terça-feira, 1 de março de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 02 de Março de 2011
Quarta-feira da 8ª semana do Tempo Comum

Santa Inês de Praga, religiosa, +1282, S. Simplício, papa, +483



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Efrém : «O Filho do Homem veio [...] para dar a Sua vida»

Leituras

Sirac 36,5-6.10-17.
Renova os teus prodígios, faz novos milagres, glorifica a tua mão e o teu
braço direito,
acende o teu furor e derrama a tua ira; destrói o adversário e aniquila o
inimigo.
Reúne todas as tribos de Jacob, toma-as como tua herança, como no
princípio.
Tem piedade, Senhor, do teu povo, que foi chamado pelo teu nome, e de
Israel, que trataste como filho primogénito.
Tem piedade da cidade do teu santuário, de Jerusalém, lugar do teu repouso.

Enche Sião do louvor das tuas maravilhas, e o teu povo com a tua glória.
Dá testemunho a favor daqueles que, desde o princípio, são tuas criaturas,
leva a efeito as profecias, em teu nome proferidas.
Recompensa os que pacientemente esperam em ti, a fim de que os teus
profetas sejam acreditados.
Ouve, Senhor, a súplica dos teus servos, segundo a bênção de Aarão sobre o
teu povo,
e todos sobre a terra reconhecerão que Tu és Senhor, o Deus dos séculos.


Salmos 79,8.9.11.13.
Não recordes contra nós as faltas dos nossos antepassados; venha depressa
ao nosso encontro a tua misericó
Socorre nos, ó Deus, nosso salvador, para glória do teu nome; livra nos e
perdoa nos pelo amor do teu nome
Chegue junto de ti o gemido dos cativos e, pela grande força do teu braço,
salva da morte os que estão co
Nós, que somos o teu povo e ovelhas do teu rebanho, glorificar te emos para
sempre; de geração em geração


Marcos 10,32-45.
Iam a caminho, subindo para Jerusalém, e Jesus seguia à frente deles.
Estavam espantados, e os que seguiam estavam cheios de medo. Tomando de
novo os Doze consigo, começou a dizer-lhes o que lhe ia acontecer:
«Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos
sacerdotes e aos doutores da Lei, e eles vão condená-lo à morte e
entregá-lo aos gentios.
E hão-de escarnecê-lo, cuspir sobre Ele, açoitá-lo e matá-lo. Mas, três
dias depois, ressuscitará.»
Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se dele e disseram: «Mestre,
queremos que nos faças o que te pedimos.»
Disse-lhes: «Que quereis que vos faça?»
Eles disseram: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua
direita e outro à tua esquerda.»
Jesus respondeu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu bebo
e receber o baptismo com que Eu sou baptizado?»
Eles disseram: «Podemos, sim.» Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu
bebo e sereis baptizados com o baptismo com que Eu sou baptizado;
mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não pertence a mim
concedê-lo: é daqueles para quem está reservado.»
Os outros dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e
João.
Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis como aqueles que são considerados
governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os
grandes exercem o seu poder.
Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se
vosso servo
e quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos.
Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e
dar a sua vida em resgate por todos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Efrém (c. 306-373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
Comentário ao Diatessaron, 20, 2-7 (a partir da trad. SC 121, pp. 344 ss.)

«O Filho do Homem veio [...] para dar a Sua vida»

«Se for possível, afasta de Mim este cálice» (Mt 26, 39). Porque dizes como
Simão Pedro: «Deus Te livre de tal, Senhor!» (Mt 16,22), Tu que agora
dizes: «Se for possível, afasta de Mim este cálice»? Ele sabia bem aquilo
que dizia ao Pai, que era possível o Pai afastar o cálice, mas viera
bebê-lo por todos, a fim de pagar com esse cálice a dívida que a morte dos
profetas e dos mártires não pudera pagar. [...] Aquele que havia descrito a
Sua condenação à morte nos profetas e que havia prefigurado o mistério da
Sua morte pelos justos, quando chegou a altura de consumar essa morte, não
Se recusou a bebê-lo. Se não tivesse querido bebê-lo, mas antes afastá-lo,
não teria comparado o Seu corpo com o Templo nesta frase: «Destruí este
Templo e em três dias Eu o reconstruirei» (Jo 2, 19); não teria dito aos
filhos de Zebedeu: «Podeis beber o cálice que Eu bebo?» e ainda: «Tenho de
receber um baptismo» (Lc 12, 50). [...]


«Se for possível, afasta de Mim este cálice». Ele diz isto por causa da
fraqueza que adoptara, não fingida mas real. Uma vez que Se fizera pequeno
e tinha de facto adoptado a nossa fraqueza, temia e sentia-Se abalado na
Sua fraqueza. Tendo revestido a forma humana, tendo adoptado a fraqueza,
comendo quanto tinha fome, cansando-Se com o trabalho, deixando-Se vencer
pelo sono, tudo o que estava relacionado com a carne tinha de ser cumprido
quando chegou a altura da Sua morte. [...]


Para trazer, pela Sua paixão, conforto aos seus discípulos, Jesus sente o
que eles sentem. Ele tomou sobre Si o medo deles, para lhes mostrar, pela
semelhança da Sua alma, que não devem vangloriar-se a propósito da morte
antes de terem passado por ela. Se, com efeito, Aquele que nada teme sentiu
medo e pediu para ser salvo quando sabia que era impossível, quanto mais
devem os outros perseverar na oração perante a tentação de dela serem
libertados quando ela se apresentar. [...] Para dar coragem aos que temem a
morte, Ele não escondeu o Seu próprio receio, para que eles saibam que este
medo não os leva ao pecado desde que não permaneçam nele. «Não, Pai, diz
Jesus, mas que seja feita a Tua vontade»: que Eu morra para dar a vida à
multidão.




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