que
conduz à vida.




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domingo, 21 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 22 de Agosto de 2011
Segunda-feira da 21ª semana do Tempo Comum

Nossa Senhora Rainha



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Doroteu de Gaza : Deus chama-nos incessantemente à conversão

Leituras

1 Tess. 1,1-5.8b-10.


Paulo, Silvano e Timóteo à igreja de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo, que está em Tessalónica. A vós, graça e paz.
Damos continuamente graças a Deus por todos vós, recordando-vos sem cessar nas nossas orações;
a vosso respeito, guardamos na memória a actividade da fé, o esforço da caridade e a constância da esperança, que vêm de Nosso Senhor Jesus Cristo, diante de Deus e nosso Pai,
conhecendo bem, irmãos amados de Deus, a vossa eleição,
pois o nosso Evangelho não se apresentou a vós apenas como uma simples palavra, mas também com poder e com muito êxito pela acção do Espírito Santo; vós sabeis como estivemos entre vós para vosso bem.
Na verdade, partindo de vós, a palavra do Senhor não só ecoou na Macedónia e na Acaia, mas por toda a parte se propagou a fama da vossa fé em Deus, de tal modo que não temos necessidade de falar disso.
De facto, são eles próprios que contam o acolhimento que vós nos fizestes e como vos convertestes dos ídolos a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro
e para aguardardes do Céu o seu Filho, que Ele ressuscitou de entre os mortos, Jesus, que nos livra da ira que está para vir.


Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6a.9b.


Cantai ao SENHOR um cântico novo; louvai-o na assembleia dos fiéis!
Alegre-se Israel no seu criador; regozije-se o povo de Sião no seu rei!
Louvem o seu nome com danças; cantem-lhe ao som de harpas e tambores!
SENHOR ama o seu povo e honra os humildes com a vitória!

Exultem de alegria os fiéis pelo triunfo de Deus e cantem jubilosos em seus leitos!
Entoem bem alto os louvores de Deus, com a espada de dois gumes na mão,
para lhes aplicarem a sentença que estava determinada. Esta é a glória de todos os seus fiéis.


Mateus 23,13-22.


Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque fechais aos homens o Reino do Céu! Nem entrais vós nem deixais entrar os que o querem fazer.
Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que devorais as casas das viúvas, com o pretexto de prolongadas orações! Por isso, sereis mais rigorosamente julgados.
Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito e, depois de o terdes seguro, fazeis dele um filho do inferno, duas vezes pior do que vós!
Ai de vós, guias cegos, que dizeis: 'Se alguém jura pelo santuário, isso não tem importância; mas, se jura pelo ouro do santuário, fica sujeito ao juramento.'
Insensatos e cegos! Que é o que vale mais? O ouro ou o santuário, que tornou o ouro sagrado?
Dizeis ainda: 'Se alguém jura pelo altar, isso não tem importância; mas, se jura pela oferta que está sobre o altar, fica sujeito ao juramento.'
Cegos! Qual é o que vale mais? A oferta ou o altar, que torna sagrada a oferta?
Portanto, jurar pelo altar é o mesmo que jurar por ele e por tudo o que está sobre ele;
jurar pelo santuário é jurar por ele e por aquele que nele habita;
jurar pelo Céu é jurar pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Doroteu de Gaza (c. 500-?), monge na Palestina
Instruções, I, § 8-9; SC 92

Deus chama-nos incessantemente à conversão

A bondade de Deus, como refiro frequentemente, não abandonou os que Ele
criou, mas continua a voltar-se para eles e a lembrar-lhes: «Vinde a Mim,
todos os que estais cansados e oprimidos, e aliviar-vos-ei» (Mt 11,28).
Isso é: estais cansados, estais infelizes, tivestes a experiência do mal da
vossa desobediência. Vinde, convertei-vos; vivei pela humildade, vós que
estáveis mortos devido ao orgulho. [...]


