quarta-feira, 16 de março de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 17 de Março de 2011
Quinta-feira da 1ª da Quaresma

S. Patrício, bispo, +461,  Beata Bárbara Maix, religiosa, +1873



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Guilherme de Saint-Thierry : «Pedi, procurai, batei»

Leituras

Ester 14,1.3-5.12-14.
Naqueles dias, a rainha Ester, tomada de angústia mortal, procurou refúgio
no Senhor
e fez esta súplica ao Senhor, Deus de Israel: «Meu Senhor, nosso
único Rei, vinde socorrer-me, porque estou só e não tenho outro auxílio
senão Vós
e corre perigo a minha vida.
Desde criança, ouvi dizer na minha
tribo paterna que Vós, Senhor, escolhestes Israel entre todos os povos e os
nossos pais entre os seus antepassados, para serem a vossa herança
perpétua, e cumpristes tudo o que lhes tínheis prometido.
Lembrai-Vos de
nós, Senhor, e manifestai-Vos no dia da nossa tribulação. Fortalecei-me,
Rei dos deuses e Senhor dos poderosos.
Ponde em meus lábios palavras
harmoniosas, quando estiver na presença do leão, e mudai o seu coração,
para que deteste o nosso inimigo e o arruíne com todos os seus cúmplices.

Livrai-nos com a vossa mão; vinde socorrer-me no meu abandono, porque não
tenho ninguém senão Vós, Senhor».



Salmos 138(137),1-2.3.7-8.
Dou-te graças, SENHOR, de todo o coração, na presença dos poderosos te
hei-de louvar.
Inclino-me voltado para o teu santo templo e louvarei o teu
nome, pela tua bondade e pela tua fidelidade, porque foste mais além das
tuas promessas.
Quando te invoquei, atendeste-me e aumentaste as forças da
minha alma.
Quando estou em angústia, conservas-me a vida; estendes a mão
contra a ira dos meus inimigos, e a tua mão direita me salva.

SENHOR tudo fará por mim! Ó SENHOR, o teu amor é eterno! Não abandones a
obra das tuas mãos!



Mateus 7,7-12.
«Pedi, e ser-vos-á dado; procurai, e encontrareis; batei, e hão-de
abrir-vos.
Pois, quem pede, recebe; e quem procura, encontra; e ao que
bate, hão-de abrir.
Qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará
uma pedra?
Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?
Ora bem, se
vós, sendo maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o
vosso Pai que está no Céu dará coisas boas àqueles que lhas pedirem.»

«Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles,
porque isto é a Lei e os Profetas.»



Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, mais tarde cisterciense
A Contemplação de Deus, 5 (a partir da trad. Pain de Cîteaux n.º 23, p. 55 rev.)

«Pedi, procurai, batei»

Apressa-Te, Senhor, não Te demores mais; com efeito, a graça da Tua
sabedoria tem os seus atalhos: aonde nenhum edifício de argumentação ou de
discussão racional pode dar acesso (e refiro-me à completa fruição do Teu
amor), ali se encontra de repente aquele que de Ti recebeu toda a graça,
aquele que procura com afinco, aquele que bate com insistência. E, se me
acontece experimentar qualquer laivo dessa alegria, Senhor ― o que é
raro ―, dou por mim a gritar: «Mestre, como é bom estar aqui!
Levantemos três tendas (Mt 17, 4): uma para a Fé, outra para a Esperança e
outra para a Caridade!»


Saberei eu o que digo quando me ponho a gritar «Senhor, como é bom estar
aqui!»? Porque, de repente, caio por terra como morto; olho em volta sem
ver nada e volto a dar por mim onde estava dantes: na dor do coração e na
aflição da alma. «Até quando, Senhor, até quando?» (Sl 13 (12), 2). Durante
quanto tempo ainda guardarei estas ideias no meu íntimo, esta dor no
coração todo o santo dia? Durante quanto tempo poderá o Teu Espírito
prolongar a Sua morada no homem que é carne, Ele que vem, que vai e que
sopra onde quer (Jo 3, 8)? E apesar disso, quando o Senhor resgatar Sião do
cativeiro, chegará a nossa consolação e a nossa boca se encherá de júbilo
(Sl 126 (125), 2). E a verdade da Tua consolação e a consolação da Tua
verdade responderá bem lá no fundo do meu ser: «Há o amor pelo desejo e o
amor pela posse; por vezes, o amor pelo desejo merece alcançar a visão, a
visão a posse, e a posse a perfeição da caridade».




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