quarta-feira, 23 de março de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 24 de Março de 2011
Quinta-feira da 2ª da Quaresma

Beato Diogo José de Cádiz, religioso, +1801,  Santa Catarina da Suécia, virgem, religiosa, +1381



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beata Teresa de Calcutá : «Um pobre [...] jazia ao seu portão»

Leituras

Jer. 17,5-10.
Isto diz o Senhor: Maldito aquele que confia no homem e conta somente com a
força humana, afastando o seu coração do Senhor.
Assemelha-se ao cardo do
deserto; mesmo que lhe venha algum bem, não o sente, pois habita na secura
do deserto, numa terra salobra, onde ninguém mora.
Bendito o homem que
confia no Senhor, que tem no Senhor a sua esperança.
É como a árvore
plantada perto da água, a qual estende as raízes para a corrente; não teme
quando vem o calor, e a sua folhagem fica sempre verdejante. Não a inquieta
a seca de um ano e não deixará de dar fruto.
Nada mais enganador que o
coração, tantas vezes perverso: quem o pode conhecer?
Eu, o Senhor,
penetro os corações e sondo as entranhas, a fim de recompensar cada um pela
sua conduta e pelos frutos das suas acções.



Salmos 1,1-2.3.4.6.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho
dos pecadores, nem toma parte na reunião dos libertinos;
antes põe o seu
enlevo na lei do SENHOR e nela medita dia e noite.
É como a árvore plantada
à beira da água corrente: dá fruto na estação própria e a sua folhagem não
murcha; em tudo o que faz é bem sucedido.
Mas os ímpios não são assim! São
como a palha que o vento leva.

O SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à
perdição.



Lucas 16,19-31.
«Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e fazia todos os
dias esplêndidos banquetes.
Um pobre, chamado Lázaro, jazia ao seu portão,
coberto de chagas.
Bem desejava ele saciar-se com o que caía da mesa do
rico; mas eram os cães que vinham lamber-lhe as chagas.
Ora, o pobre
morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e
foi sepultado.
Na morada dos mortos, achando-se em tormentos, ergueu os
olhos e viu, de longe, Abraão e também Lázaro no seu seio.
Então, ergueu a
voz e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para
molhar em água a ponta de um dedo e refrescar-me a língua, porque estou
atormentado nestas chamas.'
Abraão respondeu-lhe: 'Filho, lembra-te de que
recebeste os teus bens em vida, enquanto Lázaro recebeu somente males.
Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado.
Além disso, entre nós
e vós há um grande abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui
para junto de vós, não poderia fazê-lo, nem tão pouco vir daí para junto de
nós.'
O rico insistiu: 'Peço-te, pai Abraão, que envies Lázaro à casa do
meu pai, pois tenho cinco irmãos;
que os previna, a fim de que não venham
também para este lugar de tormento.'
Disse lhe Abraão: 'Têm Moisés e os
Profetas; que os oiçam!'
Replicou-lhe ele: 'Não, pai Abraão; se algum dos
mortos for ter com eles, hão-de arrepender-se.'
Abraão respondeu-lhe: 'Se
não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer,
se alguém ressuscitar dentre os mortos.'»



Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Não Há Maior Amor

«Um pobre [...] jazia ao seu portão»

Cristo disse: «Tive fome e destes-Me de comer» (Mt 25, 35). Teve fome não
só de pão, mas também da estima acolhedora que nos permite sentirmo-nos
amados, reconhecidos, sermos alguém aos olhos de outrem. Foi desprovido não
só da Sua roupa, mas também da dignidade e do respeito humano pela grande
injustiça cometida para com o pobre, que é precisamente o ser-se desprezado
por ser pobre. Foi privado não só de um tecto, mas também sofreu as
privações por que passam os encarcerados, os rejeitados e os escorraçados,
aqueles que vagueiam pelo mundo sem ter ninguém que se ocupe deles.


Ao desceres a rua, sem outro propósito senão esse, talvez atentes naquele
homem, ali na esquina, e vás ao seu encontro. Talvez ele fique de pé atrás,
mas tu permaneces lá, diante dele, na sua frente. Tens de irradiar a
presença que trazes dentro de ti com o amor e a atenção para com o homem a
quem te diriges. E porquê? Porque, para ti, se trata de Jesus. Sim, é
Jesus, mas não pode receber-te em Sua casa — eis porque tens de ser tu a
dirigir-te a Ele. Ele está escondido ali, naquela pessoa. Jesus, oculto no
mais pequenino dos irmãos (Mt 25, 40), não só cheio de fome por um bocado
de pão, mas também por amor, por reconhecimento, por ser tido como alguém
com valor.




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