Oh, meus irmãos, o que não faz o orgulho, e que poder é o da humildade! Que
necessidade havia de todos esses desvios? Se desde o início o homem tivesse
permanecido humilde e tivesse obedecido a Deus [...], não teria caído.
Mesmo após a queda, Deus ofereceu-lhe uma ocasião de se arrepender e de
obter misericórdia; mas ele manteve-se orgulhoso. Com efeito, Deus veio
dizer-lhe: «Adão, onde estás» (Gn 3,9), ou seja: «De que glória caíste?»
[...] Depois perguntou-lhe: «Porque pecaste? Porque desobedeceste?»,
querendo com isto que ele respondesse: «Perdoa-me». Mas [...] não encontrou
nem humildade nem arrependimento, mas sim o contrário. O homem respondeu:
«A mulher que me deste escarneceu de mim» (v. 12); não disse «a minha
mulher» mas «a mulher que me deste», como quem diz: «o fardo que colocaste
sobre a minha cabeça». E é assim, meus irmãos: quando um homem não aceita
reconhecer que pecou, não receia acusar o próprio Deus.


Deus dirige-se em seguida à mulher e pergunta-lhe: «Porque foi que, também
tu, desobedeceste ao mandamento?», como se dissesse: «Tu, pelo menos, diz:
Desculpa-me, para que a tua alma se humilhe e obtenha misericórdia». Mas
[...] a mulher responde: «A serpente enganou-me» (v. 13), como que a dizer:
«Se ele pecou, que culpa tenho eu?» Que dizeis, infelizes? [...] Reconhecei
o vosso erro; tende piedade da vossa nudez! Mas nem um nem outro se dignou
reconhecer que pecara.




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sábado, 20 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 21 de Agosto de 2011
21º Domingo do Tempo Comum - Ano A

S. Pio X, papa, +1914,  Assuncao de Nossa Senhora (no Brasil)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : «Sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja»

Leituras

Is. 22,19-23.


Eis o que diz o Senhor a Chebna, administrador do palácio: «Vou depor-te do teu cargo, destituir-te do teu posto.
Naquele dia, chamarei o meu servo Eliaquim, filho de Hilquias.
Vesti-lo-ei com a tua túnica, cingi-lo-ei com a tua faixa, porei nas suas mãos o teu poder; será como pai para os habitantes de Jerusalém, para o povo de Judá.
Porei sobre os seus ombros a chave do palácio de David: o que ele abrir ninguém fechará, o que ele fechar ninguém abrirá.
Fixá-lo-ei como prego em lugar firme, será como um trono de glória para a casa de seu pai.'»


Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.6.8bc.


Dou-te graças, SENHOR, de todo o coração,
na presença dos poderosos te hei-de louvar.  
Inclino-me voltado para o teu santo templo
e louvarei o teu nome,

hei-de louvar o teu nome,
pela tua bondade e pela tua fidelidade,
porque foste mais além das tuas promessas.  
Quando te invoquei, atendeste-me
e aumentaste as forças da minha alma.

SENHOR é excelso, mas repara no humilde
e reconhece de longe o soberbo.  
Ó SENHOR, o teu amor é eterno!
Não abandones a obra das tuas mãos!



Romanos 11,33-36.


Oh, que profundidade de riqueza, de sabedoria e de ciência é a de Deus! Como são insondáveis as suas decisões e impenetráveis os seus caminhos!
Quem conheceu o pensamento do Senhor? Quem lhe serviu de conselheiro?
Quem antes lhe deu a Ele, para que lhe seja retribuído?
Porque é dele, por Ele e para Ele que tudo existe. Glória a Ele pelos séculos! Ámen.


Mateus 16,13-20.


Naquele tempo, ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.
Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela.
Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»
Depois, ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Messias.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Angelus de 24/08/08 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

«Sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja»

Então, o Senhor interpelou directamente os Doze: «E vós, quem dizeis que Eu
sou?» Em nome de todos, com impulso e determinação, foi Pedro que tomou a
palavra: «Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo». Solene profissão de fé que,
desde então, a Igreja continua a repetir. No dia de hoje, também nós
queremos proclamar com íntima convicção: sim, Jesus, Tu és Cristo, o Filho
de Deus vivo! Fazemo-lo com a consciência de que Cristo é o verdadeiro
«tesouro», pelo qual vale a pena sacrificar tudo; Ele é o amigo que nunca
nos abandona, porque conhece as expectativas mais íntimas do nosso coração.
Jesus é o «Filho de Deus vivo», o Messias prometido, que veio à terra para
oferecer à humanidade a salvação e para satisfazer a sede de vida e de amor
que habita em cada ser humano. Que grande seria a vantagem para a
humanidade, se acolhesse este anúncio que traz consigo a alegria e a paz!


