quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 01 de Dezembro de 2011
Quinta-feira da 1a semana do Advento

Santo Elói, bispo, +660,  Beato Carlos de Foucauld, presbítero, +1916



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato John Henry Newman : «Nem todo o que Me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de Meu Pai»

Leituras

Is. 26,1-6.


Naquele dia será cantado este cântico na terra de Judá: «Temos uma cidade forte. Para a defender, o Senhor ergueu muralhas e baluartes.
Abri as portas, para que entre um povo justo, que cumpre com os seus compromissos,
que tem carácter firme e conserva a paz, porque põe a sua confiança em Deus.
Confiai sempre no SENHOR, porque o SENHOR é a rocha perene:
abateu os habitante das alturas e a cidade soberba; humilhou-a, derrubou-a por terra, reduziu-a a pó.
Ela é calcada pelos pés dos humildes, pelos pés dos pobres.»


Salmos 118(117),1.8-9.19-21.25-27a.


Louvai o Senhor, porque Ele é bom,
porque o seu amor é eterno.
Melhor confiar no Senhor,
do que fiar-se nos homens;

Melhor confiar no Senhor
do que fiar-se nos poderosos.
Abri-me as portas da justiça:
quero entrar para dar graças ao Senhor.

Esta é a porta do Senhor:
os justos entrarão por ela.
Eu te darei graças, porque me respondeste,
porque foste o meu salvador.

Senhor, salva-nos!
Senhor, dá-nos a vitória!
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos abençoamos.

O Senhor é Deus;
Ele tem-nos iluminado!  


Mateus 7,21.24-27.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu.
«Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
Porém, todo aquele que escuta estas minhas palavras e não as põe em prática poderá comparar-se ao insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se, e grande foi a sua ruína.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório de Inglaterra
Sermão «Watching», PPS vol. 4, nº 22

«Nem todo o que Me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de Meu Pai»

Ano após ano, o tempo corre silenciosamente; a vinda de Cristo está mais
próxima, a cada instante. Pudéssemos nós aproximar-nos do céu, tal como Ele
Se aproxima da terra! Orai, irmãos, para que Ele vos dê coragem para em
sinceridade O procurardes. Orai para que Ele vos inflame. [...] Orai para
que Ele vos conceda o que as Escrituras designam como «um coração bom e
virtuoso» (Lc 8,15; Sl 100,2) e, sem mais esperardes, começai pois a
obedecer-Lhe de bom coração, determinadamente. [...] Mais vale um pouco de
obediência, por menor que seja, do que a sua total ausência.


Deveis procurar a Sua face (Sl 27,8); a obediência é a única maneira de O
procurardes. Todos os deveres da vossa condição são obediência. [...] Fazer
o que Ele pede é obedecer-Lhe, e obedecer-Lhe é aproximarmo-nos d'Ele. Todo
o acto de obediência nos aproxima d'Ele; e Ele não está longe, apesar das
aparências, mas muito perto, por detrás deste enquadramento material. A
terra e o céu são apenas um véu entre Ele e nós; virá o dia em que rasgará
esse véu e Se mostrará a todos nós. E então, segundo a forma como O
esperámos, Ele dar-nos-á a recompensa. Se O tivermos esquecido, não nos
reconhecerá; mas «felizes aqueles servos a quem o Senhor, quando vier,
encontrar vigilantes!» (Lc 12, 37) [...]. Que assim nos encontre o Senhor,
a cada um de nós! É difícil consegui-lo, mas é aflitivo falhar este
propósito. A vida é breve, a morte é certa, e eterno é o mundo que está
para vir.




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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 30 de Novembro de 2011
S. André, Apóstolo – Festa

Santo André, apóstolo



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Liturgia bizantina : «Vinde Comigo e Eu farei de vós pescadores de homens»

Leituras

Romanos 10,9-18.


Irmãos: Se confessares com a tua boca: «Jesus é o Senhor», e acreditares no teu coração que Deus o ressuscitou de entre os mortos, serás salvo.
É que acreditar de coração leva a obter a justiça, e confessar com a boca leva a obter a salvação.
É a Escritura que o diz: Todo o que nele acreditar não ficará frustrado.
Assim, não há diferença entre judeu e grego, pois todos têm o mesmo Senhor, rico para com todos os que o invocam.
De facto, todo o que invocar o nome do Senhor será salvo. Culpa de Israel: a falta de fé
Ora, como hão-de invocar aquele em quem não acreditaram? E como hão-de acreditar naquele de quem não ouviram falar? E como hão-de ouvir falar, sem alguém que o anuncie?
E como hão-de anunciar, se não forem enviados? Por isso está escrito: Que bem-vindos são os pés dos que anunciam as boas-novas!
Porém, nem todos obedeceram à Boa-Nova. É Isaías quem o diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação?
Portanto, a fé surge da pregação, e a pregação surge pela palavra de Cristo.
Mas, pergunto eu, será que não a ouviram? Pelo contrário: A voz deles ressoou por toda a terra e até aos confins do mundo as suas palavras.


Salmos 19(18),2-3.4-5.


Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
Um dia passa ao outro esta mensagem
e uma noite dá conhecimento à outra noite.

Não são palavras nem discursos
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a terra,
e a sua palavra, até aos confins do mundo.  



Mateus 4,18-22.


Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores.
Disse-lhes: «Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.»
E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-no.
Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e
eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Liturgia bizantina
Vésperas de 30 de Novembro, Festa de Santo André, o Protóclito

«Vinde Comigo e Eu farei de vós pescadores de homens»

Quando ouviste a voz do Precursor [...], quando o Verbo Se fez carne e
trouxe à terra a Boa Nova da salvação, vieste a seguir colocar-te na Sua
companhia e ofereceste-te como primícias, como primeira oferenda, Àquele
que de imediato deste a conhecer e que apontaste a teu irmão como o nosso
Deus (Jo 1,35-42). Roga-Lhe que salve e ilumine as nossas almas [...],
André, irmão do corifeu dos apóstolos.


Com a linha da pregação e o anzol da fé, deixaste a pesca do peixe pela
pesca dos homens e afastaste do abismo do erro todos os povos; a tua voz
ressoa por toda a terra. Vem instruir e iluminar todos aqueles que celebram
a tua benigna memória, André, o primeiro a ser chamado [Protóclito] entre
os discípulos.


Senhor, imitou a Tua Paixão aquele que Te seguiu igualmente na morte e,
pela cruz, pescou do abismo da ignorância aqueles que por lá vagueavam, a
fim de os levar até Ti. Por isso Te suplicamos, Senhor de bondade: por
intercessão de André dá a paz às nossas almas.


Alegra-te, André, tu que anuncias por todo o mundo a glória de Deus com a
eloquência do céu (Sl 18,2); tu, que foste o primeiro a responder ao
chamamento de Cristo e te tornaste Seu amigo íntimo; tu, que imitando a Sua
bondade, reflectes a Sua luz por sobre aqueles que habitam nas trevas. Por
isso celebramos a tua festa e cantamos: «O seu eco ressoou por toda a
terra, e a sua palavra até aos confins do mundo» (Sl 18,5).




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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 29 de Novembro de 2011
Terça-feira da 1a semana do Advento

S. Saturnino, mártir, séc. IV,  Beato Redento da Cruz, religioso, mártir, +1638,  Beato Dionísio da Natividade, religioso, mártir, +1638



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Afonso-Maria de Ligório : «Escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos»

Leituras

Is. 11,1-10.


Naquele dia, brotará um rebento do tronco de Jessé, e um renovo brotará das suas raízes.
Sobre ele repousará o espírito do SENHOR: espírito de sabedoria e de entendimento, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de ciência e de temor do SENHOR.
Não julgará pelas aparências nem proferirá sentenças somente pelo que ouvir dizer;
mas julgará os pobres com justiça, e com equidade os humildes da terra; ferirá os tiranos com os decretos da sua boca, e os maus com o sopro dos seus lábios.
A justiça será o cinto dos seus rins, e a lealdade circundará os seus flancos.
Então o lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o novilho e o leão comerão juntos, e um menino os conduzirá.
A vaca pastará com o urso, e as suas crias repousarão juntas; o leão comerá palha como o boi.
A criancinha brincará na toca da víbora e o menino desmamado meterá a mão na toca da serpente.
Não haverá dano nem destruição em todo o meu santo monte, porque a terra está cheia de conhecimento do SENHOR, tal como as águas que cobrem a vastidão do mar.
Naquele dia, a raiz de Jessé, estandarte dos povos, será procurada pelas nações e será gloriosa a sua morada.


Salmos 72(71),1.7-8.12-13.17.


Ó Deus, concede ao rei a tua rectidão
e a tua justiça ao filho do rei.~
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.

Em seus dias florescerá a justiça
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra.

Ele socorrerá o pobre que o invoca
e o indigente que não tem quem o ajude.
Terá compaixão do humilde e do pobre
e salvará a vida dos oprimidos.

O seu nome permanecerá pelos séculos
e durará enquanto o Sol brilhar;
todos nele se sentirão abençoados,
todos os povos da terra o hão de bendizer.



Lucas 10,21-24.


Naquele tempo, Jesus estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo e disse: «Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado.
Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho houver por bem revelar-lho.»
Voltando-se, depois, para os discípulos, disse-lhes em particular: «Felizes os olhos que vêem o que estais a ver.
Porque digo-vos muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não o ouviram!»


