sábado, 19 de fevereiro de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 20 de Fevereiro de 2011
7º Domingo do Tempo Comum - Ano A

Santo Eleutério, bispo, mártir, +532, Beato Francisco Marto, vidente de Fátima, +1919, Beata Jacinta Marto, vidente de Fátima, +1920



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Aelredo de Rievaulx : «Amai os vossos inimigos»

Leituras

Levit. 19,1-2.17-18.
O Senhor disse a Moisés:
«Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e diz-lhes: 'Sede santos,
porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo.
Não odiarás o teu próximo no teu coração; mas repreende o teu compatriota
para não caíres em pecado por causa dele.
Não te vingarás nem guardarás rancor aos filhos do teu povo, mas amarás o
teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.


Salmos 103(102),1-2.3-4.8.10.12-13.
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e todo o meu ser louve o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Ele quem perdoa as tuas culpas e cura todas as tuas enfermidades.
Ele quem resgata a tua vida do túmulo e te enche de graça e de ternura.
SENHOR é misericordioso e compassivo, é paciente e cheio de amor.
Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos castigou segundo as
nossas culpas.
Como o Oriente está afastado do Ocidente, assim Ele afasta de nós os nossos
pecados.
Como um pai se compadece dos filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o
temem.


1 Cor. 3,16-23.
Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?
Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Pois o templo de Deus
é santo, e esse templo sois vós.
Ninguém se engane a si mesmo: se algum de entre vós se julga sábio à
maneira deste mundo, torne-se louco para ser sábio.
Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus. Com efeito, está
escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia.
E ainda: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios e sabe que são fúteis.
Portanto, ninguém se glorie nos homens, pois tudo é vosso:
Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, o presente ou o futuro. Tudo
é vosso.
Mas vós sois de Cristo e Cristo é de Deus.


Mateus 5,38-48.
«Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente.
Eu, porém, digo-vos: Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te
bater na face direita, oferece-lhe também a outra.
Se alguém quiser litigar contigo para te tirar a túnica, dá-lhe também a
capa.
E se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, caminha com ele
duas.
Dá-a quem te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.»
«Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos
perseguem.
Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele
faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva
sobre os justos e os pecadores.
Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem
já isso os cobradores de impostos?
E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o
fazem também os pagãos?
Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
Le Miroir de la charité, III, 5 (a partir da trad. Orval/do breviário)

«Amai os vossos inimigos»

Não há nada que nos encoraje mais a amar os nossos inimigos, naquilo que
consiste a perfeição do amor fraterno, do que a consideração e a gratidão
pela admirável paciência do «mais belo dos filhos dos homens» (Sl 45 (44),
3): Ele ofereceu a Sua bela face aos ímpios para que a cobrissem de
escarros; permitiu-lhes vendarem-Lhe aqueles olhos que, de um só relance,
governam o Universo; expôs as Suas costas ao chicote, submeteu aos picos
dos espinhos a Sua fronte, diante da qual deviam tremer príncipes e
poderosos; entregou-Se às afrontas e às injúrias e, por fim, suportou com
mansidão a cruz, os cravos, a lança, o fel, o vinagre, mantendo, no meio
disso tudo, toda a doçura e serenidade: «Como um cordeiro levado ao
matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador, não abriu a
boca» (Is 53,7).


Ao ouvir as admiráveis palavras «Pai, perdoa-lhes» (Lc 23, 34), cheias de
doçura, de amor e de imperturbável serenidade, o que poderíamos nós
acrescentar à bondade e à caridade dessa oração?


E, no entanto, o Senhor acrescentou algo. Não Se contentou em rezar; quis
desculpar: «Pai ─ diz Ele ─ perdoa-lhes, porque não sabem o que
fazem»; são, sem dúvida, grandes pecadores, mas não têm disso consciência;
por isso, Pai, perdoa-lhes; crucificam, mas não sabem a Quem crucificam.
[...] Pensam tratar-se dum transgressor da Lei, dum usurpador da Divindade,
dum sedutor do Povo; escondi-lhes o Meu rosto; não reconheceram a Minha
majestade; por isso, «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem».


Se quiser aprender a amar, que o homem não se deixe arrastar pelos impulsos
da sua carne, mas dirija todo o seu afecto para a dulcíssima paciência da
carne do Senhor; se quiser encontrar descanso mais perfeito e mais feliz
nas delícias da caridade fraterna, que aperte também os inimigos nos braços
do verdadeiro amor; e, para que este fogo divino não diminua por causa das
injúrias, que tenha sempre os olhos do espírito na serena paciência do seu
Senhor e bem-amado Salvador.




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