«Tu és Cristo, Filho de Deus vivo». A esta profissão de fé da parte de
Pedro, Jesus responde: «Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha
Igreja, e as portas do inferno nada poderão contra ela. Dar-te-ei as chaves
do reino dos céus». É a primeira vez que Jesus fala da Igreja, cuja missão
é a realização do grandioso desígnio de Deus, de reunir, em Cristo, toda a
humanidade, numa única família. A missão de Pedro e dos seus sucessores é,
precisamente, a de servir esta unidade da única Igreja de Deus, formada por
judeus e pagãos de todos os povos; o seu ministério indispensável consiste
em fazer com que ela nunca se identifique nem com uma única nação, nem com
uma só cultura, mas que seja a Igreja de todos os povos, para tornar
presente no meio dos homens ─ marcados por inúmeras divisões e
contrastes ─ a paz de Deus e a força renovadora do Seu amor. Por
conseguinte, servir a unidade interior que provém da paz de Deus, a unidade
de quantos, em Jesus Cristo, se tornaram irmãos e irmãs: eis a missão
especial do Papa, Bispo de Roma e sucessor de Pedro.




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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Sabado, dia 20 de Agosto de 2011
Sábado da 20ª semana do Tempo Comum

S. Bernardo de Claraval, abade, Doutor da Igreja, +1153



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : «Sois todos irmãos»

Leituras

Rute 2,1-3.8-11.4,13-17.


Noemi tinha um parente por parte do seu marido, Elimélec; era um homem poderoso e rico, chamado Booz.
Rute, a moabita, disse a Noemi: «Por favor, deixa-me ir respigar nos campos de alguém que queira acolher-me com bondade.» E ela respondeu-lhe: «Vai, minha filha.»
Ela foi e entrou num campo, respigando atrás dos ceifeiros. Aconteceu que aquele campo era propriedade de Booz, parente de Elimélec.
Booz disse a Rute: «Já ouviste, minha filha. Não vás respigar noutro campo; não te afastes deste e junta-te às minhas servas.
Repara no campo por onde vão a ceifar e vai atrás delas. Pois ordenei aos meus servos que não te incomodem. E se tiveres sede, vai à bilha e bebe da água que eles tiverem trazido.»
Rute, prostrando-se por terra, disse-lhe: «Porque encontrei tal bondade da tua parte, tratando-me como natural, a mim que sou uma estrangeira?»
Replicando, Booz disse-lhe: «Já me contaram tudo o que fizeste pela tua sogra, depois da morte do teu marido: como deixaste o teu pai, a tua mãe e a terra onde nasceste e vieste para um povo que há bem pouco nem conhecias.
Booz tomou, pois, Rute, que se tornou sua mulher. Juntou-se a ela e o Senhor concedeu-lhe a graça de conceber e dar à luz um filho.
As mulheres diziam a Noemi: «Bendito seja o Senhor, que não te recusou um parente de resgate, neste dia. Que o seu nome seja proclamado em Israel.
Ele te dará a vida e será o arrimo da tua velhice, porque nasceu um menino da tua nora, que te ama e é para ti mais preciosa do que sete filhos.»
Noemi recebeu o menino e colocou-o no seu regaço, tornando-se a sua ama.
As suas vizinhas, congratulando-se com ela, diziam: «Nasceu um filho a Noemi.» E deram-lhe o nome de Obed. Este foi pai de Jessé e avô de David.


Salmos 128(127),1-2.3.4.5.


Felizes os que obedecem ao SENHOR
e andam nos seus caminhos.  
Comerás do fruto do teu próprio trabalho:
assim serás feliz e viverás contente.  

Tua esposa será como videira fecunda
na intimidade do teu lar;
os teus filhos serão como rebentos de oliveira
ao redor da tua mesa.  

Assim vai ser abençoado o homem que obedece ao SENHOR.  
O SENHOR te abençoe do monte Sião!
Possas contemplar a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida,  



Mateus 23,1-12.