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787), bispo e doutor da Igreja
3º Discurso para a novena do Natal

«Escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos»

Deus fez-nos nascer depois da vinda do Messias: quantas acções de graças
não Lhe devemos! Uma vez operada a redenção por Jesus Cristo, quão maiores
são os benefícios que recebemos! Abraão, os patriarcas e os profetas
desejaram ardentemente ver o Redentor, mas não tiveram essa felicidade.
Eles cansaram por assim dizer o céu com os seus suspiros e as suas
súplicas: «Céus, destilai lá das alturas o orvalho, e as nuvens façam
chover o Justo! [...] Enviai o Cordeiro soberano da terra» (Is 45,8; 16,1
Vulg). [...] «Ele reinará nos nossos corações e nos livrará da escravatura
na qual vivemos miseravelmente. Senhor, faz-nos ver a Tua bondade, e
concede-nos a salvação» (Sl 84,8). Quer dizer: «Apressa-Te, Deus
misericordioso, a derramar sobre nós a Tua ternura, enviando-nos o objecto
principal das Tuas promessas, Aquele que nos virá salvar.» Foram estes os
suspiros, foram estas as súplicas ardentes dos santos, antes da vinda do
Messias; contudo eles foram privados durante quatro mil anos da felicidade
de O ver nascer.


Esta felicidade estava-nos reservada a nós. Mas que fazemos? Que proveito
tiramos dela? Sabemos amar este amoroso Redentor agora que Ele veio, que
nos libertou das mãos dos nossos inimigos, que nos resgatou da morte eterna
ao preço da Sua vida [...], que nos abriu o paraíso, que nos muniu de
tantos sacramentos e de tantas ajudas poderosas para que O amemos e
sirvamos em paz durante esta vida e nos alegremos para sempre na outra?
[...] Minha alma, estarás realmente cheia de ingratidão se não amares o teu
Deus, este Deus que quis ser enfaixado para te livrar das cadeias do
inferno, pobre para te comunicar as Suas riquezas, fraco para te tornar
forte contra os teus inimigos, oprimido pelo sofrimento e pela tristeza
para lavar os teus pecados com as Suas lágrimas.




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domingo, 27 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 28 de Novembro de 2011
Segunda-feira da 1a semana do Advento

Santa Catarina Labouré, religiosa, +1876



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Boaventura : «Do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete no Reino do Céu do Reino»

Leituras

Is. 2,1-5.


Visão profética de Isaías, filho de Amós, sobre Judá e Jerusalém:
No fim dos tempos o monte do templo do SENHOR estará firme, será o mais alto de todos, e dominará sobre as colinas. Acorrerão a ele todas as gentes,
virão muitos povos e dirão: «Vinde, subamos à montanha do SENHOR, à casa do Deus de Jacob. Ele nos ensinará os seus caminhos, e nós andaremos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR.
Ele julgará as nações, e dará as suas leis a muitos povos, os quais transformarão as suas espadas em relhas de arados, e as suas lanças, em foices. Uma nação não levantará a espada contra outra, e não se adestrarão mais para a guerra.
Vinde, Casa de Jacob! Caminhemos à luz do SENHOR.»


Salmos 122(121),1-2.3-4a.8-9.


Que alegria, quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor!»
Os nossos pés detêm-se
às tuas portas, ó Jerusalém!  

Jerusalém, cidade bem construída,
harmoniosamente edificada.
Segundo o costume de Israel,
para louvar o nome do Senhor.
ali estão os tribunais da justiça
os tribunais da casa de David.

Pedi a paz para Jerusalém:
vivam seguros quantos te amam.
Hajaaaaa paz dentro dos teus muros,
tranquilidade em teus palácios.

Por amor dos meus irmãos e amigos,
proclamarei: «A paz esteja contigo!»
Por amor da casa do Senhor, nosso Deus,
pedirei o bem-estar para ti.  



Mateus 8,5-11.


Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos:
«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.»
Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.»
Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado.
Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: 'Vai', e ele vai; a outro: 'Vem', e ele vem; e ao meu servo: 'Faz isto', e ele faz.»
Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé!
Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu,


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Sobre o reino evangélico

«Do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete no Reino do Céu do Reino»

O Reino dos Céus tem o tamanho de uma caridade sem limites; engloba os
indivíduos «homens de todas as tribos, línguas, povos e nações» (Ap 5,9) e
ninguém o achará apertado, pois ele espraia-se e a glória de cada um
aumenta na mesma proporção. É isso que leva Santo Agostinho a dizer:
«Quando muitos tomam parte da mesma alegria, a alegria de cada um torna-se
mais abundante, porque todos se arrebatam uns aos outros.» Esta vastidão do
Reino está expressa nestas palavras das Escrituras: «Pede-me e Eu te darei
os povos como herança» (Sl 2,8); «Do Oriente e do Ocidente, muitos virão
sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu».
Nem a multidão de quantos o desejam, nem a multidão de quantos existem, nem
a multidão de quantos o possuem, nem a multidão de quantos chegam tornará
mais estreito o espaço neste Reino, nem incomodará seja quem for.


Mas porque devo estar confiante ou ter esperança de possuir o Reino de
Deus? Devido à generosidade de Deus, que me convida: «Procurai primeiro o
Reino de Deus» (Mt 6,33). Devido à verdade que me consola: «Não temas,
pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino» (Lc 12,32).
Devido à bondade e à caridade que me redime: «Tu és digno de receber o
livro e de abrir os selos; porque foste morto e, com Teu sangue, resgataste
para Deus homens de todas as tribos, línguas, povos e nações; e fizeste
deles um reino e sacerdotes para o nosso Deus; e reinarão sobre a terra»
(Ap 5,9-10).




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sábado, 26 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 27 de Novembro de 2011
1º Domingo do Advento - Ano B

1º Domingo do Advento - Ano B (semana I do saltério)
Nossa Senhora das Graças,  Dia Nacional de Acção de Graças (Brasil)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Aelredo de Rievaulx : A vinda do Senhor

Leituras

Is. 63,16b-17.19b.64,2b-7.


Só Tu, Senhor, és o nosso pai, e o teu nome, desde sempre, é «Redentor-nosso.»
Porquê, SENHOR, nos deixas extraviar dos teus caminhos? Porque permites que o nosso coração se endureça para não te respeitar? Volta-te para nós, por amor dos teus servos, e das tribos da tua herança!
Somos, desde há muito, um povo que Tu não governas, que não é designado pelo teu nome. Quem dera que rasgasses os céus e descesses, derretendo os montes com a tua presença,
vendo os prodígios impressionantes que operavas.
Nunca nenhum ouvido ouviu, nem nenhum olho viu que algum deus, excepto Tu, fizesse tanto por quem nele confia.
Vais ao encontro daquele que pratica o bem com alegria, e se recorda de ti seguindo os teus caminhos. Mas eis que te irritaste por causa dos nossos pecados. Afasta as nossas faltas e seremos salvos.
Todos nós éramos pessoas impuras; as nossas melhores acções eram como panos ensanguentados. Murchávamos como folhas secas, e as nossas maldades arrastavam-nos como o vento.
Ninguém invocava o teu nome, nem se esforçava por se apoiar em ti; porque escondias de nós a tua face, e nos entregavas às nossas iniquidades.
Mas Tu, SENHOR, é que és o nosso pai. Nós somos a argila e Tu és o oleiro. Todos nós fomos modelados pelas tuas mãos.


Salmos 80(79),2ac.3b.15-16.18-19.


Ó pastor de Israel, escuta,
Tu que tens o teu trono sobre os querubins aparecei.
Desperta o teu poder
e vem salvar-nos!

Ó Deus do universo, volta, por favor,
olha lá do céu e vê: cuida desta vinha!
Trata da cepa que a tua mão direita plantou,
dos rebentos que fizeste crescer para Vós.

Mas estende a tua mão sobre o teu escolhido,
sobre o homem que para ti fortaleceste.
E nunca mais nos afastaremos de Ti;
conserva-nos a vida e invocaremos o teu nome.



1 Cor. 1,3-9.


Irmãos: A graça e a paz vos sejam dadas da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
Dou incessantemente graças ao meu Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi concedida em Cristo Jesus.
Pois nele é que fostes enriquecidos com todos os dons, tanto da palavra como do conhecimento.
Assim, foi confirmado em vós o testemunho de Cristo,
de modo que não vos falta graça alguma, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É Ele também que vos confirmará até ao fim, para que sejais encontrados irrepreensíveis no Dia de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo Nosso Senhor.


Marcos 13,33-37.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tomai cuidado, vigiai, pois não sabeis quando chegará esse momento.
É como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, delegou a autoridade nos seus servos, atribuiu a cada um a sua tarefa e ordenou ao porteiro que vigiasse.
Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar o galo, se de manhãzinha;
não seja que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir.
O que vos digo a vós, digo a todos: vigiai!»


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
Sermão para o Advento

A vinda do Senhor

Eis que chegou para nós, irmãos muito caros, o tempo em que devemos «cantar
o amor e a justiça; para ti, Senhor» (Sl 100,1). É o advento do Senhor, a
vinda do Mestre todo-poderoso, d'Aquele que é, que era e que há-de vir (Ap
1,8). Mas como e onde há-de vir; como e onde vem? Não disse Ele:
«Porventura não sou Eu que encho o céu e a terra?» (Jr 23,24) Como virá
então ao céu e à terra Aquele que enche o céu e a terra? Escuta o
Evangelho: «Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o
mundo não O reconheceu». (Jo 1,10). Ele estava, pois, simultaneamente
presente e ausente; presente pois estava no mundo; ausente porque o mundo
não O conheceu. [...] Como não estaria distante Aquele que não era
reconhecido, em Quem não se acreditava, que não era venerado, que não era
amado? [...]


