quinta-feira, 10 de março de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 11 de Março de 2011
Sexta-feira depois das Cinzas

S. Constantino, rei, mártir, +598, S. Ramiro, abade, mártir, +555, Beato João Batista de Fabriano, presbítero, +1539



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : «Então, hão-de jejuar.»

Leituras

Is. 58,1-9.
Grita em voz alta, sem te cansares. Levanta a tua voz como uma trombeta.
Denuncia ao meu povo as suas faltas, aos descendentes de Jacob, os seus
pecados.
Consultam-me dia após dia, mostram desejos de conhecer o meu caminho, como
se fosse um povo que praticasse a justiça, e não abandonasse a lei de Deus.
Pedem-me sentenças justas, querem aproximar-se de Deus.
Dizem-me: «Para quê jejuar, se vós não fazeis caso? Para quê humilhar-nos,
se não prestais atenção?» É porque no dia do vosso jejum só cuidais dos
vossos negócios, e oprimis todos os vossos empregados.
Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó nem piedade. Não
jejueis como tendes feito até hoje, se quereis que a vossa voz seja ouvida
no alto.
Acaso é esse o jejum que me agrada, no dia em que o homem se mortifica?
Curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza? Podeis chamar
a isto jejum e dia agradável ao SENHOR?
O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente,
livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos,
quebrar toda a espécie de opressão,
repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa,
atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão.
Então, a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a
cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente, e a glória do SENHOR atrás
de ti.
Então invocarás o SENHOR e Ele te atenderá, pedirás auxílio e te dirá:
«Aqui estou!»


Salmos 51(50),3-4.5-6.18-19.
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade; pela tua grande
misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava me de toda a iniquidade; purifica me dos meus delitos.
Reconheço as minhas culpas e tenho sempre diante de mim os meus pecados.
Contra ti pequei, só contra ti, fiz o mal diante dos teus olhos; por isso é
justa a tua sentença e recto o teu jul
Não te comprazes nos sacrifícios nem te agrada qualquer holocausto que eu
te ofereça.
O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito; ó Deus, não desprezes
um coração contrito e arrependido.


Mateus 9,14-15.
Depois, foram ter com Ele os discípulos de João, dizendo: «Porque é que nós
e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?»
Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar
tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que
lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Mensagem para a Quaresma de 2009 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

«Então, hão-de jejuar.»

No Novo Testamento, Jesus ressalta a razão profunda do jejum: [...] «Nem só
de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4,
4). O verdadeiro jejum tem portanto como finalidade comer o «verdadeiro
alimento», que é fazer a vontade do Pai (cf. Jo 4, 34). Portanto, se Adão
desobedeceu ao mandamento do Senhor «de não comer o fruto da árvore da
ciência do bem e do mal», com o jejum o crente deseja submeter-se
humildemente a Deus, confiando na Sua bondade e misericórdia. [...]Nos nossos dias, a prática do jejum parece ter perdido um
pouco do seu valor espiritual e ter adquirido antes, numa cultura marcada
pela busca da satisfação material, o valor de uma medida terapêutica para a
cura do próprio corpo. Jejuar sem dúvida é bom para o bem-estar, mas para
os crentes é em primeiro lugar uma «terapia» para curar tudo o que os
impede de se conformarem com a vontade de Deus. [...]Com
o jejum e com a oração permitimos que Ele venha saciar a fome mais profunda
que vivemos no nosso íntimo: a fome e a sede de Deus. Ao mesmo tempo, o
jejum ajuda-nos a tomar consciência da situação na qual vivem tantos irmãos
nossos. Na sua Primeira Carta, São João admoesta: «Aquele que tiver bens
deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu
coração, como estará nele o amor de Deus?» (3, 17). Jejuar voluntariamente
ajuda-nos a cultivar o estilo do Bom Samaritano, que se inclina e socorre o
irmão que sofre. Escolhendo livremente privar-nos de algo para ajudar os
outros, mostramos concretamente que o próximo em dificuldade não nos é
indiferente. Precisamente para manter viva esta atitude de acolhimento e de
atenção para com os irmãos, encorajo as paróquias e todas as outras
comunidades a intensificar na Quaresma a prática do jejum pessoal e
comunitário, cultivando de igual modo a escuta da Palavra de Deus, a oração
e a esmola. Foi este, desde o início o estilo da comunidade cristã.




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