Naquele tempo, Jesus falou assim à multidão e aos seus discípulos:
«Os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés.
Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar.
Tudo o que fazem é com o fim de se tornarem notados pelos homens. Por isso, alargam as filactérias e alongam as orlas dos seus mantos.
Gostam de ocupar o primeiro lugar nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas.
Gostam das saudações nas praças públicas e de serem chamados 'mestres' pelos homens.
Quanto a vós, não vos deixeis tratar por 'mestres', pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos.
E, na terra, a ninguém chameis 'Pai', porque um só é o vosso 'Pai': aquele que está no Céu.
Nem permitais que vos tratem por 'doutores', porque um só é o vosso 'Doutor': Cristo.
O maior de entre vós será o vosso servo.
Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
8.ª Homilia sobre a Carta aos Romanos, 8; PG 60, 464

«Sois todos irmãos»

«Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, Eu estou no meio deles»
(Mt 18,20). [...] Mas que vejo eu?! Cristãos que servem sob o mesmo
estandarte, sob o mesmo Chefe, a devorarem-se e a destruírem-se, uns por um
punhado de ouro, outros pela glória, outros sem motivo algum, outros pelo
prazer da lisonja! [...] O nome de irmãos é vão entre nós. [...]


Mostrai respeito por esta santa mesa, para a qual fomos todos convocados;
mostrai respeito por Cristo, imolado por nós; mostrai respeito pelo
sacrifício aí oferecido. [...] Depois de termos estado a uma mesa assim e
comungado um alimento desses, pegaremos nós em armas uns contra os outros
em vez de nos armarmos todos juntos contra o demónio?! Esqueceremos nós o
Adversário para dispararmos flechas contra os irmãos? «Mas que flechas?»,
diríeis vós. Aquelas que são lançadas pela língua e pelos lábios. Não são
só as flechas de pontas de ferro que ferem: há palavras que causam feridas
muito mais profundas.




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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 19 de Agosto de 2011
Sexta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

S. João Eudes, presbítero, +1680



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Afonso Maria de Ligório : «O maior e o primeiro mandamento»

Leituras

Rute 1,1.3-6.14b-16.22.


No tempo em que os Juízes governavam, uma fome assolou o país. Certo homem de Belém de Judá emigrou para os campos de Moab com sua mulher e seus dois filhos.
Entretanto, Elimélec, esposo de Noemi, morreu, deixando-a com os seus dois filhos.
Eles tomaram para si mulheres moabitas, uma chamada Orpa e outra Rute. Viveram ali cerca de dez anos.
Morrendo Maalon e Quilion, Noemi ficou só, sem os seus dois filhos e sem o marido.
Então levantou-se, na companhia das duas noras, para regressar dos campos de Moab, pois ouvira dizer que o Senhor tinha visitado o seu povo e lhes tinha dado pão.
Elas choraram novamente em alto pranto. Entretanto, Orpa beijou a sua sogra e retirou-se, mas Rute permaneceu na sua companhia.
Noemi disse-lhe: «Vês, a tua cunhada voltou para o seu povo e para os seus deuses. Vai tu também com a tua cunhada.»
Mas Rute respondeu: «Não insistas para que te deixe, pois onde tu fores, eu irei contigo e onde pernoitares, aí ficarei; o teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus.
Foi assim que Noemi voltou, e com ela a sua nora, Rute, que era originária dos campos de Moab. E chegaram a Belém, no início da colheita da cevada.


Salmos 146(145),5-6.7.8-9a.9bc-10.


Feliz de quem tem por auxílio o Deus de Jacob,
de quem põe a sua esperança no SENHOR, seu Deus.  
Ele criou os céus, a terra e o mar e tudo o que neles existe.  
Ele salva os oprimidos,
dá pão aos que têm fome;
o SENHOR liberta os prisioneiros.  

O SENHOR dá vista aos cegos,
o SENHOR levanta os abatidos;
o SENHOR ama o homem justo.  
O SENHOR protege os que vivem em terra estranha
e ampara o órfão e a viúva,
mas entrava o caminho aos pecadores.  

SENHOR reinará eternamente!
O teu Deus, ó Sião,
reinará por todas as gerações!  


Mateus 22,34-40.


Naquele tempo, os fariseus ouvindo dizer que Jesus reduzira os saduceus ao silêncio, reuniram-se em grupo.
E um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar:
«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?»
Jesus disse lhe: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente.
Este é o maior e o primeiro mandamento.
O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787), bispo e doutor da Igreja
Oitava homília para a novena de Natal

«O maior e o primeiro mandamento»