Ele vem, pois, para conhecermos Aquele que não foi reconhecido; para
acreditarmos n'Aquele em Quem não se acreditava; para venerarmos Aquele que
não foi venerado; para amarmos Aquele que não era amado. Aquele que estava
presente pela Sua natureza vem na Sua misericórdia. [...] Pensai um pouco
em Deus e vede o que representa para Ele abdicar de tão grande poderio,
como Se humilha tão grande poder, como Se fragiliza tão grande força, como
Se torna insensata tão grande sabedoria. Será por dever de justiça para com
o homem? Certamente que não! [...]


Na verdade, Senhor, não foi minha justiça, mas a Tua misericórdia, que Te
guiou; não foi a Tua indigência, mas a minha necessidade. Efectivamente, Tu
disseste: «a Sua fidelidade é eterna como o céu» (Sl 88,3). E assim é,
porque a miséria abundava sobre a terra. Eis porque «cantarei, Senhor, a
misericórdia» que manifestaste aquando da Tua vinda. [...] Quando Te
mostraste humilde na Tua humanidade, poderoso nos Teus milagres, forte
contra a tirania dos demónios, indulgente no acolhimento dos pecadores,
tudo isso proveio da Tua profunda bondade. Eis porque «cantarei, Senhor, a
misericórdia» que manifestaste aquando da Tua primeira vinda. E
merecidamente, pois «Senhor, a terra está cheia da Tua bondade» (Sl
118,64).




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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Sabado, dia 26 de Novembro de 2011
Sábado da 34a semana do Tempo Comum

S. João Berchmans, jovem seminarista, +1621,  Beato Tiago Alberione, presbítero, fundador, +1971



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Máximo : «Aparecer firmes diante do Filho do Homem»

Leituras

Dan. 7,15-27.


Perante semelhantes visões, eu, Daniel, senti-me esmagado, com o espírito perturbado.
Aproximei-me de um dos assistentes e interroguei-o sobre a realidade de tudo aquilo. Respondeu-me e deu-me a explicação:
«Estes portentosos animais, que são em número de quatro, são quatro reis que se levantarão da terra.
Os santos do Altíssimo são os que hão-de receber a realeza e guardá-la por toda a eternidade.»
Quis, então, conhecer exactamente o que se referia ao quarto animal, diferente dos outros, excessivamente aterrador, cujos dentes eram de ferro e as garras de bronze, que devorava, depois desfazia em pedaços e o que restava calcava-o aos pés.
Desejei ser esclarecido acerca dos dez chifres que tinha na cabeça, bem como daquele outro chifre que tinha despontado e diante do qual três chifres tinham caído. É que esse chifre tinha olhos e uma boca que proferia palavras arrogantes e parecia maior que os seus companheiros.
Tinha visto este chifre fazer guerra aos santos e levar vantagem sobre eles.
Mas o Ancião, quando veio, fez justiça aos santos do Altíssimo. A hora deles era aquela e obtiveram a posse do reino.
Respondeu-me assim: «O quarto animal será um quarto reino terrestre, que será diferente de todos os reinos, devorará o mundo, o calcará e o reduzirá a pó.
Os dez chifres designam dez reis, que surgirão neste reino, mas após estes surgirá um outro, diferente dos anteriores, o qual vencerá três reis.
Proferirá insultos contra o Altíssimo, perseguirá os santos do Altíssimo. Pensará em mudar os tempos sagrados e a religião. Os santos viverão sob a sua alçada, apenas durante um determinado espaço de tempo.
Mas o julgamento continuará e tirar-lhe-ão o domínio, para o suprimir e aniquilar definitivamente.
A realeza, o império e a grandeza de todos os reinos, situados sob os céus, serão então devolvidos ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino é eterno e todas as soberanias lhe prestarão preito de obediência.»


Dan. 3,82.83.84.85.86.87.


Vós, seres humanos, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Que Israel bendiga o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Sacerdotes, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Servos do Senhor, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Espíritos e almas dos justos, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Santos e humildes de coração, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!


Lucas 21,34-36.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado convosco: que os vossos corações não se tornem pesados com a devassidão, a embriaguez e as preocupações da vida, e que esse dia não caia sobre vós subitamente,
como um laço; pois atingirá todos os que habitam a terra inteira.
Velai, pois, orando continuamente, a fim de terdes força para escapar a tudo o que vai acontecer e aparecerdes firmes diante do Filho do Homem.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Máximo, o Confessor (c. 580-662), monge e teólogo
Diálogo sobre a vida ascética

«Aparecer firmes diante do Filho do Homem»

Nós Te suplicamos Senhor, Deus de bondade, que o desenrolar do mistério da
salvação, realizado para nós no Teu Filho único, não se torne motivo de
condenação para nós; «não nos afastes da Tua presença» (Sl 50,13). Não
tomes aversão à nossa miserável condição, mas tem compaixão de nós por
causa da Tua grande piedade; «pela Tua grande misericórdia, apaga o nosso
pecado» (Sl 50,3). Assim, ao comparecermos diante da Tua glória, bem longe
de merecer condenação, obteremos a protecção de Teu Filho único e não
seremos reprovados como maus servos. [...] Sim, Mestre e Senhor
todo-poderoso, escuta a nossa súplica: «Não reconhecemos nenhum outro deus
para além de Ti» (Jdt 8,19). Invocamos o Teu nome, porque Tu és «o mesmo
Deus que realiza tudo em todos» (1Co 12,6) e é junto a Ti que procuramos
socorro.


Senhor, «lá do alto dos céus, repara e contempla da Tua santa e gloriosa
morada. Onde estão o Teu zelo e a Tua valentia?» (Is 63,15) Onde estão a
Tua piedade e a Tua misericórdia infinitas? «Mas Tu és o nosso pai! Pois
Abraão não nos reconhece» (Is 63,16). [...] Tu, Senhor nosso Pai,
liberta-nos, porque desde a origem o Teu nome é invocado sobre nós, tal
como o nome do Teu Filho único e o do Teu Espírito Santo. Por que, Senhor,
nos deixas extraviar dos Teus caminhos? Por que nos abandonaste ao nosso
senso próprio e nos deixaste desviar-nos? Faz com que os Teus servos voltem
para Ti, Senhor, em nome da Tua santa Igreja e de todos os Teus santos dos
tempos passados. [...]


Ah, se rasgasses os céus «as montanhas derreter-se-iam como cera diante do
Senhor de toda a terra» (Sl 96,5). [...] Desde os tempos antigos não
escutamos nem os nossos olhos contemplaram outro deus se não Tu. [...] «Tu
és nosso Pai. Nós somos a argila e Tu és o oleiro. Todos nós fomos
modelados pelas Tuas mãos. [...] Olha que todos nós somos o Teu povo» (Is
64,8-9).




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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 25 de Novembro de 2011
Sexta-feira da 34ª semana do Tempo Comum

Santa Catarina de Alexandria, virgem, mártir, +305



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado Guerric d'Igny : «Conhecereis que o Reino de Deus está próximo»

Leituras

Dan. 7,2-14.


Assim se exprimiu Daniel: «Considerava eu, na minha visão nocturna, os quatro ventos do céu precipitarem-se sobre o grande mar.
Surgiram do mar quatro grandes animais, diferentes uns dos outros.
O primeiro era semelhante a um leão, mas tinha asas de águia. Enquanto o contemplava, foram-lhe arrancadas as asas. Levantavam-no da terra e endireitavam-no sobre os pés como um homem. Depois, deram-lhe um coração de homem.
Em seguida, apareceu um segundo animal semelhante a um urso; erguia-se sobre um dos lados e segurava na goela, entre os dentes, três costelas. Diziam-lhe: 'Vamos! Devora muita carne!'
Depois disto, vi um terceiro animal parecido com uma pantera, que tinha sobre o dorso quatro asas de ave e também quatro cabeças. Foi-lhe entregue a soberania.
Enfim, quando contemplava estas visões nocturnas, divisei um quarto animal, horroroso, aterrador, e de uma força excepcional. Tinha enormes dentes de ferro; devorava, depois fazia em pedaços e o resto calcava-o aos pés. Era diferente dos animais anteriores, pois tinha dez chifres.
Quando eu contemplava os chifres, eis que surgiu do meio deles um outro chifre mais pequeno. Para dar lugar a este chifre, três dos primeiros foram arrancados. Este chifre tinha olhos como um homem e uma boca que proferia palavras arrogantes.»
«Continuava eu a olhar, até que foram preparados uns tronos, e um Ancião sentou-se. Branco como a neve era o seu vestuário, e os cabelos da cabeça eram como de lã pura; o trono era feito de chamas, com rodas de fogo flamejante.
Corria um rio de fogo que jorrava da parte da frente dele. Mil milhares o serviam, dez mil miríades lhe assistiam. O tribunal reuniu-se em sessão e foram abertos os livros.
Eu olhava. Por causa do ruído das palavras arrogantes que o chifre proferia, esse animal foi morto e o seu corpo desfeito e atirado às chamas do fogo.
Quanto aos outros animais, também lhes foi tirado o poderio; no entanto, a duração da sua vida foi-lhes fixada a um tempo e uma data.
Contemplando sempre a visão nocturna, vi aproximar-se, sobre as nuvens do céu, um ser semelhante a um filho de homem. Avançou até ao Ancião, diante do qual o conduziram.
Foram-lhe dadas as soberanias, a glória e a realeza. Todos os povos, todas as nações e as gentes de todas as línguas o serviram. O seu império é um império eterno que não passará jamais, e o seu reino nunca será destruído.»


