sábado, 5 de março de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 06 de Março de 2011
9º Domingo do Tempo Comum - Ano A

9º Domingo Comum - Ano A (semana I do saltério)
Santo Olegário, bispo, +1136, Santa Rosa de Viterbo, religiosa, +1252



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Bernardo : Edificada sobre a rocha

Leituras

Deut. 11,18.26-28.32.
«Gravai, pois, estas minhas palavras no vosso coração e no vosso espírito;
atai-as aos braços como um símbolo, trazei-as como filactérias entre os
olhos.
Vede: proponho-vos hoje a bênção ou a maldição:
a bênção, se obedecerdes aos mandamentos do Senhor, vosso Deus, que hoje
vos prescrevo;
a maldição, se não obedecerdes aos mandamentos do Senhor, vosso Deus, e vos
afastardes do caminho que hoje vos indico, para seguirdes deuses
estrangeiros que não conheceis.»
Cuidarás, então, de pôr em prática todas estas leis e preceitos que hoje
ponho na tua frente.»


Salmos 31(30),2-3.4.17.25.
Em ti, SENHOR, me refugio; que eu nunca seja confundido. Salva me pela tua
justiça.
Inclina para mim os teus ouvidos; apressa te a libertar me. Sê para mim uma
rocha de refúgio, uma fortaleza que me salve.
Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza; por amor do teu nome, guia me e
conduz me.
Brilhe sobre o teu servo a luz da tua face; salva me pela tua
misericórdia."
Tende coragem e fortalecei o vosso coração, todos vós, que esperais no
SENHOR!


Romanos 3,21-25.28.
Mas agora foi sem a Lei que se manifestou a justiça de Deus, testemunhada
pela Lei e pelos Profetas:
a justiça que vem para todos os crentes, mediante a fé em Jesus Cristo. É
que não há diferença alguma:
todos pecaram e estão privados da glória de Deus.
Sem o merecerem, são justificados pela sua graça, em virtude da redenção
realizada em Cristo Jesus.
Deus ofereceu-o para, nele, pelo seu sangue, se realizar a expiação que
actua mediante a fé; foi assim que ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os
pecados cometidos outrora,
Pois estamos convencidos de que é pela fé que o homem é justificado,
independentemente das obras da lei.


Mateus 7,21-27.
«Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim
aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu.
Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que
profetizámos, em teu nome que expulsámos os demónios e em teu nome que
fizemos muitos milagres?'
E, então, dir-lhes-ei: 'Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que
praticais a iniquidade.'»
«Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o
homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa;
mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
Porém, todo aquele que escuta estas minhas palavras e não as põe em prática
poderá comparar-se ao insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa;
ela desmoronou-se, e grande foi a sua ruína.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e Doutor da Igreja
Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, 61, 2-3 (trad. da ed. bilingue Leclercq, Roma, 1977/BAC, Madrid 1987)

Edificada sobre a rocha

Diz [o Esposo]: «Minha pomba nos buracos das rochas, nas cavidades dos
penhascos, mostra-me o teu rosto e soe a tua voz aos meus ouvidos» (Ct 2,
14). (...) Alguém reconheceu nesses buracos as chagas de Cristo, e com toda
a razão, porquanto Cristo é uma rocha (1 Cor 10, 4). Felizes cavidades, ao
afiançarem a fé na ressurreição e na divindade de Cristo! «Meu Senhor e meu
Deus!», disse [S. Tomé, Jo 20, 28], e donde se inspirou esta exclamação
senão dos buracos dessa rocha? Ali «fazem os pardais para si uma casa e as
rolas um ninho para colocar as suas crias» [Sl 84 (83), 4]; ali se refugia
a pomba e observa, intrépida, a ave de rapina que por ela voa em círculos.
Por isso diz: «Minha pomba nos buracos das rochas», e a pomba: «Colocou-me
no alto de um rochedo» [Sl 27 (26), 5], ou ainda: «assentou os meus pés
sobre a rocha» [Sl 40 (39), 3].


O homem sensato edifica a sua casa sobre a rocha (Mt 7, 24) e não teme as
investidas dos ventos nem as inundações, porque qual é o proveito que não
advém dessa rocha? Sobre ela me ergo eu [Sl 27 (26), 6], me sinto seguro e
mantenho firme; seguro perante o inimigo, firme à vista da queda, porque
estou erguido acima da terra (Jo 12, 32), e tudo o que é da terra é
duvidoso e caduco. A nossa estirpe é do céu e não tememos nem cair, nem que
nos derrubem, porque a nossa rocha está no céu e nela toda a segurança que
não falha. «Nos rochedos encontram refúgio os roedores» [Sl 104 (103), 18].
E onde poderá encontrar refúgio a nossa frágil constância se não for nas
chagas do Salvador? Lá dentro posso habitar tanto mais seguro e confiante
quanto maior é o Seu poder para me salvar. O mundo agita-se, o corpo
oprime-nos, o diabo coloca-nos armadilhas: não caio, porque me encontro
fundado sobre rocha firme (Lc 6, 48); turba-se-me a consciência se cometo
algum pecado grave, mas não se perturba, porque me recordo das chagas do
meu Senhor, que «foi ferido por causa das nossas iniquidades» (Is 53, 5).
Pois o que haverá de tão mortífero que não tenha sido aniquilado pela morte
de Cristo?




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