Para poder amar muito a Deus no céu, é preciso, em primeiro lugar, amá-Lo
muito na terra. O grau do nosso amor a Deus no fim da nossa vida será a
medida do nosso amor a Deus durante a eternidade. Queremos adquirir a
certeza de nunca nos separarmos desse Bem soberano na vida presente?
Estreitemo-Lo cada vez mais nos laços do nosso amor, dizendo-Lhe com a
Esposa do Cântico dos Cânticos: «En-con¬trei Aquele que o meu coração ama.
Abracei-O e não O largarei» (Ct 3,4). Como é que a Esposa sagrada abraçou o
seu Bem-Amado? «Com os braços da caridade», responde Guillaume [...]; «É
com os braços da caridade que abraçamos a Deus», retoma Santo Ambrósio.
Feliz daquele que puder gritar como São Paulino: «Que os ricos possuam as
suas riquezas, que os reis possuam os seus reinos: a nossa glória, a nossa
riqueza e o nosso reino, são Cristo!» E com Santo Inácio: «Dá-me apenas o
Teu amor e a Tua graça, que isso me basta». Faz com que Te ame e que seja
amado por Ti; não desejo nem tenho mais nada a desejar senão isso.




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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 18 de Agosto de 2011
Quinta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

Santo Alberto Hurtado Cruchaga, presbítero, +1952,  Santa Helena, mãe do imperador Constantino, +328



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Jean Tauler : «Vinde às bodas»

Leituras

Juízes 11,29-39a.


Naqueles dias, o espírito do SENHOR desceu sobre Jefté; Jefté atravessou Guilead e Manassés; depois, Mispá de Guilead; de Mispá de Guilead atravessou a fronteira dos amonitas.
Jefté fez um voto ao SENHOR, dizendo: «Se realmente entregas nas minhas mãos os amonitas,
pertencerá ao SENHOR quem quer que saia das portas da minha casa para me vitoriar pelo meu regresso a salvo da terra dos amonitas; eu oferecê-lo-ei em holocausto.»
Então, Jefté marchou contra os amonitas e travou combate contra eles; o SENHOR entregou-os nas suas mãos.
Derrotou-os desde Aroer até às proximidades de Minit, tomando-lhes vinte cidades, e até Abel-Queramim; foi uma derrota muito grande; deste modo, os amonitas foram humilhados pelos filhos de Israel.
Quando Jefté regressou a sua casa em Mispá, eis que sua filha saiu para o vitoriar, dançando e tocando tamborim; ela era filha única; não tinha mais filhos nem filhas.
Ao vê-la, rasgou as suas vestes e disse: «Ai, minha filha! Tu fazes-me lançar no desespero! Tu és a minha desgraça! Eu falei demais na presença do SENHOR; agora não posso tornar atrás.»
Ela disse-lhe: «Meu pai, tu falaste demais na presença do SENHOR; faz comigo segundo o que saiu da tua boca, pois o SENHOR deu-te a vingança contra os teus inimigos, os amonitas.»
Depois, disse a seu pai: «Concede-me o seguinte: deixa-me sozinha durante dois meses para que eu vá vaguear pelas montanhas, chorando a minha virgindade, eu e as minhas companheiras.»
Ele disse: «Vai.» E deixou-a partir durante dois meses; ela foi com as suas companheiras e chorou sobre as montanhas a sua virgindade.
Ao fim de dois meses, voltou para junto de seu pai; este cumpriu nela o voto que havia feito. Ora ela não conhecera homem e foi assim que nasceu em Israel


Salmos 40(39),5.7-8a.8b-9.10.


Feliz o homem que confia no SENHOR
e não se volta para os idólatras,
Feliz o homem que confia no SENHOR
para os que seguem a mentira.

Não quiseste sacrifícios nem oblações,
mas abriste me os ouvidos para escutar;
não pediste holocaustos nem vítimas.
Então eu disse: "Aqui estou!"


"No Livro da Lei está escrito
aquilo que devo fazer.  
Esse é o meu desejo, ó meu Deus;
a tua lei está dentro do meu coração."

Anunciei a tua justiça na grande assembleia;
Tu bem sabes, SENHOR, que não fechei os meus lábios.


Mateus 22,1-14.


Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas, disse-lhes:
«O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho.
Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer.
De novo mandou outros servos, ordenando-lhes: 'Dizei aos convidados: O meu banquete está pronto; abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas; tudo está preparado. Vinde às bodas.'
Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio.
Os restantes, apoderando-se dos servos, maltrataram-nos e mataram-nos.
O rei ficou irado e enviou as suas tropas, que exterminaram aqueles assassinos e incendiaram a sua cidade.
Disse, depois, aos servos: 'O banquete das núpcias está pronto, mas os convidados não eram dignos.
Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes.'
Os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos aqueles que encontraram, maus e bons, e a sala do banquete encheu-se de convidados.
Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial.
E disse-lhe: 'Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?' Mas ele emudeceu.
O rei disse, então, aos servos: 'Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.'
Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão 74

«Vinde às bodas»

«Tudo está preparado. Vinde às bodas». Os convidados, porém,
desculparam-se, «foram um para o seu campo, outro para o seu negócio». No
mundo inteiro são inúmeros aqueles que continuamente se empenham nessa
agitação contínua de singulares afazeres. A cabeça fica a andar à roda com
a quantidade prodigiosa de roupa, de comida, de construções e outras coisas
tais, das quais metade apenas já seria suficiente. Lutemos com todas as
forças para fugir da exuberância de tais actividades e desdobramentos, para
fugir de tudo o que não seja uma necessidade absoluta e recolhermo-nos em
nós próprios e na nossa própria vocação, considerando onde, como e de que
modo nos chama o Senhor, este à contemplação interior, aquele à acção pura
e simples, aqueloutro, bem acima dos outros dois, ao doce repouso interior
no silêncio calmo das brumas divinas e na unidade do Espírito.


Se o homem chamado interiormente ao silêncio nobre e calmo na vacuidade da
nuvem misteriosa (Ex 24, 18), apesar disso quiser por completo abster-se de
quaisquer obras de caridade, não estará a agir bem, e como tal deverá
fazê-las também segundo as circunstâncias a que tiver sido chamado [...]


«Abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas». Este festim representa
o repouso interior no qual entramos se agirmos e fruirmos como o próprio
Deus faz conSigo próprio, activamente, e onde o Mestre, o Rei, é
constantemente chamado a ser o supervisor. O Evangelho refere, no entanto,
que Ele deu com um convidado sentado à mesa sem o traje nupcial vestido.
Este mais não é do que a pura, verdadeira e divina caridade, que faltava ao
tal conviva, essa intenção sincera de buscar a Deus excluindo todo o
amor-próprio e tudo o que Lhe é estranho, a caridade que quer só aquilo que
Deus quer. [...] Para alguns, essa intenção, esse amor, não pertencem pura
e exclusivamente, no fundo da sua alma, a Deus, porque a si próprios se
buscam. A esses diz o Senhor: Amigo, como entraste aqui sem o traje
verdadeiro da caridade?, pois buscam antes as dádivas de Deus do que o
próprio Deus.




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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 17 de Agosto de 2011
Quarta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

S. Jacinto, presbítero, apóstolo da Polónia, +1257,  Santa Beatriz da Silva, religiosa, +1490



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório Magno : Os trabalhadores da vinha do Senhor

Leituras

Juízes 9,6-15.


Naqueles dias, juntaram-se, então, todos os senhores de Siquém e toda a casa de Milo, e foram proclamar rei Abimélec, junto do terebinto do monumento que está em Siquém.
Isto foi comunicado a Jotam. E ele foi colocar-se no cimo do monte Garizim; ergueu a voz e gritou; depois, disse-lhes: «Ouvi-me, senhores de Siquém, e que Deus vos oiça!
As árvores puseram-se a caminho para ungirem um rei para si próprias. Disseram, então, à oliveira: 'Reina sobre nós.'
Disse-lhes a oliveira: 'Irei eu renunciar ao meu óleo, com que se honram os deuses e os homens, para me agitar por cima das árvores?'
As árvores disseram, depois, à figueira: 'Vem tu, então, reinar sobre nós.'
Disse-lhes a figueira: 'Irei eu renunciar à minha doçura e aos meus bons frutos, para me agitar sobre as árvores?'
Disseram, então, as árvores à videira: 'Vem tu reinar sobre nós.'
Disse-lhes a videira: 'Irei eu renunciar ao meu mosto, que alegra os deuses e os homens, para me agitar sobre as árvores?'
Então, todas as árvores disseram ao espinheiro: 'Vem tu, reina tu sobre nós.'
Disse o espinheiro às árvores: 'Se é de boa mente que me ungis rei sobre vós, vinde, abrigai-vos à minha sombra; mas, se não é assim, sairá do espinheiro um fogo que há-de devorar os cedros do Líbano!'


Salmos 21(20),2-3.4-5.6-7.


SENHOR, o rei alegra-se com o teu poder
e regozija-se com o teu auxílio.
Satisfizeste os desejos do seu coração;
não recusaste os pedidos da sua boca.