Dan. 3,75.76.77.78.79.80.81.


Montes e colinas, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Tudo o que germina na terra, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Mares e rios, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Fontes, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Monstros marinhos e tudo o que se move nas águas, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Todas as aves do céu, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Todos os animais, selvagens e domésticos, bendizei o Senhor:  
A Ele a glória e o louvor eternamente!


Lucas 21,29-33.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Reparai na figueira e nas restantes árvores.
Quando começam a deitar rebentos, ao vê-los, ficais a saber que o Verão está próximo.
Assim também, quando virdes essas coisas, conhecereis que o Reino de Deus está próximo.
Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo se cumpra.
O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado Guerric d'Igny (v. 1080-1157), abade cistercense
1º sermão para o Advento; PL 185,11

«Conhecereis que o Reino de Deus está próximo»

«Aguardamos o Salvador» (liturgia latina; cf. Fl 3,20). Na verdade, é feliz
a espera dos justos, daqueles que aguardam «a esperança bendita e o advento
na glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo» (Tt 2,13). «Qual é
a minha esperança, diz o justo, não é o Senhor?» (Sl 38,8) Depois, volta-se
para Ele e exclama: «Eu sei: Tu não desiludirás a minha espera (Sl
118,116). De facto, o meu ser já está perto de Ti, porque a nossa natureza,
assumida por Ti e oferecida por nós, já foi glorificada em Ti. O que nos dá
a esperança de que 'toda a carne virá a Ti' (Sl 64,3) [...]».


No entanto, é com uma confiança ainda maior que esperam o Senhor aqueles
que podem dizer: «O meu ser está perto de Ti, Senhor, pois entreguei-Te
todas as minhas riquezas; ao largá-las por Ti, 'juntei um tesouro no Céu'
(Mt 6,20). Já depositei todos os meus bens a Teus pés: e sei [...] que mos
devolverás 'cem vezes mais e ainda a vida eterna'» (Mc 10,30). Vós, que
sois pobres de espírito, sois bem-aventurados! (Mt 5,3) [...] Porque o
Senhor disse: «Onde estiver o teu tesouro, estará também o teu coração» (Mt
6,21). Que os vossos corações O sigam, que sigam o Seu Coração! Fixai o
vosso pensamento lá no alto, e que a vossa espera esteja suspensa de Deus,
para poderdes dizer como o Apóstolo Paulo: «A nossa vida está nos Céus; é
de lá que aguardamos o Salvador» (Fl 3,20).




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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 24 de Novembro de 2011
Quinta-feira da 34ª semana do Tempo Comum

Santo André Dung Lac e companheiros, presbíteros, mártires vietnamitas, séc. XVIII e XIX



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Uma homilia grega do séc. IV : A vitória do Filho do Homem, que veio e que vem

Leituras

Dan. 6,12-28.


Naqueles dias, aqueles homens acorreram, alvoroçados, e encontraram Daniel em oração, invocando o seu Deus.
Dirigiram-se imediatamente a casa do rei e disseram-lhe, a propósito do decreto real de proibição: «Não promulgaste tu, ó rei, uma proibição, declarando que quem, no período de trinta dias, invocasse algum deus ou homem que não fosses tu, seria lançado na cova dos leões?» Respondeu o rei: «Com certeza, conforme a lei dos Medos e dos Persas, que não pode ser modificada.»
«Pois bem – prosseguiram eles – Daniel, o exilado de Judá, não teve consideração nem pela tua pessoa, nem pelo decreto que promulgaste. Três vezes ao dia, faz a sua oração.»
Ao ouvir estas palavras, o rei, muito pesaroso, tomou a peito, apesar de tudo, a salvação de Daniel e nisso se aplicou até ao pôr-do-sol.
Porém, os mesmos homens, em tropel, vieram novamente procurar o rei. «Sabei, ó rei – lhe disseram – que a lei dos Medos e dos Persas não permite qualquer revogação de uma proibição ou de um decreto publicado pelo rei.»
O rei, então, mandou levar Daniel e lançá-lo na cova dos leões. Disse-lhe o rei: «O Deus que tu adoras com tamanha fidelidade, Ele próprio te libertará!»
Trouxeram uma pedra, que rolaram sobre a abertura da cova: o rei selou-a com o seu sinete e com o sinete dos grandes, para que nada fosse modificado em atenção a Daniel.
Entrando no palácio, o rei passou a noite sem comer nada e sem mandar ir para junto dele concubina alguma; não conseguiu fechar os olhos.
De madrugada, levantou-se e partiu a toda a pressa para a cova dos leões.
Quando estava próximo, com uma voz muito magoada, chamou Daniel: «Daniel, servo do Deus vivo, o teu Deus, que adoras com tanta fidelidade, teria podido libertar-te dos leões?»
Daniel dirigiu-se ao rei nestes termos: «Ó rei, viva o rei para sempre!
O meu Deus enviou o seu anjo e fechou as fauces dos leões, que não me fizeram qualquer mal, porque, aos olhos dele, estava inocente. Para contigo, ó rei, tão pouco cometi qualquer falta.»
O rei, então, cheio de alegria, ordenou que tirassem Daniel da cova. Daniel foi, pois, tirado sem qualquer vestígio de ferimento, porque tinha fé no seu Deus.
Por ordem do rei, trouxeram os acusadores de Daniel e atiraram-nos à cova dos leões, a eles, às mulheres e aos filhos. Ainda não tinham tocado o fundo da cova e já os leões os tinham agarrado e lhes tinham triturado os ossos.
Então, o rei Dario escreveu: «A todos os povos, a todas as nações e à gente de todas as línguas que habitam a face da terra, paz e prosperidade!
Promulgo este decreto: 'Que em toda a extensão do meu reino se tema e trema diante do Deus de Daniel, porque Ele é o Deus vivo, que subsiste eternamente; o seu reino jamais será destruído e o seu domínio é perpétuo.
Ele salva e Ele liberta, faz milagres e prodígios no céu e na terra: foi Ele quem livrou Daniel das garras dos leões.'»


Dan. 3,68.69.70.71.72.73.74.


Orvalho e geada, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!  
Frio e gelo, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Gelos e neves, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Noites e dias, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Luz e trevas, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Relâmpagos e nuvens, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Que a terra bendiga o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!  


Lucas 21,20-28.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Mas, quando virdes Jerusalém sitiada por exércitos, ficai sabendo que a sua ruína está próxima.
Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; e os que estiverem no campo não voltem para a cidade,
pois esses dias serão de punição, a fim de se cumprir tudo quanto está escrito.
Ai das que estiverem grávidas e das que estiverem a amamentar naqueles dias, porque haverá uma terrível angústia no país e um castigo contra este povo.
Serão passados a fio de espada, serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completar o tempo dos pagãos.»
«Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar;
os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao universo, pois as forças celestes serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Uma homilia grega do séc. IV
Sobre a Santa Páscoa 44-48; PG 59, 743 (inspirada numa homilia perdida de Santo Hipólito)

A vitória do Filho do Homem, que veio e que vem

O que será a vinda de Cristo? A libertação da escravatura e a rejeição das
antigas cadeias, o começo da liberdade e a honra da adopção, a fonte da
remissão dos pecados e a vida verdadeiramente imortal para todos. Sendo o
Verbo, Palavra de Deus, viu-nos do alto tiranizados pela morte, enganados,
atados pelos laços da decadência, levados por um caminho sem retorno, e
veio tomar a natureza de Adão, o primeiro homem, segundo o desígnio do Pai.
Ele não confiou aos anjos nem aos arcanjos a responsabilidade da nossa
salvação, mas tomou a Seu cargo todo o combate por nós, obedecendo às
ordens do Pai. [...] Reunindo e condensando em Si toda a grandeza da Sua
divindade veio com a medida que quis [...]; pelo poder do Pai não perdeu o
que tinha mas, tomando o que não tinha, veio com as devidas limitações.
[...]


Repara que Ele é o Senhor: «Disse o Senhor ao meu Senhor, senta-te à Minha
direita» (Sl 109,1). [...] Vê que Ele é Filho: «Ele Me invocará, dizendo:
'Tu és Meu Pai', [...] e Eu farei d'Ele o Primogénito» (Sl 88,27-28) [...]
Observa também que Ele é Deus: «Os poderosos virão e prostrar-se-ão diante
de Ti e Te suplicarão porque Deus está contigo» (cf Is 45,14) [...] Observa
que Ele é o Rei eterno: «Um ceptro de justiça é o Teu ceptro real. [...]
Deus, o Teu Deus, Te ungiu com o óleo da alegria» (Sl 44,7-8) [...] Vê que
Ele é Senhor das dominações: «Quem é Ele, esse rei glorioso? É o Senhor do
universo! É Ele o rei glorioso» (Sl 23,10) [...] Repara também que Ele é
sumo-sacerdote eterno: «Tu és sacerdote para sempre» (Sl 109,4). Mas se Ele
é Senhor e Deus, Filho e rei, Senhor e sumo-sacerdote eterno, quando assim
entendeu «tornou-Se homem também: quem poderá compreendê-lo?» (Jr 17,9 LXX)
[...].


