quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 24 de Fevereiro de 2011
Quinta-feira da 7ª semana do Tempo Comum

S. Sérgio, mártir, +304, S. Lázaro, monge, séc. IX



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Paulo VI : O sal da penitência

Leituras

Sirac 5,1-8.
Não te fies nas tuas riquezas, e não digas: «Tenho suficiente para mim.»
Não sigas os teus desejos e a tua força, indo atrás das paixões do coração.

Não digas: «Quem terá poder sobre mim?», porque o Senhor te punirá
certamente.
Não digas: «Pequei, e que me aconteceu de mal?», porque o Senhor é lento em
castigar.
Não vivas confiado no perdão, acumulando pecado sobre pecado.
Não digas: «A misericórdia do Senhor é grande, Ele terá compaixão da
multidão dos meus pecados!», porque nele a misericórdia e a ira caminham
juntas; e o seu furor cairá sobre os pecadores.
Não tardes em te converter ao Senhor, não adies, de dia para dia, porque a
ira do Senhor virá de repente, e Ele te fará perecer no dia do castigo.
Não confies em riquezas injustas, pois de nada te servirão no dia da
desventura.


Salmos 1,1-2.3-4.6.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho
dos pecadores, nem toma parte na reunião dos libertinos;
antes põe o seu enlevo na lei do SENHOR e nela medita dia e noite.
É como a árvore plantada à beira da água corrente: dá fruto na estação
própria e a sua folhagem não murcha; em tudo o que faz é bem sucedido.
Mas os ímpios não são assim! São como a palha que o vento leva.
O SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à
perdição.


Marcos 9,41-50.
Sim, seja quem for que vos der a beber um copo de água por serdes de
Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.»
«E se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor
seria para ele atarem-lhe ao pescoço uma dessas mós que são giradas pelos
jumentos, e lançarem-no ao mar.
Se a tua mão é para ti ocasião de queda, corta-a; mais vale entrares
mutilado na vida, do que, com as duas mãos, ires para a Geena, para o fogo
que não se apaga,
onde o verme não morre e o fogo não se apaga.
Se o teu pé é para ti ocasião de queda, corta-o; mais vale entrares coxo na
vida, do que, com os dois pés, seres lançado à Geena,
onde o verme não morre e o fogo não se apaga.
E se um dos teus olhos é para ti ocasião de queda, arranca-o; mais vale
entrares com um só no Reino de Deus, do que, com os dois olhos, seres
lançado à Geena,
onde o verme não morre e o fogo não se apaga.
Todos serão salgados com fogo.
O sal é coisa boa; mas, se o sal ficar insosso, com que haveis de o
temperar? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Paulo VI, papa de 1963-1978
Constituição apostólica «Paenitemini» (a partir da trad. DC, nº 1466 6/3/1966, p. 387 Libreria Editrice Vaticana)

O sal da penitência

Todo o cristão deve seguir o Mestre renunciando a si mesmo, levando a sua
cruz e participando nos sofrimentos de Cristo (Mt 16, 24). Assim,
transfigurado à imagem da Sua morte, torna-se capaz de meditar na glória da
ressurreição. Seguirá igualmente o Mestre não vivendo já para si mesmo, mas
para Aquele que o amou e Se deu a di mesmo por ele, e também pelos seus
irmãos, completando «na sua carne o que falta aos padecimentos de Cristo
pelo seu corpo que é a Igreja» (Gal 2, 20; Col 1, 24).


Por outro lado, estando a Igreja intimamente ligada a Cristo, a penitência
de cada cristão tem igualmente uma relação própria e íntima com toda a
comunidade eclesial. Com efeito, é apenas no seio da Igreja que, pelo
baptismo, ele recebe o dom fundamental da metanóia, quer dizer da mudança e
da renovação do homem todo; mas este dom é restaurado e fortalecido pelo
sacramento da penitência nos membros do Corpo de Cristo que caíram em
pecado. «Os que se aproximam do sacramento da penitência recebem da
misericórdia de Deus o perdão da ofensa que Lhe fizeram, ao mesmo tempo que
são reconciliados com a Igreja que foi ferida pelo seu pecado e que, pela
caridade, o exemplo e as orações, trabalha pela sua conversão» (Vaticano
II: LG 11). É na Igreja que a pequena obra da penitência imposta a cada
penitente no sacramento participa de uma maneira especial na expiação
infinita de Cristo.




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