sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Profecia do Dia

Sabado, dia 12 de Fevereiro de 2011
Sábado da 5a semana do Tempo Comum

Santa Eulália de Barcelona, virgem e mártir, +304, S. Juliao



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ambrósio : «Se os mandar embora em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho»

Leituras

Gén. 3,9-24.
Mas o Senhor Deus chamou o homem e disse-lhe: «Onde estás?»
Ele respondeu: «Ouvi a tua voz no jardim e, cheio de medo, escondi-me
porque estou nu.»
O Senhor Deus perguntou: «Quem te disse que estás nu? Comeste, porventura,
da árvore da qual te proibi comer?»
O homem respondeu: «Foi a mulher que trouxeste para junto de mim que me
ofereceu da árvore e eu comi.»
O Senhor Deus perguntou à mulher: «Por que fizeste isso?» A mulher
respondeu: «A serpente enganou-me e eu comi.»
Então, o Senhor Deus disse à serpente: «Por teres feito isto, serás maldita
entre todos os animais domésticos e entre os animais selvagens. Rastejarás
sobre o teu ventre, alimentar-te-ás de terra todos os dias da tua vida.
Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a
dela. Esta esmagar-te-á a cabeça e tu tentarás mordê-la no calcanhar.»
Depois, disse à mulher: «Aumentarei os sofrimentos da tua gravidez, entre
dores darás à luz os filhos. Procurarás apaixonadamente o teu marido, mas
ele te dominará.»
A seguir, disse ao homem: «Porque atendeste à voz da tua mulher e comeste o
fruto da árvore, a respeito da qual Eu te tinha ordenado: 'Não comas dela',
maldita seja a terra por tua causa. E dela só arrancarás alimento à custa
de penoso trabalho, todos os dias da tua vida.
Produzir-te-á espinhos e abrolhos, e comerás a erva dos campos.
Comerás o pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de onde foste
tirado; porque tu és pó e ao pó voltarás.»
Adão pôs à sua mulher o nome de Eva, porque ela seria mãe de todos os
viventes.
O Senhor Deus fez a Adão e à sua mulher túnicas de peles e vestiu-os.
O Senhor Deus disse: «Eis que o homem, quanto ao conhecimento do bem e do
mal, se tornou como um de nós. Agora é preciso que ele não estenda a mão
para se apoderar também do fruto da árvore da Vida e, comendo dele, viva
para sempre.»
O Senhor Deus expulsou-o do jardim do Éden, a fim de cultivar a terra, da
qual fora tirado.
Depois de ter expulsado o homem, colocou, a oriente do jardim do Éden, os
querubins com a espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da
Vida.


Salmos 90,2.3-4.5-6.12-13.
Antes de surgirem as montanhas, antes de nascerem a terra e o mundo, desde
sempre e para sempre Tu és Deus.
Tu podes reduzir o homem ao pó, dizendo apenas: "Voltai ao pó, seres
humanos!"
Mil anos, diante de ti, são como o dia de ontem, que passou, ou como uma
vigília da noite.
Tu os arrebatas como um sonho, ou como a erva que de manhã verdeja,
como a erva que de manhã brota vicejante, mas à tarde está murcha e seca.
Ensina nos a contar assim os nossos dias, para podermos chegar ao coração
da sabedoria.
Volta, SENHOR! Até quando...? Tem compaixão dos teus servos.


Marcos 8,1-10.
Naqueles dias, havia outra vez uma grande multidão e não tinham que comer.
Jesus chamou os discípulos e disse:
«Tenho compaixão desta multidão. Há já três dias que permanecem junto de
mim e não têm que comer.
Se os mandar embora em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho, e
alguns vieram de longe.»
Os discípulos responderam-lhe: «Como poderá alguém saciá-los de pão, aqui
no deserto?»
Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes?» Disseram: «Sete.»
Ordenou que a multidão se sentasse no chão e, tomando os sete pães, deu
graças, partiu-os e dava-os aos seus discípulos para eles os distribuírem à
multidão.
Havia também alguns peixinhos. Jesus abençoou-os e mandou que os
distribuíssem igualmente.
Comeram até ficarem satisfeitos, e houve sete cestos de sobras.
Ora, eram cerca de quatro mil. Despediu-os
e, subindo logo para o barco com os discípulos, foi para os lados de
Dalmanuta.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de São Lucas, VI, 73-88 (a partir da trad. SC 45, pp. 254 ss. rev.)

«Se os mandar embora em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho»

Senhor Jesus, sei bem que não queres deixar em jejum estas pessoas que
estão aqui comigo, mas antes alimentá-las com os alimentos que distribuis;
deste modo, fortalecidas com o Teu alimento, não recearão desfalecer de
fome. Sei bem que também não nos queres mandar embora em jejum. [...] Tu o
disseste: não queres que eles desfaleçam no caminho, isto é, que desfaleçam
no decurso desta vida antes de chegarem ao fim do percurso, antes de
chegarem ao Pai e perceberem que Tu provéns do Pai. [...]


O Senhor tem piedade, para que ninguém desfaleça no caminho. [...] Assim
como faz chover tanto sobre os justos como sobre os injustos (Mt 5, 45),
também alimenta tanto os justos como os injustos. Não foi graças à força do
alimento que o santo profeta Elias, quase a desfalecer, conseguiu caminhar
quarenta dias? (1R 19, 8) Foi um anjo que lhe deu esse alimento; mas a vós,
é o próprio Cristo que vos alimenta. Se conservardes o alimento assim
recebido, caminhareis, não quarenta dias e quarenta noites [...], mas
durante quarenta anos, desde a vossa saída dos confins do Egipto até à
vossa chegada à terra da abundância, à terra onde correm o leite e o mel
(Ex 3, 8). [...]


Cristo partilha os víveres e quer, sem dúvida alguma, dá-los a todos. Não
os recusa a ninguém, pois dá-os a todos. Porém, quando parte os pães e os
dá aos discípulos, se não estenderdes as mãos para receber o vosso
alimento, desfalecereis no caminho. [...] Este pão que Jesus parte é o
mistério da palavra de Deus: quando é distribuída, aumenta. A partir
somente de algumas palavras, Jesus forneceu a todos os povos um alimento
superabundante. Ele deu-nos os Seus discursos como pães e, enquanto os
saboreamos, eles multiplicam-se na nossa boca. [...] Quando as multidões os
comem, os pedaços tornam a aumentar, multiplicando-se. Tanto assim é que,
no fim, os restos são ainda mais abundantes do que os pães que foram
partilhados.




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