Foi mesmo como homem e Deus que este grande Jesus veio morar entre nós.
[...] Revestiu-Se do nosso corpo miserável e morto; [...] curou-os das suas
enfermidades, sarou cada uma das nossas doenças com o Seu poder para que se
cumprisse a palavra: «Eu sou o Senhor. [...] Tomei-Te pela mão e
fortaleci-Te. [...] Senhor é o Meu nome. [...] E o último inimigo a ser
destruído será a morte. [...] Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» (cf Is
42,6; 1Co 15,26.55)




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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 23 de Novembro de 2011
Quarta-feira da 34ª semana do Tempo Comum

S.Clemente I, papa, mártir, +102,  S. Columbano, abade, +615



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Concílio Vaticano II : «Tereis ocasião de dar testemunho»

Leituras

Dan. 5,1-6.13-14.16-17.23-28.


Naqueles dias, o rei Baltasar deu um banquete a mil dos seus conselheiros; e, na presença de todos eles, foi bebendo vinho.
Excitado pela bebida, mandou trazer os vasos de ouro e prata que o pai Nabucodonosor tinha tirado do templo de Jerusalém, a fim de que o rei, os seus grandes, as concubinas e as bailarinas, se servissem deles para beber.
Trouxeram, pois, os vasos de ouro que tinham sido roubados ao templo de Deus em Jerusalém. O rei, os seus conselheiros, as concubinas e as bailarinas beberam por eles.
Depois de terem bebido o vinho, iniciaram o louvor aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.
Neste momento, apareceram dedos de mão humana que escreviam defronte do candelabro, sobre o reboco da parede do palácio real. O rei, à vista da mão que escrevia,
mudou de cor, pensamentos terríveis o assaltaram, os músculos dos rins perderam o vigor e os joelhos entrechocavam-se.
Daniel foi, então, levado à presença do rei, que lhe disse: «És tu, de facto, Daniel, deportado de Judá, a quem meu pai trouxe da Judeia para aqui?
Ouvi dizer a teu respeito que o espírito de Deus está em ti e que em ti se encontram uma luz, uma inteligência e uma sabedoria superiores.
Ora, asseguraram-me que tu és mestre na arte das interpretações e das resoluções de enigmas. Se tu, pois, conseguires ler o que está escrito e me deres a conhecer a sua interpretação, serás revestido de púrpura, trarás ao pescoço um colar de ouro e tomarás o terceiro lugar no governo do reino.»
Daniel respondeu deste modo ao rei: «Guardai as vossas dádivas; as vossas honrarias, dai-as a outro! Contudo, eu lerei ao rei o texto e dar-lhe-ei o significado dele.
Mas levantaste-te contra o Senhor do Céu; trouxeram-te os vasos do seu templo, pelos quais bebeste vinho, tu, os teus grandes, as tuas mulheres e concubinas. Tributaste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que são cegos, surdos e nada conhecem, em vez de glorificares o Deus que tem na mão o teu sopro de vida e que conhece todos os teus passos.
Por isso, foi enviada de sua parte esta mão, que traçou na parede estas palavras.
Eis o texto aqui escrito: 'Mené, Tequel e Parsin.'
Eis o sentido destas palavras: Mené: Deus mediu o teu reino e pôs-lhe um termo;
Tequel: foste pesado na balança e encontrado muito leve;
Parsin: o teu reino foi dividido e entregue aos Medos e aos Persas.»


Dan. 3,62.63.64.65.66.67.


Sol e Lua, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Estrelas dos céus, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!  
Chuva e orvalho, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!  
Todos os ventos, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Fogo e chama, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!  
Frio e calor, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!  


Lucas 21,12-19.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Mas, antes de tudo, vão deitar-vos as mãos e perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e metendo-vos nas prisões; hão-de conduzir-vos perante reis e governadores, por causa do meu nome.
Assim, tereis ocasião de dar testemunho.
Gravai, pois, no vosso coração, que não vos deveis preocupar com a vossa defesa,
porque Eu próprio vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão resistir ou contradizer os vossos adversários.
Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos. Hão-de causar a morte a alguns de vós
e sereis odiados por todos, por causa do meu nome.
Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
Pela vossa constância é que sereis salvos.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Igreja, «Lumen gentium», §§ 41-42

«Tereis ocasião de dar testemunho»

Todos quantos se vêem oprimidos pela pobreza, pela fraqueza, pela doença ou
tribulações várias, e os que sofrem perseguição por amor da justiça, saibam
que estão unidos de modo especial a Cristo, nos Seus sofrimentos pela
salvação do mundo; o Senhor, no Evangelho, proclamou-os bem-aventurados e
«o Deus [...] de toda a graça, que nos chamou à Sua eterna glória em Cristo
Jesus, depois de sofrerem um pouco, os há-de restabelecer, confirmar e
consolidar» (1 Ped 5,10). [...]Como Jesus, Filho de Deus, manifestou o Seu
amor dando a vida por nós, assim ninguém dá maior prova de amor do que
aquele que oferece a própria vida por Ele e pelos seus irmãos (cf 1 Jo
3,16; Jo 15,13). Desde os primeiros tempos, e sempre assim continuará a
suceder, alguns cristãos foram chamados a dar este máximo testemunho de
amor diante de todos, e especialmente perante os perseguidores. Por esta
razão, o martírio, pelo qual o discípulo se torna semelhante ao mestre, que
livremente aceitou a morte para salvação do mundo, e a Ele se conforma no
derramamento do sangue, é considerado pela Igreja como um dom insigne e
prova suprema de amor. E, embora seja concedido a poucos, todos porém devem
estar dispostos a confessar a Cristo diante dos homens e a segui-l'O no
caminho da cruz, no meio das perseguições, que nunca faltarão à Igreja.




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Advento

Dentro de alguns dias começará o Advento, o período que prepara o Natal. Veremos passar por nós quatro domingos e seremos chamados a aguardar a vinda de Jesus na esperança e numa alegria crescente mas, ao mesmo tempo, numa atitude de vigilância e de meditação. Na verdade, desde o primeiro domingo, a Igreja recorda-nos a vinda gloriosa de Cristo, no fim dos tempos – comemoramos a espera do povo de Deus, de que João Baptista, José e Maria serão os representantes eleitos, mas vivemos também o nosso próprio Advento, esperando o Senhor que virá visitar cada um de nós.

Ao longo dos três domingos que se seguem, Isaías convida-nos à fidelidade, João Baptista à conversão, Maria ensina-nos a disponibilidade e José a confiança – podemos estar certos, o Senhor virá ou, segundo o espírito da liturgia, o Senhor vem!

O Advento era já celebrado no séc. IV, antes mesmo que a festa do Natal fosse separada da da Epifania. Os celebrantes revestem-se de roxo, a cor da penitência, mas também da sobriedade, da pobreza daqueles que se preparam para uma festa que cumulará todos os seus desejos.

O símbolo mais conhecido do Advento é a coroa, feita com verduras e decorada com bolas e fitas. Ela rodeia as quatro velas que serão acesas, uma após outra, ao longo deste período. Contudo, parece que a coroa não é herança de uma longa tradição – aparentemente, ela foi “inventada” por um pastor luterano no séc. XIX. De qualquer forma ela baliza o nosso caminho e conduz-nos, luz após luz, para a claridade irradiante da noite de Natal.

 

A equipa portuguesa de Evangelizo deseja a todos os seus leitores uma caminhada de Advento vivida na paz e na esperança.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 22 de Novembro de 2011
Terça-feira da 34 semana do Tempo Comum

Santa Cecília, virgem, mártir, séc. III ou IV



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : «Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis»

Leituras

Dan. 2,31-45.


Naqueles dias, Daniel disse ao rei Nabucodonosor: «Ó rei, tu tiveste uma visão. Eis que uma grande, uma enorme estátua se levantava diante de ti; era de um brilho extraordinário, mas de um aspecto terrível.
Esta estátua tinha a cabeça de ouro fino, o peito e os braços de prata, o ventre e as ancas de bronze,
as pernas de ferro, os pés metade de ferro e metade de barro.
Contemplavas tu esta estátua, quando uma pedra se desprendeu da montanha, sem intervenção de mão alguma, e veio bater nos seus pés, que eram de ferro e argila, e lhos esmigalhou.
Então, com a mesma pancada foram feitos em pedaços o ferro, o barro, o bronze, a prata, o ouro, e, semelhantes ao pó que no Verão voa da eira, foram levados pelo vento sem que deixassem qualquer vestígio. A pedra que tinha embatido contra a estátua transformou-se numa alta montanha, que encheu toda a terra.
Este era o sonho. Vamos agora dar ao rei a sua interpretação.
Tu, ó rei, és o rei dos reis, a quem o Deus dos céus deu a realeza, o poder, a força e a glória;
a quem entregou o domínio sobre os homens, onde quer que eles habitem, sobre os animais terrestres e sobre as aves do céu. Tu é que és a cabeça de ouro.
Depois de ti surgirá um outro reino menor que o teu; depois um terceiro reino, o de bronze, que dominará sobre toda a terra.
Um quarto reino será forte como o ferro; assim como o ferro quebra e esmaga tudo, assim este esmagará e aniquilará todos os outros.
Os pés e os dedos que viste, em parte de argila de oleiro, em parte de ferro, indicam que este reino será dividido; haverá nele alguma coisa da resistência do ferro, conforme tu viste ferro misturado com argila.
Os dedos dos pés, em parte de ferro e em parte de barro, significam que o reino será ao mesmo tempo forte e frágil.
Se tu viste o ferro junto com o barro, foi porque as duas partes se uniram por descendência humana, mas não se aguentarão juntas, do mesmo modo que o ferro não se funde com a argila.
No tempo destes reis, o Deus dos céus fará aparecer um reino que jamais será destruído e cuja soberania nunca passará para outro povo. Esmagará e aniquilará todos os outros, enquanto ele subsistirá para sempre.
Foi o que pudeste ver na pedra que se desprendia da montanha, sem intervenção de mão alguma, e que reduzia a migalhas o ferro, o bronze, a argila, a prata e o ouro. O grande Deus fez conhecer ao rei o que acontecerá no futuro. O sonho é verdadeiro e a interpretação dele é digna de crédito.»