Foste ao seu encontro com bênçãos preciosas;
puseste-lhe na cabeça uma coroa de ouro fino.
Pediu-te a vida e Tu lha concedeste,
vida longa, pelos séculos além.

Devido à tua ajuda, é grande a sua glória;
cumulaste-o de esplendor e majestade,
abençoaste-o para sempre
e encheste-o de alegria na tua presença.



Mateus 20,1-16a.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Com efeito, o Reino do Céu é semelhante a um proprietário que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para a sua vinha.
Saiu depois pelas nove horas, viu outros na praça, que estavam sem trabalho,
e disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha e tereis o salário que for justo.'
E eles foram. Saiu de novo por volta do meio-dia e das três da tarde, e fez o mesmo.
Saindo pelas cinco da tarde, encontrou ainda outros que ali estavam e disse-lhes: 'Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?'
Responderam-lhe: 'É que ninguém nos contratou.' Ele disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha.'
Ao entardecer, o dono da vinha disse ao capataz: 'Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros.'
Vieram os das cinco da tarde e receberam um denário cada um.
Vieram, por seu turno, os primeiros e julgaram que iam receber mais, mas receberam, também eles, um denário cada um.
Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo:
'Estes últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o cansaço do dia e o seu calor.'
O proprietário respondeu a um deles: 'Em nada te prejudico, meu amigo. Não foi um denário que nós ajustámos?
Leva, então, o que te é devido e segue o teu caminho, pois eu quero dar a este último tanto como a ti.
Ou não me será permitido dispor dos meus bens como eu entender? Será que tens inveja por eu ser bom?'
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho, nº 19

Os trabalhadores da vinha do Senhor

O Reino dos céus é comparado a um pai de família que contrata trabalhadores
para cultivar a vinha. Ora, quem, a não ser o nosso Criador, merecerá com
justiça ser comparado a tal pai de família, Ele que governa aqueles que
criou, e que exerce neste mundo o direito de propriedade sobre os Seus
eleitos como um amo o faz com os servos de sua casa? Possui uma vinha, a
Igreja universal, que produziu, por assim dizer, tantos sarmentos quanto
santos, desde Abel, o justo, até ao último eleito que nascerá no fim do
mundo.


Este Pai de família contrata trabalhadores para cultivar a Sua vinha ao
nascer do dia, à terceira hora, à sexta, à nona e à décima primeira, dado
que não terminou, do princípio do mundo até ao fim, de reunir pregadores
para instruir a multidão dos fiéis. O nascer do dia, para o mundo, era de
Adão a Noé; a terceira hora, de Noé a Abraão; a sexta, de Abraão a Moisés;
a nona, de Moisés até à vinda do Senhor; e a décima primeira, da vinda do
Senhor até ao fim do mundo. Os santos apóstolos foram enviados para pregar
nesta última hora e, apesar da sua vinda tardia, receberam o salário por
completo.


O Senhor não pára, portanto, em tempo algum, de enviar trabalhadores para
cultivar a Sua vinha, isto é, para ensinar o Seu povo. Porque, enquanto
fazia frutificar os bons costumes do Seu povo através dos patriarcas, dos
doutores da Lei e dos profetas, e finalmente dos apóstolos, Ele procurava,
por assim dizer, que a Sua vinha fosse cultivada por intermédio dos Seus
trabalhadores. Todos aqueles que, a uma fé justa, acrescentaram boas obras,
foram os trabalhadores dessa vinha.




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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 16 de Agosto de 2011
Terça-feira da 20 semana do Tempo Comum

Santo Estêvão, rei da Hungria, +1038,  S. Roque, peregrino, séc. XIV



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João da Cruz : Espírito de posse ou pobreza em Espírito?

Leituras

Juízes 6,11-24a.


