quarta-feira, 30 de março de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 31 de Março de 2011
Quinta-feira da 3ª da Quaresma

Santa Balbina, virgem, mártir (+132),  S. Benjamim, diácono, mártir, +420,  Santo Amós, profeta,  Santo Acácio, bispo, +250,  S. Guido, Leigo, Peregrino, séc. X e XI



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bento XVI : «O  Reino de Deus já chegou até vós»

Leituras

Jer. 7,23-28.

A única ordem que lhes dei foi esta: 'Ouvi a minha voz e Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo; segui sempre a senda que vos indicar, a fim de que sejais felizes.'
Eles, porém, não me ouviram, não prestaram atenção, seguiram os maus conselhos dos seus corações empedernidos; viraram-me as costas em vez de se voltarem para mim.
Desde o dia em que os vossos pais deixaram o Egipto até hoje, Eu vos enviei todos os meus servos, os profetas, dia após dia.
Eles, porém, não me ouviram, não me prestaram atenção; endureceram a sua cerviz e agiram pior que os seus pais.
Tudo isto lhes transmitirás, mas não te escutarão. Chamá-los-ás e não te responderão.
Então dir-lhes-ás: 'Esta é a nação que não ouviu a voz do Senhor, seu Deus, não aceitou as suas advertências. A sua lealdade desapareceu, foi banida da sua boca.'


Salmos 95(94),1-2.6-7.8-9.

Vinde, exultemos de alegria no SENHOR, aclamemos o rochedo da nossa salvação.
Vamos à sua presença com hinos de louvor, saudemo lo com cânticos jubilosos.
Vinde, prostremo nos por terra, ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou.
Ele é o nosso Deus e nós somos o seu povo, as ovelhas por Ele conduzidas. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:

"Não endureçais os vossos corações, como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto,
quando os vossos pais me provocaram e me puseram à prova, apesar de terem visto as minhas obras.


Lucas 11,14-23.

Jesus estava a expulsar um demónio mudo. Quando o demónio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada.
Mas alguns dentre eles disseram: «É por Belzebu, chefe dos demónios, que Ele expulsa os demónios.»
Outros, para o experimentarem, reclamavam um sinal do Céu.
Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino, dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa.
Se Satanás também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Pois vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios.
Se é por Belzebu que Eu expulso os demónios, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes.
Mas se Eu expulso os demónios pela mão de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os seus bens estão em segurança;
mas se aparece um mais forte e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos.
Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta comigo, dispersa.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bento XVI
Encíclica « Spe Salvi » §§ 30-31 (trad. © Libreria Editrice Vaticana rev.)

«O  Reino de Deus já chegou até vós»

A época moderna desenvolveu a esperança da instauração de um mundo perfeito
que, graças aos conhecimentos da ciência e a uma política cientificamente
fundada, parecia tornar-se realizável. Assim, a esperança bíblica do reino
de Deus foi substituída pela esperança do reino do homem, pela esperança de
um mundo melhor que seria o verdadeiro «reino de Deus». Esta parecia
finalmente a esperança grande e realista de que o homem necessita. Estava
em condições de mobilizar – por um certo tempo – todas as energias do
homem. [...] Mas, com o passar do tempo tornou-se claro que esta esperança
escapava sempre para mais longe. Primeiro, compreendemos que esta era
talvez uma esperança para os homens de amanhã, mas não uma esperança para
mim. E, embora o elemento «para todos» faça parte da grande esperança – com
efeito, não posso ser feliz contra e sem os demais –, o certo é que uma
esperança que não me diga respeito a mim pessoalmente não é sequer uma
verdadeira esperança. E tornou-se evidente que esta era uma esperança
contra a liberdade. [...]


Precisamos das esperanças – menores ou maiores – que, dia após dia, nos
mantêm a caminho. Mas, sem a grande esperança que deve superar tudo o
resto, aquelas não bastam. Esta grande esperança só pode ser Deus, que
abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos
conseguir. Precisamente o ser gratificado com um dom faz parte da
esperança. Deus é o fundamento da esperança – não um deus qualquer, mas
aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: a cada
indivíduo e à humanidade no seu conjunto. O Seu reino não é um além
imaginário, colocado num futuro que nunca mais chega; o Seu reino está
presente onde Ele é amado e onde o Seu amor nos alcança.




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