Dan. 3,57.58.59.60.61.


Obras do Senhor, bendizei todas o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Céus, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Anjos do Senhor, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Águas que estais acima dos céus, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Todos os poderes do universo, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!


Lucas 21,5-11.


Naquele tempo, como alguns falassem do templo, dizendo que estava adornado de belas pedras e de ofertas votivas, respondeu:
«Virá o dia em que, de tudo isto que estais a contemplar, não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído.»
Perguntaram-lhe, então: «Mestre, quando sucederá isso? E qual será o sinal de que estas coisas estão para acontecer?»
Ele respondeu: «Tende cuidado em não vos deixardes enganar, pois muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu'; e ainda: 'O tempo está próximo.' Não os sigais.
Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis; é necessário que estas coisas sucedam primeiro, mas não será logo o fim.»
Disse-lhes depois: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino.
Haverá grandes terramotos e, em vários lugares, fomes e epidemias; haverá fenómenos apavorantes e grandes sinais no céu.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia depois bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Catequeses sobre a carta aos Romanos, nº24

«Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis»

Quanto mais o rei se aproxima, mais necessidade temos de nos preparar.
Quanto mais se aproxima o momento em que o prémio será atribuído ao
lutador, melhor tem de ser a luta. É também o que acontece nas corridas:
quando chega o final da corrida e o objectivo se aproxima, mais se estimula
o ardor dos cavalos. É por isso que Paulo diz: «A salvação está agora mais
perto de nós do que quando abraçámos a fé. A noite vai adiantada e o dia
está próximo» (Rom 13,11-12).


Uma vez que a noite se desvanece e o dia surge, façamos as obras do dia;
deixemos as obras das trevas. É também assim que fazemos nesta vida: quando
vemos que a noite dá lugar à alvorada e ouvimos cantar a andorinha,
acordamo-nos uns aos outros, mesmo que ainda seja noite. [...]
Apressamo-nos a realizar as tarefas do dia; vestimo-nos depois de termos
sido arrancados ao sono, para que o sol nos encontre prontos. O que fazemos
nessa altura, façamo-lo agora: sacudamos os nossos sonhos, afastemo-nos das
ilusões da vida presente, deixemos o sono profundo e revistamo-nos do fato
da virtude. É o que nos diz claramente o apóstolo: «Abandonemos, pois, as
obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz.» Porque o dia chama-nos
à batalha, ao combate.


Não vos alarmeis ao escutar estas palavras de combate e de luta! Se vestir
uma pesada armadura material é penoso, é desejável pelo contrário vestir a
armadura espiritual, porque é uma armadura de luz. Então, brilharás com um
brilho mais resplandecente que o sol e, cintilando com um fulgor radioso,
estarás em segurança, porque são armas [...], armas de luz. Estaremos então
dispensados do combate? Não! Temos de combater, mas sem nos deixarmos
vencer pela fadiga e pela angústia. Porque não é tanto para a guerra que
somos convidados, mas para uma festa e um júbilo.




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domingo, 20 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 21 de Novembro de 2011
Segunda-feira da 34ª semana do Tempo Comum

Apresentação de Nossa Senhora no Templo



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato Charles de Foucauld : Dar tudo porque Cristo tudo deu

Leituras

Dan. 1,1-6.8-20.


No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilónia, veio cercar Jerusalém.
O Senhor entregou-lhe Joaquim, rei de Judá, e uma parte dos objectos do templo; Nabucodonosor transportou-os ao país de Chinear e colocou-os na sala do tesouro dos seus deuses.
O rei deu ordem a Aspenaz, chefe dos criados, que lhe trouxesse jovens israelitas, de ascendência real ou de família nobre,
sem qualquer defeito, formosos, dotados de toda a espécie de qualidades, instruídos, inteligentes e fortes. Seriam colocados no palácio real e Aspenaz devia ensinar-lhes as letras e a língua dos caldeus.
O rei destinou-lhes uma provisão diária de alimentos, reservada à ementa da mesa real, e do vinho que ele bebia. A formação deles havia de durar três anos, após o que entrariam ao serviço na presença do rei.
Entre estes, contavam-se Daniel, Hananias, Michael e Azarias, que pertenciam aos filhos de Judá.
Daniel tomou a resolução de não se manchar com o alimento do rei e com o vinho que ele bebia. Por isso, pediu ao chefe dos criados para se abster deles.
Deus fez com que o chefe dos criados acolhesse Daniel com benevolência e amabilidade.
Mas depois disse-lhe: «Temo que o rei, meu senhor, que determinou o que vós haveis de comer e beber, venha a encontrar o vosso rosto mais magro que o dos outros jovens da mesma idade e assim me exponhais a uma repreensão da parte do rei.»
Então, Daniel disse ao oficial, a quem o chefe dos criados tinha confiado o cuidado de Daniel, Hananias, Michael e Azarias:
«Por favor, faz uma experiência de dez dias com os teus servos: que se nos dê apenas legumes a comer, e água a beber.
Depois disto, compararás o nosso aspecto com o dos jovens que se alimentam das iguarias da mesa real e, conforme o que tiveres constatado, assim agirás com os teus servos.»
Concordou com esta proposta e submeteu-os à prova, durante dez dias.
Ao fim deste prazo, verificou-se que tinham melhor aspecto e estavam mais robustos que todos os jovens que comiam os acepipes da mesa real.
Como consequência, o oficial retirava as iguarias e o vinho que lhes estavam destinados e mandava que lhes servissem legumes.
A estes quatro jovens, Deus deu sabedoria e inteligência no domínio das letras e ciências. Daniel compreendia toda a espécie de visões e sonhos.
Decorrido o tempo fixado pelo rei para a apresentação dos jovens, o chefe dos criados levou-os à presença de Nabucodonosor,
que conversou com eles. Dentre todos os jovens, não houve nenhum que pudesse comparar-se a Daniel, Hananias, Michael e Azarias. Por isso, entraram ao serviço na presença do rei.
Em qualquer assunto de sabedoria e inteligência que os consultasse, o rei achava-os dez vezes superiores a todos os escribas e magos do seu reino.


Dan. 3,52.53.54.55.56.


«Bendito sejas, Senhor, Deus de nossos pais:
digno de louvor e glória eternamente!  
Bendito seja o teu nome santo e glorioso:
digno de supremo louvor e exaltação eternamente!  
Bendito sejas no templo da tua santa glória:
digno de supremo louvor e glória eternamente!  
Bendito sejas no teu trono real:
digno de supremo louvor e exaltação eternamente!  
Bendito sejas por penetrares os abismos,
sentado sobre os querubins:
digno de supremo louvor e exaltação eternamente!

Bendito sejas no firmamento dos céus:
digno de supremo louvor e glória eternamente!


Lucas 21,1-4.


Naquele tempo, Jesus levantou os olhos e viu os ricos deitarem no cofre do tesouro as suas ofertas.
Viu também uma viúva pobre deitar lá duas moedinhas
e disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou mais do que todos os outros;
pois eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava, enquanto ela, da sua indigência, deitou tudo o que tinha para viver.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Retiro de Nazaré (1897)

Dar tudo porque Cristo tudo deu

Meu Senhor Jesus, quão depressa será pobre aquele que, amando-Vos de todo o
coração, não puder suportar ser mais rico do que o seu Bem-Amado! Quão
depressa será pobre aquele que, sabendo que tudo o que for feito a um
destes pequeninos é a Vós que é feito e que tudo o que o não for também o
não será a Vós (Mt 25,40.45), aliviar toda a miséria ao seu alcance! Quão
depressa será pobre aquele que receber com fé as palavras que dizem: «Se
queres ser perfeito, vende o que tens e dá o dinheiro aos pobres. Felizes
os pobres. Todo aquele que tiver deixado os seus bens por causa do Meu
nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna» (Mt
19,21.29; 5,3; 19,29), e tantas outras como estas!


Deus meu, não me parece que seja possível a todas estas almas, ao ver-Vos
pobre, permanecerem ricas por vontade e assim se reverem maiores do que o
seu Mestre, o seu Bem-Amado, ou, se depender delas, não quererem ser
parecidas convosco em tudo, sobretudo nas Vossas humilhações [...]. Seja
como for, não consigo conceber o amor sem a necessidade imperiosa de tornar
conformes, semelhantes e, acima de tudo, cor-respondidas, todas as dores,
todas as penas, todas as asperezas da vida. Por mim, meu Deus, não me é
possível ser rico e viver desafogadamente dos meus bens quando Vós fostes
pobre e vivestes com dificuldades, tirando laboriosamente o sustento duma
custosa profissão. Não sei amar assim.