Naqueles dias, o Anjo do Senhor veio sentar-se debaixo do terebinto de Ofra, que era propriedade de Joás, da família de Abiézer; e Gedeão, seu filho, estava a limpar o trigo no lagar, para o esconder da vista dos madianitas.
O anjo do SENHOR viu-o e disse-lhe: «O SENHOR está contigo, valente guerreiro!»
Respondeu-lhe Gedeão: «Por favor, meu Senhor: se o SENHOR está connosco, então porque é que nos aconteceu tudo isto? Onde estão todas as maravilhas que nos contavam os nossos pais, quando diziam: 'Não é verdade que o SENHOR nos fez sair do Egipto?' Pois agora o SENHOR abandonou-nos e entregou-nos nas mãos dos madianitas.»
O SENHOR voltou-se para ele e disse: «Vai com toda a tua força, e salva Israel do poder dos madianitas; sou Eu que te envio.»
Disse-lhe ele: «Por favor, meu Senhor, como salvarei eu Israel? A minha família é a mais pobre de Manassés, e eu sou o mais jovem da casa de meu pai!»
Disse-lhe o SENHOR: «Eu estarei contigo e tu hás-de derrotar os madianitas, como se fossem um só homem.»
Gedeão respondeu: «Se, porventura, mereci o teu favor, mostra-me por um sinal que és Tu quem fala comigo.
Por favor te peço: Não te afastes deste lugar até que eu venha ter contigo; trarei a minha oferta e colocá-la-ei na tua presença.» Ele disse: «Eu ficarei aqui até que regresses.»
Gedeão foi preparar um cabrito e, com uma medida de farinha, preparou pães ázimos; pôs a carne num cesto e o molho numa panela; depois, levou tudo para baixo do terebinto e ofereceu-lho.
Disse-lhe o anjo de Deus: «Toma a carne e os pães ázimos, põe-nos sobre esta rocha e espalha o molho.» Gedeão assim fez.
O anjo do SENHOR estendeu a extremidade do bastão que tinha na mão e tocou na carne e nos pães ázimos; saiu fogo da rocha e devorou a carne e os pães ázimos. Então, o anjo do SENHOR desapareceu da vista dele.
Gedeão viu que era o anjo do SENHOR e disse: «Ai, Senhor DEUS, que eu vi face a face o anjo do SENHOR!»
O SENHOR disse-lhe: «A paz seja contigo! Não temas: não morrerás!»
Gedeão erigiu ali um altar ao SENHOR e chamou-lhe: «O SENHOR é paz.» Até ao dia de hoje, este altar ainda está em Ofra de Abiézer.


Salmos 85(84),9.11-12.13-14.


Prestarei atenção ao que diz o SENHOR Deus;
Ele promete paz
para o seu povo e para os seus amigos
e para todos os que se voltam para Ele de coração.

O amor e a fidelidade vão encontrar-se.
Vão beijar-se a justiça e a paz.  
Da terra vai brotar a verdade
e a justiça descerá do céu.   

O próprio SENHOR nos dará os seus bens
e a nossa terra produzirá os seus frutos.   
A justiça caminhará diante d'Ele
e a paz, no rasto dos seus passos.  



Mateus 19,23-30.


Naquele tempo Jesus disse aos discípulos: «Em verdade vos digo que dificilmente um rico entrará no Reino do Céu.
Repito-vos: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino do Céu.»
Ao ouvir isto, os discípulos ficaram estupefactos e disseram: «Então, quem pode salvar-se?»
Fixando neles o olhar, Jesus disse-lhes: «Aos homens é impossível, mas a Deus tudo é possível.»
Tomando a palavra, Pedro disse-lhe: «Nós deixámos tudo e seguimos-te. Qual será a nossa recompensa?»
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade vos digo: No dia da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono de glória, vós, que me seguistes, haveis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna.
Muitos dos primeiros serão os últimos, e muitos dos últimos serão os primeiros.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João da Cruz (1542-1591), carmelita, Doutor da Igreja
Conselhos e Máximas, nos. 355-357, 362, ed. 1963

Espírito de posse ou pobreza em Espírito?

Não acalenteis outro desejo senão o de entrar, em relação a tudo o que
existe à face da terra, no distanciamento, no nada e na pobreza apenas por
amor de Cristo: não tereis outra necessidade além daquela a que tenhais
submetido o vosso coração. O pobre em espírito nunca é mais feliz do que
quando se encontra na indigência, e aquele cujo coração nada deseja põe-no
sempre ao largo.


Os pobres em espírito (Mt 5, 3) dão com extrema liberalidade tudo o que
possuem. O seu prazer consiste em prescindir de tudo oferecendo-o por amor
de Deus e do próximo [...]. Não são apenas os bens, as satisfações e os
prazeres deste mundo que nos atam e que atrasam no nosso itinerário para
Deus; se as recebermos ou se as buscarmos com espírito de posse, as
alegrias e as consolações espirituais podem, também elas, constituir um
obstáculo ao nosso caminho para o Céu.




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