Não convém que o servo seja «maior do que o seu Senhor» (Jo 13,16), nem que
a esposa seja rica quando o Esposo é pobre [...]. E é-me impossível
compreender o amor sem esta procura de identificação [...], sem esta
necessidade de partilha de todas as cruzes.




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sábado, 19 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 20 de Novembro de 2011
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO - Solenidade

34º Domingo do Tempo Comum - Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo - Ano A (semana II do saltério)
Santo Edmundo, rei, mártir, +870



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Hilário : «Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo»

Leituras

Ezeq. 34,11-12.15-17.


Eis o que diz o Senhor Deus: "Eu mesmo cuidarei das minhas ovelhas e me interessarei por elas.
Como o pastor se preocupa com o seu rebanho, quando se encontra entre as ovelhas dispersas, assim me preocuparei Eu com o meu. Reconduzi-lo-ei de todas as partes por onde tenha sido disperso, num dia de nuvens e de trevas.
Sou Eu que apascentarei as minhas ovelhas, sou Eu quem as fará descansar - oráculo do Senhor DEUS.
Procurarei aquela que se tinha perdido, reconduzirei a que se tinha tresmalhado; cuidarei a que está ferida e tratarei da que está doente. Vigiarei sobre a que está gorda e forte. A todas apascentarei com justiça."
"Quanto a vós, minhas ovelhas, assim fala o Senhor DEUS: Eis que vou julgar entre ovelhas e ovelhas - entre carneiros e bodes.


Salmos 23(22),1-2a.2b-3.5.6.


O SENHOR é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.


Ele me guia por sendas direitas, por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal,
porque Vós estais comigo.

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda.

A bondade e a graça  hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.



1 Cor. 15,20-26.28.


Irmãos: Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram.
Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem vem a ressurreição dos mortos.
E, como todos morrem em Adão, assim em Cristo todos voltarão a receber a vida.
Mas cada um na sua própria ordem: primeiro, Cristo; depois, aqueles que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda.
Depois, será o fim: quando Ele entregar o reino a Deus e Pai, depois de ter destruído todo o principado, toda a dominação e poder.
Pois é necessário que Ele reine até que tenha colocado todos os inimigos debaixo dos seus pés.
O último inimigo a ser destruído será a morte,
E quando todas as coisas lhe tiverem sido submetidas, então o próprio Filho se submeterá àquele que tudo lhe submeteu, a fim de que Deus seja tudo em todos.


Mateus 25,31-46.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de sentar-se no seu trono de glória.
Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos.
O Rei dirá, então, aos da sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo.
Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me,
estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.'
Então, os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber?
Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos?
E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?'
E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.'
Em seguida dirá aos da esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos!
Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber,
era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes, doente e na prisão e não fostes visitar-me.'
Por sua vez, eles perguntarão: 'Quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos?'
Ele responderá, então: 'Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.'
Estes irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers e doutor da Igreja
A Trindade, 11, 38-39

«Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo»

«O próprio Filho Se submeterá Àquele que tudo Lhe submeteu» diz São Paulo
(1Co 15,28), não no sentido de, ao entregar-Lhe o Reino, renunciar ao Seu
poder , mas porque seremos nós o Reino de Deus, quando nos tornarmos
conformes à glória do Seu corpo. [...] É a nós que Ele entregará a Deus,
depois de nos ter constituído «Reino de Deus» pela glorificação do Seu
corpo. E a nós que Ele entregará ao Pai, enquanto Reino, segundo o que está
escrito no Evangelho: «Vinde, benditos de Meu Pai! Recebei em herança o
Reino que vos está preparado desde a criação do mundo».


«Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de Seu Pai» (Mt
13,43). Pois o Filho entregará a Deus, como sendo o Seu Reino, aqueles que
convidou para o Seu Reino, aqueles a quem prometeu a beatitude própria
desse mistério, pelas Suas palavras: «Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus» (Mt 5,8). [...] Cristo entrega a Deus o Seu Reino e
eis que aqueles que Ele entrega a Deus como sendo o Seu Reino vêem a Deus.
O próprio Senhor declarou aos Seus apóstolos em que consiste esse Reino: «O
Reino dos céus está no meio de vós» (Lc 17,21).


E, se alguém deseja saber Quem é Aquele que entrega o Reino, oiça: «Cristo
ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Porque, assim como
por um homem veio a morte, também por um homem vem a ressurreição dos
mortos» (1Co 15,20-21). Tudo isto se refere ao mistério do Corpo, porque
Cristo é o primeiro ressuscitado de entre os mortos. [...] Assim, para
progresso da humanidade assumida por Cristo, «Deus será tudo em todos» (1Co
15,28).




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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Sabado, dia 19 de Novembro de 2011
Sábado da 33a semana do Tempo Comum

Santa Matilde de Hackeborn, monja, +1298,  S. Roque Gonzales e comp., mártires, +1628



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado João Paulo II : «Sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus»

Leituras

1 Mac. 6,1-13.


Naqueles dias, o rei Antíoco atravessava as províncias superiores, quando soube que, na Pérsia, em Elimaida, havia uma cidade famosa pelas suas riquezas em prata e ouro.
O seu templo, extraordinariamente rico, possuía armaduras de ouro, couraças e armas, deixadas ali por Alexandre, filho de Filipe, rei da Macedónia, o primeiro que reinou sobre a Grécia.
Dirigiu-se para esta cidade com o propósito de a tomar e saquear, mas não pôde, porque os habitantes estavam prevenidos.
Resistiram-lhe com as armas, e viu-se obrigado a fugir e a regressar à Babilónia com grande humilhação.
Na Pérsia, um mensageiro foi dizer-lhe que as tropas enviadas à Judeia tinham sido derrotadas,
e que Lísias, partindo com um poderoso exército, fora vencido pelos judeus, que aumentaram o seu poderio com as armas, as munições e os despojos, tomados ao exército desbaratado.
E que tinham destruído também a abominação edificada por ele sobre o altar, em Jerusalém, e tinham cercado o templo com altas muralhas como outrora, assim como a cidade de Bet-Sur.
Ouvindo estas notícias, o rei ficou irado e profundamente perturbado. Caiu de cama, doente de tristeza, ao ver que os acontecimentos não tinham correspondido aos seus desejos.
Passou assim muitos dias, porque a sua mágoa se renovava sem cessar, e julgou morrer.
Mandou, então, chamar todos os seus amigos e disse-lhes: «O sono fugiu dos meus olhos e o meu coração desfalece de preocupação.
E digo a mim mesmo: A que grande aflição fui reduzido e em que abismo de tristeza me encontro, eu, que antes vivia alegre e era amado quando era poderoso!
Mas agora lembro-me dos males que causei a Jerusalém, de todos os objectos de ouro e prata que roubei, e de todos os habitantes da Judeia que exterminei sem motivo.
Reconheço que foi por causa disto que me sobrevieram todos estes males, e, agora, morro de tristeza numa terra estrangeira.»


Salmos 9(9A),2-3.4.6.16b.19.


Quero louvar-te, Senhor, com todo o coração,
e narrar todas as tuas maravilhas.
Em Ti exultarei de alegria
e cantarei salmos ao teu nome, ó Altíssimo.

Os meus inimigos batem em retirada,
tropeçam e caem mortos diante de ti.
Ameaçaste os pagãos, exterminaste os ímpios,
apagaste o seu nome para sempre.

Os pagãos caíram no fosso que fizeram;  
os seus pés ficaram presos na rede que esconderam.
Mas o pobre não será esquecido eternamente,
nem para sempre se há-de perder a esperança dos infelizes.



Lucas 20,27-40.


Naqueles tempo, aproximaram-se  de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-no:
«Mestre, Moisés prescreveu nos que, se morrer um homem deixando a mulher, mas não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva, para dar descendência ao irmão.
Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou-se e morreu sem filhos;
o segundo,
depois o terceiro, casaram com a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram sem deixar filhos.
Finalmente, morreu também a mulher.
Ora bem, na ressurreição, a qual deles pertencerá a mulher, uma vez que os sete a tiveram por esposa?»
Jesus respondeu-lhes: «Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se;
mas aqueles que forem julgados dignos da vida futura e da ressurreição dos mortos não se casam, sejam homens ou mulheres,
porque já não podem morrer: são semelhantes aos anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus.
E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob.
Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para Ele, todos estão vivos.»
Tomando, então, a palavra, alguns doutores da Lei disseram: «Mestre, falaste bem.»
E já não se atreviam a interrogá lo sobre mais nada.


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado João Paulo II
Audiência geral de 1/2/1982

«Sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus»

Enquanto sacramento nascido do mistério da Redenção e, em certo sentido,
renascido do amor nupcial de Cristo e da Igreja (cf Ef 5,22-23), o
matrimónio é uma expressão eficaz do poder salvífico de Deus, que realiza o
Seu eterno desígnio mesmo após o pecado e apesar da concupiscência oculta
no coração de cada ser humano, homem e mulher. [...] Como sacramento da
Igreja, o matrimónio é indissolúvel por natureza. Como sacramento da
Igreja, é também palavra do Espírito, que exorta o homem e a mulher a
modelarem toda a sua vida em comum aurindo a sua força do mistério da
«redenção do corpo». [...] A redenção do corpo significa [...] esta
esperança que, na dimensão do matrimónio, pode ser definida como esperança
do quotidiano, esperança do temporal [...].


A dignidade dos esposos [...] exprime-se na profunda consciência da
santidade da vida à qual ambos dão origem, participando ─ como
fundadores duma família ─ nas forças do mistério da criação. À luz
desta esperança, que está ligada ao mistério da redenção do corpo, esta
vida humana nova, o filho concebido e nascido da união conjugal do seu pai
e da sua mãe, abre-se às «primícias do Espírito» «para participar da
liberdade e da glória dos filhos de Deus». E se toda a criação, até ao dia
de hoje, geme com as dores do parto, uma esperança particular acompanha a
mulher nas dores do parto: a esperança da «revelação dos filhos de Deus»
(Rm 8,19-23), esperança da qual todo o recém-nascido, ao vir ao mundo,
transporta em si mesmo uma centelha. [...] É a isso que se referem as
palavras de Cristo, quando fala da ressurreição dos corpos [...]: «sendo
filhos da ressurreição, são filhos de Deus».




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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 18 de Novembro de 2011
Dedicação das Basílicas de S. Pedro e S. Paulo

Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo,  Beato Domingos Jorge, leigo, mártir, +1619



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Jean Tauler : «Ensinava todos os dias no templo»

Leituras

Actos 28,11-16.30-31.


Volvidos três meses, tomámos um barco de Alexandria com o emblema dos Dióscoros, que tinha passado o Inverno na ilha.
Aportámos a Siracusa, onde ficámos três dias
e, de lá, contornando a costa, chegámos a Régio. No dia imediato, levantou-se o vento sul e, em dois dias, alcançámos Putéolos,
onde encontrámos irmãos, que nos convidaram a passar sete dias com eles. E assim é que fomos para Roma.
Os irmãos desta cidade, prevenidos da nossa chegada, vieram ao nosso encontro até Foro de Ápio e Três Tabernas. Paulo, ao vê-los, deu graças a Deus e cobrou ânimo.
Quando entrámos em Roma, Paulo foi autorizado a ficar em alojamento próprio com o soldado que o guardava.
Paulo permaneceu dois anos inteiros no alojamento que alugara, onde recebia todos os que iam procurá-lo,
anunciando o Reino de Deus e ensinando o que diz respeito ao Senhor Jesus Cristo, com o maior desassombro e sem impedimento.


Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.


Cantai ao Senhor um cântico novo,  
porque Ele fez maravilhas!  
A sua mão direita e o seu santo braço  
Lhe deram a vitória.

O Senhor anunciou a sua vitória,
revelou aos povos a sua justiça.
Lembrou-Se do seu amor e da sua fidelidade  
em favor da casa de Israel.  

Todos os confins da terra presenciaram  
o triunfo libertador do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai hinos ao SENHOR, ao som da harpa,  
ao som da harpa e da lira;
ao som de cornetins e trombetas,  
aclamai o nosso rei e Senhor.



Mateus 14,22-33.


Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões.
Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só.
O barco encontrava-se já a várias centenas de metros da terra, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram: «É um fantasma!» E gritaram com medo.
No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!»
Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.»
«Vem» disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!»
Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?»
E, quando entraram no barco, o vento amainou.
Os que se encontravam no barco prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!»


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo
Sermão 69

«Ensinava todos os dias no templo»

Nosso Senhor ensina-nos pessoalmente o que devemos fazer para que o nosso
interior se torne uma casa de oração, pois o homem é, verdadeiramente, um
templo consagrado a Deus. Em primeiro lugar devemos expulsar de lá os
vendilhões, isto é, as imagens e representações dos bens criados e tudo o
que for satisfação nas coisas do mundo e fruição da vontade própria.
Depois, é preciso lavar o templo com lágrimas para o purificar. Os templos
não se tornam todos santos pelo simples facto de serem sítios habitáveis
[...]; é Deus que os torna santos.


O templo de que se fala aqui é o amável templo de Deus, onde Deus está na
verdade quando [...] nele criarmos um lugar específico para Ele. Como
poderia Deus eleger como residência uma alma antes de ela ter o mínimo
pensamento de Deus? Não está ela tantas vezes atafulhada de tantas outras
coisas?




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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 17 de Novembro de 2011
Quinta-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Santa Isabel, rainha da Hungria, +1231



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Ao ver a cidade, Jesus chorou sobre ela»

Leituras

1 Mac. 2,15-29.


Naqueles dias, os delegados do rei  Antíoco chegaram à cidade de Modin, para obrigar à apostasia e exigir que oferecessem sacrifícios.
Muitos israelitas obedeceram-lhes, mas Matatias e os filhos permaneceram firmes.
Os enviados do rei, dirigindo-se a Matatias, disseram-lhe: «Possuis nesta cidade notável poder, influência e consideração, os teus irmãos e os teus filhos reconhecem-te autoridade.
Vem, pois, e sê o primeiro a executar a ordem do rei como o fizeram todas as nações, os habitantes de Judá e os que ficaram em Jerusalém. Serás contado, tu e os teus filhos, entre os amigos do rei; tu e os teus filhos sereis honrados pelo rei, o qual vos enriquecerá de prata, ouro e numerosos presentes.»
Matatias respondeu-lhes com voz forte: «Ainda que todas as nações que formam o império do rei renegassem a fé dos seus pais e obedecessem às suas ordens,
eu, os meus filhos e os meus irmãos, obedeceremos à aliança dos nossos antepassados.
Que Deus nos preserve de abandonar a lei e os seus preceitos!
Não escutaremos as ordens do rei e não nos desviaremos da nossa religião, nem para a direita, nem para a esquerda.»
Mal acabara de falar, eis que um judeu, à vista de todos, se aproximou para imolar no altar de Modin, conforme as ordens do rei.
Matatias, ao vê-lo, e no ardor do seu zelo, sentiu estremecer as suas entranhas. Num ímpeto de indignação pela lei, atirou-se sobre ele e matou-o mesmo no altar.
Ao mesmo tempo, matou o delegado do rei, que obrigava a sacrificar, e destruiu o altar.
Com semelhante gesto mostrou o seu amor pela lei, como fizera Fineias, a respeito de Zimeri, filho de Salú.
Então, em altos brados, Matatias levantou a voz através da cidade e disse: «Aquele que sentir zelo pela lei e permanecer fiel à aliança, venha e siga-me.»
E fugiu com os filhos, em direcção às montanhas, abandonando todos os seus bens na cidade.
Então, muitos dos que procuravam a rectidão e a justiça, encaminharam-se para o deserto, para ali se refugiarem,


Salmos 50(49),1-2.5-6.14-15.


O Senhor, Deus dos deuses, falou
e convocou a terra, desde o nascente até ao poente.
De Sião, cheia de beleza, Deus refulgiu,
O nosso Deus vem e não Se calará.

"Reuni junto a mim os que me são fiéis,
os que selaram a minha aliança com um sacrifício."
Até os céus proclamarão a sua justiça,
porque Deus é quem julga.

Oferece a Deus um sacrifício de louvor
e cumpre as promessas feitas ao Altíssimo.
Invoca-me no dia da tribulação;
Eu te livrarei e tu me glorificarás."



Lucas 19,41-44.


Naquele tempo, quando Jesus Se aproximou de Jerusalém, ao ver a cidade, chorou sobre ela e disse:
«Se neste dia também tu tivesses conhecido o que te pode trazer a paz! Mas agora isto está oculto aos teus olhos.
Virão dias para ti, em que os teus inimigos te hão-de cercar de trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados;
hão-de esmagar-te contra o solo, assim como aos teus filhos que estiverem dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
A Cidade de Deus

«Ao ver a cidade, Jesus chorou sobre ela»

Dois amores construíram duas cidades: o amor de si próprio até ao desprezo
de Deus fez a cidade terrestre; o amor de Deus até ao desprezo de si
próprio, a cidade celeste. Uma gloria-se a si própria; a outra ao Senhor.
Uma procura a glória que vem dos homens (cf Jo 5,44); a outra coloca toda a
sua glória em Deus, testemunha da sua consciência. Uma, inflada de
vanglória, levanta a cabeça; a outra diz ao seu Deus: «És a minha glória e
Quem me faz levantar a cabeça» (Sl 3,4). Numa, os príncipes são dominados
pela paixão de dominar os seus súbditos ou as nações conquistadas; na
outra, todos se fazem servidores do próximo na caridade, os chefes velando
pelo bem dos subordinados e estes obedecendo àqueles. A primeira cidade, na
pessoa dos poderosos, admira a sua força; a outra diz ao seu Deus:
«Amar-Te-ei Senhor, Tu que és a minha força».


É por isso que, na primeira cidade, os sábios levam uma vida totalmente
humana, não procurando senão o bem dos corpos ou do espírito ou dos dois ao
mesmo tempo: «Pois, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram nem Lhe
deram graças, como a Deus é devido. Pelo contrário: tornaram-se vazios nos
seus pensamentos e obscureceu-se o seu coração insensato; [...] veneraram
as criaturas e prestaram-lhes culto, em vez de o fazerem ao Criador» (Rm
1,21-25). Na cidade de Deus, pelo contrário, toda a sabedoria do homem se
encontra na piedade, pois somente ela presta ao Deus verdadeiro um culto
legítimo e, na sociedade dos santos, tanto os anjos como os homens esperam
como recompensa que «Deus seja tudo em todos» (1Co 15,28).




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